segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Elevadores gastam menos energia e não precisam de óleo para manutenção

A linha sustentável foi desenvolvida pela ThyssenKrupp Elevadores e usa lâmpadas de LED
 
Por Gisele Eberspächer

Elevadores ecologicamente corretos já são produzidos no Brasil pela empresa ThyssenKrupp Elevadores. Os equipamentos não tem engrenagem (gearless) e não necessitam de óleo lubrificante para a manutenção. Além disso, a iluminação dessa linha é feita com lâmpadas de LED, que pode ter uma emissão de CO2 de até 82% menor que a de outros sistemas.
“As máquinas Gearless representam a mais nova tecnologia em motores para elevadores. A partir de imãs permanentes, possuem rendimento superior que aumentam a eficiência do elevador. Por isso, gastam menos energia. A manutenção dispensa o uso de óleo lubrificante, diferencial que contribui com o meio ambiente, pois o óleo é um agente poluidor”, explica Marcelo Nery, Vice President Supply Chain Management da ThyssenKrupp Elevadores.

elevador thumb 300x228 Elevadores gastam menos energia e não precisam de óleo para manutenção
Lâmpadas de LED nos elevadores. (Foto: Divulgação)

Já a utilização de lâmpadas LED está sendo gradativamente implementada em todas as linhas. Além disso, a troca pode ser feita na modernização de elevadores antigos.

Programa Eficiência Sustentável
O Programa Eficiência Sustentável foi lançado em 2009 e tem como objetivo diminuir os níveis de consumo de recursos naturais não renováveis e a emissão de CO2 até 2019.
“A meta da empresa é compensar 100% da emissão de CO2 da fábrica até o final de 2010, referente ao inventário de 2009, e dar continuidade aos projetos do programa de sustentabilidade”, comenta Nery.

embalagens utilizadas em elevadores
As embalagens de madeira estão sendo substituídas pelas de papelão, que são recicláveis. (Foto: Divulgação)

Há 16 anos, a ThyssenKrupp Elevadores já se preocupa com a sustentabilidade na fabricação e nos produtos que comercializa. O primeiro passo foi organizar a coleta seletiva e o encaminhamento correto dos resíduos. Há cinco anos, a empresa adotou o sistema de elevadores sem casa de máquinas que utiliza contrapesos mistos de concreto e aço, o que reduz o volume de sucata e a emissão de CO2. Além disso, é realizado o tratamento de efluentes e de esgoto sanitário. Hoje, 100% dos resíduos da fábrica são reciclados ou enviados para locais corretos.
A ThyssenKrupp Elevadores foi a primeira empresa desse setor a obter a ISO 14001, norma que estabelece diretrizes básicas para o desenvolvimento de um sistema de gestão ambiental. Dentro da empresa, entre os funcionários, a empresa incentiva várias ações sustentáveis e tem uma campanha para recolher o óleo de cozinha, que então é encaminhado para locais de reciclagem. O óleo lubrificante usado em manutenções de equipamentos também é encaminhado para reciclagem.

Construção Sustentável - Um Dia Todos os Edifícios Serão Verdes

A Certificação Energética é uma medida extremamente inteligente que nos chega da União Europeia e que proporciona a quem procura uma habitação ou um espaço de serviços a informação relevante sobre a respectiva qualidade de construção.


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Definição do Fator de Potência

O Fator de Potência é um elemento de extrema importância para uma boa redeprofissional  da eletricidade que tem experiência elétrica. 

É muito comum um de sobra em corrigir fator de potência mas não sabe o que realmente significa este termo. Por isso resolvi montar este artigo tentando explica o que é o fator de potência de forma bem ilustrada e didática.

A rede elétrica no Brasil é alimentada com tensão alternada (AC) de 127 volts RMS por fase e em 60 Hz. Alguns locais não são 127 volts, mas continuam sendo 60 Hz. O que quer dizer isso?

