quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Schneider Electric na lista de 50 empresas que estão mudando o mundo

Ana Rita Guerra


A Schneider Electric, especialista em gestão de energia e automação, foi escolhida pela revista Fortune como uma das empresas que está mudando o mundo. 

O grupo se destaca na 24ª posição da lista “Change the World” de 2016.

Essa lista da Fortune destaca empresas que abordam problemas sociais globais como parte de sua estratégia de negócio e integram as necessidades da sociedade em sua estratégia corporativa. Globalmente, a lista escolhe empresas que fazem esforços intencionais para provar que o lucro pode ser usado para aliviar os problemas sociais mais persistentes no mundo. 

A Schneider Electric foi nomeada pelo seu programa “Acesso à Energia.”

Trata-se de um programa que leva energia elétrica a pessoas e comunidades sem recursos. 

Ao mesmo tempo, dá formação para os trabalhadores locais, de modo a superar sua falta de experiência, melhorar o nível de vida e garantir práticas sustentáveis.

No seu website, a revista Fortune destaca a solução de backup de energia solar da Schneider Electric, fornecida a 128 escolas no Quênia. 

Suas ações de formação em gestão de energia se destinaram a jovens de diversos países de África, Ásia e América do Sul. Desde 2009, a Schneider Electric já treinou mais de 100 mil pessoas e, até 2025, os objetivos são de um milhão de pessoas formadas, 10 mil formadores treinados e 10 mil empreendedores auxiliados.

A seleção da Fortune – que pode ser consultada nessa lista – foi muito bem recebida pela empresa, é claro, que destaca a importância de todas as pessoas no mundo terem acesso à energia. 

O grupo tem uma assinatura que reflete isso: “Life is On.”

A especialista global em gestão de energia e automação “espera que todas as pessoas possam ter acesso a energia segura, fiável, eficiente e sustentável”, refere em comunicado. 

A empresa está empenhada em oferecer soluções inovadoras que abordem o paradoxo energético: equilibrar a pegada de carbono do planeta com o irrefutável direito humano a energia de qualidade.


terça-feira, 13 de setembro de 2016

Go Inn Curitiba (PR) recebe Certificado de Eficiência Energética inédito no Sul do País


por Redação

                         A fachada do hotel (foto:divulgação/Atlantica Hotels)


O Go Inn Curitiba, empreendimento inaugurado em novembro do ano passado na capital paranaense, e administrado pela Atlantica Hotels, acaba de receber a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) após avaliação realizada pelo Organismo de Inspeção de Eficiência Energética em Edificações de Acreditação (CGCRE) do Inmetro, tornando-se o primeiro hotel do Sul do País certificado pelo órgão.


"A aplicação de mecanismos e ferramentas de gestão energética é essencial para o desempenho de toda a companhia e é um ponto do departamento de Operações", enfatiza Christer Holtze, COO da Atlantica Hotels.

"Mais importante do que a etiqueta é ver colaboradores engajados e hóspedes impactados sobre os nossos princípios e projetos voltados à eficiência energética. 

Num contexto em que alterações climáticas e aquecimento global são pontos nefrálgicos para o futuro do planeta, é notório que edifícios eficientes e a mudança nos padrões de consumo da população podem reduzir consideravelmente os males provocados pelo homem no clima", observa Camila Silva, gerente geral do empreendimento.



segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Pesquisadores da UFSC criam ônibus elétrico movido a energia solar

   Foto: José Antônio do Nascimento/ Divulgação


Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveu o primeiro ônibus 100% elétrico do país movido por energia solar, captada por um sistema instalado no telhado do laboratório de pesquisa. 

Além de não emitir poluentes, a tecnologia permitirá uma economia de R$ 2 mil mensais em combustíveis.

O ônibus, que deve começar a rodar no início de novembro em Florianópolis, foi idealizado como uma estação de trabalho móvel, com Wi-fi, para o deslocamento diário de professores e alunos entre o campus da Trindade e o laboratório no Norte da Ilha, no Sapiens Parque, no bairro Canas vieiras.

