quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Países emergentes lideram adoção de energia renovável no mundo

Eles adicionaram "uma Austrália" de nova geração de energia renovável em 2015, mostra estudo da Bloomberg New Energy Finance




(Sean Gallup/Getty Images)
O grupo dos emergentes inclui países como China, Índia, Brasil, Chile, México, Egito e África do Sul, e reflete a atividade das renováveis em 2015, um ano que culminou na assinatura do Acordo Climático de Paris, um marco para o combate às mudanças climáticas.


América Latina e Brasil

A América Latina continua na liderança mundial, com mandatos ambiciosos de energia limpa e leilões agressivos que estimulam a implantação de projetos renováveis na região e pressionam a redução dos preços de energia solar e eólica. 

Segundo o Climatescope, a região garantiu US$ 21,9 bilhões em energia renovável em 2015.

Pela primeira vez em todas as três edições do estudo, o Brasil não ficou em primeiro lugar entre os países da América Latina e do Caribe no quesito atratividade para renováveis. 

Este ano, a liderança na região ficou com o Chile, principalmente devido ao investimento recorde, que saltou de US$ 1,3 bilhão em 2014 para US$ 3,2 bilhões em 2015.

A classificação de atratividade no Climatescope leva em conta a política de investimento em energia renovável dos países, suas condições de mercado, a estrutura do setor elétrico, o número e composição de empresas locais que operam no setor e os esforços de redução dos gases de efeito estufa.

Na nova análise, o Brasil é o segundo maior destino de investimentos em energia renovável entre os países do Climatescope. 

De 2006 a 2015, o país recebeu US$ 121 bilhões (R$ 251,3 bilhões) para projetos de energia limpa. 

Somente em 2015, o país recebeu US$ 11 bilhões (R$ 35,9 bilhões) em investimentos em energia limpa e instalou 3GW de novas usinas de energia renovável.

O estudo também destaca que o Brasil tem uma das metas mais ambiciosas de redução de emissões absolutas do mundo. 

Antes da reunião do clima COP21, o País se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 43% abaixo dos níveis de 2005 até 2025, o que se traduzirá em uma redução de 903MtCO2e. 

Esse valor é três vezes a quantidade emitida em 2012 pelos 13 países da América Central e do Caribe combinados.


Solar

O investimento em energia solar nos países analisados pelo Climatescope aumentou em 43%, chegando a US$ 71,8 bilhões em 2015. 

Segundo a BNEF, em questão de custos, a energia fotovoltaica (FV) agora pode competir e derrotar projetos de combustíveis fósseis em alguns países.

Associados à queda dos custos, novos modelos de negócios inovadores e uma geração de jovens empresários estão revolucionando a forma como as questões de acesso à energia são abordadas em nações menos desenvolvidas, onde 1,2 bilhão de pessoas ainda vivem sem energia elétrica.

Essa tendência é marcada pelas ascensão do “off-grid” ou “mini-grid”, que desafia a suposição de que apenas uma rede elétrica interconectada pode atender às necessidades de um país.

Segundo a BNEF, uma grande quantidade de startups que levam soluções a regiões remotas do globo é financiada por fundos privados, e ao todo conseguiram angariar mais de US$ 450 milhões ao longo de 2015.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Ações de eficiência energética das Empresas Eletrobras 2013-2014





A publicação tem o objetivo de apresentar as principais ações corporativas de eficiência energética do Sistema Eletrobras (no período de 2013 a 2014) e está estruturado em capítulos referentes a cada empresa.

São relatadas ações de 15 empresas, sendo seis de distribuição, sete geradoras e transmissoras, um centro de pesquisa e a holding. 

No total são reportadas 90 ações corporativas de eficiência energética.

Os ganhos energéticos advindos dessas ações foram estimados em 79 GWh de economia de energia e 14 GW de redução de demanda.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Google anuncia que a partir de 2017 usará apenas energia renovável

A empresa tem investido em produção própria, fornecedores de energia limpa e eficiência energética.
Em todo o mundo, a demanda energética do Google é de 2,6 gigawatts. | Foto: iStock by Getty Images
Após anos investindo em opções alternativas para abastecer energeticamente suas estruturas, o Google anunciou recentemente que rodará apenas a partir de fontes renováveis já em 2017. 

Para alcançar o objetivo, a empresa tem investido em produção própria, fornecedores de energia limpa e, principalmente, na eficiência energética em todas as suas áreas de atuação.