Tensão da Rede
Tensão da Rede

A tensão da nossa rede varia de 179,6 V a -179,6 V a cada 0,008 segundos, o que nos dá um ciclo (sair de zero, ir a 179,6 V, voltar a zero volts, ir a -179,6 V e novamente ir para zero volts) e para executar um ciclo desse se leva 0,016 segundos. Em 1 segundo ocorrem 60 ciclos desse, por isso 60 Hz. Mas a nossa rede não é 127 V? Por que 179,6 V? Os 127 V são RMS. Seria o equivalente ao dizer que uma tensão alternada, na forma de senóide, que varia entre 179,6 V e -179,6 V causa o mesmo efeito, por exemplo em uma lapada, do que uma tensão contínua (como em uma bateria) em 127 V. Outra forma, mais genérica, do que falar que um ciclo tem 0,016 segundo (apenas em 60 Hz) é dizer que ele tem 360º que é valido essa afirmação para qualquer freqüência. Então vamos ao fator de potência.
O Fator de Potência é um parâmetro de medição da defasagem entre a tensão e a corrente que circulam por uma rede. Ele é o cosseno do ângulo dessa defasagem. Se a defasagem for de um oitavo de ciclo, 45º, o fator de potência é de cosseno de 45º que é 0,71. A maior defasagem que se pode ter, tanto a corrente estando à frente da tensão quanto estando atrás, é de 90º, sendo assim o fator de potência sempre estará entre zero e 1.
Existem basicamente 3 tipos de cargas que podem ser ligadas em uma rede elétrica: cargas resistivas (ex.: ferros de passar roupa, lâmpadas incandescentes, chuveiros), cargas indutivas (ex.: motores, transformadores) e cargas capacitivas (ex.: banco de capacitores, lâmpadas fluorescentes, computadores).
Quando se liga em uma rede uma carga resistiva, a corrente que se circula por essa carga também é alternada e acompanha exatamente a tensão aplicada. Quando se é pico na tensão é pico na corrente e quando é vale na tensão é vale na corrente. Quando isso ocorre diz-se que a tensão e a corrente estão em fase, ou seja, sincronizadas. Logo a defasagem é de zero graus e cosseno de zero é 1. Fator de Potência é 1. Toda carga puramente resistiva possui Fator de Potência 1.

Puramete Resistivo
Puramete Resistivo
 
Puramente Indutivo
Puramente Indutivo

Em contrapartida, uma carga capacitiva provoca um atraso na tensão. Ela faz com que, ao ser ligada, a tensão só começa a aparecer apenas quando se completa ¼ de ciclo, 90º, da corrente. Isso ocorre devido a campos elétricos criados pelos capacitores existentes nessas cargas. Nesse caso o cosseno de 90º é zero. Fator de potência é zero. Toda carga puramente capacitiva possui Fator de Potência zero.

Puramente Capacitivo

Porém isso só acontece quando a carga é puramente resistiva ou puramente indutiva ou puramente capacitiva. Mas o mais comum é a mistura dessas cargas. Uma carga pode ter características resistivas e indutivas ao mesmo tempo, assim como resistivas e capacitivas, mas nunca indutivas e capacitivas, isso é impossível. Nesse caso, dependendo do grau dessas misturas, o ângulo da defasagem varia, podendo atingir qualquer valor entre zero graus e 90º.

Indutivo
Indutivo

No caso acima, temos uma dessas mistura: metade indutivo e metade resistivo, provocando um atraso na corrente de 1/8 de ciclo, 45º. Logo o Fator de Potência é cosseno de 45º que é 0,71.
Mas por que um fator de potência baixo é ruim? A potência de um circuito elétrico é dada por P = i x U, onde P é a potência, i é a corrente que circula e U é a tensão aplicada. É só multiplicar a corrente pela tensão que se tem a potência. Em uma carga resistiva isso é verdade, pois a tensão anda junto com a corrente. Em uma carga indutiva já não é assim. Quando a tensão está em zero volts, a corrente está no seu máximo e quando a tensão está em seu máximo, a corrente é zero ampéres. O mesmo acontece para a carga capacitiva. Sendo assim a potência de uma carga puramente capacitiva ou puramente indutiva é sempre zero. Com isso se tem corrente passando na rede e nenhuma potência sendo fornecida. É por essa razão que as concessionárias de energia exigem um fator de potência de no mínimo 0,92, caso contrário elas teriam que ter uma rede elétrica de capacidade muito grande, que suportaria correntes enormes, mas forneceriam pouca potência. Aumentando o Fator de Potência, pode-se até usar cabo mais finos, já que a corrente diminuiria,e assim  economizando muito dinheiro em cabos e transformadores. Essa potência é chamada potência ativa. É essa potência que realiza trabalho nas indústrias. Então, para se calcular essa potência ativa se introduziu mais um termo na fórmula da potência: o fator de potência.
P = i x U x f.p. –> Potência ativa (unidade Watts)
Para corrigir esse fator de potência baixo, basta instalar os dois tipos de carga ao mesmo tempo. Se você tem muita carga indutiva, instala-se carga capacitiva, se tem carga capacitiva , instala carga indutiva. Como um atrasa e o outro adianta, a soma dos dois é uma carga neutra, que nem atrasa nem adianta, ou seja, uma carga puramente resistiva. É como se fosse um cabo de guerra: uma pessoa de cada lado puxando o cabo.

