sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Eficiência Energética - Eco Verde

Fonte: O Globo
Brasil - Dados da Organização das Nações Unidas indicam que mais de 1,4 bilhão de pessoas no mundo, um quinto da humanidade, não possui acesso à eletricidade. 
 
 
Outro bilhão de seres humanos recebe luz de forma intermitente, o que provoca danos à saúde, déficit educacional e atraso econômico. 
 
Para chamar a atenção para o problema, a ONU proclamou 2012 como o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos.

A iniciativa, liderada pelo secretário-geral, Ban Ki-moon, tem três grandes objetivos, nada triviais, que deveriam ser alcançados até 2030. O primeiro é garantir que todos tenham acesso a "serviços modernos de energia". 
 
O segundo prevê o aumento da eficiência energética, reduzindo em 40% as diversas formas de desperdício. O terceiro, igualmente difícil, espera que 30% de toda essa energia venham de fontes renováveis.

Só na Índia, mais de 400 milhões de pessoas, duas vezes o tamanho de toda a população do Brasil, estão às escuras. Na China, entre 2000 e 2008, o consumo de energia dobrou e a tendência é continuar crescendo. Para alcançar a universalização do serviço, seria necessário um aumento na produção da ordem de 30%. 
 
O problema é, garantir que a energia para todos seja também sustentável. Hoje, 81% vêm de combustíveis fósseis: carvão, gás e petróleo.

As fontes renováveis representam apenas 13% da conta, ficando a sempre polêmica energia nuclear com o resto.

A tendência é de crescimento de alternativas como a eólica, a solar e a biomassa, mas nada que mude muito a dominância dos fósseis. Os especialistas comparam o setor de energia a um grande transatlântico, lento e pesado. 
 
Os investimentos são enormes, o tempo de implantação e de retorno também. Será preciso bem mais do que as meritórias campanhas das Nações Unidas para que esse quadro seja realmente mudado. 
 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

INEE traduz o Protocolo Internacional de Medição, Verificação e Performance PIMVP 2010


É com satisfação que o INEE coloca ao alcance dos técnicos brasileiros a versão atualizada do PIMVP 2010. Trata-se de uma tradução do “International Performance Measurement and Verification Protocol – 
 
Volume 1 – September 2010”, realizada pelo INEE - Instituto Nacional de Eficiência Energética com o patrocínio da UTE Norte Fluminense.

O documento original foi desenvolvido pela EVO – Efficiency Valuation Organization, organização internacional sem fins lucrativos, dedicada à criação de ferramentas de medição e verificação (M&V) que permitem o aumento da eficiência energética com a visão de um mercado global que valorize adequadamente o recurso à eficiência. 
 
Mais informações sobre a EVO em http://www.evo-world.org/.

O PIMVP 2010 pode ser acessado no site do INEE:

Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance
Conceitos e Opções para a Determinação de Economias de Energia e de Água
Volume 1: Versão Brasileira outubro de 2011.

Para fazer o download da versão traduzida, clique em formulário. O objetivo do INEE é coletar informações visando melhorar os seus produtos e serviços. Os campos marcados com (*) são obrigatórios. 
 
Após preencher o formulário, é só clicar em "enviar e fazer download" para acesso à Biblioteca do INEE e à Versão Brasileira do PIMVP.

A tradução foi realizada pelo eng. Fernando CS Milanez, membro do comitê técnico do IPMVP da EVO. Do trabalho participaram também o eng. Osório de Brito (coordenador), o eng. Agenor Gomes Pinto Garcia (consultor) e, na redação do Anexo C-9, a arq. Clívia Espinosa, o eng. Geraldo Paixão e o eng. Leonel Neves do Canto e Mello. 
 
Com a finalidade de uniformizar os termos em uso, buscando uma nomenclatura consensual, o Capítulo 9 – Definições, foi submetido a profissionais brasileiros certificados em Medição & Verificação (CMVP). 
 
O documento foi submetido à revisão de Anna Maria Moura Costa de Castro Santos.

Serão sempre benvindos os comentários e sugestões dos leitores que poderão ser encaminhados para a caixa postal pimvp@inee.org.br.

Fonte: INEE

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Fernando de Noronha terá painéis fotovoltaicos

Da Agência Ambiente Energia – A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), do grupo Neoenergia, implantará em 2012 os primeiros painéis de geração de energia solar fotovoltaica conectados à rede elétrica do arquipélago de Fernando de Noronha.  
 
A Neoenergia investirá R$ 5 milhões no projeto, que possui parceria com o Comando da Aeronáutica. A ação integra o programa de eficiência energética da companhia. O convênio foi formalizado na última segunda-feira, 26 de dezembro, no Rio de Janeiro.

O sistema terá capacidade de gerar 400 kilowatt-pico (kWp), com expectativa de geração anual de 600 megawatts-hora (MWh), o que significa cerca de 6% do consumo da ilha. 
Segundo a Neoenergia, as placas fotovoltaicas serão instaladas em uma área de aproximadamente seis mil metros quadrados pertencente à Aeronáutica, no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Fernando de Noronha (DTCEA-FN), unidade subordinada ao Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III).

A companhia informou que a geração de energia será acompanhada de perto por especialistas durante um ano para monitorar todo o sistema com o objetivo de identificar possíveis falhas ou pontos em que podem ser aprimorados. 
Com apoio da Agência de Cooperação Alemã (GIZ) e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), a empresa está realizando o estudo de conexão da energia solar fotovoltaico ao sistema isolado da ilha, atualmente suprido com geração a diesel.

Outro projeto – Além da geração solar, a Celpe assinou convênio com o governo de Pernambuco para a eficientização dos prédios públicos de Fernando de Noronha, a ação diminuirá em quase 10% o consumo anual de óleo diesel utilizado na geração energética na ilha. 
Ao todo, serão investidos cerca de R$ 650 mil na compra, transporte e instalação dos equipamentos.

Eficiência energética

Usiminas assina contrato com a Orteng/TMEIC para diagnóstico energético na lamina a quente da Usina Intendente Câmara
 
Divulgação
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A estimativa é reduzir em 10% de energia na 
laminação a quente

IPATINGA - A Usiminas assinou contrato com a Orteng/TMEIC, empresa de sistemas industriais formada pela Toshiba e pela Mitsubishi, para elaboração de um diagnóstico energético na área de laminação a quente da usina de Ipatinga. 

O contrato prevê a avaliação de oportunidades de economia de energia e utilidades (energia térmica, gases, água e energia elétrica).

Somente no consumo de energia elétrica, estima-se um potencial de redução de 10%, o que significa, em relação ao consumo da laminação a quente, e média 5MW, o equivalente ao consumo residencial de uma cidade de 87 mil habitantes.