Conforme informado por Neha Palmer, líder global do departamento de estratégia energética do Google, a cada unidade de energia consumida, a empresa comprará o equivalente ou mais em energia renovável. 

A estratégia é usar diretamente a fonte, mas quando isso não for possível, fazer a compensação dentro do mesmo segmento.

A primeira vez que o Google mostrou interesse e compromisso com as renováveis foi em 2010, quando procurou pela energia eólica. 

Em 2014 a companhia já tinha 37% de sua demanda proveniente de fontes limpas e o percentual subiu para 44 em 2015.

O desafio não é apenas em produzir eletricidade sem emitir gases de efeito estufa, mas, principalmente reduzir o desperdício e o uso, já que a empresa cresce a cada dia e a demanda por espaços em data centers também vai na mesma proporção. 

Para se ter uma ideia, em apenas cinco anos, os centros de dados do Google passaram a demandar 3,5 vezes mais energia computacional.

Os investimentos em eficiência são essenciais para que a empresa chegue aos 100% de energia renovável. 

“Se você cobrir todo o telhado de um data center com painéis solares, talvez você consiga produzir 5% da energia necessária para o seu abastecimento. 

Se você espera chegar aos 100%, a única opção atualmente é comprar eletricidade a partir de outros projetos”, explicou Hervé Touati, diretor do Rocky Mountain Institute, em entrevista ao site Green Tech Media.

Em todo o mundo, a demanda energética do Google é de 2,6 gigawatts. Segundo Palmer, a empresa tem focado na busca por produtores de energia limpa nas áreas em que seus prédios estão instalados.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Pesquisa mostra que 82% dos executivos pretendem aumentar investimentos em eficiência energética no Brasil

Fonte: Procel Info



São Paulo - O Indicador de Eficiência Energética da Johnson Controls de 2016, pesquisa com mais de 1.200 instalações e executivos de gestão de energia nos Estados Unidos, Brasil, China, Alemanha e Índia, mostra que o interesse e o investimento na eficiência energética alcançaram nível recorde.

No Brasil, 94% dos entrevistados disseram que suas organizações estão prestando mais atenção à eficiência energética hoje do que há um ano, com 82% antecipando o aumento dos investimentos em eficiência energética e energia renovável nos próximos 12 meses. 

Em comparação, 88% dos entrevistados brasileiros em 2013 relataram prestar mais atenção à eficiência energética e 57% haviam planejado aumentar os investimentos.

Ainda no Brasil, 35% dos entrevistados estão dispostos a pagar mais para o espaço em um edifício verde certificado, em comparação com 29% dos entrevistados em 2013. 

Além disso, 37% dos entrevistados no Brasil construíram seu espaço de locação para padrões elevados de desempenho, em comparação com 26% em 2013.

Globalmente, embora a redução de custos continue a ser o principal motivo do investimento, as organizações também estão considerando cada vez mais a segurança energética, o cliente, atração de funcionários, redução de gases de efeito estufa, melhora da reputação, política do governo e expectativas dos investidores na tomada de decisões de investimento. 

Os resultados da pesquisa mostram que 64% das organizações norte-americanas têm agora uma meta interna ou declararam publicamente redução de carbono, em comparação com 41% em 2013.

“A eficiência energética é o centro de uma grande transformação dos nossos edifícios, sistemas de energia e infraestrutura urbana”, observa Bill Jackson, presidente de Building Efficiency da Johnson Controls. 

“O investimento em edifícios inteligentes, sustentáveis e resilientes é a chave para o aumento da eficiência urbana e entrega de seus muitos benefícios sociais, ambientais e econômicos.”

Assim como das outras vezes, os entrevistados globais relataram falta de financiamento, reembolso insuficiente, incerteza da poupança e falta de conhecimentos técnicos como as barreiras mais significativas para o investimento. 

De acordo com a pesquisa, as organizações que operam carteiras maiores de edifícios são mais propensas a usar capital interno para investimentos e possuem duas vezes mais probabilidade de obter financiamento externo ou usar contratos de serviços de energia para fazer melhorias de eficiência energética.

Organizações com a maioria de suas instalações localizada em áreas urbanas são mais propensas a investir na construção inteligente e em tecnologia energética. 

