quinta-feira, 29 de março de 2012

Eficiência Energética para a Indústria

Encontre aqui conteúdo relacionado à eficiência energética na indústria, elaborado através da parceria Eletrobras/Procel e Confederação Nacional da Indústria (CNI). 







Acesse nos links abaixo as páginas dos relatórios sobre as oportunidades de eficiência energética na indústria. 


Porém, vale ressaltar que é necessário estar logado ao  Procel Info para 


fazer o download dos relatórios. : www.procelinfo.com.br  


Experiências Internacionais em Eficiência Energética na Indústria
Histórico de programas
Uma visão institucional
Estudos de caso
Novas Tecnologias para Processos Industriais: eficiência energética na indústria
Oportunidades de Negócios para a Indústria em Projetos de Eficiência Energética com MDL Programático
Relatórios Setoriais:
Alimentos e bebida
Cal e gesso
Cerâmica
Setor cimenteiro
Setor extrativo mineral
Ferroligas
Fundição
Metais não ferrosos
Não energo-intensivas
Químico
Setor papel e celulose
Setor têxtil
Setor vidreiro


Fonte: www.procelinfo.com.br

quarta-feira, 28 de março de 2012

Redes inteligentes, inovação e monitoramento de energia são os principais temas do Energy Show

Evento acontece em Florianópolis, de 19 a 21 de abril, e reúne profissionais de Transmissão, Geração e Distribuição de energia

A segunda edição do Energy Show, promovido pela Vertical de Energia da ACATE (Associação Catarinense de empresas de Tecnologia), reúne soluções tecnológicas para o setor de Energia. 
O evento, que acontece de 19 a 21 de abril, tem como objetivo promover um debate entre profissionais das diferentes vertentes do segmento - transmissão, geração e distribuição. 
O Energy Show será realizado em Florianópolis, no Jurerê Beach Village, no norte da ilha.

A programação conta com cases e palestras focados em soluções tecnológicas para o segmento, principalmente com relação às smart grids, ou redes inteligentes, sistema digital já atuante em muitos países e que está chegando ao Brasil. 

Para abordar esses assuntos, grandes profissionais da área realizarão palestras, como Paulo Roberto Maisonnave (Endesa), Flávio Cotelessa (BBCE), Cyro Boccuzzi (Enersul), Marcelo Lobo Heldwein (UFSC), Sergio Maes (Tractebel), Ildemar Decker (UFSC), Enrique Martinez (CFE - México) e José Fiates (CERTI).

Os cases, que discorrerão sobre soluções tecnológicas de sucesso para medição, transmissão, legislação e monitoramento de energia, entre outros assuntos, serão apresentados pelas empresas catarinenses Way2, Vieira-Ishikawa, ATMC, Paradigma, Reason, W2B, AQX, CEBRA, Reivax, Opersul e LinkPrecision.

Destinado a gestores, técnicos e engenheiros que desenvolvam trabalhos diretamente nas áreas de transmissão, geração ou distribuição de energia em empresas públicas e privadas do setor, o evento espera receber cerca de 200 profissionais de todo o país neste ano.

Serviço

O que: Energy Show 2012
Quando: 19, 20 e 21 de abril
Onde: Jurerê Beach Village -  Al. César Nascimento, 646. Jurerê Internacional. Florianópolis, SC



Inscrições e informações: http://www.energyshow.com.br.


Fonte:
Cristine Isabele Corrêa (SC 02660-JP)
cristine@dialetto.com.br

Dialetto Comunicação Estratégica - www.dialetto.com.br
Telefone:  (48) 2107-2716
Celular: (48) 9122 7765
Florianópolis - Santa Catarina

segunda-feira, 26 de março de 2012

Eficiência Energética: contratos sob medida

Da Agência Ambiente Energia - A Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Conservação de Energia (Abesco) e a GIZ -Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH, desenvolveram minutas contratuais para projetos de eficiência energética. 




A ideia é fornecer ao mercado, peças contratuais atualizadas com as sistemáticas, proposições e metodologias para o desenvolvimento do negócio. 

As minutas tratam de Acordo de Intenções entre as partes e do Contrato de performance padrão.

Por meio desta iniciativa, as entidades buscam reforçar o amadurecimento do mercado nacional de eficiência energética que possui enormes oportunidades de projetos e negócios, pois muitas vezes clientes e Escos acabam gastando um grande esforço na assinatura dos contratos e as referências disponíveis são pequenas.

As minutas foram trabalhadas a diversas mãos. Com o apoio dos associados da Abesco e da própria experiência internacional da GIZ para o escritório de advogados Hackerott, Borges & Ceccotto Advogados Associados que ganhou a licitação realizada pelas entidades e elaborou as minutas.


terça-feira, 20 de março de 2012

Cinco desafios para o futuro das redes elétricas inteligentes

Consultoria lista questões como maturidade da tecnologia, reação dos consumidores e segurança de dados

Por Luciano Costa
 
Crédito: Anderson Baldime

As redes elétricas inteligentes - conhecidas pelo termo smart grids - não são mais novidade no mundo e, mesmo no Brasil, começam a se tornar realidade por meio de diversos programas-piloto. A tecnologia, porém, ainda enfrenta muiitos desafios, até nos países em que os medidores eletrônicos aparecem em maior escala, como os Estados Unidos.

Um estudo da consultoria PikeResearch se debruça sobre o futuro dessa indústria e lista os principais desafios que as redes precisarão enfrentar antes de se consolidar no mundo.

"Enquanto é apontado como muito lento por alguns, esse processo acontece em um ritmo mais rápido do que é caracteristicamente visto no setor elétrico. Os players existentes estão se transformando , novos (e velhos) agentes estão entrando e deixando o mercado e os consumidores estão acordando", analisa a PikeResearch. A consultoria também aponta que "o ano de 2012 representa um ponto de virada" para a tecnologia.

Confira abaixo cinco desafios que, segundo análise desses especialistas, devem mexer com a indústria ligada às redes inteligentes nos próximos anos.

1 - Da teoria à prática
Nos últimos anos, as empresas de energia estiveram focadas em colocar medidores inteligentes em funcionamento. Muito dinheiro foi aplicado, inclusive com estímulo do governo, como nos Estados Unidos. Agora, os recursos começam a minguar ao mesmo tempo em que a questão aparece: o que fazer com esses equipamentos e os dados que eles geram?

Segundo a PikeResearch, cerca de 200 milhões de medidores estão instalados no mundo, mas "é hora de esses novos medidores começarem a entregar algumas de suas promessas para ajudar os clientes a reduzir o consumo e os gastos com energia e aprofundar o relacionamento com as empresas do setor".

Ao mesmo tempo em que acredita que as companhias de energia terão de mostrar que a mudança valerá a pena, a PikeResearch diz que essas empresas "nunca viram um volume de dados como o que virá dos medidores" e ainda não sabem como enfrentar essa complexidade.

A consultoria afirma que essa etapa do desenvolvimento das redes deve demorar mais do que o iniciamente previsto, mas acredita que empresas com pensamento mais visionário podem encontrar soluções inteligentes e ganhar com "algo além do uso óbvio" dessas informações.