A iniciativa integra o planejamento da Usiminas de melhorar a eficiência energética de suas unidades para tornar-se autossuficiente em energia elétrica em 2015. A proposta é gerar uma economia de R$ 300 milhões/ano.

Entre as alternativas analisadas para este fim, estão investimentos em tecnologias e processos de otimização do mix de combustíveis e cogeração, que permite alto aproveitamento do passivo de energia térmica gerada por combustíveis, além da eventual participação em ativos de energia. 
 

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Globo da Times Square é iluminado com LEDs

Por Amanda Previdelli, de INFO Online


São Paulo - Este ano, a bola de alumínio de Nova Iorque, que tem quase quatro metros de diâmetro e pesa espantosas 5,5 toneladas, recebeu 32.256 LEDs individuais. 

Esse tipo de iluminação usa 88% menos energia do que lâmpadas de halogênio e permite a criação de diferentes designs com milhares de cores sobre sua superfície.

Desde 1907, a cidade de Nova Iorque tem a tradição de "derrubar" uma bola para marcar a passagem do ano. 

A partir de 2008, esse evento se tornou mais sustentável: as luzes internas do globo foram substituídas por LEDs, que são uma forma mais versátil e eficiente de iluminação. 

Essa mudança veio por conta de uma nova lei nos Estados Unidos que exige uma eficiência mínima para lâmpadas (lei parecida com a de eficiência para combustíveis).

Com as mudanças gradativas na lei dos Estados Unidos, as lâmpadas incandescentes são as primeiras a serem substituídas. 

As de halogênio usam 30 por cento menos energia e as fluorescentes e LED já seguem as especificações ambientais.

Sábado que vem, na noite de Reveillón, a famosa bola da Times Square vai dar um show com suas lâmpadas que reproduzem 16 milhões de cores. Tudo de maneira mais ecológica e eficiente.

Fonte: Info.Abril

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Construção Sustentável - Curso inédito em BH – LEED GA.


PROGRAMAÇÃO BELO HORIZONTE - Como se tornar um LEED GA (Green Associate)

Interessados favor enviar email para patricia@creato.com.br
Data: 27 e 28/01/2012
Local: Belo Horizonte, MG
Endereço: Será encaminhado posteriormente.
Carga Horária: 12 horas-aula.
Horário: 8:30 às 17:30hs e das 8:30 as 13:30hs
Investimento: Valor Profissional R$ 900,00

Palestrante : Arq. Antonio Macêdo

Contexto:

A construção, dentre as diversas atividades humanas, é das que mais causa impactos no meio. Neste século, a atividade de projetar, construir e operar construções tem de lidar com uma importante missão: encontrar formas de se reproduzir de maneira sustentável.

O mercado da construção sustentável tem buscado soluções e está amadurecendo em todo o mundo e também no Brasil. 
As certificações ambientais de edificações são ferramentas úteis para se identificar aquelas edificações que incorporam conceitos de sustentabilidade em seus processos e é crescente a necessidade de atualização, capacitação profissional e aprimoramento técnico na área, juntamente com o crescente número de projetos que buscam a certificação LEED.

Objetivos:
- Apresentar e capacitar os participantes a lidar com os conceitos, estratégias, técnicas e tecnologias relacionados à construção sustentável, referenciados pela certificação LEED – Leadership in Energy and Environmental Design;

- Instrumentalizar os participantes para se prepararem para os exames de credenciamento profissional LEED GA e LEED AP, promovidos pelo GBCI – Green Building Certification Institute e U. S. Green Building Council;

- Apresentar os processos de credenciamento para os exames, todos os conteúdos abordados em suas questões e sua forma de realização, inclusive com realização de exames simulados, com correção e comentários;

- Contribuir para a formação de mão de obra habilitada a trabalhar, com propriedade, com a certificação LEED, formando credenciados LEED GA – Green Associate e LEED AP – Accredited Professional.

A quem se destina:

Arquitetos, Engenheiros e demais profissionais do setor da construção - empresas públicas ou privadas ou mesmo autônomos - envolvidos ou interessados em se envolver no desenvolvimento de empreendimentos sustentáveis, em especial aqueles que buscam a certificação ambiental LEED, seja como contratantes, projetistas, consultores ou administradores;

-Estudantes e professores destas áreas interessados em aprofundar conhecimentos em construção sustentável e certificação ambiental de empreendimentos;

-Profissionais já credenciados LEED AP´s que desejem se atualizar com relação à versão LEED 2009 (V.3) e suas particularidades.

Programa: LEED GA (Green Associate)
-Conceitos de Construção Sustentável (Green Building Basics
-LEED e o processo de certificação
-Categorias do LEED
-Espaços Sustentáveis (Sustainable Sites)
-Eficiência no uso da Água (Water Efficiency)
-Energia e Atmosfera (Energy & Atmosphere)
-Materiais e Recursos (Materials & Resources)
-Qualidade dos Ambientes Interiores (IEQ)
-Inovações em Processos (Innovation in Design)
-Prioridades Regionais (Regional Priority)
-Sinergias entre estratégias
-O exame LEED Green Associate
-Áreas de concentração e objetivos
-Terminologia técnica
-Materiais de estudo
-Exame simulado
-Avaliação e comentários

Observação relevante: Para melhor aproveitamento do curso, uma vez que os exames de credenciamento LEED GA e LEED AP são realizados apenas em inglês, é recomendável que os participantes tenham, ao menos, conhecimentos básicos do idioma (leitura e compreensão).

A Creato é parceria exclusiva da EcoBuilding em MG, com foco em cursos que tratam do tema construções sustentáveis: www.creato.com.br

Mais segurança para aquisição de eletros

Rivânia Nasc REPÓRTER
Apartir de 1 de julho de 2012, fabricantes e importadores de eletrodomésticos não poderão mais comercializar produtos que não atendam aos Requisitos da Avaliação da Conformidade (RAC), publicados na portaria 371 em dezembro de 2009. 
 

Aparelhos de eletrodomésticos portáteis, como ferros de passar roupa, secadores e pranchas de cabelo, torradeiras, sanduicheiras, nacionais e importados, passarão a ser certificados compulsoriamente pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro, priorizando, sobretudo o ítem segurança elétrica para o consumidor.

A decisão foi tomada pelo Instituto, após discussão com as partes impactadas, entre elas as indústrias do setor - representadas pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica Abinee e Eletros - e, também, após avaliação dos diversos relatórios de ensaios gerados pelo Programa de Análise de Produtos do Inmetro, que foram divulgados ao longo dos últimos anos. Máquina de costura, frigideira, panelas elétricas, barbeador, aspirador de pó, tostador, grill, bomba de água e secador de cabelo estão entre os produtos de uso residencial, contemplados pela Portaria 371.