Na verdade, 64% das organizações em áreas urbanas têm investido na construção de sistemas de gestão, enquanto mais de 50% têm investido na integração de sistemas de gestão da construção com iluminação, segurança, seguro de vida ou outros sistemas. 

Além disso, 39% das organizações em áreas urbanas têm investido em energia renovável local e 24% em não-renovável de geração distribuída. 

Estas organizações também são mais propensas a investir em armazenamento de energia e exigir resposta tecnológica.

Realizada pela primeira vez em 2007, a pesquisa do Indicador de Eficiência Energética (EEI 2016) consultou líderes de energia e gestão de instalações sobre os investimentos atuais e os planejados, principais impulsionadores e barreiras organizacionais para melhorar a eficiência energética em todas instalações. 

Este ano, a empresa pesquisou 1.248 executivos tomadores de decisão dos Estados Unidos, Brasil, China, Alemanha e Índia representando organizações comerciais, institucionais e industriais com carteiras de tamanhos variados em áreas urbanas, suburbanas e rurais. 

A síntese da pesquisa está disponível para consulta neste link.

*Com assessoria de imprensa

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Itaipu está próxima de obter o grau máximo da gestão de energia


A Itaipu transformou parte do teto do estacionamento do Centro Executivo em uma microgeradora de energia elétrica.
A Itaipu está próxima de ser reconhecida como empresa modelo de gestão de energia, graças a uma série de medidas implantadas no Centro Executivo, em Foz do Iguaçu. 
De terça (29) a quinta-feira (1º), uma equipe de auditoria interna, formada por empregados da Itaipu e de outras empresas do Sistema Eletrobras, esteve no local para avaliar o atendimento às diretrizes estabelecidas pela ISO 50.001 – norma global para a gestão eficiente da energia. 
É uma etapa preparatória para a visita de uma auditoria externa credenciada, que acontecerá em 2017 e poderá viabilizar a certificação.
Nos últimos anos, a Divisão de Infraestrutura (SGII.AD) e a Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice) promoveram ações que, aos poucos, foram deixando o Centro Executivo na vanguarda da gestão de energia na Itaipu. 
Entre elas, a substituição de lâmpadas de filamento incandescente e fluorescente tubulares por LED; 
a produção de energia solar com a instalação de painéis fotovoltaicos em parte do telhado do estacionamento; 
a troca de antigos aparelhos de ar-condicionado pela nova tecnologia de equipamentos inverter; 
a colocação de sensores de presença nos corredores; 
e a instalação de novos medidores de consumo, que permitem maior controle e acompanhamento rápido.
O objetivo da auditoria interna, na próxima semana, é verificar se todos os requisitos da ISO 50.001 já estão contemplados, a fim de que não haja nenhuma não conformidade antes da vinda da auditoria externa.


Marcelo Miguel: é importante que todos os colegas do Centro Executivo saibam do processo de obtenção do certificado.
“Será fundamental que todos os colaboradores que trabalham no Centro Executivo estejam cientes deste processo, já que uma das ações que serão executadas pelos auditores é verificar se todos estão cientes”, alerta o engenheiro Marcelo Miguel, da Divisão de Engenharia Eletromecânica (ENEE.DT), coordenador da Cice pela margem esquerda. 
Para ajudar, um banner com informações sobre a gestão do consumo de energia na Itaipu foi colocado na entrada dos empregados, no Centro Executivo. 
Empresas que recebem a certificação ISO 50.001 são reconhecidas como detentoras das melhores práticas de gestão da energia, estabelecendo sistemas e processos necessários para melhorar o desempenho energético.
A implementação da norma visa a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, de impactos ambientais associados a ele e a diminuir o consumo e, consequentemente, o custo da energia.

Unidades externas dos novos aparelhos de ar-condicionado inverter, mais econômicos que os antigos.
Ciclo completo
Caso obtenha a certificação no Centro Executivo, a Itaipu será a segunda empresa do Sistema Eletrobras a receber o reconhecimento (a primeira foi a usina de Tucuruí, neste ano) e a primeira paraguaia.
Representada por Marcelo Miguel, a Itaipu participa do Comitê Brasileiro CB-116 – responsável pela elaboração da versão brasileira da norma ISO 50.001: a ABNT NBR ISO 50.001:2011 Sistema de Gestão de Energia – Requisitos com Orientações para Uso.
No âmbito interno, o objetivo da SGII.AD e da Cice é disseminar a gestão eficiente do consumo de energia em todas instalações da empresa, tendo com impulso inicial a certificação do Centro Executivo.
Já consagrada na excelência da produção de energia, com isso a Itaipu passa a ser reconhecida também pela qualidade da gestão do seu consumo, consolidando o ciclo completo da qualidade da energia.

