terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Aneel lança manual de Procedimentos do Programa de Eficiência Energética

PROPEE









Dentro do universo da eficiência  energética  estão todas  as  atividades que visam aumentar a economia de energia em uma instalação, sistema ou equipamento. Neste contexto, as  empresas  de energia possuem um papel fundamental para difundir os conceitos sobre este tema. 
Para ajudar as distribuidoras a fomentar as diversas formas para se ter um uso mais racional da energia elétrica foi criado o ProPEE – Procedimentos do Programa de Eficiência Energética.

O ProPEE é um guia determinativo de procedimentos dirigido às distribuidoras para elaboração e execução do Programa de Eficiência Energética (PEE) regulado pela ANEEL. 

Nele estão contidos a estrutura e a forma de apresentação dos projetos, os critérios de avaliação e de fiscalização e os tipos de projetos que podem ser realizados com recursos do PEE. O documento também apresenta as normas para contabilização dos custos e a apropriação dos investimentos realizados.

O ProPEE apresenta dez módulos e possui três pontos fundamentais: a exigência da realização dos projetos mediante chamada pública; a inserção no programa de eficiência energética das chamadas fontes incentivadas e os aprimoramentos e incentivos criados para realizar projetos com contrato de desempenho. 

Cada assunto específico é abordado em um módulo para facilitar o entendimento do assunto e das regras envolvidas.

Entre os objetivos do PROPEE está incluso determinar os documentos que regulamentam a aplicação dos recursos do PEE, as regras e procedimentos para aplicação dos recursos e identificar e descrever as tipologias dos projetos que podem integrar o PEE, bem como as ações permitidas.

Pelo PEE, as empresas concessionárias ou permissionárias de distribuição de energia elétrica devem aplicar pelo menos 0,5% de sua receita operacional líquida em projetos de eficiência energética. 

A legislação atual prevê, entre outros investimentos na área, que as empresas de energia também estão obrigadas a realizarem seleção pública para projetos e oportunidades de eficientização, as denominadas chamadas públicas de projetos, que devem ser voltadas aos clientes industriais, comerciais, residenciais, rurais, poderes públicos e serviços públicos.

A lógica do ProPEE envolve exigências criteriosas para a execução e criação dos projetos de eficiência energética. 

Há também uma tentativa de aproximar os executivos das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ESCOs) com o novo manual.

Dentro deste contexto, em entrevista para o Procel Info, Máximo Pompemayer – Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da ANEEL listou os pontos fundamentais que compõem o ProPEE .

Para Máximo, as ESCOs foram ou serão impactadas positivamente, pela necessidade de chamada pública para a seleção de projetos e pelos estímulos aos contratos de desempenho. 

Ele diz ainda que, em ambos os casos, muitas dessas empresas têm condições plenas de contribuir no processo de elaboração de propostas e na execução de projetos mais alinhados com as diretrizes da ANEEL e as demandas da sociedade.

No programa há a inserção de fontes incentivadas e a possibilidade do consumidor não apenas melhorar a eficiência no uso final, mas gerar sua própria energia, de forma que seja uma fonte limpa, renovável, de menor impacto ambiental, criando um procedimento de eficiência energética. 

É importante fazer com que todo o conhecimento e as informações adquiridas sejam transformadas em atividades e negócios.

Máximo afirma que atualmente há 168 projetos em execução cadastrados no sistema, somando um total de R$ 634 milhões em investimentos. 

Os montantes que envolvem energia economizada e demanda evitada no horário de ponta são cerca de 700 GWh/ano e 202 MW, respectivamente. 

Ao longo dos 16 anos do programa,foram R$ 5,7 bilhões de investimentos, 9.140 GWh/ano de energia economizada e 2.840 MW de demanda evitada.

O proponente deve descrever, entre outras coisas, os principais objetivos do projeto, ressaltando aqueles vinculados à eficiência energética, detalhar as áreas que serão beneficiadas, o público-alvo e informar outros benefícios do projeto, que não a economia de energia e redução de demanda na ponta, para a empresa, consumidor e sistema elétrico. 