Cabo de guerra
Cabo de guerra

Se as duas pessoas tiverem a mesma força, a corda fica no meio (carga resistiva). Se a indutiva for mais forte que a capacitiva, o fator de potência diminui, então se instala bancos de capacitores a fim de se igualar as duas. Nessa analogia, é como se chamasse mais uma pessoa para ajudar a puxar a corda do lado mais fraco para equilibrar com o lado mais forte.
Com isso espero ter ajudado a se entender esse conceito tão importante para o sistema elétrico em geral.
Autor: Jamil Baltazar – Engenheiro Eletricista pela UFV-MG.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Semáforo de LED

Por Elton Alisson
Agência FAPESPEm época de verão os semáforos localizados nas principais vias das cidades brasileiras costumam apresentar com maior frequência problemas que, além de causar transtornos aos motoristas, podem ocasionar graves acidentes de trânsito.


Semáforo de LED
Empresa formada a partir de grupo de pesquisa da USP de São Carlos, com apoio do PIPE, desenvolve semáforo mais econômico e que pode ser alimentado por energia elétrica ou solar (divulgação)


Com a incidência frontal dos raios solares nos semáforos convencionais, os refletores posicionados atrás do conjunto óptico fazem com que os raios sejam refletidos na direção do motorista. Isso, em conjunto com as lentes coloridas, cria a sensação de falso aceso das cores sinalizadas – o chamado “efeito fantasma”. E em dias de fortes chuvas ou quando há queda de energia, os equipamentos costumam entrar em pane, podendo permanecer desligados por horas.
Um novo modelo de semáforo, que começou a ser testado na cidade de São Carlos (SP) em janeiro, poderá solucionar esses problemas, além de possibilitar economia de energia e reduzir impactos provocados pelo descarte de lâmpadas incandescentes no meio ambiente.
Desenvolvido pela empresa DirectLight, formada a partir de um grupo de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos, o equipamento utiliza um conjunto de diodos emissores de luz (LEDs) de alta potência e grande eficiência óptica, que pode resultar em uma economia de energia de até 90%.
“Um semáforo convencional utiliza lâmpadas incandescentes de 100W, que consomem 400W em apenas um cruzamento de quatro vias, enquanto os LEDs do sinalizador de trânsito que projetamos consomem apenas 40W”, disse o coordenador do projeto, Luís Fernando Bettio Galli, à Agência FAPESP.
De acordo com Galli, outra vantagem dos LEDs em relação às lâmpadas incandescentes é a vida útil. Os LEDs podem permanecer mais de 50 mil horas acesos, apresentando 75% da eficiência inicial, ao passo que as lâmpadas incandescentes duram apenas 4 mil horas.
“O LED é um emissor que não apaga repentinamente. Ele vai degradando com o tempo e, depois de seis anos ligado, só perderá 25% da eficiência óptica inicial”, afirmou.
Uma das principais diferenças do semáforo brasileiro à base de LED para outros sinalizadores de trânsito baseados na mesma tecnologia em outros países está no sistema óptico.
Os semáforos antigos utilizam uma centena de LEDs de 5 milímetros, que foram desenvolvidos na década de 1960. Já o novo modelo utiliza apenas sete diodos emissores de luz, mais modernos, confiáveis e de potência mais alta, que consomem menos energia.
Para isso, os pesquisadores envolvidos no projeto desenvolveram nos últimos dois anos um conjunto composto por três tipos de lentes.
Ao dispor os LEDs próximos ao conjunto de lentes, os pesquisadores conseguiram obter um melhor aproveitamento e distribuição da luz emitida pelos diodos e direcioná-la de forma correta. Com isso, reduziram a quantidade de LEDs, dispensando a necessidade de refletores e eliminando o “efeito fantasma” produzido pelos semáforos convencionais.
“Não adianta simplesmente colocar os LEDs virados para frente, porque eles têm uma abertura de emissão de 120 graus. Desenvolvemos o conjunto de lentes para aproveitar ao máximo a luz emitida por eles e direcioná-la só para a parte que interessa, que é o trânsito”, explicou Galli.
O projeto foi desenvolvido pela empresa em parceria com o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica do Instituto de Física da USP de São Carlos e contou com financiamento da FAPESP por meio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), no projeto Sinalizador de trânsito à base de LED com operação emergencial.
Avaliação instantânea
Outra inovação apresentada pelo equipamento está no sistema eletrônico embarcado, o qual permite que seja alimentado tanto pela rede elétrica convencional como por energia solar ou por um banco de baterias em situações de emergência, como um blecaute.
Um sistema de gerenciamento inteligente instalado no semáforo faz a cada milissegundos uma avaliação e decide qual a melhor forma de alimentação para o equipamento em um determinado momento.
“A prioridade do equipamento é trabalhar com energia solar, por meio de placas fotovoltaicas, que é sua principal forma de alimentação. Mas, se mudar o tempo, ele utilizará energia elétrica. E, caso não tenha sol e falte energia elétrica, ele passará a utilizar um banco de baterias com duração de pelo menos 40 minutos, que é tempo suficiente para que os guardas de trânsito cheguem ao local e controlem a situação”, explicou Galli.
Segundo ele, já existem semáforos a energia solar e blecaute em outros países, porém nenhum ainda conseguiu integrar as três formas de alimentação utilizadas pelo equipamento brasileiro.
Os semáforos que estão sendo testados em três locais em São Carlos, por meio de um convênio firmado entre a DirectLight e a Secretaria de Transporte e Trânsito do município paulista, operam inicialmente apenas com energia elétrica. Antes mesmo de obter a certificação e começar a ser comercializados já estão despertando o interesse de prefeituras de outros municípios.
“Pelos testes e simulações que fizemos em parceria com a USP por meio de um software específico de simulações, o equipamento está se comportando muito próximo do que esperávamos. Os resultados dos testes em campo também estão sendo muito positivos”, afirmou Galli. 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Novos produtos ajudam consumidores a rastrear "energia vampira"