Neste trajeto, de 50 quilômetros, ida e volta, o custo com deslocamento, no caso de um sistema convencional que usa diesel para as quatro viagens feitas pelos pesquisadores diariamente, seria de aproximadamente R$ 100 diários, o que corresponde a R$ 2 mil mensais.

Otimização

Todos os dias, o grupo gasta cerca de uma hora neste percurso e a ideia do projeto é também otimizar o tempo no trânsito. 

Segundo a universidade, o ônibus foi adquirido com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), depois de uma licitação.

No total, de acordo com os pesquisadores, foram investidos R$ 1 milhão no projeto, além das parcerias com as empresas WEG, Marcopolo e Eletra Bus.

“A grande novidade do projeto é que se trata de um veículo que será movido por energia proveniente do Sol, limpa, renovável, inesgotável e gratuita. 

O sistema fotovoltaico que fornecerá energia ao ônibus está integrado ao telhado do nosso laboratório, no Sapiens Parque”, explicou o pesquisador Júlio Dal Bem, membro do Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC.Foto: 


   José Antônio do Nascimento/ Divulgação

Sem poluentes
Segundo o estudioso, um ônibus com consumo médio de 670 litros de diesel por mês emite cerca de 3,9 toneladas de CO2. Em um ano, a emissão chega a 46,8 toneladas de CO2.

Conforme Dal Bem, um estudo do Instituto Totum e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, apontou que cada árvore da Mata Atlântica absorve 163,14 kg de gás carbônico (CO2) nos primeiros 20 anos de vida, o que seria uma média de 8,1 kg de CO2 por ano.

“Precisaríamos de quase 5,8 mil árvores para resgatar o CO2 emitido por um ônibus urbano comum em um ano de operação”, complementou o pesquisador.

Montagem

Segundo Dal Bem, o sistema de tração foi desenvolvido pela WEG para fornecer ao ônibus recarga em rede com microgeração distribuída com painéis fotovoltaicos. 

A aplicação ocorreu em conjunto com a Marcopolo, que fabricou o veículo, bem como com a Eletra, responsável por instalar e integrar o sistema de tração elétrico e as baterias de lítio.

O primeiro ônibus elétrico do Brasil foi construído em um projeto da Mitsubishi Heavy Industries, do Japão, com a empresa Eletra Bus, de São Bernardo do Campo, informou Dal Bem. O veículo foi chamado de E-Bus e rodou por dois anos pelos corredores de ônibus da cidade.

Ao fim do projeto, toda tecnologia trazida ao Brasil pela empresa, como importação temporária, precisava ser devolvida ao Japão ou doada a uma instituição pública de ensino. Assim, carregador e baterias foram entregues à UFSC, depois que o E-Bus foi desmontado.

Aplicabilidade

“O grande problema em colocar um veículo dessa natureza em operação está na infraestrutura elétrica para carregamento. 

Ultimamente, temos sido sobretaxados nas contas de energia elétrica como uma forma de estimular a redução no consumo e pagar as despesas de geração com termoelétricas, que é uma energia mais cara e mais poluente, ao invés de investir em fontes limpas e renováveis”, comentou.

Dal Bem explica que a dificuldade em desenvolver este ônibus em larga escala esbarra também na infraestrutura do país.

“É exatamente o mesmo problema que dificulta a entrada de veículos elétricos no mercado nacional. Um ou outro veículo elétrico conectado à tomada não é um problema, mas 1 milhão deles, 1% da frota nacional de veículos, já implicaria em um impacto considerável no consumo de energia elétrica e previsão de infraestrutura elétrica”, complementou.

Funcionamento

A previsão é de que o ônibus passe a noite no Sapiens Parque conectado à tomada, para recarga lenta e completa das baterias. 

Em um primeiro momento, haverá estação de recarga apenas no Sapiens Parque, pois a infraestrutura elétrica da UFSC não comporta um carregador rápido para o veículo.