Além disso, deve-se também fornecer outros dados que venham facilitar o entendimento do projeto.

Máximo explica que com as chamadas públicas haverá maior transparência no processo de seleção dos projetos e uma participação mais ativa da sociedade na formunação das propostas.

“As empresas deverão realizar, anualmente, chamada pública para seleção de projetos, observando a legislação pertinente, a disponibilidade de recursos por classe de consumidores e os critérios de seleção definidos pela ANEEL, entre os quais a relação custo-benefício, a capacidade dos projetos para superar barreiras de mercado e efeito multiplicador e a contrapartida financeira do proponente/beneficiário”, revelou Máximo.

Para a gerente de Eficiência Energética do grupo Neoenergia, Ana Christina Mascarenhas, as determinações do PROPEE foram importantes porque tornam as fontes incentivadas de energia cada vez mais competitivas contribuindo para a diversificação do mercado energético do país. 

Pelo PROPEE, as fontes incentivadas são empreendimentos de geração de energia renovável com potência instalada não superior a 30 megawatts (MW), como centrais eólicas, térmicas a biomassa e usinas com fonte solar, além de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e centrais geradoras hidrelétricas (CGH) que têm capacidade igual ou inferior a 1 megawatt (MW).

Máximo destaca que as mudanças devem ser assimiladas como aprimoramentos importantes na regulamentação do Programa, trazendo inovações para dar mais efetividade aos investimentos e projetos realizados. 

Dentro deste contexto ele avalia que o objetivo principal do PROPEE é a criação de uma consciência coletiva de combate permanente e sistemático ao desperdício e à ineficiência no uso da energia e demais recursos a ela vinculados que geram a mudança de hábitos e a criação de padrões de consumo eficiente e racional de energia. 

Isso aciona a transformação do mercado por meio da inserção de tecnologias e práticas mais eficientes.

“Ao contrário do que muitos pensam, a finalidade maior desses projetos não é a simples e imediata redução do consumo de energia. 

É a mudança de hábitos e a criação de padrões de consumo eficiente e racional de energia; a transformação do mercado por meio da inserção de tecnologias e práticas mais eficientes”, finaliza Máximo Pompermayer.

Fonte: Procel Info

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Para atender demanda, Brasil importa energia da Argentina: energia que poderia ser de PCHs

2201 - PCH








Após o apagão que atingiu 10 estados do Brasil e o Distrito Federal, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está buscando formas de reforçar o Sistema Interligado Nacional (SIN).

Além de um já anunciado acréscimo de carga que será feita até meados de fevereiro, o país teve que recorrer a uma medida imediata e importou até 1 mil MW de energia da Argentina para atender a demanda no horário de pico.

Esse “intercâmbio” de energia começou na última terça-feira (20), um dia após o apagão. 

A informação foi publicada no Informativo Preliminar Diário da Operação (IPDO) do ONS, que relata que foi importada uma média de 165 MW durante o dia com pico de 998 MW. 

O mesmo se repetiu nesta quarta-feira (21), mas com cerca de 90 MW médios. 

Em nota à imprensa, o ONS informou que desde janeiro de 2006 existe um acordo operacional com a Compania Administradora del Mercado Mayorista Elétrico S/A (CAMMESA) que permite a importação de energia, a ser compensada em função de acerto direto entre as partes. 

Ainda de acordo com a publicação, o “intercâmbio de energia nos dois sentidos vem sendo adotado em diversos momentos ao longo da vigência do acordo”. 

A energia que está sendo importada do país vizinho, no entanto, poderia estar sendo gerada em território brasileiro de forma renovável por meio das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). 

Existem quase 10 mil MW para serem construídos, sendo a maioria deles justamente nas três regiões que sofreram com o apagão do início da semana: Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 

De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os estados afetados têm mais de 7,4 mil MW a serem instalados – 76,2% do total do país. 