Fonte: The Independent
Reino Unido - A tendência para casas mais inteligentes e eficientes continua com uma nova linha de tomadas mais econômicas e eficientes energeticamente. 
 
 
Os produtos são a última novidade na linha de aparelhos que ajudam os consumidores a controlarem melhor seu consumo de eletricidade com monitores e gerenciadores de energia.

Recentemente, a empresa fabricante anunciou quatro novos produtos para sua linha de conservação de energia, que prometem ajudar a rastrear a "energia vampira", um termo popular que faz referência à energia consumida por aparelhos quando estão no modo stand by. Um deles pode monitorar o consumo de energia de qualquer aparelho conectado em termos de watt, gastos financeiros e emissão de dióxido de carbono. Os outros três produtos podem identificar quando aparelhos ligados a eles não estão sendo usados e desligá-los automaticamente, abastecer energeticamente múltiplos aparelhos e estipular o tempo que determinados equipamentos permanecerão ligados através de um timer.

A luta contra a "energia vampira", que segundo o Laboratório Internacional Lawrence Berkeley pode chegar a 10% do consumo total de uma típica residência norte-americana, é uma tendência crescente e foi um tema popular na Feira Internacional de Tecnologia, que aconteceu entre os dias 6 e 9 de janeiro deste ano. No evento, outra empresa de tecnologia lançou um dispositivo que promete monitorar a energia utilizada e ainda revelar aos consumidores qual aparelho gasta mais energia quando não está em uso.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Apoio a Projetos de Eficiência Energética - PROESCO

Empreendimentos apoiáveis

Intervenções que comprovadamente contribuam para a economia de energia, aumentem a eficiência global do sistema energético ou promovam a substituição de combustíveis de origem fóssil por fontes renováveis.
Dentre os focos de ação possíveis, destacam-se os seguintes:
  1. Iluminação;
  2. Motores;
  3. Otimização de Processos;
  4. Ar comprimido;
  5. Bombeamento;
  6. Ar condicionado e ventilação;
  7. Refrigeração e resfriamento;
  8. Produção e distribuição de vapor;
  9. Aquecimento;
  10. Automação e controle;
  11. Geração, transmissão e distribuição de energia;
  12. Gerenciamento energético;
  13. Melhoria da qualidade da energia, inclusive correção do fator de potência;
  14. Redução da demanda no horário de ponta do consumo do sistema elétrico. 