2 - O debate sobre o custo de energia por hora
Os medidores vão permitir a cobrança de tarifas diferentes a cada horário do dia, o que possibilita a adoção de preços maiores em horários de pico. Com isso, espera-se reduzir a demanda nesses momentos e aliviar o sistema, reduzindo custos. A PikeResearch, porém, prevê um grande debate sobre essa possível mudança de paradigma.

Segundo a consultoria, a maioria dos especialistas concorda que a nova tarifação só trará benefício se for algo obrigatório, e não uma escolha do consumidor - como tem sido colocado até hoje. No Brasil, por exemplo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propõe que isso seja optativo.

"O objetivo pode ser reduzir os picos de demanda e preencher momentos subutilizados, mas é verdade que alguem vai pagar mais com as 'tarifas dinâmicas'. A questão é: quem?", questiona o estudo. Para a PikeResearch, reguladores e legisladores precisarão de "coragem" para avançar nesse sentido, uma vez que a questão impactará diretamente o bolso de diversas categorias de consumidores - desde grandes empresas até os de baixa renda.

3 - Segurança dos dados
O grande volume de informações sobre o comportamento dos consumidores que será gerado com os medidores inteligentes vai precisar de uma política de segurança digital que ainda não dá sinais de avanço, de acordo com a PikeResearch.

Para a consultoria, as empresas de energia hesitam em investir nessa tecnologia a não ser que isso seja exigido por alguma norma. "Pode soar como cínico, mas é pragmático. Elas não sabem qual tecnologia (de cyber segurança) comprar e não têm ideia do que será exigido delas, uma vez que uma regulação sobre isso não foi escrita", explica o estudo.

Para a empresa, segurança digital em smart grids receberá investimentos de US$14 bilhões até 2018, mas, "sem padrões, todo esse investimento pode não agregar nenhuma contribuição significativa para a proteção das redes inteligentes".

4 - Resistência popular
"A reação dos consumidores contra os medidores eletrônicos não vai morrer. Mesmo com fortes evidências contrárias, minorias com voz vão continuar a pressionar com argumentos contra a implantação da tecnologia. Não importa quanto as emporesas de energia tentem atenuar os protestos, elas podem esperar continuar lidando com essa situação, ao menos no curto prazo", estima a Pike Research.

As críticas de associações de consumidores contra as redes inteligentes passam por argumentos como a invasão de privacidade, o medo de ataques hackers à tecnologia e "teorias de conspiração". Além disso, há até quem fale em perigo à saúde devido às ondas de rádio utilizadas pelos equipamentos para enviar dados.
"Embora existam preocupações sinceras e questões que valem a pena serem feitas sobre medidores inteligentes, muito disso é simplesmente histeria irracional", critica a análise.

5 - Microgeração de energia vai se tornar uma realidade
A instalação de placas solares e micro turbinas eólicas em indústrias, residências e comércios vai passar de um fato curioso a pura realidade nos próximos anos, ao menos nas expectativas da PikeResearch. 

E essa novidade exigirá o uso dos medidores inteligentes, para medir a energia produzida e utilizada junto à rede.

No Brasil, por exemplo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) espera votar ainda neste mês a regulamentação para esse forma de geração. No País, a ideia é que o consumidor tenha abatida de sua fatura a energia que produziu, sem o pagamento de remunerações em dinheiro. 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Ano do Mercado Livre: avanços regulatórios são apontados como necessários para a consolidação do ambiente de negócios

Projeto apoiado pelo Grupo CanalEnergia será lançado no próximo dia 21, em Brasília.

Avanços regulatórios e mecanismos que estimulem a negociação de contratos de longo prazo serão necessários para garantir a expansão e a consolidação do mercado livre de energia elétrica no Brasil, segundo avaliação feita por executivos de diferentes segmentos participantes desse mercado. 


Pelas regras atuais, estima-se que 8 mil consumidores potencialmente livres ou especiais estariam aptos a migrar para esse mercado, que pode chegar a 46% do consumo nacional, pelos cálculos do presidente executivo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, Reginaldo Medeiros.

Nem tudo é consenso entre os agentes, mas algumas diretrizes comuns deverão nortear a mobilização de comercializadores, geradores e grandes consumidores de energia em 2012. Eles participarão da cerimônia de lançamento do projeto Ano do Mercado Livre, marcada para o próximo dia 21 de março, às 14 horas, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Lançado em 2011, durante o 8º Enase, o projeto apoiado pelo Grupo CanalEnergia nasceu da necessidade de melhorar a comunicação com a sociedade sobre o funcionamento do ambiente de livre comercialização de energia elétrica. 

Para isso, serão organizados uma série de eventos ao longo do ano. O evento tem o apoio da Frente Parlamentar em Defesa da Infraestrutura Nacional e deverá reunir, no lançamento, autoridades do Ministério de Minas e Energia, do Operador Nacional do Sistema Elétrico e da Empresa de Pesquisa Energética.

Medeiros afirma que “o objetivo não é discutir questões específicas" e, sim, levar ao público em geral informações sobre o funcionamento do mercado livre e os benefícios que ele pode proporcionar para a indústria. “A gente quer colocar esse tema na agenda do governo e do regulador", acrescenta o presidente executivo da Abraceel.

Ao enumerar os pontos que precisam ser trabalhados com maior rapidez para garantir avanços no mercado livre, Medeiros diz que é necessário ter um sistema de garantias que dê maior segurança às operações na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e destaca a importância do desenvolvimento das bolsas de energia. 

Cita ainda a regulamentação da figura do comercializador varejista para que mais agentes participem desse mercado.

Para o presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica, Luiz Fernando Vianna, o mercado livre é importante para a estabilidade do mercado de energia por um motivo simples: ele responde ao preço de maneira muito rápida. 

O grande consumidor que atua nesse segmento pode então adequar sua demanda de acordo com a oferta de energia, o que não acontece com o consumidor cativo das concessionárias de distribuição. “A gente acha que para o mercado livre ser forte não pode ficar estagnado onde está”, afirma Vianna.

O executivo defende maior flexibilidade nas regras para migração de consumidores de um mercado para o outro, além de aprimoramentos no Preço de Liquidação de Diferenças, usado como base nas transações fora do mercado regulado. “O PLD tem que refletir a operação do mercado, e não é o que acontece”, afirma.

Entre os autoprodutores, também é consenso que o ambiente de contratação precisa ser melhorado. “Essa expansão (do mercado livre) é fundamental, e esse ambiente de mercado tem que proporcionar essas condições. Hoje ele já proporciona vantagens para a economia, torna a indústria mais competitiva” afirma o presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia, Mário Menel.

O executivo cita como exemplo de aperfeiçoamento a criação de mecanismos financeiros que possibilitem maior garantia e liquidez ao mercado, como a emissão de certificados de energia que facilitariam a assinatura de contratos de venda de energia de longo prazo. 

“A ideia agora é financiar a expansão. Vou ao BNDES com esses certificados. É uma forma de dar financiabilidade a esse mercado”, disse.

Outro ponto reforçado por Menel é a reivindicação dos grandes consumidores de comercializarem excedentes de energia contratada no mercado livre diretamente com outros agentes. Atualmente, as sobras de contratos decorrentes da desaceleração do mercado têm que ser liquidadas no curto prazo e estão sujeitas à variação do PLD.