Instalação de lâmpada LED no Centro Executivo: uma única lâmpada LED faz o papel de duas fluorescentes em termos de luminescência.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Publicações orientam interessados em apresentar projetos de eficiência energética

Fonte: Procel Info



Distrito Federal - Já está disponível no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um guia prático de “Chamadas Públicas de Projetos do Programa de Eficiência Energética (PEE)”.

A publicação é destinada às empresas de serviços de eficiência energética (ESCO), consumidores, fabricantes e comerciantes de equipamentos eficientes interessados em apresentar projetos de eficiência energética, no âmbito do PEE.

O documento consolida os conceitos necessários para a apresentação de projetos e orienta os proponentes na elaboração de projetos de qualidade e com resultados eficazes.

O Guia está organizado em quatro partes que visam explorar as seguintes questões: 
quais são as principais regras a serem observadas pelos proponentes para apresentação de propostas de projetos em Chamadas Públicas do PEE; 
quais são as ações de eficiência energética possíveis; 
quais são os modelos de contratação e como eles são aplicados no âmbito do PEE.

A publicação foi elaborada com o apoio colaborativo entre a Aneel e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, estabelecido no âmbito do acordo de cooperação técnica entre Brasil e Alemanha.

Guia Prático de Chamadas Públicas do PEE para Distribuidoras


A publicação é direcionada às distribuidoras de energia elétrica que pelas regras do Programa de Eficiência Energética – PROPEE têm a obrigação de apresentar pelo menos uma Chamada Pública ao ano.

Esse instrumento normativo tem por objetivo tornar o processo de escolha dos projetos e unidades consumidoras beneficiadas pelas ações de eficiência energética mais democrático e transparente, ampliando a abrangência das ações e a participação da sociedade na implementação dessa política pública.

Até junho de 2013, as empresas de distribuição de energia elétrica tinham autonomia para escolher os projetos do PEE regulado pela Aneel, mas, com a publicação da Resolução Normativa nº 556/2013, todas as distribuidoras, exceto exceções, passaram a ser obrigadas a selecionar os projetos por meio de Chamada Pública.

* Com informações da Aneel

   Veja aqui a lista completa

Fonte: www.procelinfo.com.br

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Novo Construcard com aporte de R$7 bilhões inclui equipamentos de eficiência energética

Cartão tem condições de pagamento mais acessíveis e vai permitir compra de equipamentos mais modernos também de eficiência hídrica



Com a proposta de beneficiar 2 milhões de pessoas e incentivar a indústria da construção civil, o governo federal e a Caixa Econômica Federal liberaram R$ 7 bilhões para o novo cartão Construcard. 

O anúncio foi feito pelo presidente da República Michel Temer nesta quinta-feira (24).

Entre as novidades está a possibilidade de aquisição de aparelhos mais modernos de eficiência hídrica e energética. 

Os clientes poderão financiar por meio do cartão equipamentos para a reutilização de água, fossas ecológicas, aquecedores solares e aerogeradores, além de equipamentos de energia fotovoltaica e de segurança residencial.

Ao adquirir o cartão, o cliente faz uma operação de crédito normal. No entanto, as condições são mais acessíveis para os interessados. 

O prazo final para o financiamento ser quitado é de 240 meses, mas o consumidor terá o benefício de pagar apenas os juros no período inicial do contrato, o que pode variar de seis meses a dois anos.

Na prática, esse benefício permite ao cliente desembolsar um valor menor no início do contrato, o que vai diminuir o comprometimento da renda das famílias nesse período inicial. 

O valor médio dos financiamentos é de R$ 14 mil, mas o limite depende da capacidade de pagamento do cliente. A Caixa informou que 400 mil clientes já estão com os limites pré-aprovados.

Como posso usar o Construcard

O cartão é aceito em uma ampla rede de lojas, composta por mais de 60 mil estabelecimentos em todo o País. Ele pode ser usado para a compra de qualquer material de construção, a exemplo de tijolos, cimento, pisos, revestimentos, armários embutidos, piscinas e outros.

