segunda-feira, 9 de junho de 2014

FIESC lança manual para uso eficiente da energia elétrica nas indústrias


FIESC lança manual para uso eficiente da energia elétrica nas indústrias
Segundo a publicação, a conservação de energia na indústria deve ser iniciada por uma campanha de conscientização














A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) lança o Manual de Uso Eficiente de Energia. 

O material reúne informações sobre sistemas de refrigeração, motores elétricos, fornos e estufas e outros componentes industriais com grande demanda de energia elétrica. São recomendações de uso eficiente e dicas para a detecção de problemas.

"A implantação de programas e atividades de conservação e uso eficiente de energia pela indústria deve ser cada vez mais estimulada, considerando-se os desafios que a expansão do setor energético já vem enfrentando para atender a demanda socioeconômica em todas as regiões do País", afirma o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. 

"É importante a indústria se antecipar e buscar a redução do consumo para evitar o racionamento, pois ele teria consequências dramáticas, com efeitos na produção, nas vendas e até no emprego", acrescenta.

A publicação mostra que a conservação de energia na indústria deve ser iniciada por uma campanha de conscientização, com a motivação de todos os empregados, através da distribuição de folhetos, cartazes, manuais, notícias em jornais internos. 

Recomenda-se o envolvimento de todos os níveis hierárquicos com definição de responsabilidades.

O material levantado pela FIESC para esta publicação serviu como base para o guia Eficiência Energética na Indústria: Entre Nesta Corrente, publicado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O documento catarinense integra o Plano Sustentabilidade para a Competitividade da Indústria, da FIESC, que incluirá palestras de sensibilização nos principais centros consumidores de energia. 

O primeiro evento será realizado no SENAI de Joinville, no próximo dia 26 de maio. Além disso, os Institutos SENAI de Tecnologia Ambiental, de Automação e TIC, de Eletroeletrônica e de Materiais apresentam em seu portfólio uma série de soluções em eficiência energética que podem ser adaptadas às necessidades de cada indústria.

Apesar de ter apenas 3,8% do número total de consumidores, a indústria é responsável por aproximadamente 45% do consumo de energia elétrica do Estado. 

Segundo dados da CNI, motores elétricos, refrigeração, ar comprimido e iluminação respondem por 50% dos gastos com energia nas indústrias.

O manual e mais informações sobre os serviços das FIESC podem ser obtidos no site da Federação (www.fiescnet.com.br), no menu Energia.

Fábio Almeida
Assessoria de Imprensa da FIESC
48 3231-4674 | 48 9981-4642
fabio.almeida@fiescnet.com.br

Faculdade de Goiânia adota modelo inovador e inédito de captação de energia renovável


A Faculdade Esup, parte da Unidade de Educação do Grupo Empreza, acaba de implantar um sistema inovador de captação de energia solar. 

Mais econômica e eficiente do que as tecnologias atualmente disponíveis no mercado, a adotada pela instituição prevê um melhor aproveitamento dos raios solares, que pode variar de acordo com a aplicação.

O novo sistema foi empregado, primeiramente, como o intuito de gerar energia suficiente pala iluminar o estacionamento, com capacidade para 200 carros, e o subsolo da faculdade. 

"Os espaços atendidos somam cerca de 2 mil m2 quadrados essa tecnologia permite captar energia mesmo em dias nublados. Temos uma autonomia de 48 horas", esclarece o diretor geral da Esup, Luiz Antonio Ribeiro.

A adoção de um modelo energético limpo e sustentável implica em maior eficiência energética fornecida de forma ininterrupta, uma queixa constante das unidades de ensino e administrativa, que ainda sofrem com as constantes quedas de fornecimento. 

A economia também é uma das consequências positivas da mudança. 

"Os gastos com energia elétrica representam de 40% a 50% do nosso custo fixo".

O gestor também informa que as próximas etapas compreendem a alimentação do sistema de refrigeração do campus e o data center do Grupo Empreza, etapas que serão finalizadas ainda neste semestre.

Desenvolvida pelo pesquisador José Alves Macena, assessorado pelo programa Escola de Empreendedorismo Esup, a tecnologia sobrepõe às concorrentes por não sofrer desgaste entre as fases de captação e alimentação das baterias. 