Não seria necessário utilizar energia argentina se, por acaso, os projetos de PCHs apenas de Minas Gerais saíssem do papel. 

Isso porque, segundo a Aneel, apenas naquele estado poderiam ter mais 146 empreendimentos gerando 1.740 MW de potência: são 1.173 MW parados na própria agência reguladora à espera de análise e outros 567 MW já outorgados e licenciados ambientalmente, mas inviabilizados por conta dos preços impostos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nos leilões. 

“Se tem gente que não acredita em renovável, não há problema. Isso é normal, cada um acredita no que quer. Mas não se pode perseguir as renováveis e as PCHs como fazem. 

É a mesma coisa que se perseguir cristãos, muçulmanos ou qualquer outra religião por não ser a sua crença”, relacionou Ivo Pugnaloni, presidente da Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidroelétricas (ABRAPCH). “Deve haver igualdade e oportunidade para todos. 

Não se pode impor preços impraticáveis como fazem com as PCHs. O governo precisa estar atento para esse valor não ser inexequível”, apontou. 

O próximo leilão de energia, que pode viabilizar alguns desses empreendimentos já outorgados, é o A-5, marcado para 30 de abril. O edital do certame, com os preços-teto para cada fonte, deve ser publicado em março. 

Confira abaixo a tabela com a quantidade de energia que poderia estar sendo gerada por PCHs apenas nas três regiões afetadas pelo apagão:



TABELA PCHS

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Eficiência energética na construção civil

Alberto Gomez Ruiz*
O principal desafio da construção civil, um dos setores com maior demanda de energia no mundo, é aumentar a eficiência energética durante e após a obra. 


Cada vez mais as medidas de contenção na utilização do insumo são discutidas, especialmente porque o país já passou por um grande racionamento em 2001.

O setor construtivo é responsável pelo consumo de quase metade do total de quilowatts produzido no mundo, segundo levantamento da Agência Internacional de Energia (AIE). 

No Brasil, de acordo com dados da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), as edificações consomem 42% de toda a energia gerada. 

O uso residencial corresponde por 23% do total produzido no país, enquanto os setores comercial e público respondem por 11% e 8%, respectivamente.

O que agrava ainda mais essa situação nos países em desenvolvimento é o consumo de energia da crescente classe média, que vem contribuindo significativamente para o aumento da demanda global das tradicionais formas de geração energética. 

Isso nos leva à necessidade de uma mudança na forma de construção e na responsabilidade da indústria no desenvolvimento de produtos sustentáveis a partir das mais avançadas tecnologias.

Foi pensando nesse cenário que surgiu a idéia de trazer para o Brasil a CasaE, Casa de Eficiência Energética da BASF, que reúne inovações em construção sustentável e energeticamente eficiente. 

Esse é o décimo projeto executado pela empresa no mundo e o primeiro em clima tropical. A ideia é mostrar como a indústria pode contribuir com pesquisa e tecnologia para a sustentabilidade nas construções.

As soluções aplicadas permitem uma redução de até 70% no consumo de energia. 

São tecnologias inteligentes como as microcápsulas poliméricas com parafina em seu interior e que, adicionadas ao gesso, mantêm a temperatura dos ambientes internos, a partir da troca de calor com a área externa. 

A solução chega a diminuir em 1/3 o uso do ar-condicionado. 

Outra contribuição é dos pigmentos adicionados à tinta que bloqueiam a absorção dos raios solares, mantendo a superfície pintada fria, mesmo quando forem escolhidas cores escuras, como preto ou cinza.

O sistema construtivo, com blocos de poliestireno expansível (EPS) e grafite, garante o isolamento térmico da casa acima de 20% em comparação ao produto convencional, o que também auxilia na economia de energia. 

Iluminação natural, janelas e portas com vidros duplos para manter a temperatura e eletrodomésticos adequados são outros fatores que contribuem para a redução do consumo energético.