Investidores em pequenas centrais hidrelétricas também apostam no crescimento do mercado não regulado, especialmente no segmento de consumidores especiais (carga entre 500 kW e 3 MW). “A maior parte da energia gerada pelas PCHs é destinada ao mercado livre. 

Nós somos perfeitamente aderentes a essa ideia de se fortalecer cada vez mais esse mercado porque ele é importante para a energia alternativa”, afirma o presidente executivo da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa, Charles Lenzi.

Lenzi argumenta que os investidores em PCHs precisam de contratos com prazo maior, além de linhas de financiamento específicas e de flexibilização no processo de medição dos clientes passíveis de migração. 

Outra iniciativa que a Abragel apóia é a figura do comercializador varejista, necessário, segundo o executivo, na interface com vários pequenos clientes.

FONTE: Agência CanalEnergia

Compensação financeira por geração de energia em fevereiro atingiu R$ 174 milhões

Do total, foram distribuídos R$ 278,37 milhões a título de CFURH e R$ 66,65 milhões em royalties

Em fevereiro, a arrecadação de compensação financeira pela utilização de recursos hídricos para geração de energia elétrica a municípios, estados e União, incluindo royalties (compensação financeira devida pela Usina de Itaipu), foi de R$ 174,96 milhões. No acumulado dos últimos 12 meses (janeiro e fevereiro), o valor chegou a R$ 345 milhões. 

Do total, foram distribuídos R$ 278,37 milhões a título de Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH) e R$ 66,65 milhões em royalties.

Os recursos de fevereiro foram distribuídos a 688 municípios de 22 estados, além do Distrito Federal e à União, dos quais R$ 142,03 milhões a título de CFURH. A transferência de royalties foi de R$ 32,92 milhões, sendo dividido a 326 municípios de seis estados, ao Distrito Federal e à União.

Os valores foram arrecadados de 92 empresas pagadoras, responsáveis por 174 usinas hidrelétricas e 185 reservatórios. Os dados referem-se à consulta ao relatório de arrecadação realizada na última quinta-feira (01/03). 

Os municípios ficam com 45% da arrecadação, enquanto outros 45% vão para os estados. Segundo a Aneel, o dinheiro pode ser aplicado em programas de saúde, educação e segurança, mas não pode ser usado para abater dívidas, a não ser que o credor seja a União, nem para o pagamento de pessoal.

A União recebe os 10% restantes, que são distribuídos à Agência Nacional de Águas (ANA), ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e aos ministérios do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Amazônia Legal (MMA) e Minas e Energia (MME). 

A arrecadação e a distribuição da compensação e dos royalties cabem à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Mais informações acesse www.aneel.gov.br

Da redação

terça-feira, 13 de março de 2012

Energia Solar: apoio sustentável













O Centro Tecnológico do Ambiente Construído (CETAC), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), iniciou em 2001 uma avaliação de conformidades para sistemas de energia solar e hoje se tornou um centro de referência no setor. 
Além de projetos de aquecimento de água por meio de energia solar, o laboratório trabalha há anos no mercado de instalação de sistemas elétricos, hidráulicos, a gás combustível, contribuindo na capacitação técnica dos pesquisadores, que por meio de estudos fornecem parâmetros nesse ramo para construtoras.

Sistema de aquecimento solar de água é colocado no telhado para fazer a captação da radiação solar

Um sistema básico de aquecimento solar de água é composto por um reservatório térmico, onde é feita a reserva da água quente, também chamado de boiler, e por coletores, que são as placas colocadas nos telhados para fazer a captação da radiação solar (calor e luz). 
Também faz parte do projeto do Instituto o sistema acoplado, composto por coletor e o reservatório de água.

Com trabalhos realizados desde 2007 em conjuntos habitacionais populares, o sistema de aquecimento de água solar ligado com o chuveiro elétrico foi desenvolvido dentro do IPT para atender as necessidades da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) e posteriormente ao programa habitacional 
Minha Casa Minha Vida, do governo federal em parceria com a Caixa Econômica. Este projeto incentiva pesquisas em questão de eficiência do equipamento utilizado pelo usuário, avaliando o perfil de consumo de energia e de água.

Essa tecnologia além de aplicada em conjuntos habitacionais, também vem sendo utilizada cada vez mais em residências, hospitais, hotéis, em aquecimento de piscinas e qualquer processo que venha a utilizar água quente. 
Credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro), o IPT faz ensaios de desempenho, eficiência energética e de segurança elétrica em aquecedores de água. Os resultados acabam gerando projetos de adequações das edificações, que aproveitam a radiação solar com o auxilio de técnicas mais sofisticadas de construção.

O estudo técnico e científico do Instituto tem apoio financeiro de órgãos públicos e de fomento – Eletrobrás, Governo do Estado, entre outros – que acreditam nas vantagens socioeconômicas e ambientais deste setor. Entre as instituições participantes, os investimentos somam cerca de 3,5 milhões, empregados em aquisições de instrumentos para ensaios e infraestrutura do laboratório de testes.

Segundo o pesquisador Douglas Messina, do Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento, o Brasil tem muito a ser desenvolvido e a indústria brasileira deve melhorar em termos de qualidade. 
Messina acredita que os construtores brasileiros ainda não estão totalmente preparados e familiarizados para esse tipo de instalação. “Tem uma série de requisitos que devem ser estudados, por isso estamos trabalhando nesta área e temos muito a contribuir” disse. 
(As informações são do IPT)

segunda-feira, 12 de março de 2012

O setor industrial e a busca pela eficiência energética - Por Daniel Figueiredo*

De acordo com um estudo realizado pela ABESCO (Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Conservação de Energia), em 2010, o desperdício energético no Brasil chega a R$ 15 bilhões/ano. 




Este número alarmante aponta para a necessidade de uma melhor avaliação da produção e utilização de nossos recursos, sob pena de enfrentarmos novos apagões ou ainda o encarecimento das taxas de energia elétrica.

Para solucionar a questão, ou pelo menos reduzir o impacto negativo do desperdício, o caminho passa, necessariamente, pela eficiência energética. Basicamente, ela está ligada à otimização do uso de recursos, ou seja, tornar eficiente o consumo, em especial de energia elétrica, de derivados de petróleo, gás natural e água, com vistas à economia sob o aspecto financeiro.

As vantagens vão desde a preservação de recursos preciosos à melhoria contínua do desempenho das instalações que demandam estes recursos. Paralelamente, a eficiência precisa atender ao tripé da sustentabilidade: ser benéfico ao planeta, trazer um bem à sociedade e ser economicamente viável.

Segundo pesquisa do Banco Mundial (BIRD), se aprendêssemos a usar efetivamente nosso potencial energético, racionalizando o uso de nossos recursos, economizaríamos mais de R$ 4 bilhões/ano. Para tingir este resultado, necessariamente, precisamos da aceitação e cooperação do setor industrial brasileiro.

