terça-feira, 19 de novembro de 2013

Smart grid ainda depende de políticas públicas e de financiamento para avançar no Brasil, diz Abradee

Telesíntese - Lúcia Berbert


As redes elétricas inteligentes começam a ser uma realidade no Brasil e, até 2030, deve atender até 74,4 milhões de usuários no país. 

Mas o sucesso desse empreendimento, que traz benefícios para toda a cadeia produtiva e ao consumidor, depende da modelagem a ser adotada, do treinamento de pessoal e de financiamento, que darão capacidade dos pesados investimentos necessários pelas empresas do setor. 

A receita é do presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), Nelson Fonseca Leite, feita durante a audiência pública sobre smart grid, promovida pelas comissões de Ciência e Tecnologia e de Minas e Energia da Câmara, na quarta-feira (13). 

Segundo Leite, as ações nessa área estão se multiplicando, com a implantação de projetos pilotos em várias cidades, e um novo modelo de negócios vai surgir para distribuição de energia elétrica, em função da bidirecionalidade do fluxo e isso terá que ser institucionalizado. 

Ele propôs a criação de um observatório nacional para acompanhamento desses projetos, de modo a transferir experiências bem-sucedidas para outras iniciativas. O presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, salientou que os benefícios da rede inteligente, já em testes por 30 concessionárias, são significativos, especialmente na interrupção da distribuição e na economia para o usuário, inclusive de baixa renda, que pode reduzir seu consumo nas horas de pico. 

Mas adverte que é preciso o envolvimento de toda a cadeia de fabricante, para prover os equipamentos e sistemas necessários ao novo sistema e, consequentemente, contribuir para reduzir o déficit da balança comercial do setor elétrico e eletrônico. Para Barbato, os investimentos necessários para a implantação maciça de smart grid no Brasil variam de R$ 46 bilhões a R$ 91 bilhões, a depender da velocidade que o país quer adotar. 

Ele acredita que todo a economia ganhará com essa verdadeira revolução do setor de energia, que será comparável à evolução das telecomunicações, após a privatização. O autor e integrante do Projeto IEEE P2030, Cláudio Lima, que acompanha o avanço das redes inteligentes em diversos países do mundo, disse que o desenvolvimento do smart grid no Brasil é satisfatório. 

Ele recomendou que as políticas públicas a serem adotadas levem em conta três pontos: a interoperabilidade, por meio do uso de sistemas abertos; a segurança cibernética, para evitar ataques às subestações de energia; e o envolvimento do consumidor no processo, que passará a ter um papel ativo. Lima ressaltou que 90% das inovações que o sistema requer serão destinadas para o espaço entre as subestações e o consumidor, onde houve pouco investimentos nos últimos anos. 

Ele alertou também para o cuidado na escolha do medidor eletrônico. E recomendou que as políticas públicas que serão estabelecidas devem contemplar toda a cadeia produtiva. O especialista em projetos de desenvolvimento industrial, Carlos Venicius Frees, afirmou que 862 instituições já trabalham no desenvolvimento do smart grid no Brasil, estudando novos modelos de negócios para o setor e no desenvolvimento de TIC nacional para os novos sistemas. 

Ele frisou que as redes inteligentes dependem da infraestrutura de telecomunicações, considerando uma vitória a inclusão do smart grid no Regime Especial de Tributação do PNBL. Segundo Frees, as redes inteligentes são a base para as smarts citties e para a internet das coisas. O presidente do Conselho de Consumidores da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), José Luiz Nobre, disse que as redes inteligentes devem ser colocadas a serviço do consumidor. 

Mas também que será importante para reduzir perdas e diminuir o déficit de produção de energia, hoje estimado em 20%, considerando o consumo mundial. Ele defendeu ainda a regulamentação dos serviços acessórios, que poderá ser prestados pelas distribuidoras, como o de monitoramento de casas inteligentes e o monitoramento de saúde. 

O deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que propôs o debate, disse que as apresentações serão essenciais na definição de ações legislativas necessárias para destravar os empecilhos e também as políticas públicas que possibilitem a migração para essas novas tecnologias.

Reativa Service Engenharia Elétrica - Portfólio de Serviços

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Edifício City Towers recebe certificação internacional de sustentabilidade LEED Gold

Edifício City Towers, da São Carlos Empreendimentos, recebe certificação internacional de sustentabilidade LEED Gold

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Concebida a partir de critérios específicos de racionalização de recursos naturais, certificação LEED Gold representa elevado padrão para edifícios sustentáveis.

O Condomínio City Towers, da São Carlos Empreendimentos, uma das principais empresas de investimentos e administração de imóveis comerciais do Brasil, recebeu o certificado de sustentabilidade Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) padrão Gold.

Para adequar o edifício às normas do LEED, a São Carlos investiu R$ 630 mil.As obras de adequação incluíram entre outros itens: a substituição da iluminação por led, sistema de reutilização de agua da chuva, telhado verde, readequação da tomada de ar exterior e medidores de agua e energia.A certificaçãorepresenta um elevado padrão de certificação para edifícios sustentáveis, concebida de acordo com critérios específicos de racionalização de recursos naturais atendidos por um edifício inteligente.

Situado no Largo da Carioca no Rio de Janeiro, o edifício de 18.727 m² de área bruta locável tem a Petrobras como principal locatária. A infraestrutura nas proximidades é diversificada, com comércio e serviços, além de acesso fácil por vias de rápida circulação e metrô (fica de frente para a Estação Carioca).
 
Sobre a São Carlos - A São Carlos é uma das principais empresas de investimentos e administração de imóveis comerciais do Brasil. Seu objetivo é maximizar a receita de aluguel dos imóveis e o valor do portfólio da empresa. Sua estratégia de negócios inclui: investir em imóveis comerciais; implementar melhorias e aumentar os aluguéis, e vender os imóveis que já alcançaram o ponto máximo de maturação. 

Tem um portfólio que inclui edifícios de escritórios de padrão classe A e lojas de varejo, localizados principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. A empresa começou a operar em 1999, a partir da cisão dos ativos imobiliários das Lojas Americanas, e hoje é uma companhia de capital aberto, com ações listadas no Novo Mercado da BM&F Bovespa.

Foto: Divulgação
RP1 Comunicação

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Projetos com led da Eletrosul reduzem consumo de energia

A Eletrosul Serviços desenvolve projetos de iluminação com lâmpadas de led que resultam em uma economia de 50 a 90% na conta de luz.

Ferreira enfatiza que os serviços são prestados em Bagé e região
Ferreira enfatiza que os serviços são prestados em Bagé e regiãoCrédito: Antônio Rocha
Os serviços podem ser realizados em casas, escritórios ou empresas de qualquer tamanho.

O empresário Jéferson Garcia Ferreira revela que, ao optar pelos projetos com lâmpadas de led, o imóvel do cliente terá toda a antiga fiação e iluminação substituída. 


Ele garante que, com a instalação das lâmpadas de led, a luminosidade dos cômodos será mais eficiente e a economia na conta de luz pode chegar a 90% em virtude do baixo consumo das lâmpadas. Outra vantagem do uso de led na iluminação 

é a durabilidade, já que a vida útil dessas lâmpadas é de até 50 mil horas, o que, em condições normais, com uso de oito horas diárias, tem duração de até 17 anos. "E o custo para a instalação do projeto não é caro. Em média, o valor investido se paga entre oito e 14 meses", afirma o empresário.

A Eletrosul Serviços também oferece toda a estrutura elétrica e de refrigeração industrial e predial para Bagé e região. Nesta época do ano, um dos serviços mais procurados é a limpeza, montagem, instalação e consertos de aparelhos de ar-condicionado (split e de janela). 

Ferreira destaca que a empresa também trabalha com venda, instalação e conserto de comandos para a automação de portões elétricos, além da reposição dos controles. "Nossa equipe é experiente e capacitada para realizar todos esses serviços", encerra Ferreira. 