Construções desse tipo ainda não são realidade no Brasil, mas o mercado começa a perceber que é possível erguer obras mais eficientes do ponto de vista energético, gerando também ganhos ambientais. 

Embora o custo mais alto ainda seja, em alguns casos, um dificultador, a sustentabilidade é um dos principais impulsionadores do crescimento e geração de valor. 

No futuro, estará ainda mais fortemente integrada às decisões de negócios.

São muitos os desafios que a construção civil tem pela frente na questão da eficiência energética, porém, sabemos que o setor tem se movimentado para a promoção da sustentabilidade. 

Já são 50 empreendimentos no país com LEED (Leadership in Energy and Environmen- tal Design), uma certificação americana para construções sustentáveis, e sabemos que isso deve aumentar a partir do momento que houver uma mudança de comportamento da indústria e, principalmente, dos consumidores que passaram a exigir obras mais eficientes.

*Alberto Gomez Ruiz é engenheiro civil, formado pela Universidade estadual de Mar- ingá, com MBA pela USP e é também responsável pelo Industry Team Construction da BASF.
Fonte: www.jornaldainstalacao.com.br

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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Eficiência energética esbarra no financiamento

Estudo da ONG Sitawi Finanças do Bem percebeu que empresas têm dificuldade em acessar linhas de crédito
Jefferson Klein

Eficiência deve representar redução de 3,4% da demanda de 2017JOÃO MATTOS/JC
Eficiência deve representar redução de 3,4% da demanda de 2017
Em uma época em que o preço da energia fica cada vez mais caro e que as termelétricas aumentam a geração, a eficiência energética é apontada como uma resposta para atenuar esse cenário que implica reflexos econômicos e ambientais. 

No entanto, ainda faltam conscientização e condições de financiamento para que a prática desenvolva-se mais rapidamente no Brasil.

A constatação é feita pelo estudo “Destravando o financiamento à eficiência energética no Brasil: soluções financeiras e não financeiras para os agentes de mercado”. 

O trabalho foi realizado pela organização sem fins lucrativos Sitawi Finanças do Bem, a pedido do Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Cebds). 

O levantamento percebeu que as empresas, além de terem uma dificuldade de acesso às linhas de crédito, geralmente preferem investir em outros projetos como incremento de capacidade de produção. 

As instituições financeiras, por sua vez, tendem a dar prioridade a empreendimentos que envolvem valores e taxas de retorno mais elevados.

O CEO da Sitawi Finanças do Bem, Leonardo Letelier, salienta que entre as atitudes que as companhias podem adotar para ter um uso mais racional de energia estão a troca de equipamentos antigos, a repotencialização das máquinas e a melhora de processos. 

O dirigente ressalta que as empresas são sensíveis à questão do custo da energia, mas defende que seria importante a realização de uma campanha de conscientização no País sobre a eficientização.

Letelier acrescenta que, no caso dos clientes residenciais, o recém implantado sistema de bandeiras tarifárias (que onera a conta de luz quando as termelétricas estão sendo acionadas intensamente) serve como um alerta. 

Contudo, o dirigente acredita que a medida não despertará tanto o interesse daqueles que não perceberem muito impacto em suas rendas. Letelier reitera a importância das vantagens ambientais da eficientização. 

Conforme dados da Sitawi, somente no primeiro semestre de 2014, houve um crescimento da participação da geração térmica não renovável de 43,5%, em relação ao igual período de 2013. 

Ou seja, a matriz elétrica brasileira passou a emitir 58% mais de emissões de carbono, chegando a 0,1440 tCO2/MWh. 

A organização cita ainda que a American Council for an Energy-Efficiency Economy estima que o País utilize menos de 30% do seu potencial de eficiência energética. Porém, a tendência é desse cenário melhorar.

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a eficiência energética representou a redução de 1% da demanda esperada de energia em 2013. Para 2017, esse percentual deverá ser de 3,4% e, para 2022, deverá chegar em 5,8%. 