O cliente, a partir de agora, passa a receber o Construcard no ato da contratação do financiamento, o que pode ser feito em qualquer agência da Caixa. O consumidor sai do banco com o cartão já liberado para compras.

Como ver o saldo do Construcard

O uso do cartão pode ser controlado pelo aparelho celular. 

O cliente vai receber mensagens via SMS com informações sobre as compras e o saldo disponível. Também é possível baixar no telefone um aplicativo que permite fazer consultas e até a realização de bloqueio e desbloqueio do Construcard.

Junto ao anuncio do cartão, o governo assinou um convênio com a Associação Nacional de Lojistas de Material de Construção (Anamaco). 

O objetivo é disponibilizar produtos e serviços em condições especiais para as lojas de materiais de construção.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Ajude seu condomínio a economizar energia


Fonte: Procel Info 


São Paulo - Até setembro deste ano, o preço dos condomínios, em São Paulo, cresceu, em média, 8,9% em comparação com o ano anterior, de acordo com o Secovi (Sindicato da Habitação). 

Entre os fatores que compõem o índice, o que teve menor aumento foi o geral de tarifas, com variação positiva em 4,6% no ano.

A conta de energia, atualmente, é uma das que menos pesa para os condomínios. 

O efeito se justifica pela saída da bandeira tarifária vermelha, no segundo trimestre, e redução na tarifa, no segundo semestre. 

Algumas medidas podem tornar o uso de energia mais eficiente e, assim, ajudar a tornar a cobrança do condomínio mais leve aos moradores.

O coordenador de Usos Finais e Eficiência Energética da AES Eletropaulo, Rubens Leme, lista abaixo algumas iniciativas que podem contribuir para a redução do consumo de energia dos condomínios:

​* Incentive os moradores a utilizar as escadas para subir um andar ou descer dois andares;

* Caso haja mais de um elevador, nos horários de menor circulação, é indicado que apenas um fique disponível;

* Fios mal emendados, desencapados e mal isolados causam fuga de corrente, o que desperdiça energia e encarece a conta. Um eletricista capacitado pode facilmente identificar e reparar o problema;

* Fazer a manutenção e limpeza do ar condicionado das áreas comuns é importante. Um equipamento sujo é menos eficiente, por isso consome ​mais;

* Instale torneiras automáticas e identifique vazamentos de água. Além de economizar água, há a redução do consumo de energia da bomba de ​recalque;

* Ao adquirir equipamentos eletrônicos, dê preferência aos de baixo consumo energético. Verifique se o equipamento possui selo Procel, etiqueta Inmetro (no caso de nacionais) ou Energy Star (no caso de eletrônicos importados);

* Use, sempre que possível, iluminação natural;

* A troca das lâmpadas antigas - incandescentes - por LED pode gerar economia de energia de até 80%. Além disso, o equipamento dura quinze vezes mais;

* Em áreas comuns, instale dispositivos de controle e comando, como: Interruptores, Fotocélulas e Sensores de Presença;

* Divida os circuitos de iluminação setorialmente.

Com informações da AES Eletropaulo​​​


Veja aqui a lista completa















terça-feira, 22 de novembro de 2016

Energia - A distribuição no divã

Brasil - Novas tecnologias e mudanças em modelos comerciais obrigam segmento a refletir sobre o futuro, num momento em que a conjuntura se mostra adversa.





Brasil - Durante muitas décadas, o papel da distribuidora de energia era entregar eletricidade aos consumidores sem riscos ou complicações que afetassem o modelo de negócio. 

Cenário que veio se modificando ao longo dos anos, diante das mudanças regulatórias e de mercado, que abriram espaço para novos atores.

Diante do novo papel do consumidor, com mais autonomia para escolher de quem vai adquirir a própria energia, e da introdução de novas tecnologias, o que se impõe às distribuidoras é seguir o fluxo da mudança.

As distribuidoras enfrentam, entre outros, três grandes desafios. 

O operacional inclui o gerenciamento de oferta, a modernização da rede e o furto de energia. 

O comercial está baseado no crescimento da migração para o mercado livre, inicialmente por questões conjunturais, mas que pode aumentar ainda mais diante de uma eventual ampliação da elegibilidade para o ingresso ao ambiente.

O terceiro desafio é de base tecnológica, o que também exigirá atenção nos aspectos da operação e comercialização, com o gradual aumento da geração distribuída e da introdução de ferramentas digitais.