A área industrial, inicialmente, é onde se concentra uma das maiores possibilidades de redução. Os esforços iniciais no segmento têm criado um movimento que enxerga a eficiência energética como um potencial caminho para o aumento da competitividade, uma vez que ajuda na redução dos custos operacionais. A energia elétrica e a água, normalmente os dois principais recursos otimizados na eficiência energética, costumam ser os principais insumos utilizados em processos produtivos, sendo que esta otimização ajuda a diminuir o consumo.

A eficiência energética é também uma das armas para que a indústria alcance as regulações e certificações referentes à preservação do meio ambiente, já que o setor é visto como um dos grandes vilões da poluição, atualmente.

De forma geral, as principais ações possíveis para o setor industrial dizem respeito à redução do consumo energético, onde entram energia elétrica, energia calorífera, refrigeração etc. Também é possível contemplar um plano para redução do consumo de água, por meio de ações de reuso da água, da adequação de equipamentos, da regulagem de vazão, do controle de vazamentos etc. Embora aparentemente simples, um plano de medidas integradas traz enormes benefícios.

Dentro do tema da redução do consumo energético, uma prática cada vez mais utilizada é a da cogeração de energia, ou a produção simultânea de energia elétrica ou mecânica e térmica, partindo de uma única energia primária. Como exemplo, podemos citar a geração de energia elétrica e de vapor, partindo do uso do gás natural como energia primária, e através da utilização de um grupo turbo-gerador, em qualquer tipo de indústria que necessite destas utilidades em seu processo produtivo.

A energia renovável também encontra solo fértil no espaço brasileiro. Por exemplo, a queima de biomassa para geração/cogeração de energia, em troca da queima de combustíveis fósseis como petróleo e carvão mineral, é fundamental para o meio ambiente e desempenha o papel de trazer uma destinação a um material natural que, em vários casos, poderia ser descartado (como casca de arroz, bagaço de cana etc). A prática é 100% sustentável e se encaixa muito bem no perfil de necessidades da indústria e da sustentabilidade de uma forma geral.

No Brasil, esse tipo de projeto começa a ganhar força. No Rio Grande do Sul, já operamos uma planta que produz energia elétrica a partir da queima da casca de arroz, um insumo até então sem utilidade e rejeitado pelos agricultores locais. O projeto trouxe uma nova renda para as famílias, uma nova utilidade ao que antes era considerado lixo e um enorme benefício ao meio ambiente.

Também começam a ser utilizados em maior escala outros tipos de biomassa como cavaco de madeira, capim elefante e bagaço de cana, palha, lixívia, etc, para produção de energia.

A decisão pela matriz energética que a indústria deve usar para alcançar seus objetivos de redução e maior sustentabilidade passa necessariamente pela análise da disponibilidade e do custo da energia primária (fonte geradora), das tecnologias de geração de energia disponíveis, do consumo energético, entre outros aspectos. Empresas especializadas, com conhecimento de alternativas técnicas e econômicas, podem auxiliar na escolha e na implementação do melhor projeto de eficiência energética, de acordo com o perfil de demanda e de consumo energético da indústria.

Apesar de a indústria responder por mais de 40% do consumo total de energia no Brasil, o setor não é prioridade nos programas governamentais de eficiência energética, que focam os setores público, residencial e comercial, responsáveis por apenas 16% do consumo total brasileiro. Paralelamente, cerca de 80% das oportunidades de economia de energia no setor industrial provêm de processos térmicos, enquanto as ações de eficiência energética do governo focam-se mais no consumo da energia elétrica.

A solução para este estímulo pode estar nas mãos do próprio Governo que, por meio de mais fiscalização e planejamento, pode atrair o comportamento positivo das empresas. Um bom plano de incentivos à indústria, aliado a uma campanha de mídia intensa, pode promover os benefícios obtidos com a implementação da eficiência energética.

Ainda temos muito o que fazer no caminho da sustentabilidade, mas inspirarmo-nos em projetos que dão bons resultados pode ser um início. A boa intenção e as ações hoje tomadas pela indústria de um modo geral são fundamentais para um crescimento importante, sendo de enorme importância que o Governo passe a oferecer mais apoio a este segmento de tamanha relevância em nosso País.

*Daniel Figueiredo é diretor comercial da Dalkia Brasil

Sobre a Dalkia
Subsidiária da Veolia Environnement e Electricité de France – EDF, a Dalkia é líder na Europa em prestação de serviços energéticos para empresas públicas e privadas. Desde a criação, tem como foco a otimização energética e ambiental. 

A Dalkia responde às necessidades de seus clientes com soluções completas e personalizadas de conforto e eficácia energética, incluindo gestão de redes de calor, unidades de produção de energia e de fluidos, serviços de engenharia e manutenção de instalações energéticas, serviços técnicos ligados ao funcionamento de empreendimentos terciários e industriais. 

No Brasil, a Dalkia está presente desde 1998. Os principais setores atendidos são s hopping centers, indústrias, empreendimentos corporativos, instituições de saúde e educação. Em 2010, a Dalkia registrou um faturamento de R$ 246 milhões no País.

sexta-feira, 9 de março de 2012

BASF apresenta a sua primeira Casa de Eficiência Energética no Brasil

Cerca de três milhões serão investidos no projeto. A CasaE é um projeto construído com tecnologias que permitem economizar aproximadamente 70% do consumo de energia.
Construção será realizada em apenas seis meses, utilizando produtos e técnicas construtivas mais sustentáveis e eficientes.

A BASF, empresa química líder mundial, anuncia o lançamento da pedra fundamental de sua primeira Casa de Eficiência Energética no Brasil, a CasaE, projeto inovador que será construído em apenas seis meses, utilizando produtos e técnicas construtivas mais sustentáveis. Tal iniciativa aparece num momento em que as inovações no setor requerem ampla expertise, cooperação interdisciplinar e profunda compreensão da cadeia de valor da indústria, contando com a inovação como principal referência.

A casa estará localizada na Avenida Vicente Rao (zona sul de São Paulo) e reunirá, em um único espaço, tecnologias que atendem às demandas globais avaliadas pela BASF como grandes desafios para os próximos anos, que servirão como direcionadores de processos de inovação e sustentabilidade dentro da empresa. Dentre eles está o conceito de urbanização, com ramificações para os setores de construção e cuidados para o lar, já que no ano de 2050, cerca de 75% da população mundial viverá em cidades.

“O mercado da construção é estratégico para o crescimento da empresa nos próximos 10 anos. Esse é um dos motivos que levam a BASF a investir no desenvolvimento da CasaE. Queremos mostrar que o conceito construtivo (método, técnica e produtos) utilizado na CasaE pode ser utilizado em uma moradia comum, sendo totalmente factível ao mercado. Queremos, aos poucos, transformar a cultura da indústria da construção e de seus consumidores”, diz Alfred Hackenberger, Presidente da BASF para a América do Sul.

Para a construção da CasaE serão implementadas diversas soluções e inovações da BASF, que atuam diretamente na redução do consumo de água, energia e emissão de CO2. Além disso, o projeto vem apresentar respostas para questões fundamentais acerca do mercado da construção sustentável, como a rapidez dos processos, moradias mais acessíveis, a durabilidade dos materiais utilizados, seu reaproveitamento, e a saúde e conforto das pessoas que habitarão os espaços.