“Estamos conduzindo projetos de pesquisa para o desenvolvimento de carregadores com acumulação intermediária de energia que drenam lentamente energia da rede e armazenam temporariamente em baterias estáticas, que exigem baixa potência da rede elétrica, sem sobrecarregar a infraestrutura. 

Os carregadores permitem uma transferência rápida da energia acumulada nas baterias para as baterias do ônibus”, disse o estudioso.

Conforme Dal Bem, o ônibus permanecerá conectado ao carregador por cerca de duas horas após cada percurso de ida e volta.

Fonte: G1 SC

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Proesco transforma-se em “BNDES Eficiência Energética”



A linha de crédito do BNDES para projetos de eficiência energética, antes conhecida como Proesco, está com melhores condições desde o ano passado. 

Entre as facilidades, o prazo de pagamento, que antes era de 72 meses, agora pode ser estendido.

O objetivo das alterações feitas pelo Banco é promover em maior escala a eficiência energética. Após a reformulação, a linha de crédito ganhou também um novo nome: BNDES Eficiência Energética.

Proesco: Melhores condições financeiras na linha de crédito BNDES Eficiência Energética

O valor mínimo para operações foi estabelecido em R$ 5 milhões, significativamente abaixo dos R$ 20 milhões de patamar mínimo usualmente estabelecido nas linhas diretas do BNDES;

Para alcançar os R$ 5 milhões, o interessado poderá agrupar investimentos em locais distintos na mesma operação. Isto quer dizer que pode haver um plano de investimento que contemple um conjunto de projetos de eficiência energética a serem executados em diferentes locais. 

Diante disso, a linha pode ser acionada por rede de hotéis, rede de lojas ou companhias que tenham várias unidades industriais;

Já para as operações abaixo dos R$ 5 milhões, pode ser utilizada a linha BNDES Automático, produto operado pelos agentes financeiros credenciados;

O prazo de pagamento do financiamento BNDES Eficiência Energética, que até o final de julho do ano passado era limitado à 72 meses, levando em conta o período de carência somado à amortização, foi flexibilizado. Ele pode ser ampliado, conforme a especificação do projeto em questão ou do conjunto de investimentos;

O custo financeiro mantém como referência a Taxa de Juros de Longo Prazo, atualmente em 0,6250 ao mês, cuja alocação o BNDES reserva para os projetos que considera prioritários, conforme as mais recentes políticas operacionais do Banco;

A participação máxima do BNDES como financiador foi mantida em até 70% do total do projeto;

Agora, esta linha de crédito não está mais restrita somente a empresas de serviços de conservação de energia (ESCOs). Ela pode ser acessada por todas as empresas que tenham sede e administração no Brasil;

A linha de crédito BNDES Eficiência Energética contempla investimentos realizados pelas organizações em unidades próprias e também em unidades de terceiros;

As operações de financiamento podem ser realizadas tanto nos casos em que o projeto é analisado diretamente pela equipe do BNDES, quanto nas situações em que o projeto é analisado por um agente financeiro credenciado pelo BNDES e que atua como intermediário da operação. 

Isto vai depender do critério adotado pelo tomador de crédito.

Quais as categorias de empreendimentos elegíveis para o crédito do BNDES:

Repotenciação de usinas;

Redes elétricas inteligentes;

Edificações, com foco em ar condicionado, iluminação e geração distribuída – incluindo cogeração -, para unidades novas ou já existentes (retrofit);

Processos produtivos, com foco em cogeração, aproveitamento de gases de processo como fonte energética e outras intervenções a serem priorizadas pelo BNDES.

E você? Tem um projeto de eficiência energética e está buscando um financiamento? A linha de crédito BNDES Eficiência Energética pode ser ideal para você. A Atla Consultoria pode avaliar o seu caso específico e te auxiliar na aquisição do financiamento.

