Brasil - Novas tecnologias e mudanças em modelos comerciais obrigam segmento a refletir sobre o futuro, num momento em que a conjuntura se mostra adversa.
Brasil - Durante muitas décadas, o papel da distribuidora de energia era entregar eletricidade aos consumidores sem riscos ou complicações que afetassem o modelo de negócio.
Cenário que veio se modificando ao longo dos anos, diante das mudanças regulatórias e de mercado, que abriram espaço para novos atores.
Diante do novo papel do consumidor, com mais autonomia para escolher de quem vai adquirir a própria energia, e da introdução de novas tecnologias, o que se impõe às distribuidoras é seguir o fluxo da mudança.
As distribuidoras enfrentam, entre outros, três grandes desafios.
O operacional inclui o gerenciamento de oferta, a modernização da rede e o furto de energia.
O comercial está baseado no crescimento da migração para o mercado livre, inicialmente por questões conjunturais, mas que pode aumentar ainda mais diante de uma eventual ampliação da elegibilidade para o ingresso ao ambiente.
O terceiro desafio é de base tecnológica, o que também exigirá atenção nos aspectos da operação e comercialização, com o gradual aumento da geração distribuída e da introdução de ferramentas digitais.
Disrupção chega ao setor
Muito mais do que aspectos comerciais, a disrupção chega ao setor, comportamento que também ocorreu em outros países, como México e Vietnã, em processo de abertura de mercados, e na Europa, que vem puxando a fila das inovações tecnológicas que ainda são o estado da arte.
Segundo a diretora do Centro de Regulação da Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e colunista da Brasil Energia, Joísa Dutra, a distribuição passa por um momento importante, já verificado na década de 90 no setor de telecomunicações, exatamente pela natureza disruptiva que afeta modelos de negócios tradicionais e que são a base da cadeia de valor do segmento.
Joísa, que já foi diretora da Aneel, e apresentou em maio seminário sobre o tema, ressaltou que a disrupção acontece porque o modelo deixa de ser baseado em grandes hidrelétricas (segurança energética) e passa a ser lastreado por aspectos como eficiência energética, resposta de demanda, armazenamento de energia e geração distribuída.
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