“O projeto traz muitas novidades para o mercado de construção brasileiro e coloca à disposição da indústria a mais diferenciada tecnologia em materiais de alta performance, eficiência energética e proteção climática. Nosso compromisso é transformar a química para oferecer soluções inovadoras e economicamente viáveis. Dessa forma, contribuímos com a construção de um futuro mais sustentável para as próximas gerações”, explica Hackenberger.

A BASF acredita que a sustentabilidade é um dos principais impulsionadores do crescimento e geração de valor. No futuro, estará ainda mais fortemente integrada às decisões de negócios.

“Como indústria química, queremos ser catalisadores dessa mudança, possibilitando uma nova cultura construtiva mais sustentável”, destaca Hackenberger.

Inovações a serviço do mercado -O grande destaque na CasaE é seu sistema construtivo. Consiste em um painel de cerâmica estrutural e fundação de alvenaria, paredes, piso e laje executados em Sistema EIFS – Exterior Insulation and Finish Systems – placas de poliestireno expandido da BASF, sob a marca Neopor®, e em Sistema ICF – Insulated Concrete Formwork – tijolos fabricados com esse mesmo material. Essas soluções proporcionam um isolamento térmico muito eficiente, por meio do qual é possível atingir uma economia de aproximadamente 70% de toda a energia consumida pela casa.

Estes produtos atendem às diferentes necessidades das atividades de construção, ajudam a conservação do consumo de energia e a reduzir as contas, aumentam o conforto. Permitem ainda a rápida construção, sem comprometer o design e a arquitetura.

Além disso, espumas especiais são aplicadas para o conforto acústico e térmico no interior da CasaE.

As dispersões e os pigmentos da BASF apresentam diferenciais para as tintas, vernizes, adesivos e materiais de construção aplicados na CasaE, bem como no controle da temperatura, contribuindo diretamente para a economia de energia.

Já os poliuretanos entram na CasaE na forma de soluções utilizadas para conforto térmico e redução no consumo de energia, além de oferecer compostos para construção de pisos drenantes, sob as marcas Elastocoat® e ElastopaveTM, que evitam que haja acúmulo de água no piso.

Os produtos químicos para construção aumentam a eficiência da hidratação do cimento, reduzindo o uso de água e emissões de CO2. Também estão presentes produtos voltados para revestimento, impermeabilizantes e antiderrapantes.

Para finalizar o processo de construção e oferecer cor e proteção especiais à CasaE, entram em cena as tintas imobiliárias Suvinil, marca da BASF e líder no segmento premium, e Glasurit, líder no segmento econômico e também pertencente à empresa.

A Suvinil AntiBactéria será utilizada na parte interna da residência, reduzindo 99% das bactérias nas paredes, proporcionando um espaço mais protegido, que privilegia a saúde e o bem-estar. Além disso, é a única marca de tintas imobiliárias a ter aprovação da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) para tintas antibacterianas. Já a linha de acrílicos Suvinil Contra Mofo e Maresia, que resiste às intempéries, e a Glasurit Alvenaria, que oferece maior rendimento, cobertura e durabilidade, serão aplicadas na parte externa da casa.

Os produtos da BASF presentes na CasaE e seus diferenciais: .Acronal®: emulsão acrílica – usada em argamassas, impermeabilizantes, selantes, tintas decorativas, vernizes e esmaltes base água. Proporciona uma redução de 70% de compostos orgânicos voláteis (VOC).

. Basotect®: espuma especial – promove elevado conforto acústico, muito utilizado em forros e paredes. Além disso, é o único produto dessa categoria que é retardante de chamas.

. Elastocoat®: elastômero de poliuretano – altamente versátil e durável, funciona como ligante ou membrana impermeabilizante, podendo ser aplicado em superfícies irregulares sem desperdício.

.ElastopaveTM: composto de poliuretano - misturado a pedras ou cascalhos, funciona como uma supercola, formando superfícies resistentes e drenantes.

. Elastopor®/Elastopir®: espuma rígida de poliuretano – proporciona maior conforto térmico, reduz o consumo de energia e apresenta rapidez no processo de instalação.

. Glenium®: hiperplastificante – aumenta a eficiência da hidratação do cimento, reduzindo o uso de água em 40% em relação aos processos convencionais e de emissões de CO2 durante a obra.

. Micronal®: microcápsulas poliméricas – utilizadas em massas e argamassas, ajudam a manter a temperatura do ambiente, reduzindo em 1/3 o uso de ar-condicionado.

. Neopor®: poliestireno expansível (EPS) que contém partículas de grafite que funcionam como absorvedores de infravermelho - pode reduzir drasticamente o consumo de energia por resfriar casas em climas quentes e úmidos. Apresenta performance de isolamento térmico acima de 20% em relação ao EPS convencional.

. Sicopal®/Paliogen® preto: pigmentos para gerenciamento de calor – permite a não absorção de radiação solar, mantendo a superfície pintada fria.

. Sonoguard®: revestimento impermeabilizante antiderrapante - ideal para lajes, estacionamentos, rampas etc.

. Tinta Acrílica Suvinil AntiBactéria – reduz 99% das bactérias presentes nas superfícies por 2 anos.

. Tinta Acrílica Suvinil contra Mofo e Maresia – resistente à ação do sol, da chuva, maresia, umidade. Evita fungos e algas em regiões úmidas.

. Tinta Imobiliária Glasurit Alvenaria: tintas decorativas – oferece rendimento, alta cobertura e durabilidade.

. Verniz Suvinil Ultra Proteção – protege contra fungos, sol e chuva, com 8 anos de garantia.

O escritório de arquitetura Athié Wohnrath é parceiro da BASF na concepção do projeto e na construção da CasaE.

Perfil-A BASF é a empresa química líder mundial: The Chemical Company. Seu portfólio de produtos oferece desde químicos, plásticos, produtos de performance, produtos para agricultura ate petróleo e gás. Nós combinamos o sucesso econômico, responsabilidade social e proteção ambiental. Por meio da ciência e da inovação, nós possibilitamos aos nossos clientes de todas as indústrias a atender as atuais e as futuras necessidades da sociedade. Nossos produtos e soluções contribuem para a preservação dos recursos, assegurando alimentação e nutrição saudáveis, e ajudando a melhorar a qualidade de vida. Nós resumimos essa contribuição em nossa estratégia corporativa: “We create chemistry”, em português “Nós transformamos a química para um futuro sustentável. A BASF contabilizou vendas de cerca de €73,5 bilhões em 2011 e contava com mais 111.000 colaboradores no final do ano. As ações da BASF são negociadas atualmente nas bolsas de valores de Frankfurt (BAS), Londres (BFA) e Zurique (AN). [ www.basf.com ]ou nos perfis corporativos da empresa no Facebook (BASF Brasil) e no Twitter (@BASF_brasil).

As vendas na América do Sul totalizaram, aproximadamente, €4,4 bilhões de euros em 2011 (Esse resultado abrange os negócios realizados pelas empresas do Grupo na região, incluindo a Wintershall - empresa situada na Argentina, voltada a produção de óleo cru e gás). Na América do Sul, a BASF contava com mais de 6.200 colaboradores em 31 de dezembro de 2011. 

quinta-feira, 8 de março de 2012

Bolsas brigam por mercado de energia

Autor(es): Por Vinícius Pinheiro e Daniel Rittner | De São Paulo e Brasília Valor Econômico - 08/03/2012

A competição no mercado de intermediação de compra e venda de energia começou oficialmente nesta semana, com a entrada em operação do Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE). 
 