Desde 1º de julho deste ano, o Inmetro determinou que não se poderiam mais fabricar e importar aparelhos fora das exigência. O documento de Requisitos de Avaliação da Conformidade só deixou de fora aqueles produtos já inseridos em um RAC específico e os que integram o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), que já são avaliados diretamente no programa de eficiência energética, inclusive, quanto aos aspectos de segurança.

Segundo o gerente do Departamento de Tecnologia e Política Industrial da Abinee, Fabian Yaksic, a portaria contribuirá para o aumento da qualidade e segurança dos aparelhos, excluindo marcas que não se preocupam com estes fatores. “O selo vai diminuir a concorrência desleal de alguns produtos importados, que não atendem as normas técnicas e comprometem a segurança das instalações e dos consumidores”, afirmou.

Certificação dos importados
Em relação aos importados, Yaksic explica que os produtos também deverão passar por certificação. Ele afirma ainda que os prazos determinados pelo Inmetro são importantes para que os pequenos e médios fabricantes tenham tempo de se adequar à nova norma e ao RAC.

O comércio terá até o dia 31 de dezembro de 2012 para esvaziar o estoque de produtos nacionais e importados que estiverem fora dos padrões definidos pela regulamentação. Já o consumidor brasileiro, a partir de 1 janeiro de 2013, terá de se habituar a comprar os produtos com o selo de segurança de identificação da conformidade.

Situação similar aconteceu com o processo de padronização dos plugues e tomadas. O projeto esteve em discussão por mais de 20 anos. Porém, somente em janeiro deste ano a norma, em vigor desde a década de 90, foi aplicada.

Segundo o Instituto, existem atualmente mais de 10 modelos de plugues diferentes e aproximadamente o mesmo número de tomadas, o que forçava o consumidor a usar vários adaptadores, provocando sobrecarga na instalação elétrica, risco de choques e desperdício de energia, o que não é nada bom nem para quem gera a energia para o consumo nem para quem a consome. 
 
De acordo com o Inmetro, esse processo de regularização é demorado porque é necessário uma adequação dos fabricantes as novas normas.
 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

AES Brasil lança desafio para universidades

Objetivo é captar ideias inovadoras para serem aplicadas em comunidades de baixa renda. Serão 10 prêmios com valor total de R$ 15 mil.
Com o objetivo de fomentar ideias inovadoras no setor de energia, as distribuidoras do Grupo AES Brasil – AES Eletropaulo e AES Sul – em parceria com a Battle of Concepts Brasil (BoC) lançam hoje concurso online para estudantes universitários. O desafio é criar um novo modelo de negócio entre a AES Brasil e as comunidades de baixo poder aquisitivo. O concurso vai até 16 de março de 2012.

Para participar, os interessados devem acessar o site www.battleofconcepts.com.br, atender aos pré-requisitos do desafio e fazer o download das instruções da batalha. Os 9 mil estudantes, de 442 universidades de todo o país, já cadastrados no site também podem participar. Entre as instituições participantes estão Universidade de São Paulo (USP), Universidade Presbiteriana Mackenzie e Universidade Estadual Paulista (UNESP).

Os gestores da AES Brasil avaliarão os projetos considerando o custo da implementação em relação ao benefício às comunidades. Outros critérios são: originalidade, criatividade, viabilidade de execução e alinhamento com o negócio das distribuidoras do grupo.

Todos os projetos devem conter uma proposta com justificativa da ideia, operacionalização e viabilidade. Os autores das melhores sugestões acumulam Battle Points e terão destaque no site dentro do ranking “os mais inovadores”. “Os universitários têm grande potencial; são visionários. Com certeza, receberemos sugestões à frente de tudo o que já aplicamos no mercado. Quem realmente sairá ganhando são as famílias de baixa renda”, afirmou José Cavaretti da AES Brasil.

As ideias também devem prever as diferenças regionais das empresas da AES Brasil. No caso da AES Eletropaulo, que atende a 24 municípios incluindo a capital de São Paulo, a população vive em regiões urbanas. Já a AES Sul, que distribui energia em 118 municípios do Rio Grande do Sul, tem clientes concentrados, principalmente, na região metropolitana de Porto Alegre, excluindo a capital gaúcha.

“Com a mudança do perfil das classes C e D, as famílias têm mais poder de compra de produtos, o que contribui para o consumo de energia elétrica. Precisamos estar cada vez mais próximos desse público para entender suas necessidades e adaptá-las ao nosso negócio, consolidando um relacionamento sustentável”, disse Cavaretti da AES Brasil.

Os ganhadores da Batalha de Conceitos serão anunciados em abril de 2012. A premiação será de R$ 15 mil, sendo R$ 6.500 para o primeiro colocado, R$ 4.250 para o segundo, R$ 2.500 para o terceiro e R$ 250,00 do quarto ao décimo.

Programa de Regularização - As distribuidoras da AES Brasil têm um amplo programa de regularização e de conscientização para o uso de adequado de energia elétrica em comunidades de baixa renda. Juntas, a AES Eletropaulo e AES Sul já regularizaram mais R$ 440 mil ligações elétricas, o que representa investimento superior a R$ 300 milhões. Mais de 1,2 milhão de lâmpadas foram trocadas, além da substituição de 24.500 geladeiras.

AES Eletropaulo-Distribui energia elétrica para 24 municípios da região metropolitana de São Paulo incluindo a capital que, juntos, abrigam uma população de mais de 16,5 milhões de habitantes. A área de concessão atendida pela empresa abrange 4.526 km² e concentra a região socioeconômica mais importante do país, com 6,3 milhões de clientes. Em consumo e faturamento, a AES Eletropaulo é a maior distribuidora de energia elétrica da América Latina.

AES Sul-Distribui energia elétrica para 1,2 milhão de clientes em 118 municípios das regiões Metropolitana, Vales, Central e Oeste do Rio Grande do Sul, atendendo aproximadamente quatro milhões de pessoas. A área de concessão da empresa abrange 99.512 km².

Battle of Concepts-A Battle of Concepts, representada no Brasil pela TerraForum e sócios privados, foi criada na Holanda há seis anos para motivar jovens universitários a apresentar suas visões e explorar a criatividade na solução de problemas empresariais e governamentais. 
 
Tanto na Holanda, como no Brasil, a experiência demonstra que os jovens têm menos barreiras para expor ideias criativas, e são mais abertos à inovação, propondo conceitos que muitas vezes surpreendem positivamente as empresas e o governo. 
 