"Não há desperdício e também não é necessário fazer adaptações nos equipamentos alimentados pela energia proveniente dessa fonte", explica.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Maioria dos comerciantes de SC quer implantar programas de eficiência energética

Mais de 60% dos empresários catarinenses querem implantar programas para otimizar consumo nos próximos anos
Da redação

Crédito: Getty Images
Na última semana, a Celesc esteve na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) de Santa Catarina para discutir a elaboração de um Plano de Eficiência Energética destinado ao setor do comércio de bens, serviços e turismo catarinense. 

Durante o encontro da Empresa com os presidentes das Câmaras Empresariais da federação, a Fecomércio apontou que 62,4% do setor quer implantar programas de eficiência energética nos próximos anos.

Os dados são oriundos de pesquisa da própria Fecomércio e comprovam ainda que o comércio está aumentando a participação no consumo de energia elétrica distribuída em Santa Catarina. 

Na comparação 2011-2012, o consumo subiu 12,7% e o número de unidades consumidoras cresceu 4,1%. 

Entre as ações já realizadas pelas empresas nesse sentido estão: 

a instalação de sistemas de iluminação mais econômicos (43,3% das empresas); 
as ações de conscientização (26%), 
a troca de equipamentos (17,3%) 
e a instalação de geradores (7,7%).

Na ocasião, o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, lembrou que a eficiência energética está fortemente alinhada à sustentabilidade e ao ganho operacional: 

"Em projetos que já desenvolvemos com o setor industrial para a população de baixa renda, tivemos economia de energia na ordem de 20%. 

Com os números da pesquisa da Fecomércio na mão, vamos avaliar como poderemos evoluir e desenvolver um projeto robusto para o setor do comércio", afirmou.

A disposição da Celesc vai ao encontro das necessidades do setor: 

“A melhoria da produtividade do comércio passa, necessariamente, por melhor desempenho na questão custo x rentabilidade”, disse o diretor executivo da Fecomércio, Marcos Arzua. 

“E a diminuição dos gastos do setor com energia vai contribuir muito para isso”, completou.

Ele sugeriu ainda que uma das iniciativas de eficiência energética adotada pela Celesc para a população em geral – o Programa Bônus Eficiente – que prevê troca de equipamentos mais eficientes, principalmente os produtos da linha branca, possa ser feita de maneira consorciada, não por uma rede de lojas somente, para que supermercados e shoppings também participem do programa.

terça-feira, 3 de junho de 2014

BNDES cria nova linha de crédito para eficiência energética

Brasil - Uma parceria entre o BNDES, a Eletrobras Procel Edifica e o Inmetro cria uma linha de financiamento para empreendimentos do complexo turístico nacional




Fernanda Viviani, para o Procel Info

Brasil - O BNDES abriu uma linha de crédito para MPMEs que invistam em atividades inovadoras. O objetivo é apoiar projetos tendo em vista a implantação, a modernização, o aumento da produtividade e da eficiência do setor de comércio e serviços e do Complexo Turístico Nacional.

Dentro dessa linha de crédito foi firmada uma parceria entre o BNDES, a Eletrobras Procel Edifica e o Inmetro que criou uma a linha de financiamento permanente para empreendimentos do complexo turístico nacional que tenham ENCE A, para novas edificações, e ENCE A ou B para reformas. 

As ENCE’s devem ser emitidas no âmbito do PBE Edifica – Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações - e o benefício oferecido é a redução da taxa de juros de 3% para 1,5% a.a. 

Para a arquiteta da Eletrobras, Estefânia Mello, a sociedade é beneficiada com esse tipo de iniciativa porque os empreendimentos possuem uma boa eficiência energética, diminuindo o consumo. 

Segundo ela, é muito mais barato reduzir o consumo com eficiência energética do que ampliar a fonte de energia. 

O setor hoteleiro está sendo favorecido ao adotar práticas sustentáveis desde 2010 com o BNDES ProCopa Turismo, que apoiou a ampliação e modernização do parque hoteleiro nacional. 

O programa oferece prazos de pagamento mais longos e juros mais baixos se os empreendimentos apoiados obtiverem certificação de eficiência energética nível “A” do Procel Edifica ou certificação no Sistema de Gestão da Sustentabilidade para Meios de Hospedagem. 