   Crédito: Getty Images
 
Formada por um grupo de 13 comercializadoras, que possuem 12,5% do mercado, a nova bolsa fará frente à Brix, que tem o empresário Eike Batista entre os sócios e que começou a operar em julho do ano passado.

A migração dos negócios para o ambiente de bolsa é o primeiro passo para transformar a energia elétrica em uma commodity financeira, a exemplo do que já ocorre no exterior. A plataforma que for mais bem sucedida concentrará a liquidez e, por consequência, se tornará a referência desse mercado.

As bolsas abrigam os negócios realizados no chamado mercado livre, que atualmente responde por 27% da energia consumida no país e movimenta aproximadamente R$ 30 bilhões, com potencial para chegar a 50%. A maior parte desses negócios hoje é realizada pelo telefone.

De olho nos ganhos que a compra e venda de energia podem proporcionar, o mercado começa a atrair a atenção de investidores financeiros, como o BTG Pactual, que em 2010 fechou a compra da Coomex, na época a maior comercializadora independente de energia.

No mês passado, a gestora Pátria Investimentos adquiriu uma participação de 50% na Capitale - uma das sócias fundadoras do BBCE. A nova bolsa está em busca de novos parceiros e espera chegar a 60 acionistas até meados de 2013, mas estará aberta para todos os participantes.

"Queremos ser uma empresa com uma estrutura de governança e negócios voltada para o mercado", diz o presidente do BBCE, Flávio Cotellessa. A expectativa do executivo é de que até 2.000 megawatts (MW) médios sejam negociados pela plataforma até o fim deste ano. O volume deve subir para 4.546 MW médios em 2013 e 5.384 MW médios em 2016.

Ao atrair os agentes de mercado para a sociedade, a companhia pretende concentrar 75% das vendas de energia no mercado de curto prazo (spot) dentro de sua plataforma. "Toda bolsa depende de liquidez, segurança e credibilidade", afirma Cotellessa. Para o executivo, a maior proximidade do mercado também favorecerá a companhia no momento de identificar a demanda por novos produtos.

Cotellessa diz que ainda há muito espaço para o crescimento do mercado livre, apesar das restrições do governo à entrada de novos participantes, já que só empresas com demanda superior a 3 MW podem atuar plenamente no mercado.

Do ponto de vista tecnológico, outro ponto crucial para o funcionamento de qualquer plataforma de negociação, o BBCE contratou os serviços da Paradigma, cuja plataforma já é usada nos leilões do governo. Desde que começou a desenvolver o projeto, o BBCE foi sondado por três bolsas interessadas em realizar uma parceria, segundo o executivo, que não descarta uma associação no futuro.

Embora sejam chamadas de bolsas, as plataformas só terão efetivamente esse papel quando realizarem a compensação financeira entre os agentes. Os sistemas funcionam hoje apenas como um ambiente onde são visualizados os preços e formalizados os contratos de compra e venda. A liquidação das operações continua sendo realizada de forma bilateral, com as partes correndo os riscos entre si.

A Brix, concorrente do BBCE, já se movimentou nesse caminho, ao entrar na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com um pedido para atuar como mercado de balcão regulado e lançar contratos futuros com liquidação financeira. Atualmente, todos os negócios realizados no mercado livre envolvem a entrega física da energia, e são limitados aos 1500 agentes registrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

A ideia é oferecer a possibilidade de agentes financeiros, como bancos e investidores, ganharem com a oscilação dos preços da energia. A entrada de um maior número de investidores permitirá às empresas do setor, como geradoras, usarem a bolsa para fazer hedge e, assim, se protegerem contra essas mesmas flutuações de preço, afirma o diretor presidente da Brix, Marcelo Mello.

Operada pela ICE, bolsa de derivativos e commodities e uma das sócias, a Brix registrou a negociação de 1300 MW médios no mês passado, maior patamar desde o início das operações da plataforma, que ganhou a adesão de mais de 80 participantes.

A expectativa é de que a migração dos negócios para as bolsas também aumente o chamado fator multiplicador, que a grosso modo é a quantidade de vezes que a energia muda de mãos antes da entrega física do produto. No país, esse índice é de 2,5 vezes, enquanto que nos países nórdicos o fator chega a sete vezes.

Segundo Mello, o maior desafio para qualquer entidade com planos de se tornar uma bolsa é a criação de uma câmara de compensação (clearing) que seja capaz de garantir a realização dos negócios fechados no ambiente da plataforma. O executivo espera contar com a experiência da ICE, que já conta com cinco clearings no exterior.

Sobre a concorrência, os executivos de ambas as bolsas adotam um tom diplomático, e afirmam que a disputa é saudável, já que contribui para o crescimento do mercado e para a mudança de cultura dos agentes que atuam no setor de energia. 
 
"O mercado é muito maior do que existe hoje em dia. A concorrência é boa e fará com que os dois briguem mais fortemente pelo mercado", diz Cotellessa.

Timon: lição de eficiência energética que vem da escola

Com programa do Procel, escolas públicas do município do interior do Maranhão conseguem reduzir consumo de energia. Cidade é bicampeã do Prêmio Procel de Cidade Eficiente em Energia Elétrica
 

Timon (MA): ação educativa em nome 
do consumo racional de energia
Tatiana Resende, para o Procel Info

Com o objetivo de incluir no processo educativo os conceitos de eficiência energética entre professores e alunos da rede pública de ensino do país, o programa Procel nas Escolas realiza ações lúdico-pedagógicas em escolas do ensino fundamental e médio em diversos estados brasileiros. 
 
A atuação do programa em Timon, interior do Maranhão, garantiu à cidade o bicampeonato na 8ª edição do Prêmio Procel Cidade Eficiente em Energia Elétrica, realizado no último mês de outubro.

A secretária de Educação do município de Timon, professora Suely Almeida Mendes, explica que a conquista do bicampeonato é reflexo de uma mudança de mentalidade. “Timon ganhou um novo espaço, oferecendo uma melhor qualidade de vida à sociedade. O Procel chegou às escolas e mostrou que é possível realizar transformações na educação. Os recursos economizados são aplicados nas reformas das escolas e na capacitação de professores”, conta.

Em Timon, o governo descobriu como reduzir os gastos por meio da Rede Cidades Eficientes, uma das linhas de trabalho do Procel GEM (Gestão Energética Municipal). Segundo Suely Mendes, as ações de 2012 vão contar com a participação de docentes e alunos das 35 escolas atendidas pelo Procel. “O desafio é buscar novas parcerias e disseminar nossas melhores práticas em outros municípios. A nossa meta é conquistar o tricampeonato do Prêmio Procel, em 2012, e nos tornarmos o único município com esse título no Brasil”, antecipa.