“O universitário ainda não tem as amarras corporativas no processo de criatividade”, comenta Hans Van Hellemondt, CEO do BoC. “Este programa está obtendo excelentes resultados para empresas, entidades de classe, governos e estudantes no sentido de promoção de criatividade e relacionamento, além de ampliar a atuação da chamada Inovação Aberta”.
 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Educação: eficiência energética se aprende na escola

Parceria entre a Secretaria de Energia do Estado de São Paulo e o Centro Paula Souza levará, a partir de 2012, o ensino da disciplina para o currículo de escolas e faculdades técnicas do estado

Escola técnica de São Paulo: eficiência
energética como ponto do currículo
Tatiana Resende, para o Procel Info

Com o objetivo de formar profissionais capacitados para trabalhar com medidas de gestão de energia e difundir a consciência energética entre seus alunos, a partir de 2012, nos cursos técnicos de eletrônica e mecânica do Centro Paula Souza, constará a disciplina de eficiência energética. 
O centro, responsável pela administração de 200 Escolas Técnicas (Etecs) e 51 Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais em 155 municípios paulistas, estuda também a possibilidade de incluir a disciplina no curso de edificações. Os primeiros exames para os cursos disponíveis nas Etecs foram realizados em novembro e os resultados serão divulgados em janeiro de 2012.

A medida surgiu a partir da crescente importância que a conservação de energia elétrica vem tendo em diversos setores da sociedade, principalmente no residencial. Durante o ano de 2008, quando haviam diversos projetos de racionalização do uso de energia nas instalações das Etecs em andamento, nasceu a iniciativa de inserir na grade curricular, de fato, uma disciplina que fosse totalmente voltada para o assunto. 
A criação da disciplina nos cursos das Etecs foi viabilizada através de uma parceria com a Secretaria de Energia do Estado de São Paulo.

Para transmitir aos alunos os conceitos e práticas em eficiência energética, o centro contará com a realização de atividades práticas. Além da disciplina, serão implementadas atividades específicas para projetos de eficiência energética onde os alunos poderão implementar de forma consistente as medidas de eficiência aprendidas em sala.

Além disso, serão implementados laboratórios específicos para projetos de eficiência energética. O investimento para a implantação da disciplina será de R$ 6 milhões, a ser realizado por meio da aplicação obrigatória de 0,5% da receita das distribuidoras de energia.

"Queremos formar profissionais que possam atender às exigências do atual mercado de trabalho, que, cada vez mais, se comporta de forma sustentável e eficiente", diz o professor Pedro Gozalo de Oliveira

Um outro projeto, ainda em fase de negociação, prevê um grande investimento em eficiência energética nas Etecs, que envolverá desde a capacitação do corpo docente até a instalação de laboratórios de eficiência energética nas unidades do estado. O Termo de Convênio será assinado com uma concessionária de energia ainda não divulgada.

Segundo o idealizador do projeto de inclusão da disciplina e coordenador de projetos no Centro Paula Souza, professor Pedro Gozalo de Oliveira, a iniciativa pretende desenvolver habilidades e competências em gestão de energia na formação de profissionais de nível médio, contribuindo assim para a difusão da conservação de energia e o aproveitamento racional dos recursos. 
"Queremos formar profissionais que possam atender às exigências do atual mercado de trabalho, que, cada vez mais, se comporta de forma sustentável e eficiente", disse o professor.

Promover a eficiência energética como alternativa econômica e ambientalmente sustentável para o aumento da oferta é uma meta da Secretaria de Energia do Estado de São Paulo. O órgão estadual recorre a contribuições do Conselho Estadual de Política Energética (CEPE), criado em 30 de março de 2011. O CEPE assessora o Poder Executivo na formulação de políticas voltadas para o setor no estado de São Paulo.

Um dos comitês do CEPE é o de Conservação, Eficiência e Racionamento de Energia, que tem como tarefa estudar e propor políticas públicas para a promoção da eficiência energética e do uso racional da energia em âmbito estadual. 
Entre as linhas do comitê estão a inclusão do tema “Uso inteligente dos recursos e os impactos ambientais” nas escolas de ensino fundamental de todo o estado; e da disciplina “Eficiência Energética” na grade curricular das escolas do Centro Paula Souza (Etecs e Fatecs) e nas demais escolas de ensino médio e superior das redes pública e privada – com a finalidade de formar profissionais para a área de gestão da energia.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Iluminação: projetos premiados pela Abilux

 
 
São Paulo - O V Prêmio Abilux de Projetos de Iluminação teve 50 projetos inscritos de 21 profissionais ou escritórios, divididos em oito categorias:
 
residencial; lojas; shoppings e entretenimento; corporações; hotéis, hospitais e clínicas; restaurantes e bares; fachadas, monumentos, jardins e espaços públicos; prêmio especial. 
 
Seis estados foram representados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Pernambuco.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), todos os projetos inscritos foram analisados e avaliados pelos critérios: design, criatividade/inovação, apresentação, conservação de energia, atendimento a normas, segurança, conforto, adequabilidade à aplicação e ergonomia.

Os segundos e terceiros colocados recebem certificados e selo. 
 
Foi sorteada entre os primeiros colocados de cada categoria uma viagem com direito a acompanhante. A cerimônia de premiação foi realizada no dia 20 de outubro, no Clube Hebraica - Espaço Adolpho Bloch, em São Paulo (SP).

Categoria Residencial
Vencedor: Ugo Nitzsche (NTZ Iluminação Arquitetônica)
Projeto: Apartamento Residencial São Paulo

Categoria lojas
Vencedor: Marcos Castilha (Marcos Castilha Arquitetura de Iluminação)
Projeto: Projeto Casa Natura Santo André

Categoria shoppings e entretenimento
Vencedor: Maria Luiza Junqueira da Cunha (MLight Iluminação e Projetos Ltda)
Projeto: Coleção de Carros Antigos

Categoria corporações
Vencedor: Arq. Diego Romero & Arq. Lígia Valati (Design + Arquitetura e Dep. de Projetos da Firmenich Ltda. & Engineering S.A.)
Projeto: Centro de Desenvolvimento Criativo América Latina – Fibras II

Categoria hotéis, hospitais e clínicas
Vencedor: Norah Turchetti Conte (Alalux)
Projeto: Norah Turchetti Conte

Categoria restaurantes e bares
Vencedor: Rafael Leão (Conforto Visual Projeto de Iluminação)
Projeto: MY NY Bar

Categoria fachadas, monumentos, jardins e espaços públicos
Vencedor: Fabiano Xavier e Alain Maître (Atelier Lumiere)
Projeto: Projeto Luminotécnico do Theatro Municipal de São Paulo