Onde: Presidente Vargas, 534

Telefone: 3312 0713, 9991 2032 e 9133 1162

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

América Latina precisa de investimentos em energia de US$1,3 trilhão nos próximos 20 anos

FonteAFP - Agence France-Presse

A América Latina precisará de 1,3 trilhão de dólares de investimentos em energia nos próximos 20 anos, disse nesta quinta-feira o vice-presidente de Energia do Banco de Desenvolvimento da América Latina - CAF, Hamilton Moss, na apresentação de um relatório energético regional feito pelo organismo.



"Nos próximos 20 anos precisaremos de 1,3 trilhão de dólares em investimentos em energia", disse o brasileiro Moss, destacando que isso implicará um esforço público e privado conjunto. "Para conseguir recursos, se juntarmos todos os bancos multilaterais não será suficiente", alertou.

O relatório "Energia: uma visão sobre os desafios e oportunidades na América Latina e o Caribe", patrocinado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina-CAF e do qual participaram oito organizações regionais, pretende oferecer ao setor político um panorama sobre os desafios energéticos que a região enfrentará a curto, médio e longo prazo.

Segundo o relatório, a região ocupa o segundo lugar quanto a reservas de petróleo e gás no contexto internacional. Estima-se que deverá satisfazer uma demanda nos próximos 20 anos de cerca de 5,8 milhões de barris de petróleo e 700 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

Este volume requer investimentos igualmente importantes para seu desenvolvimento, alertou Amanda Pereira, diretora de Assuntos Estratégicos da Associação regional de empresas de petróleo e gás natural na América Latina e o Caribe (Arpel), que destacou que os investimentos de 2010 a 2035 para esse setor se aproxima dos 77 bilhões de dólares por ano.

"Neste valor ainda não estão incluídos recursos não convencionais, onde há um potencial enorme, mas que requerem a definição de marcos regulatórios, recursos tecnológicos, de infraestrutura muito importantes que ainda estão em desenvolvimento" para atrair os investimentos internacionais necessários para seu desenvolvimento, avaliou.

Pereira destacou, além disso, que existem desequilíbrios energéticos na região, entre países com muitos recursos de hidrocarbonetos e outros que precisam deles, para o qual é chave aumentar uma integração energética que permita satisfazer a demanda regional.

Nesse sentido, John Biehl del Río, representante em Montevidéu da OEA, alertou que, para isso, é necessário "vontade política e robustez democrática". "Não é fácil que se passe energia ou oleodutos de um país ao outro, não se cumprem os acordos, (o fornecimento de energia) é utilizado politicamente quando há um problema de qualquer natureza", explicou.

O relatório sustenta que também se deve avançar na eficiência energética, o desenvolvimento de todas as fontes energéticas e a inovação tecnológica, em que a região está muito defasada. Outro desafio é aumentar o acesso à energia. No setor elétrico, apesar de, com 94%, a região apresentar globalmente a cifra de eletrificação mais alta do mundo em desenvolvimento, isso significa que 30 milhões de pessoas ainda precisam de energia elétrica. Dessas, estima-se que 21 milhões são pobres e a maior parte vive em áreas rurais; pelo menos a terça parte da população rural da América Latina e do Caribe continua sem acesso a serviços de eletricidade.

Além de sua disponibilidade física, é fundamental "que a energia seja acessível", alertou Victorio Oxilia Dávalos, secretário executivo da Organização Latino-americana de Energia (OLADE). "De nada nos serve ter uma energia cara que não possa ajudar o desenvolvimento industrial", disse. Segundo o relatório, a inadequada cobertura energética da população pobre incide na saúde, na igualdade de gênero, no trabalho infantil e nas possibilidades de ter acesso à educação.

Participaram da elaboração do relatório, além do CAF, Arpel e OLADE, a Associação Latino-americana de Integração (Aladi), a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe da ONU (Cepal), a Comissão de Integração Energética Regional (CIER), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o World Energy Council Latinamerica (WEC-LAC).