De acordo com a Secretaria de Educação do município, atualmente 846 professores e 16.009 alunos de 35 escolas estão envolvidos no programa, o que gerou, em 2010, uma economia de 308 MWh, superando a meta estipulada de 139,07 MWh. Para isso, algumas escolas de Timon merecem destaque, como as escolas José Waquim e Edgar Schalch, onde o consumo diminuiu em 50%.

Outro destaque é para a Escola Zelinda de Assunção, que diminuiu o consumo em 30% com uma alternativa de lâmpadas feitas com garrafas PET. 
 
No telhado da escola foram abertas algumas frestas onde foram colocadas garrafas PET com água. Durante o dia, as garrafas conseguem iluminar toda a sala, dispensando o uso de lâmpadas e, dessa forma, economizam energia.

“O desafio é buscar novas parcerias e disseminar nossas melhores práticas em outros municípios. A nossa meta é conquistar o tricampeonato do Prêmio Procel, em 2012, e nos tornarmos o único município com esse título no Brasil”, diz professora Suely Almeida Mendes, secretária de Educação do Município de Timon

O programa Procel Educação envolve professores de todas as disciplinas aplicadas nas escolas e tem como objetivo agregar ao processo educativo informações que visem à difusão das medidas de conservação de energia entre professores e estudantes de três níveis de ensino: educação básica (infantil, fundamental e médio), escolas técnicas de nível médio e o ensino superior.

Nas escolas de educação básica, o objetivo do Procel Escola é capacitar os professores e orientadores para que sejam os disseminadores das ações do uso eficiente de energia e possam incentivar o combate ao desperdício.

Para isso, o Procel prioriza a educação para a eficiência energética envolvendo os elementos Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade, em uma relação estreita com os princípios de Educação Ambiental, Cidadania e Ética. 
 
Entre outros procedimentos, foi desenvolvido o material didático “A Natureza da Paisagem: Energia, Recurso da Vida”, que aborda o tema Energia em disciplinas como História, Física, Português e Geografia.

Entre as ações do programa estão a sensibilização de gestores escolares, a capacitação de professores, a realização de atividades lúdico-pedagógicas e a medição do consumo de energia nas escolas e residências dos estudantes. 
 
Com uma coleção de cinco livros desenvolvidos especialmente para crianças, o Procel nas Escolas estimula a reflexão sobre o consumo de energia de cada estudante, incentiva a adoção de medidas de economia em casa e no ambiente escolar e ensina a relação entre energia e desenvolvimento econômico e impactos sociais e ambientais.

O Prêmio Procel Cidade Eficiente em Energia Elétrica visa reconhecer as boas práticas em eficiência energética realizadas pelas administrações municipais, no âmbito do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). 
 
A iniciativa é realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), dentro do projeto Rede Cidades Eficientes em Energia Elétrica. Outros vencedores do prêmio foram os municípios de Bento Gonçalves (RS), Mogi das Cruzes (SP) e Pelotas (RS), além do município de Tucuruí (PA), que recebeu um prêmio em reconhecimento a sua experiência na promoção dos conceitos de eficiência energética.
 

quarta-feira, 7 de março de 2012

Energia deve seguir mais cara no mercado de curto prazo

O Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que é utilizado no mercado  de curto prazo de energia elétrica e serve como base para contratos fechados entre agentes no ambiente livre, deve seguir em alta nas próximas semanas. 




Na última sexta-feira, o indicador saltou 42% para as regiões Sudeste e Centro-Oeste e 503% no Nordeste. Os valores para carga pesada acabaram em R$98,47 por MWh e R$86,52 por MWh nesse submercados.

"Apesar de o nível dos reservatórios estar muito bom, a previsão de vazões vem caindo muito rápido. As frentes frias não chegaram, não conseguiram alcançar a região das bacias das hidrelétricas. 

E o que acontece é como em uma conta-corrente. Você começa a gastar sua reserva sem ter nenhuma entrada, e é isso que o modelo detecta - e o PLD acaba subindo bastante", analisa Cristopher Vlavianos, presidente da comercializadora Comerc.

Para o executivo, a tendência de preços altos deve se manter nos "próximos dez ou quinze dias". Ele prefere, porém, não traçar perspectivas para períodos mais longos. "A previsão metereológica é bem complexa, muda muito rápido".

O sócio-diretor da Ecom Energia, Paulo Toledo, também acredita que a curva de preços se mantenha mais para cima. "O preço deve, sim, ficar um pouco mais alto nos próximos meses. 

E isso pode contaminar o preço para o período seco e, consequentemente, no segundo semestre. Vai depender dos próximos meses, principalmente abril, mas, se a tendência continuar, o PLD pode ficar nessa faixa (mais próxima dos R$100 por MWh) pelo resto do ano de 2012", aponta.

O executivo da Ecom afirma que o cenário pode se modificar, mas o fato de o período úmido do ano estar se encerrando agora, com afluências abaixo do esperado, pode "contaminar" o PLD até dezembro. "Se o período seco começar com chuvas normais, o PLD pode recuar um pouquinho, mas nesse momento não é isso que está sendo indicado".

No longo prazo, no entando, as projeções ainda são de custo mais baixo da energia, principalmente devido à sobra de contratação proveniente de uma expansão menor do consumo após a crise financeira global. 

"A previsão de longo prazo está ligada à oferta de energia. E a oferta não muda quando você reduz reservatórios", diz Vlavianos, da Comerc. Toledo, da Ecom, acredita que o PLD só deve impactar algo no médio e longo prazo se os valores mais altos permanecerem por bastante tempo, chegando até o período úmido de 2013. "Mas a tendência, por enquanto, é o preço se manter confortável", conclui. (Jornal da Energia)

Distribuição de água: dimensionamento e otimização energética de boosters

Brasil - Artigo publicado na revista Hydro apresenta um método de dimensionamento de sistemas de distribuição de água com ênfase na otimização energética
 
O projeto e a manutenção de sistemas de distribuição de água envolvem altos custos para as entidades gestoras. Por tal motivo, pesquisadores estudam meios de reduzir as perdas de água e o consumo de energia elétrica.

Um artigo, publicado na Revista Hydro, propõe um método de dimensionamento de sistemas de distribuição de água com ênfase na eficiência energética do sistema de bombeamento primário e secundário.

Clique no link abaixo e leia o artigo na íntegra
 
 

terça-feira, 6 de março de 2012

Sanepar e Lactec apresentam em congresso práticas de eficiência energética


Fonte: Agencia de Noticas do Paraná 
Paraná - A preocupação com eficiência energética chega às empresas de saneamento brasileiras.

Assim como os setores elétrico e industrial, as companhias responsáveis pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto do país começam a se interessar por produzir o máximo com o menor consumo possível de energia. 
Algumas tecnologias para aumentar a eficiência energética no setor de saneamento foram apresentadas na quinta-feira, 1º de março, pelo Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) e a Sanepar, durante o 2.º Conasa (Congresso Nacional de Melhores Práticas Executivas e Técnicas para o Setor de Saneamento), em São Paulo.

Os serviços do Lactec nesta área vão desde estudos hidrológicos até estudos de eficientização energética, passando pelo desenvolvimento de sistemas computacionais para otimizar a operação de reservatórios.