Disrupção chega ao setor

Muito mais do que aspectos comerciais, a disrupção chega ao setor, comportamento que também ocorreu em outros países, como México e Vietnã, em processo de abertura de mercados, e na Europa, que vem puxando a fila das inovações tecnológicas que ainda são o estado da arte.

Segundo a diretora do Centro de Regulação da Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e colunista da Brasil Energia, Joísa Dutra, a distribuição passa por um momento importante, já verificado na década de 90 no setor de telecomunicações, exatamente pela natureza disruptiva que afeta modelos de negócios tradicionais e que são a base da cadeia de valor do segmento.

Joísa, que já foi diretora da Aneel, e apresentou em maio seminário sobre o tema, ressaltou que a disrupção acontece porque o modelo deixa de ser baseado em grandes hidrelétricas (segurança energética) e passa a ser lastreado por aspectos como eficiência energética, resposta de demanda, armazenamento de energia e geração distribuída.


Clique no link abaixo e leia a reportagem na íntegra
Brasil Energia - Outubro 2016.pdf

terça-feira, 8 de novembro de 2016

5º Simpósio SAE BRASIL de Veículos Elétricos e Híbridos – Seção São Paulo

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

São Paulo coloca em operação a primeira usina solar flutuante do Brasil


A primeira usina fotovoltaica do Brasil a utilizar a tecnologia de placas flexíveis e rígidas em sistema flutuante completou, no meio de outubro, um mês e meio em plena operação na cidade de Rosana, em São Paulo, com a geração de 101.522 quilowatt-hora (kWh). 

Essa energia é suficiente para abastecer mais de mil residências com consumo mensal de 100 quilowatt-hora (kWh).

A instalação de usinas solares em meio aquático representam um grande potencial para o Brasil e também podem ajudar comunidades ribeirinhas e isoladas a terem acesso a energia elétrica. 

“Nosso objetivo é testar essas tecnologias inovadoras para poder fornecer esse conhecimento para as empresas do setor instaladas no Estado e popularizar o uso das energias renováveis”, explica o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.

Este é o primeiro projeto de usina solar flutuante instalado em lago de usinas hidrelétricas no mundo, que permite aproveitar as subestações e as linhas de transmissão das hidrelétricas e a área sobre a lâmina d’água dos reservatórios. Projetos similares ainda estão sendo iniciados nas cidades de Balbina, no Amazonas, e em Sobradinho, na Bahia.

Também está sendo instalada na usina a primeira planta eólica do Estado de São Paulo


O projeto, iniciado em maio de 2014, recebeu investimento de R$ 23 milhões da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e consiste na instalação de duas plantas com painéis solares rígidos de 250 quilowatts (kW) em terra e 25 kW em sistema flutuante, e outras duas plantas com painéis solares flexíveis com 250 kW em terra e 25 kW em sistemas flutuantes.

Foram instalados 100 painéis rígidos flutuantes de 250 watts cada um e 180 flexíveis flutuantes de 144 watts cada. 

A área ocupada pelas placas flutuantes é de aproximadamente 500 metros quadrados, e o reservatório possui 2.250 quilômetros quadrados.

Os flutuadores instalados no reservatório da usina de Porto Primavera foram desenvolvidos especificamente para esse projeto por uma empresa paulista.

Também está sendo instalada na usina a primeira planta eólica do Estado de São Paulo, que terá capacidade de cerca de 500 kW. 

“São Paulo não tem o mesmo potencial eólico que o nordeste do país, mas é aqui que estão instalados os fabricantes desse setor. Temos que estudar essa energia para fomentar sua geração no Brasil e a expansão do setor fabril no Estado de São Paulo”, comenta Meirelles.

A usina tem importância fundamental no desenvolvimento de pesquisas que estudam a complementaridade das fontes solar e eólica, consideradas intermitentes, com a hídrica trabalhando na base do sistema.

São Paulo e as energias renováveis

São Paulo vem ampliando sua importância na geração de energia fotovoltaica. A primeira usina do Estado é a de Tanquinho, no município de Campinas, com potência de 1.082 quilowatts-pico (KWp) e capacidade de gerar 1,6 GWh por ano. 

A segunda usina fotovoltaica está na Universidade de São Paulo – USP, na capital paulista.

O Estado também conta com empreendimentos que estão sendo instalados em Dracena e Guaimbê com potência de 270 MWp. Existem ainda em São Paulo, conectados ao sistema, 711 empreendimentos de micro e mini geração distribuída.