Itens financiáveis

  • Estudos e projetos;
  • obras e instalações;
  • máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, que constem do Credenciamento de Fabricantes Informatizado (CFI) do BNDES;
  • máquinas e equipamentos importados, sem produção nacional e já internalizados no mercado nacional, observado que:
    • para unidades de valor até R$ 400 mil, a comprovação de inexistência de produção nacional será realizada de forma autodeclaratória pelo beneficiário.
    • para unidades de valor superior a R$ 400 mil e para unidades do segmento de geração de energia, a comprovação de inexistência de produção nacional será realizada mediante apresentação de parecer de entidade com reconhecida expertise; e
    • os financiamentos de máquinas e equipamentos importados estão limitados a R$ 20 milhões para esta linha.
  • serviços técnicos especializados;
  • sistemas de informação, monitoramento, controle e fiscalização.

Clientes

  • Empresas de Serviços de Conservação de Energia – ESCO;
  • Usuários finais de energia;
  • Empresas de geração, transmissão e distribuição de energia.

Procedimentos operacionais específicos

As operações no âmbito do PROESCO poderão ser realizadas tanto diretamente pelo BNDES como por intermédio de suas Instituições Financeiras Credenciadas mediante repasse ou mandato específico, independentemente do valor do pedido do financiamento.
As operações de apoio às ESCO também podem ser realizadas na modalidade de risco compartilhado entre o BNDES e as Instituições Financeiras Credenciadas. Nesta forma de apoio, o risco do BNDES é limitado, no máximo, a 80% do valor financiado. Os projetos devem ser apresentados ao Banco com a análise da Instituição Financeira Credenciada Mandatária, após ter sido realizada a certificação da viabilidade técnica por instituição capacitada.
Para Projetos de Usuários Finais, Geradores, Transmissores e Distribuidores de Energia, os procedimentos são os usuais para enquadramento, análise e contratação.

Condições financeiras

O apoio da linha de financiamento PROESCO se baseia nas diretrizes do produto BNDES Finem, com algumas condições específicas, descritas abaixo.

Taxa de juros

Apoio direto
(operação feita diretamente com o BNDES)
Custo Financeiro + Remuneração Básica do BNDES +
Taxa de Risco de Crédito
Apoio indireto
(operação feita por meio de instituição financeira credenciada)
Custo Financeiro + Remuneração Básica do BNDES +
Remuneração da Instituição Financeira Credenciada
a) Custo Financeiro: TJLP.
b) Remuneração Básica do BNDES: 0,9% a.a.
c) Taxa de Risco de Crédito: até 3,57% a.a., conforme o risco de crédito do cliente.
d) Remuneração da Instituição Financeira Credenciada: negociada entre a instituição financeira credenciada e o cliente, porém limitada a 4% a.a. 
Observação: as operações de apoio às ESCO podem ser realizadas sob as formas acima ou ainda na modalidade de risco compartilhado entre o BNDES e as Instituições Financeiras Credenciadas. O risco do BNDES fica limitado, no máximo, a 80% do valor financiado.

Participação máxima do BNDES

80% dos itens financiáveis.
Observação: Esse limite pode ser aumentado para empreendimentos localizados nos municípios beneficiados pela Política de Dinamização Regional (PDR).

Prazo Total

Até 72 meses, incluído o prazo máximo de carência de 24 meses.
Observação: os segmentos de Geração e Transmissão de Energia poderão ter prazo maior se a análise da operação específica assim o indicar como necessário.

Valor mínimo de financiamento

Não há.

Garantias

  1. Nas operações de financiamento às ESCO, com risco compartilhado entre a Instituição Financeira Credenciada e o BNDES, este poderá se responsabilizar por até 80% do risco da operação, devendo as Instituições Financeiras Credenciadas assumir, no mínimo, 20%. Neste caso, será cobrada do Beneficiário uma comissão especial por assunção de risco e as Instituições Financeiras deverão obrigatoriamente exigir como garantia dos financiamentos a fiança dos controladores da ESCO e o penhor dos direitos creditórios decorrentes do contrato de prestação de serviços da ESCO com seu cliente.
  2. Nas operações sob a forma de apoio Indireta Não Automática, a definição das garantias ficará a critério da Instituição Financeira Credenciada, observadas as normas pertinentes do Banco Central do Brasil.
Saiba mais sobre as garantias das operações com recursos do BNDES.