A Atla é uma das poucas consultorias financeiras especializadas nesta área e está há sete anos atuando no mercado de energia. 

Seus experientes profissionais fazem uma análise criteriosa de projetos de energia e, a partir dai, definem a melhor solução de forma customizada. Sempre levando em conta as melhores práticas do mercado, com credibilidade, profissionalismo e dinamismo.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Portugal - Lâmpadas de halogéneo começam a ser descontinuadas


                               O primeiro dia do fim das lâmpadas de halogénio
                         Foto: Arquivo


As lâmpadas de halogéneo começam, esta quinta-feira, 1 de setembro, a ser descontinuadas em Portugal, assim como nos restantes Estados-membros da União Europeia.

A data foi definida pela Comissão Europeia, em 2009, para terminar com a comercialização das lâmpadas de halogéneo direcionais de tensão de rede na Europa. 

Uma medida que agrada às associações ambientalistas para as quais este é um importante passo para reduzir a fatura energética.

"Foram assim dados à indústria sete anos de preparação para eliminar gradualmente a utilização de lâmpadas de halogéneo em domicílios e esgotar os "stocks" existentes", apontou a associação ambientalista Zero, em comunicado.

Segundo a Zero, estas são lâmpadas usadas sobretudo em tetos falsos ou em acessórios de casa de banho, por exemplo, tendo habitualmente uma eficiência energética com classificação D.

Razão pela qual, a Zero lembra que existe já uma "enorme oferta de soluções alternativas", lâmpadas LED, com classificação A, "com muito menor consumo de eletricidade, maior durabilidade e com diferentes cores de luz de acordo com a potência do consumidor".

Para a associação ambientalista Quercus, "este é um importante passo para reduzir a fatura energética das famílias portuguesas" e aproveita para apelar aos retalhistas que informem devidamente os consumidores.

Isto porque os retalhistas só podem vender, a partir de hoje, as lâmpadas de halogéneo que tenham em 'stock'.

Tanto a Quercus como a Zero fizeram contas e a conclusão é a de que as lâmpadas de halogéneo ficam mais caras, já que têm um período de duração mais limitado no tempo.

"Uma lâmpada de halogéneo de foco com 50W de potência custa cerca de 2,30 euros, enquanto uma lâmpada LED custa 8 euros, com a mesma intensidade luminosa. 

Contudo, as lâmpadas de halogéneo têm um tempo de vida muito mais limitado, pelo que serão precisas oito para equiparar ao de uma única LED", aponta a Quercus.

Por outro lado, fazendo as contas ao gasto da utilização, a Quercus diz que uma lâmpada de halogéneo de classe D gasta oito vezes mais eletricidade do que uma lâmpada LED.

"Isto significa que a aparente poupança na compra vai perder-se em apenas seis meses de utilização. Tudo somado, 19 euros é quanto custa adquirir e utilizar uma lâmpada LED durante dez anos, um valor que, no caso das de halogéneo, sobe, significativamente, para 112 euros", explica a associação ambientalista.

As conta das Zero dão o mesmo resultado, já que, segundo a associação, "os custos totais de iluminação recorrendo às lâmpadas de halogéneo é cinco ou seis vezes superior às lâmpadas LED".

A Zero sublinha igualmente que todos os investimentos que o consumidor possa fazer representam "um ganho na política contra as alterações climáticas, dadas as menores emissões de dióxido de carbono resultantes de um menor consumo de energia elétrica", já que, em Portugal, o consumo de energia continua a ser, ainda que parcialmente, "assegurado por centrais termoeltréticas com queima de combustíveis fósseis".

Ambas as associações lembram que as lâmpadas de halogéneo multidirecionais com formato tipo vela ou com formato tradicional ficam de fora desta proibição, já que a sua comercialização só terminará a 01 de setembro de 2018.

A Zero aproveita ainda para esclarecer os consumidores de que não devem trocar as lâmpadas de halogéneo direcionais que tenham em casa antes de elas esgotarem o seu tempo de vida.