(Via eCycle, com informações da Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo)


quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Setor de Inovação da FCA investe em energia solar para alimentar o carro do futuro

Ricardo Alexandre


Laboratório móvel: único na América Latina, o carro acima mede suas emissões e avalia a eficiência das células fotovoltaicas

Quando você dá partida no seu carro e anda despreocupadamente por aí, o alternador aproveita parte da força do motor para manter sua bateria carregada e, assim, alimentar todas as necessidades elétricas do veículo: 
os sistemas eletroeletrônicos básicos, as luzes do painel e faróis, vidros elétricos, ar condicionado, e a porta de 12 volts que você usa para carregar o celular. 

Aproveitar o movimento do carro para suprir essa demanda elétrica é uma excelente ideia, mas a energia é produzida pela queima do combustível, o que gera emissão de poluentes na atmosfera. 

Este ponto porém, está na mira de pesquisadores do Centro de Inovação da FCA em Betim, MG. 

A equipe, liderada pelo engenheiro Toshizaemom Noce, pesquisa o uso de células fotovoltaicas no próprio veículo para converter a luz solar em energia elétrica seguindo o princípio dos painéis solares que você já conhece – e armazená-la também na bateria do veículo. 

Isso diminui o consumo de combustível e, em consequência, a emissão de poluentes, reduzindo o impacto ambiental e gerando economia tanto para os motoristas (por causa do menor consumo de combustível) quanto para a FCA e o Brasil (pelos créditos de carbono conseguidos). 

As pesquisas começaram há um ano com uma parceria entre a FCA e a CSEM Brasil, empresa que produz as células fotovoltaicas, que são filmes plásticos transparentes de 20 centímetros de largura com um composto fotovoltaico orgânico impresso na superfície. 

Essas películas podem ser aplicadas diretamente na lataria do veículo, ou até mesmo dos vidros, com a vantagem de fazer também a função de película solar, reduzindo a temperatura interna do carro. 

Esse tipo de tecnologia já é usado nos Estados Unidos, Europa e Japão, mas é a primeira vez que começa a ser pesquisada no Brasil, onde, curiosamente, a incidência de raios solares é maior. Como a pesquisa é muito nova ainda, Noce não arrisca uma previsão de quando poderá aplicá-la na produção, mas os números são animadores. 

“Na Europa, a referência de energia produzida por metro quadrado de célula fotovoltaica é de 120W. Nossas pesquisas mostram que no Brasil essa referência supera os 200W”, comemora. 

“Isso significa que o potencial de aplicação da tecnologia por aqui é maior, e também que poderemos negociar mais créditos de carbono”. Conhecida como “Projeto Girassol”, a pesquisa coleta e analisa dados através da instalação das células fotovoltaicas em 25 veículos que rodam pelas ruas de Belo Horizonte. 

São os mesmos veículos camuflados que pilotos de teste como a Vanessa dirigem por aí, exceto o da foto no alto da página: um Fiat UNO que conta também com um laboratório de emissões portátil – o único do tipo em uso na América Latina – para medir as emissões do escapamento em condições reais de uso e avaliar a eficiência energética das células. 

Embora a célula fotovoltaica em geral ainda seja cara para o setor automotivo (o retorno do investimento vem em cerca de três anos, de uma vida-útil média de 10-15 anos, segundo Noce), ela é promissora, pois os estudos pretendem aumentar sua eficiência energética o suficiente para que se torne viável comercialmente. 

O fato de a tecnologia produzida pelo CSEM ser cerca de cinco vezes mais barata que a tradicional (como a usada no UNO Ecology, por exemplo, lançado em 2010) já é um grande passo nessa direção. 

No ano passado, a descoberta de que um material antes considerado inútil – a perovskita – tem um imenso potencial fotovoltaico gerou furor entre os cientistas da área, pois pode superar em muito a eficiência do silício (material usado nas placas atuais), com uma fração do custo, o que pode ser a revolução que o mercado de energia limpa precisa. 

Descobertas como essa e pesquisas como o Projeto Girassol podem, num futuro próximo, resultar num novo significado para o termo “teto solar”. 

Esta matéria pode ser encontrada no Mundo FCA, um portal para quem se interessa por tecnologia, mobilidade, sustentabilidade, lifestyle e o universo da indústria automotiva. -