Um dos autores do estudo feito pela Sitawi, Lucas Salgado, comenta que em 2022 a perspectiva é de alcançar uma energia conservada de cerca de 48 mil GWH. 

O pesquisador informa que isso significará uma economia total de R$ 5,2 bilhões, se for considerado o custo marginal de expansão de R$ 108,00, conforme dados da EPE. 

“Ao somarmos a economia com combustíveis fósseis (R$ 10,9 bilhões) temos um total anual de R$ 16,1 bilhões”, aponta Salgado.

Entre as soluções indicadas pelo trabalho encomendado pelo Cebds para fortalecer a implantação de projetos de eficiência está a realização de empréstimos fora do balanço (off balance sheet). 

O maior benefício da solução é transformar gastos antes considerados como Capex, que impactam a capacidade de endividamento das empresas, em gastos operacionais correntes - Opex. 

Nesse sentindo, evita-se a concorrência de capital entre os empreendimentos de eficiência energética e o restante do portfólio de investimento das companhias. 

Outra possibilidade são contratos de performance, em que o pagamento do desenvolvedor do projeto está atrelado aos ganhos de eficiência.

Abesco e Aneel reúnem-se para montar agenda conjunta de curto prazo para o setor


A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reuniram-se recentemente para discutir ações e planos de curto prazo em eficiência energética com o objetivo de desvincular o tema do aspecto de racionamento e combater o desperdício. 

“Nos últimos seis anos, cerca de 250 mil GWh foram gastos desnecessariamente no Brasil e o custo disso chega a R$ 62 bilhões”, alerta o diretor da Abesco Marcelo Sigoli.

Durante a reunião, o diretor da Aneel André Pepitone destacou a importância da união de esforços entre as entidades para que as questões que envolvam a eficiência energética ganhem força, inclusive em temas legislativos. 

Para tanto, o diretor da agência Reive Barros defendeu que é “necessário definir o que será feito, como será feito e como a Aneel pode ajudar”.

Nesse sentido, a Abesco ficou encarregada de montar um documento oficial com um levantamento de todas as ações nos últimos anos em eficiência energética que foram ou não realizadas e o porquê, e montar uma agenda de atividades com aplicações de curto prazo. 

O material será entregue e apresentado à Aneel no início de fevereiro para que as entidades possam definir as prioridades. 

“Existe um enorme potencial de redução do desperdício de energia no País e é este o compromisso que Abesco e Aneel buscam trabalhar”, concluiu Sigoli.

Leilão de Ajuste fecha com média de R$ 386,67/MWh


O 18º Leilão de Ajuste, promovido nesta quinta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foi concluído com preço médio da energia negociada em R$ 386,67 por megawatt-hora (MWh) e 2.105 MW médios contratados.

O certame foi composto por ofertas de fornecimento de três e seis meses, durou quase três horas e terminou com preços negociados próximos ao teto de R$ 388,48/MWh estabelecido pela agência reguladora. Os preços oscilaram entre R$ 318,08/MWh e R$ 388,48/MWh. 

Os valores mais elevados, como já era esperado, ficaram por conta dos contratos de seis meses. O mais alto, de R$ 388,48/MWh, limitado pelo teto autorizado pela Aneel, foi registrado na região Nordeste. 

Na região Sudeste/Centro-Oeste, o preço estabelecido ficou em R$ 388,18/Mwh. 

Para a região Sul, foi de R$ 385,87/MWh. 

Na região Norte, cujo preço limite era mais baixo em função da expectativa de menor demanda, o valor médio dos contratos de seis meses ficou em R$ 318,08/MWh. 

No caso dos contratos com três meses de duração, os valores foram um pouco menores. 

O preço mais elevado ficou na região Sul, com valor médio de R$ 387,66/MWh. No Sudeste/Centro-Oeste, ficou em R$ 386,70/MWh. Na região Norte, o valor ficou estabelecido em R$ 357,48/MWh.