As possibilidades de estudos foram apresentadas no Conasa pelo superintendente do Lactec, Omar Sabbag Filho. Segundo ele, as companhias de saneamento são grandes consumidoras de energia elétrica, o que demanda uma atenção especial sobre este assunto. 
“Tomando como base esses dados de consumo de energia elétrica, torná-lo eficiente é um bom negócio, sem dúvida”, afirma o superintendente.

Sabbag apresentou informações sobre algumas parcerias em negociação com a Sanepar. “O quadro especializado do Lactec, a experiência no setor elétrico e também com a Sanepar nos colocam em posição de contribuir com o sistema de saneamento brasileiro”, diz Sabbag.

Entre as práticas de eficientização energética adotadas pela Sanepar, o aproveitamento energético do biogás é um dos projetos de destaque.

De acordo com Charles Carneiro, da Assessoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, a companhia é a maior consumidora de energia elétrica do Paraná e tem nesse consumo o seu segundo maior custo operacional. 
Isso justifica, segundo Carneiro, investimentos em pesquisa para aumentar a eficiência energética.

Referência – A Sanepar é uma das empresas do ramo no Brasil que mais investe em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). 
Hoje a unidade de pesquisa e desenvolvimento tem 23 pesquisadores. Charles Carneiro diz que a intenção é transformar o Centro de Tecnologias Sustentáveis Sanepar em uma referência para o setor. 
A unidade prevê o funcionamento de um laboratório de protótipos e projetos de parceria com instituições de ensino superior nacionais e internacionais.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Mesmo poluindo menos, carro elétrico ainda é desvantajoso

Larissa Makéeva, RIA Nóvosti

O uso de carros elétricos poderia diminuir a pressão sobre o meio ambiente, mas suas vendas no país ainda são muito pequenas
 
 

Foto: TASS

A primeira rede de postos de carregamento para carros elétricos da Rússia foi aberta em Moscou no início desta semana. Embora inicialmente a rede tenha apenas sete postos, a intenção é ampliá-la e estendê-la a outras cidades.

Especialistas admitem que o uso de carros elétricos poderia diminuir a pressão sobre o meio ambiente e o sistema de energia da cidade. Mas as vendas desses carros no país são muito pequenas e não devem crescer nos próximos anos. A razão é que esse tipo de veículo tem mais pontos negativos do que positivos. Será que os carros elétricos serão mesmo uma boa alternativa àqueles movidos a gasolina na Rússia?

Até o final deste ano, a Companhia Rede Elétrica Unida de Moscou pretende instalar 28 estações de carregamento em todo o país. No âmbito do programa Ecopolis de desenvolvimento de meios de transporte ecologicamente corretos, em abril, por iniciativa do departamento de recursos naturais e proteção ambiental de Moscou, serão instalados na cidade outras 20 estações de carregamento e cerca de 50 postos de carregamento, por iniciativa da empresa Revolta.

Para o diretor-geral da Revolta, Maksim Osóin, até o final deste ano, deverão ser instalados ao todo cerca de mil estações de carregamento em Moscou e outras cidades russas.

As estações de carregamento em funcionamento na capital têm capacidade para abastecer os automóveis em oito a dez horas. Seus principais clientes são veículos elétricos corporativos pertencentes à Companhia Rede Elétrica Unida de Moscou. Num futuro próximo, pretende-se instalar postos de carregamento rápido, com capacidade para fornecer carga a um veículo elétrico em 20 a 30 minutos.

A partir do dia 1º de abril, o carregamento poderá ser feito com um cartão especial. Agora as estações estão em teste de software. Até julho, o abastecimento será gratuito. Ainda não foi divulgado nada sobre o futuro preço, mas o diretor de desenvolvimento de negócios da empresa Revolta, Vassili Mankó, espera que abastecer um carro elétrico seja cinco vezes mais barato do que um carro comum com 40 litros de gasolina.

Pelo ar puro

Os veículos elétricos poderiam reduzir significativamente a pressão sobre o ambiente de grandes cidades. As emissões de gases produzidas pelos veículos a motor representam cerca de 40% da poluição total. Em grandes áreas metropolitanas, esse valor atinge 90%.

A Rússia está apenas dando os primeiros passos no desenvolvimento dos transportes elétricos. No ano passado, o vice-diretor do departamento de transportes e infraestrutura rodoviária de Moscou, Iúri Mazíkin, propôs equipar estacionamentos com postos de carregamento para carros elétricos e estimular os proprietários de carros particulares e empresas de transporte a usar carros elétricos. Até agora, nada disso foi feito.

É caro e ineficaz

Na Rússia, o número de veículos elétricos é extremamente pequeno. Segundo o analista da empresa de investimento Investcafe, Kirill Márkin, o uso se restringe a exemplares isolados comprados para publicidade. Isso acontece porque o emprego do carro elétrico no dia-a-dia sai muitas vezes mais caro do que o uso de equipamentos e combustível comuns.

Além do preço alto, os veículos elétricos tem outro ponto negativo importante: a vida útil da bateria é limitada. De acordo com o vice-diretor da revista “Auto Review”, Leonid Golovanov, essa é a principal razão por que as vendas de carros elétricos são extremamente pequenas em comparação com as de automóveis tradicionais.

“A autonomia anunciada de um carro elétrico é de 160 km, mas na verdade não ultrapassa 100 km. No inverno, mal chega a 50 ou 60 km. Infelizmente, é muito pouco”, explica.

A quem isso interessa?

A Companhia de Rede Elétrica Unida de Moscou, a primeira a instalar uma rede de postos de carregamento para carros elétricos, confessa que esse projeto não é rentável, mas interessante do ponto de vista da busca de novos serviços e elevação da eficácia do sistema energético. “Simplesmente mostramos as perspectivas do desenvolvimento do transporte elétrico. A princípio, para desenvolver esses projetos, serão necessários operadores independentes”, afirma o diretor-geral da empresa.

Os operadores independentes avaliam investimentos em projetos de instalação de redes de postos de carregamento na região de Moscou nos próximos três a cinco anos em 1,5 a 2 bilhões de rublos (cerca de R$ 121 milhões).

No entanto, para Leonid Golovánov, só se pode falar do desenvolvimento do setor de transportes elétricos quando forem construídas novas baterias para aumentar a autonomia dos carros.

“Para isso, será necessária a vontade da maioria das montadoras de referência internacional. Enquanto os veículos elétricos não surgirem no segmento varejista, não podemos falar deles como alternativa séria aos carros movidos a gasolina”, diz Kirill Márkin, acrescentando que sem o apoio do governo esse projeto não terá êxito.

Ao mesmo tempo, o desenvolvimento do setor de transportes elétricos vai contra os interesses financeiros do Estado. Por mais que o Estado fale da necessidade de melhorar o ambiente nas áreas urbanas, ele não permitirá que uma fonte de receita orçamentária tão grande quanto o imposto de consumo sobre a gasolina seja reduzida.

Além disso, não devemos esquecer que o desenvolvimento de veículos elétricos em escala global terá como consequência o aumento do consumo de energia elétrica. Se as necessidades crescentes de energia elétrica forem cobertas principalmente pelas usinas termelétricas a carvão ou a gás, a poluição ambiental só irá aumentar.