Categoria Prêmio Especial: Iluminação EficienteVencedor: Arq. Diego Romero & Arq. Lígia Valati (Design + Arquitetura e Dep. de Projetos da Firmenich Ltda. & Engineering S.A.)
Projeto: Centro de Desenvolvimento Criativo América Latina – Fibras II

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Medidor “inteligente” reduz consumo de luz em até 30%

Aniele Nascimento/Gazeta do Povo / Laboratório de eletrônica do Lactec, em Curitiba: aparelho que será testado pela Light ganhará importância se o país adotar o modelo de cobrança conforme o horário de consumo
Laboratório de eletrônica do Lactec, em Curitiba: aparelho que será testado pela Light ganhará importância se o país adotar o modelo de cobrança conforme o horário de consumo

Desenvolvido em parceria pelo Lactec e a concessionária Light, equipamento que indica em tempo real o gasto com eletricidade será testado no Rio

A concessionária de energia elétrica Light, do Rio de Janeiro, dará início em 2012 a um projeto-piloto de medidores de energia “inteligentes” – que, entre outras utili­­­da­des, indicam aos usuários o quanto estão consumindo. 

O sistema, parte essencial do conceito de “smart grid” (redes inteligentes), será testado com aval técnico do Instituto de Tecnologia para o De­­­senvolvimento (Lactec), centro de pesquisas mantido por cinco em­­­­presas e instituições do Paraná. Se a experiência der certo, a tendência é que até o fim do ano os medidores convencionais usados no Rio comecem a ser trocados pelos “inteligentes”, desenvolvidos em parceria pelo Lactec e pela Light.

“Essa interação do consumidor com o medidor de energia – que mostra, pela internet, celular, tablet e até mesmo em uma interface acoplada qual foi o consumo até o momento e quanto custará a conta de luz – é capaz de gerar re­­­­du­­­­ção entre 20% e 30% do gasto com energia”, explica Rodrigo Jar­­­dim Riella, coordenador de projetos da divisão de eletrônica do Lactec.
Usos da “smart grid” vão além da eletricidade

Além de mostrar ao consumidor os detalhes sobre os gastos com a conta de luz de forma que haja controle maior sobre os gastos, os medidores inteligentes também podem permitir o controle a distância do funcionamento de eletrodomésticos e eletrônicos. Esses medidores são parte do conceito de “smart grid”, relacionado à automação das redes de distribuição de energia elétrica.

Pesquisas de empresas da área mostram que é possível incorporar tecnologias de sensoriamento, monitoramento, tecnologia da informação e telecomunicações para o melhor desempenho da rede, identificando falhas e melhorando a qualidade do serviço prestado – tudo via conexão sem fio.

Ainda em fase de testes, a tecnologia de redes inteligentes é capaz de dar alternativas a inúmeros segmentos. “É possível usar a capilaridade da rede de energia elétrica, aliada aos sistemas de conexão sem fio, para integrar sistema de segurança, iluminação pública ou monitoramento de veículos, por exemplo”, comenta Airton Hess, diretor da Smart Green, empresa curitibana que atua no ramo.

Outra empresa instalada em Curitiba que desenvolve pesquisas do gênero é a Langys+Gyr. Segundo o gerente de produtos da empresa, Ennio Guido Schiavon Junior, a adoção desses sistemas é uma tendência mundial. “Em outros países já é realidade, mas o Brasil depende de alguns marcos regulatórios e incentivos governamentais para que essas soluções estejam mais presentes no cotidiano”, afirma.

Na avaliação dele, essa economia é boa para o consumidor e para as próprias concessionárias. “É mais barato, para a concessionária, investir em pesquisa e implementar sistemas inteligentes do que promover uma ampliação de suas linhas, que ficam congestionadas em horários de pico e que podem, em alguns anos, não suportar a demanda.”

De acordo com Riella, a cobrança diferenciada da tarifa nos horários de pico de uso de energia elétrica, aliada ao consumo inteligente, é um dos argumentos mais fortes para que os sistemas se popularizem. O modelo é usado na Itália desde 2006 e nos Estados Unidos desde 2008. “O consumidor vai querer economizar sabendo o quanto gasta e em quais momentos do dia gasta mais. Assim, será possível estabelecer um deslocamento da carga para horários menos congestionados.”

Segundo Riella, o Lactec mantém conversas com várias concessionárias que estão em busca dessa tecnologia. “Vai depender de cada empresa, mas muitas já demonstram interesse. Se o projeto-piloto do Rio de Janeiro der certo, é provável que outras sigam o mesmo caminho”, diz.

A mudança necessária para implementar os sistemas inteligentes de controle de gastos com a energia elétrica é feito por meio da troca dos medidores de luz em todas as unidades consumidoras. Serão instalados medidores mais apropriados, que forneçam interface para interação com o consumidor. O ônus dessa mu­­dan­­ça fica a cargo da concessionária, e não do usuário. 



segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Empresa chilena investe em irrigação a partir da energia solar

Objetivo é produzir frutas de mesa com eficiência em regiões cercadas pelo deserto por Tradução Luciana Franco 


 
Painéis solares podem incrementar a produção frutícola em regiões desérticas do Chile em até 60%, diz empresa O deserto do Atacama, no Norte do Chile é o lugar mais seco e com maior radiação solar do planeta. E é onde a Subsole, uma das principais exportadoras nacionais de frutas de mesa, planeja seu crescimento mediante o uso de energia solar e eficiência energética.

Com empréstimos de US$ 32 milhões e assistência técnica do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a companhia planeja incrementar sua produção frutícola em 60% durante os próximos 4 anos, principalmente expandindo o cultivo no vale do Copiapó, a 800 quilômetros ao norte de Santiago, cercado pelo deserto.

Para poder impulsionar a produção de maneira competitiva,a Subsole planeja construir una planta de energia solar de 300 quilowatts/hora no vale para abastecer seus sistemas de irrigação. 
 
A nova planta fotovoltaica, a primeira na história de um produtor de frutas chileno, permitirá à empresa fornecer água proveniente de aquíferos subterrâneos a um baixo custo e de maneira sustentável em una região onde se compete pela escassa eletricidade disponível com uma pujante indústria mineira.

“A planta solar nos permitirá reduzir as emissões de carbono e ao mesmo tempo, assegurar custos estáveis de energia e maior eficiência energética”, afirmou Miguel Allamand, presidente de Subsole, e fundador da empresa há 20 anos. A companhia está consciente da poderosa combinação de qualidade e sustentabilidade.