"É muito mais barato reduzir o consumo com eficiência energética do que ampliar a fonte de energia", comentou a arquiteta.

De acordo com o gerente do Departamento de Cultura, Entretenimento e Turismo do BNDES, Marcus Vinicius Macedo Alves, o período entre 2010 e 2013 foi um momento muito positivo para a sustentabilidade através do BNDES ProCopa Turismo, que inclui questões ambientais em suas linhas de créditos para hotéis.

Desde 2013, através do Cartão BNDES, o banco estimula a energia mais eficiente ao permitir que os diagnósticos energéticos fossem pagos com o cartão. Essa medida é um dos pré-requisitos para a aprovação do crédito na linha MPME Inovadora. 

Apenas ESCOs (empresas de serviço de conservação de energia) registradas e certificadas pelo QualiEsco da Abesco estão autorizadas pelo BNDES a fazer diagnósticos energéticos. 

O lançamento do programa BNDES MPME Inovadora foi comemorado pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco). 

O financiamento oferecido pelo programa permite investimentos em eficiência energética com taxa de juros de 4% ao ano com 10 anos para pagar, incluído carência de 3 a 48 meses. No caso do apoio ao setor hoteleiro, os juros devidos durante à carência serão capitalizados. 

O BNDES financia até 90% do valor total dos itens financiáveis para MPMEs, para empresas de maior porte, a participação varia em função do setor de atuação. O valor mínimo de financiamento é R$ 20 milhões. 

Os empreendimentos que podem ser abrangidos são projetos de implantação ou melhorias de unidades, podendo ser inclusa melhoria de gestão e qualificação. 

Podem solicitar o financiamento; sociedades com sede e administração no país e pessoas jurídicas de direito público. 

As solicitações de apoio devem ser encaminhadas ao BNDES pela empresa interessada ou por intermédio das instituições financeiras credenciadas, por meio de Consulta Prévia, preenchida de acordo com as orientações do roteiro de informações.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Casa 'viva' garante economia de água e energia solar com soluções caseiras

Moradia em Piracicaba é híbrido entre sistemas convencional e alternativo.
'É ótimo ligar o som enquanto a rua inteira está sem luz', afirmou morador.


Thomaz FernandesDo G1 Piracicaba e Região



Quintal de casa 'viva' desenvolvida por biólogo e 
engenheiros florestais (Foto: Thomaz Fernandes/G1)


Dois engenheiros florestais e um biólogo desenvolveram tecnologias para tornar a casa em que vivem em um híbrido entre consumo de água e energia convencionais e formas alternativas em Piracicaba (SP). 

Com energia solar obtida por placas ou com material feito à mão, além de um sistema de captação e reaproveitamento da chuva, o grupo é capaz de reduzir para um terço o consumo médio de água (economia de 66%). 

Eles podem ficar até uma semana sem o abastecimento do sistema público.

O reaproveitamento da água usada em atividades diárias e o uso dos resíduos orgânicos em composteiras também permitem que os moradores consigam cultivar uma grande variedade de plantas e hortaliças para consumo próprio, além de criar aproximadamente 30 peixes em tanques. 

Por isso tudo, eles pagam somente seis mil litros cúbicos de água por mês.

O preço pela casa "viva", segundo seus habitantes, não é tão caro. Boa parte do sistema foi feito pelo grupo e o que foi comprado gera economia nas contas que "pagam" o investimento a longo prazo. 

Sobre a dedicação, eles dizem que boa parte do local já se mantém sozinho e que exige apenas a manutenção com atividades diárias quanto lavar a louça do almoço.


Reservatório onde fica armazenada água captada na chuva em casa 'viva', em Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)Reservatório onde fica armazenada água
captada na chuva (Foto: Thomaz Fernandes/G1)

De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o brasileiro consome em média seis mil litros de água por mês com afazeres domésticos e higiene pessoal. 

Se a casa em que vivem o biólogo Cristiano Gomes Pastor, de 31 anos; e os engenheiros florestais Aníbal Deboni, de 29, e Frederico Domene, de 24, fosse "normal" para os padrões de consumo, o grupo teria de pagar por 18 mil litros por mês, sem levar em consideração os tanques e o pequeno plantio que cultivam.