Foram negociados 2.105 MW médios, ou 8,554 milhões de MWh no período de fornecimento  — de janeiro a março ou de janeiro a junho. 

Os contratos a serem formalizados a partir do resultado do leilão devem movimentar R$ 3,311 bilhões, conforme dados da página eletrônica da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela operacionalização do certame. 

O Leilão de Ajuste desta quinta-feira tinha como objetivo complementar a carga de energia necessária para que as distribuidoras pudessem atender ao mercado consumidor neste primeiro semestre. 


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Eficiência Energética - Prédios públicos de Cotia recebem lâmpadas mais econômicas

Texto e fotos: Assessoria de Imprensa















Mais de 4 mil peças do sistema de iluminação dos prédios de serviços públicos foram substituídas nesta semana. 

A AES Eletropaulo esteve em escolas, UBSs, farmácias populares, secretarias municipais e no paço municipal para realizar a troca de lâmpadas antigas por novas, mais econômicas. 

A iniciativa oferece orientações e alternativas para evitar desperdícios de energia elétrica através do Programa Eficiência Energética.

O projeto segue uma resolução da ANEEL, na qual as empresas de energia destinam 0,5% de sua receita líquida a programas desse tipo.

A expectativa é que mais de 50% de energia seja poupada através da troca das luminárias. 

Além de contribuir com a economia do município, a ação garante benefícios ao meio ambiente, uma vez que todo o material descartado será destinado para empresas responsáveis por fazer a reciclagem.  















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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Com o aumento da conta de luz, é hora de economizar energia

Thatiana Pimentel


A bióloga Constância Ayres, casada e com dois filhos adolescentes, conseguiu reduzir quase 20% da sua conta de energia com medidas simples como evitar ligar o ar-condicionado, manter as janelas de casa abertas, usar a máquina de lavar em um dia específico da semana e ligar pouco a TV. 

Isso tudo no verão, onde o consumo costuma aumentar em até 10% em relação ao inverno, segundo dados da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). 

Para incentivar atitudes como o da bióloga, em tempos apagão, a empresa começa neste sábado uma campanha educativa que vai percorrer até fevereiro sete praias do litoral pernambucano com dicas de consumo consciente.


Daniel Sarmento, gestor de eficiência energética da Celpe, afirma que hábitos simples podem fazer a diferença. 

“O raciocínio é básico. Os aparelhos que mais consomem devem ter um monitoramento maior. 

Eles correspondem ao chuveiro elétrico, ar-condicionado, ferro de passar, máquina de lavar roupas e a geladeira”, explica. Outra dica de ouro é que quanto mais antiga a máquina, maior o gasto energético. 

“É preciso ter cuidado principalmente com as borrachas das portas das geladeiras, que quando estão velhas aumentam em até 30% o consumo de energia. 

Além disso, adquirir aparelhos com selo Procel de Eficiência Enrgética e trocar as lâmpadas por LED também provocam uma grande redução na conta.”

Na casa de Constância Ayres todos estes procedimentos foram adotados e mais outros, como o uso paredes claras nos ambientes e janelas abertas durante o dia e a noite. 

“Como eu gosto muito de banho quente, para me acostumar com o banho frio eu faço um exercício antes. Aí bate o calor e fica mais suportável. Também costumo ir em todos os quartos da casa antes de dormir para verificar aparelhos que, ocasionalmente, estejam ligados ou no stand by. 

Meu filho sempre diz que o computador está baixando alguma coisa, mas eu desligo mesmo assim”, completa. Todos os cuidados provaram ser efetivos e levaram a uma redução da conta da bióloga de R$ 170 para R$ 140.

Saiba mais...