O investimento permitirá que a Subsole permaneça na vanguarda da produção de fruta de mesa no Chile. A empresa, com sede em Santiago, é conhecida por seu modelo de negócio inclusivo, onde os benefícios do desenvolvimento da companhia são divididos entre os produtores agrícolas.

“Os investimentos da Subsole melhorarão as práticas sustentáveis e terão um grande impacto em toda a cadeia de abastecimento; beneficiarão diretamente a 275 pequenos e médios produtores e gerarão mais de 10 mil postos de trabalho diretos e indiretos. 
 
No total, beneficiarão cerca de 82 mil pessoas em toda cadeia de abastecimento’’, afirma Paola Bazan, chefe da equipe de projeto do Departamento de Financiamento Estruturado e Corporativo do BID. 
 
“O investimento garantirá que as práticas corporativas sustentáveis e responsáveis continuem apoiando a inovação, que é central para a estratégia do setor privado do BID”. 
 
 
 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Tradicionais enfeites de Natal ajudam a economizar

Fonte: Globo - Bom Dia Brasil 
Brasil - Para o Natal, a moda da vez são os enfeites high-tech, com consumo de energia reduzido e brilho mais intenso. Os tradicionais enfeites e efeitos de Natal chegam ao mercado esse ano com novas tecnologias. 
 
 
Um temporizador aplicado nos jogos de luz ajuda a economizar, pois controla automaticamente o tempo que a iluminação permanece acesa e para decoração de Natal, já existem no mercado lâmpadas ecológicas, com tecnologia LED. 
 
O preço é mais caro do que as incandescentes, mas o investimento compensa pela economia de energia, durabilidade e intensidade de brilho.

Em Minas Gerais, por exemplo, o preço de 100 lâmpadas incandescentes acesas durante 11 horas diárias pode resultar em um aumento de R$ 6,40 na conta de luz. 
 
Enquanto isso, 100 lâmpadas com tecnologia LED ligadas durante o mesmo período de tempo, gera um aumento de apenas R$ 0,51 na conta.

Além disso, outra tendência no mercado são as árvores de fibra ótica e LED, que dispensam toda aquela fiação que, normalmente, cobre as árvores. 
 
A base das árvores vem com uma lâmpada dicróica e um prisma e essa luz acaba sendo captada pela fibra ótica e é transferida para os galhos da árvore. 
 
Segundo o empresário Alexandre Maia, essa é uma tecnologia que agrega sustentabilidade e economia de energia.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Software ajuda a economizar energia em edificações

A Eletrobras lançou dia (13), por meio do Procel Edifica, o Domus-Procel Edifica, programa de simulação termoenergética de edificações desenvolvido pelo Procel Edifica e PUC do Paraná. 


O software, que apresenta uma das interfaces gráficas mais amigáveis do mercado, possibilita o estudo das trocas higrotérmicas (temperatura e umidade) através das alvenarias do edifício, fato que os outros programas não consideram e é de fundamental importância no clima brasileiro.  

O Domus-Procel Edifica simula ainda a classificação do edifício quanto ao nível de eficiência energética visando à etiquetagem, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edifícios, gerando até a imagem da etiqueta que o edifício poderá receber.

O Procel Edifica é o subprograma da Eletrobras/Procel dedicado a promover o uso eficiente de energia elétrica nas edificações residenciais, comerciais, de serviços e públicas do Brasil. 

Calcula-se que quase 50% da energia elétrica produzida no país sejam consumidas não só na operação e manutenção das edificações, como também nos sistemas artificiais, que proporcionam conforto ambiental para seus usuários, como iluminação, climatização e aquecimento de água. 

Segundo os cálculos dos técncios do Procel Edifica, a economia pode chegar a 30% para edificações já existentes, se estas passarem por uma intervenção tipo retrofit (reforma e/ou atualização) e a 50% em edificações novas construídas com os padrões instituídos pela etiquetagem.

Eficiência Energética : PNEf: hora de unir forças

Grupo de trabalho do Plano Nacional de Eficiência Energética começa a se organizar para implementar ações previstas. Agentes do setor identificam grande potencial de economia de energia com as medidas propostas
 

Setor industrial: grande potencial de
redução do consumo de energia,
segundo PNEf

Pedro Aurélio Teixeira, para o Procel Info

Na última quarta-feira, 7 de dezembro, foi dado o primeiro passo para que a eficiência energética se torne uma política de governo. O Grupo de Trabalho criado pelo Ministério das Minas e Energia (MME) para implantar o Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf) se reuniu pela primeira vez para elaborar as metas que deverão ser cumpridas para que se consiga economizar 10% de energia até 2030. De acordo com Hamilton Moss, diretor do Departamento Energético do MME, o momento é de organização. "O objetivo é cumprir com essa meta, que é ousada, mas nós temos tempo para cumpri-la. É um esforço contínuo, a gente vai ter que estar sempre atento, gerando novas ações", adianta.

As metas do PNEf são consideradas ousadas, mas os agentes as consideram factíveis. Segundo Fernando Perrone, gerente de Projetos de Eficiência Energética do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) e integrante do grupo de trabalho, as metas podem ser alcançadas com a união de todos. "Vai demandar uma grande articulação para que se crie uma sinergia nessas ações. As metas são viáveis e factíveis, existe uma gama de atividades que temos que desenvolver com agentes públicos e privados para conseguir essa meta", explica.

No grupo de trabalho estão reunidos vários agentes do setor, além de associações e órgãos reguladores. A Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), uma das integrantes do grupo de trabalho, aposta na redução de perdas como uma boa fonte para o alcance das metas.

"A expectativa é contribuir para que o agente possa trabalhar para reduzir as perdas devido ao uso incorreto de energia, que hoje está na faixa de 6%", comenta Nelson Fonseca Leite, presidente da Abradee. Ele também acredita que ações no campo da educação já testadas poderão ser mais aproveitadas.  "Existe muita coisa a se fazer. O Procel nas escolas é um programa interessante e deveria ser colocado na grade  escolar", observa.

Todos apostam que o consumidor industrial terá um papel mais relevante no PNEf, uma vez que a ele caberá os maiores percentuais de redução. E é nas indústrias onde estão as maiores chances de novidades em termos de eficiência energética que poderão ser apresentadas. 
 
"A área de eficiência é tradicional, não há muitas inovações, mas no consumidor industrial há oportunidades, principalmente na questão de aplicação de processos em vários segmentos, como o de caldeiras, além da modernização de equipamentos. Uma auditoria feita pelo Procel em algumas indústrias apontou uma economia de R$ 2 milhões a R$ 4 milhões nas despesas com energia", explica Moss.

A Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) propõe que as indústrias reduzam sua emissão de gases por meio de ações de eficiência energética, valendo-se da isenção dos encargos RGR, CDE e P&D para executar esses projetos. Helder Sousa, especialista em energia da Abrace, justifica o uso desses encargos, em vez de empréstimos. 
 
"A tomada de empréstimos aumentaria o endividamento das empresas e no enfrentamento entre um projeto de eficiência energética e um de aumento de produção ganharia o de aumento de produção", afirma.

PNEf vai demandar uma grande articulação para que se crie uma sinergia nessas ações. As metas são viáveis e factíveis, existe uma gama de atividades que temos que desenvolver com agentes públicos e privados para conseguir essa meta, diz Fernando Perrone, do Procel

Esse novo olhar para o consumidor industrial também é um dos pleitos que a Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace) vai levar para o PNEf. Segundo Carlos Faria, presidente da associação, novas políticas devem ser adotadas para esse setor.

"Os programas existentes hoje são muito focados nos consumidores residenciais, comerciais e no setor público. A nossa contribuição vai ser para que as políticas sejam adotadas visando o setor industrial, que é onde você tem o maior potencial de redução de eficiência energética", relata.

Para que a eficiência energética deslanche com o PNEf, Moss defende que alguns entraves precisam ser debelados, como o  tempo de retorno dos projetos, que nem sempre são curtos e um aumento no número de profissionais aptos a trabalhar com eficiência energética. "O profissional que trabalha com eficiência é um profissional multidisciplinar, a gente precisa formar essas pessoas, ampliar esse número", destaca.

Já Carlos Faria coloca como entrave as condições de financiamento para projetos e uma maior atenção às empresas de conservação de energia. "A gente tem que lamentar um pouco as condições de financiamento oferecidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dar mais atenção às Escos (empresas de conservação de energia), criando mecanismos de incentivos para levá-las para o setor produtivo", aponta.

Os recursos necessários para executar as ações que o PNEf propõe poderão não ser suficientes, e existe a possibilidade de mais financiamentos ou incentivos fiscais serem criados. No entanto, Hamilton Moss alerta que antes disso devem se esgotar todas as possibilidades já existentes de financiamentos. "Temos que lembrar que fontes já existentes, como Proesco e PEE (Programa de Eficiência Energética da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica) não são totalmente utilizadas", lembra.

O PNEf conseguiu o engajamento dos agentes do setor, que são unânimes em revelar que estão motivados e que existe um grande potencial a ser explorado em eficiência energética no país, como confirma Nelson Fonseca Leite, da Abradee. "Considerando que existe um desperdício da ordem de 18%, acreditamos que haja um potencial grande para ser atingido", observa.

Carlos Faria, da Anace, conta que o país não pode perder mais uma oportunidade de traçar metas para a redução do consumo. "Infelizmente, quando o país passou pelo racionamento, o governo acabou evitando adotar um pacote de medidas destinado a diminuir os desperdícios. 
 
As iniciativas cotidianas já trouxeram boas práticas, nós fizemos uma análise do Procel e foi obtida uma economia de 13% de 2009 a 2010. Isso aí já é um resultado que significa uma produção de quase uma hidrelétrica de 1.500 MW", revela.
 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Empresas cortam custos usando lâmpadas de LED

Essa diferença que está incentivando empresas como as redes de varejo Wal-Mart Inc. e GNC Corp. e a de hotéis Caesars Entertainment Corp. a comprarem novas lâmpadas mais avançadas.


As lâmpadas à base de diodos emissores de luz, ou LEDs - semicondutores que produzem uma luz brilhante quando carregados de eletricidade -, duram dez vezes mais que as lâmpadas convencionais - ou seja, resultam em menos escadas bloqueando os corredores dos supermercados, ou feios andaimes erguidos nos saguões de hotéis, com operários trocando lâmpadas queimadas.

Como a economia de energia ainda não é suficiente, em alguns casos, para cobrir o custo mais elevado das novas lâmpadas, é o menor custo de manutenção que está gerando vendas.

"Pense em um poste de luz de um estacionamento, com seis a 12 metros de altura. É preciso um caminhão com guindaste e um eletricista para trocar as lâmpadas a cada dois anos. 
 
Agora estas novas vão durar de 10 a 12 anos", disse Charles Zimmerman, vice-presidente da Wal-Mart para projetos e construções internacionais. "O grande retorno é na manutenção."

Trocar as lâmpadas ficou mais complicado do que se imagina pelas piadas da série "Quantos... são precisos", dizem os donos de lojas, especialmente dentro de freezers e de cartazes luminosos, que podem exigir técnicos especalizados. 
 
No Hotel Intercontinental de San Francisco, com 33 andares, trocar uma lâmpada pode custar cerca de US$ 50. 
 
Levando em conta a longa vida das lâmpadas, o hotel achou vantajoso o investimento inicial na mudança para as LEDs, disse Harry Hobbs, diretor de engenharia do hotel.
 

COBEE: nova edição acontecerá em julho de 2012

Fonte: Procel Info 



São Paulo - Considerado o principal evento do segmento, o Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (COBEE) acontecerá nos dias 11 e 12 de julho, em São Paulo, no Centro de Eventos Frei Caneca. 
 
Em 2012, o já tradicional evento, promovido pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) em parceria com a Método Eventos Energia, chega a sua nova edição. 
 
Em paralelo à COBEE acontecerá também mais uma edição da Expoeficiência.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Eficiência energética no setor imobiliário

Brasil - Reportagem publicada na revista O Setor Elétrico, na edição de outubro, explica a importância do certificado LEED de sustentabilidade para os edifícios
 
Brasil - Presente em 131 países, o selo de eficiência energética LEED comprova a sustentabilidade de um empreendimento através da verificação de diversos critérios que visam à redução dos impactos ambientais durante o período de obras e durante a operação do edifício, sendo um desses critérios, a eficiência energética.

Isso porque o setor imobiliário é responsável pelo consumo de 41% da energia elétrica gerada. No Brasil, de acordo com matéria publicada na Revista O Setor Elétrico, na edição de outubro, é preciso ainda que o mercado passe por algumas mudanças nas normas e regulamentações vigentes. Além da redução do consumo e da diminuição dos impactos ambientais, algumas medidas, como o melhor aproveitamento da iluminação natural, podem ajudar a reduzir o consumo energético e a aumentar o grau de sustentabilidade dos edifícios.
Clique no link abaixo e leia a reportagem na íntegra
Revista_O_Setor_Eletrico_10.11_Certificado_LEED.pdf
 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Eletricidade sem fios recarrega veículos elétricos rodando

Eletricidade sem fios recarrega veículos elétricos rodando

















 
Os protótipos do OLEV, com um aspectro dos  "trenzinhos 
da alegria" usados para passeios com crianças, escondem 
uma das mais avançadas tecnologias de veículos elétricos 
já lançados.