"Aqui a gente até paga mais do que consome, pois a taxa mínima é por 10 metros cúbicos (10 mil litros de água) e nunca passamos disso. Mesmo no verão sem chuva nós conseguimos ficar abaixo disso", afirmou Deboni.


O próprio Ghandi dizia: A natureza pode dar tudo que for essencial para o homem, mas só o que for essencial"
Cristiano Gomes Pastor

O quintal da casa é onde a maioria da "mágica" ocorre. Ao passar pelo local, é constante o barulho de água indo de um cano ao outro, o que dá a impressão de que a casa tem vida própria. 

Os escrementos dos peixes servem para a horta; há também abelhas sem ferrão; mais de meia dúzia de árvores frutíferas; e um número sem fim de pequenos vazos e encanamentos que aproveitam o espaço ao máximo.

A casa é um local de constante mudança, segundo Pastor. "Acredito que exploramos só 30% do potencial que ainda podemos aproveitar. O tempo todo pensamos em implementar coisas novas e modificar. 

Não é só pela economia, mas também estamos tornando-a mais agradável com elementos que temos às mãos."

Pastor mostra composteira usada em casa 'viva', em Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)Pastor mostra composteira usada em casa 'viva', em Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)




















'O essencial'


Pastor afirmou que a maioria das tecnologias aplicadas obedece a quatro pilares: água, alimentação, energia e resíduos. Sobre os resíduos, o grupo faz coleta seletiva e reaproveita o material orgânico no adubo das plantas e árvores do quintal. 

Até mesmo o papelão da caixa de pizza e papéis que se acumulam na casa se tornam a fonte de celulose para a compostagem. "Antes usávamos serragem, mas o Deboni teve a ideia do papel picado e ainda conseguimos economizar no material, que sempre dava algum trabalho para acharmos."


Plantas e hortaliças cultivadas em casa, abaixo, tanque de peixes, Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)Plantas e hortaliças ligadas por canos e, abaixo, tanque de peixes (Foto: Thomaz Fernandes/G1)






















O rapaz está no local há cinco anos e, com os companheiros, desenvolveu diversas formas para tornar o local parcialmente independente. "Ninguém aqui quer parar de ter conta de luz e água, mas sim desenvolvermos uma forma de economizar e aproveitar o que a natureza tem para oferecer. 

O próprio Ghandi dizia: A natureza pode dar tudo que for essencial para o homem, mas só o que for essencial."


Com o sistema de adaptação das calhas e cisternas, na casa são três que somadas armazenam até 6.700 litros. Pastor estima que 75% da água de chuva é reaproveitada. 

"Nós não abusamos do consumo no dia-a-dia e, com o que é captado, creio que poderíamos ficar até uma semana sem água encanada sem problemas", relatou. Até o que é usado para lavar a roupa é filtrado e reaproveitado.



Placas solares ao lado de 'aquecedor' de água para banho, Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)Placas solares ao lado de 'aquecedor' de água
para banho (Foto: Thomaz Fernandes/G1)
Aquecimento adaptado

O consumo energético é, talvez, o maior desafio do grupo. Eles compraram duas placas solares capazes de dar autonomia ao quarto de um deles, à bomba d'água usada no tanque de peixes e ainda serve como alternativa para o chuveiro solar no frio.

O banho quente, que segundo Pastor chega a consumir até 40% do gasto de energia em uma casa comum, é garantido graças a um sistema feito em casa formado por vários canos que aquecem a água do reservatório. "Em dois terços do ano não precisamos usar energia. Considero que a maior falha no uso da eletricidade é convertê-la em calor, quando temos o sol à disposição na maior parte do tempo."

Futuro

Como o próprio biólogo disse, a casa ainda tem 70% do seu potencial não aproveitado. A ideia é que no futuro eles possam consumir os peixes que criam e parar de alimentá-los com ração. Além de reaproveitar ainda mais a água, que em tempos de escassez hídrica se torna uma preocupação ainda maior.



"A ideia é se tornar autônomo com os elementos que temos à disposição, usar as tecnologias a nosso favor e parar de depender sempre do abastecimento externo. A melhor coisa que existe é poder ligar o som e usar o computador enquanto a rua inteira está sem luz", completou Pastor.