quinta-feira, 18 de junho de 2015

Cidades inteligentes e as novas tecnologias




Por Éderson Frozi* 


Para melhorar a vida da população, as grandes cidades terão de criar eficiência no uso de sua infraestrutura e recursos. 

Para tanto, essas cidades deverão ser geridas por tecnologias de análise de dados, que entreguem informações relevantes, permitindo a seus gestores tomarem melhores decisões e resolverem problemas de forma mais proativa. 

Além disso, a implantação de tecnologias inovadoras, como a Internet das Coisas (IoT), também vai ajudar a melhorar a sustentabilidade e competitividade dessas cidades. 

Segundo o Gartner, ainda em 2015 pode haver cerca de 1,1 bilhão de dispositivos conectados, criando ambientes de cidades inteligentes. 

Esse número deve saltar para 9,7 bilhões dentro de um intervalo de cinco anos. Um exemplo interessante sobre essas aplicações está na cidade de Barcelona, na Espanha. 

Entre seus projetos, um envolve a instalação de sensores acoplados a lixeiras, postes de iluminação pública e semáforos. 

Nas lixeiras, os sensores avisam à prefeitura quando os resíduos ocupam 70% da capacidade, evitando a coleta antes que as lixeiras encham. 

Nos postes, os sensores medem a umidade, a temperatura, a qualidade do ar e a poluição sonora; enquanto nos semáforos coletam informações para que a prefeitura gerencie problemas de trânsito. 

Para conectar esses sensores e fornecer informações em tempo real será necessária a integração de tecnologias de redes de comunicação que incluem gateways, redes wireless, sistemas de controle e segurança. 

E para facilitar a introdução de novos serviços para a população, essa infraestrutura precisa contar com uma plataforma para otimizar a complexidade dessas tecnologias. 

Esse serviço de otimização, que podem ser considerados como tuning de infraestrutura devido seu poder de entrega e alta performance, deve ser considerado em todos os níveis de rede, seja LAN, WAN ou WLAN. 

As redes de computadores, que transportam todas essas informações, sofrerão grandes transformações. 

Um exemplo será a utilização de equipamentos para o envio de dados por meio de uma rede sem fio, como o Access Point, o qual poderá usar a energia solar para se manter ativo, fugindo do modelo convencional de energia, que gera custos. 

Nas cidades inteligentes, a tecnologia consome grande quantidade de energia elétrica, por isso, a utilização de dispositivos que possam gerar energia solar já é considerada, a fim de trazer significativa economia. 

A energia confiável será essencial no desenvolvimento sustentável das megacidades e as tecnologias Smart Grid, que são redes inteligentes de transmissão e distribuição de energia com base na comunicação interativa entre todas as partes da cadeia de conversão de energia, vão mostrar seu diferencial. 

Elas conectam unidades descentralizadas com os consumidores para formar uma estrutura ampla, controlam a geração de energia e evitam sobrecarga da rede. 

Nas cidades inteligentes, conforme mais pessoas, máquinas, processos e objetos forem se conectando, maior será́ a quantidade de dados a serem processados e apurados. 

A cadeia de suprimentos será́ mais controlada e integrada, diminuindo custos e aumentando a escalabilidade e eficiência dos negócios, enquanto desperdícios de materiais e energia serão reduzidos pela otimização dessa cadeia de suprimentos. 

Ao redor do mundo, essas tecnologias são utilizadas em pequena escala ou em projetos experimentais, mas a tendência é que fiquem cada vez mais acessíveis e que façam parte do nosso dia a dia. 

*Éderson Frozi é diretor de Tecnologia da Codi.mobi, empresa que recentemente se fundiu à Nap IT.