Transporte verde

A Coreia do Sul não está satisfeita em colocar apenas seus carros em mercados do mundo todo.

Uma nova tecnologia de "transporte verde", criado por engenheiros do instituto KAIST, acaba de ser licenciada e deverá estrear brevemente nas ruas da cidade de McAllen, no estado do Texas (EUA).

O veículo, uma espécie de trólebus, foi categorizado pelos seus criadores como um OLEV (On-line Electric Vehicle).

Eletricidade sem fios

O "autobonde" é inteiramente elétrico, mas com um detalhe que pode fazer a diferença, e que responde pelo termo on-line em seu nome: ele não precisa parar para recarregar suas baterias.

A energia elétrica necessária para recarregar as baterias do OLEV é suprida continuamente sem fios, por meio de um campo magnético criado por fios instalados sob o asfalto.

Esse sistema de suprimento de eletricidade sem fios chama-se SMFIR - Shaped Magnetic Field in Resonance, campo magnético estruturado em ressonância, em tradução livre.

Os engenheiros coreanos afirmaram já estar trabalhando para adaptar esse sistema de recarga de baterias sem fios para outros tipos de veículos elétricos, para equipamentos eletrônicos e também para uso industrial.

Rodovia eletrônica

"Este projeto vai demonstrar a eficiência total de usar a tecnologia de recarregamento em trânsito para criar uma verdadeira 'rodovia eletrônica', assim como um meio barato de converter os ônibus a diesel atuais por veículos elétricos," disse Hikyu Lee, membro da equipe de desenvolvimento do OLEV.

O primeiro OLEV deverá estrear nas ruas de McAleen no início de 2013, já sem o aspecto de "trenzinho da alegria" visto nos protótipos.

A Alemanha também já apresentou o seu autobonde elétrico, que também dispensa os trilhos e os cabos dos trólebus, mas ainda depende do sistema tradicional de recarga das baterias.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

USP - Campus vai ganhar novo sistema de iluminação

G1
O campus da Universidade de São Paulo (USP), na Zona Oeste da capital paulista, deverá receber um novo sistema de iluminação em 2012. O projeto prevê a instalação de sete mil pontos de luz em toda a Cidade Universitária. Atualmente, existem pouco mais de 3 mil e de tecnologia obsoleta.


Segundo a USP, a nova iluminação terá como objetivo garantir maior segurança aos pedestres e motoristas que circulam pelo campus. 

O edital licitatório deve ser lançado ainda neste mês de dezembro. A instituição disse esperar que até o final de 2012 todo o projeto tenha sido implantado.

A iluminação deficiente na Cidade Universitária é uma das reivindicações dos alunos, que reclamam de assaltos. No dia 28 de outubro, alguns universitários da USP entraram em confronto com a Polícia Militar, após a detenção de três estudantes. Segundo a PM, eles estavam com maconha.

A partir deste dia, uma série de protestos contra a presença da PM no campus teve início, culminando com a invasão da reitoria da universidade. Eles alegam que não é atribuição da Polícia Militar patrulhar a Cidade Universitária.

A má iluminação do campus é um dos poucos pontos de comum acordo entre os estudantes que apoiam os protestos e os que são contra. Um grupo de universitários chegou a fazer uma passeata a noite com velas e lanternas, para mostrar as vias sem luz. 

De acordo com os alunos, as ruas menos iluminadas facilitam a ação de criminosos. Segundo a instituição, o projeto para a renovação da iluminação foi aprovado em julho deste ano, antes mesmo dos protestos começarem.

Economia

Outro objetivo da reformulação é reduzir a quantidade de energia gasta atualmente. A universidade informou que, apesar do aumento do número de pontos iluminados, a economia de energia será de até 15%. 

Lâmpadas de luz branca e de led deverão ser utilizadas, além de tecnologias que usam a energia solar como fonte de alimentação.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Uso do carro elétrico em larga escala exigiria cinco hidrelétricas como Belo Monte


Estudo aponta energia necessária para substituir toda a frota nacional e pede cautela quando à inovação automotiva

Da redação





Com montadoras apresentando cada vez mais modelos de carros elétricos e as primeiras experiências com veículos do tipo já em andamento, o assunto tem chamado a atenção no Brasil e está, inclusive, na pauta da presidente Dilma Rousseff, que pediu um estudo sobre a viabilidade da tecnologia. 

A consultoria Andrade&Canellas, porém, se adiantou e divulgou nesta segunda-feira (5/12) alguns dados provenientes de pesquisas sobre o tema.

De acordo com os cálculos da empresa, a substituição dos veículos hoje em circulação no Brasil por modelos elétricos exigiria que o parque gerador produzisse mais 190.108GWh por ano. Colocando isso em termos práticos, seriam necessárias mais cinco hidrelétricas do porte de Belo Monte ou três como Itaipu.

“Em princípio, os veículos elétricos são opções interessantes para descarbonização da matriz de transportes. Mas é preciso atenção porque a eletricidade para abastecê-los terá de ser produzida de alguma forma, o que exigirá investimentos significativos no parque gerador e na infraestrutura de transmissão e distribuição”, afirma a gerente do Núcleo de Energia Térmica e Fontes Alternativas da Andrade & Canellas, Monica Rodrigues de Souza.

A análise é baseada em dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) - que apontam para uma frota de 39 milhões de veículos leves emplacados. Cada um deles consome em média 1,4 toneladas equivalentes de petróleo (tep) por ano, o que resulta num gasto total de 54 milhões de tep. O volume deve-se, em parte, ao desempenho dos motores a combustão interna, que trabalham com níveis de eficiência médios de apenas 27%

Nos motores elétricos, a eficiência é da ordem de 90%. Nesse caso, a conversão para eletricidade faria o consumo total cair para pouco mais de 16 milhões de tep por ano, o que equivale aos 190.108GWh estimados pela Andrade&Canellas. A consultoria compara o número com o fato de que Itaipu produziu 71.744GWh em 2010, enquanto Belo Monte deve gerar 39.360GWh quando estiver funcionando a plena carga.

“O Brasil deve ampliar de maneira muito consistente a produção de petróleo nos próximos anos. Diante desse fato e da disponibilidade de etanol a custo competitivo no país, a questão do carro elétrico precisa ser avaliada de maneira ampla, não apenas como uma panaceia que resolverá todo o problema da mudança climática”, aponta Monica, que ressalta que é preciso considerar os impactos ambientais das fontes de energia - fósseis ou renováveis.