Dez dicas para economizar energia

1. Troque as lâmpadas incandescentes por fluorescentes

2. Não deixe a luz acesa em cômodos desnecessariamente

3. Pinte as paredes internas e os tetos da casa com cores claras. Elas refletem e espalham a luz para todo o ambiente

4. No caso dos aparelhos de ar-condicionado, mantenha os filtros sempre bem higienizados

5. Sempre use o ar-condicionado com temperaturas acima de 20 graus

6. Máquina de lavar roupa e ferro de passar consomem bastante energia. Portanto, tente usá-los quando houver bastante roupa acumulada para realizar o trabalho de uma única vez

7. No caso do ferro de passar, outra dica é passar roupas leves por último. Como elas precisam de menos calor, você pode aproveitar a temperatura ainda alta quando o ferro for desligado e passá-las rapidamente

8. Evite deixar aparelhos eletrônicos em stand-by. Apesar de desligados, esse modo pode representar um gasto mensal de até 12%

9. Mantenha a borracha de vedação da geladeira sempre em bom estado

10. Quando viajar, mesmo que por dois dias, desligue a chave geral da casa para não gastar energia com coisas desnecessárias

Fonte: Celpe


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Planejamento é o melhor caminho para manter a segurança de uma obra no que se refere à instalação elétrica

A segurança deve ser a primeira preocupação de qualquer tipo de construção quando o assunto é instalação elétrica. 

É importante reforçar, conforme a norma técnica da ABNT NBR 5410, alguns aspectos como escolha dos materiais a serem aplicados em relação ao local, tipo de sistemas, área externa, área interna, método de instalação (aparente, embutida, enterrada).





A norma ABNT NBR 15.465 também precisa ser levada em consideração, pois ela estabelece os requisitos técnicos para os eletrodutos corrugados flexíveis classe leve para esforço mecânico 320 N / 5 cm e classe Médio para esforço mecânico 750 N / 5 cm, diferenciando a sua aplicação para paredes de tijolos e para lajes e pisos.

Porém é comum observar-se a utilização da classe leve em toda instalação, dificultando a passagem dos fios e cabos, devido a deformação do eletroduto chegando a danificar a isolação dos fios e cabos ou em casos extremos impedindo a passagem dos mesmos pelo eletroduto.

Também observa-se inadequação no dimensionamento da instalação, encontrando-se itens embutidos que não atendem os requisitos técnicos normativos ou impossibilitam sua utilização de forma adequada, dificultando uma ampliação futura, como exemplo: 

eletrodutos de diâmetro inferior não atendendo a taxa de ocupação que é de 40% no caso de três ou mais condutores conforme norma ABNT NBR 5410,

caixas 4x2 e 4x4 com dimensões reduzidas ou instaladas de forma profunda nas paredes, dificultando a fixação dos mecanismos 

e placas das tomadas e interruptores, fiação dimensionada a menor não levando em conta taxa de ocupação, temperatura e distância (queda de tensão).

Além disso é comum encontrar quadros de distribuição instalados em locais que não são de fácil acesso, com objetos obstruindo o acesso e tamanhos reduzidos não possibilitando a instalação de DR e DPS para regularização da instalação e muito menos ampliação futura.

Reforçando que o item segurança sempre deve nortear qualquer obra, em especial nas instalações elétricas, deve-se evitar emendas mal feitas, isolação inadequada, utilizando fitas adesivas não isolantes, dentro de tubulação com água, fiação de elétrica junto com a fiação de telefonia, cabo de rede, antena e outros, em alguns casos utilização de interruptores e tomadas não adequados a tensão e corrente da carga no local. 

É muito comum encontrar chuveiros com plugues e tomadas que são para no máximo 20A e proibido por norma, em chuveiros que consomem mais do que isso ao invés de utilizar os conectores adequados de porcelana para 50A.


O Grupo Legrand, especialista mundial em sistemas elétricos e digitais para infraestruturas prediais, além de possuir uma extensa opção de materiais certificados dentro das mais rígidas normas de segurança, indica que o projeto de instalação elétrica seja planejando e acompanhado por profissionais de reconhecida competência no sentido de garantir um investimento seguro e o bom uso dos materiais.

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