Encaminhamento

As solicitações de apoio financeiro são encaminhadas diretamente ao BNDES por meio de Consulta Prévia, preenchida segundo as orientações do roteiro de informações específico para o PROESCO,  enviada pela empresa interessada ou por intermédio da instituição financeira credenciada de sua preferência, ao:
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
Área de Planejamento - AP
Departamento de Prioridades - DEPRI
Av. República do Chile, 100 - Protocolo - Térreo
20031-917 - Rio de Janeiro - RJ

Lâmpadas incandescentes devem ser retiradas do mercado até 2016





As lâmpadas incandescentes comuns serão retiradas do mercado paulatinamente até 2016. 
Portaria interministerial de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio regulamentando a retirada foi publicada no Diário Oficial da União. 
A finalidade é que elas sejam substituídas por versões mais econômicas.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a medida é fruto de um longo processo de negociação com setores da sociedade, por meio de consulta pública via internet e de audiência pública.
Técnicos do ministério estimam que a medida, publicada na quinta-feira (6), aliada a outra portaria que trata do Programa de Metas das Lâmpadas Fluorescentes Compactas, trará ao país uma economia escalonada até 2030 de cerca de 10 terawatts-hora (TWh/ano). Equivale a mais do que o dobro conseguido com o Selo Procel, utilizado atualmente.
Conforme detalhado na portaria, fazem parte da regulamentação as lâmpadas incandescentes de uso geral, exceto as incandescentes com potência igual ou inferior a 40 Watts (W); incandescentes específicas para estufas – de secagem e de pintura – equipamentos hospitalares e outros; incandescentes refletoras/defletoras ou espelhadas, entre outras.
De 30 de junho de 2012 até 30 de junho de 2016 – a não ser que surja uma nova tecnologia que permita às lâmpadas incandescentes se tornarem mais eficientes – esse tipo de produto será banido do mercado, segundo técnicos do Ministério de Minas e Energia.
No mercado brasileiro existem 147 modelos de lâmpadas incandescentes etiquetadas, de quatro fabricantes diferentes. Estima-se que a lâmpada incandescente seja responsável por aproximadamente 80% da iluminação residencial no Brasil. O mercado brasileiro consome atualmente cerca de 300 milhões de lâmpadas incandescentes e 100 milhões de lâmpadas fluorescentes compactas.
De acordo com o ministério de Minas e Energia, as tecnologias que envolvem os sistemas de iluminação se desenvolveram rapidamente, nos últimos anos, disponibilizando equipamentos com mais eficiência e durabilidade. Paradoxalmente, aumentou também a preocupação com a escassez de energia e a busca de soluções que contemplem a boa iluminação conjugada a equipamentos mais eficientes e formas inteligentes de utilização. Diante disso, a tecnologia utilizada nas lâmpadas incandescentes se tornou obsoleta. Tecnologias já consolidadas, como as lâmpadas fluorescentes compactas, podem fornecer quantidade maior de luz com um custo energético muito inferior à tecnologia incandescente. 
(Fonte: Agência Brasil)

IFS coloca em prática ações que reduzem consumo de energia elétrica

Sergipe - Duas importantes iniciativas estão impactando positivamente no consumo de energia elétrica no Instituto Federal de Sergipe (IFS).

A primeira delas é a substituição dos aparelhos de ar condicionado antigos por outros mais modernos. A ação é fruto do Plano Nacional de Eficiência Energética, que determina que uma porcentagem da receita das concessionárias de energia elétrica de todo o país seja destinada a iniciativas que promovam a redução do consumo.
No IFS, já foram substituídos 40 aparelhos e, segundo o engenheiro Francisco Carlos Passos, coordenador de Eficiência Energética do Departamento de Obras e Projetos (Deop) da Pró-Reitoria de Administração (Proad), até a próxima semana devem ser trocados mais 16, totalizando 56 novos aparelhos. "Essa substituição está sendo feita a custo zero para a instituição. Já foram instalados novos aparelhos em diversos setores, como o Departamento de Gestão de Pessoas, a assessoria jurídica, a Coordenadoria de Registro Escolar (CRE) e a Coordenação de Licenciatura em Matemática (Colima)", afirma.
Outra ação realizada nesse sentido, esta idealizada pelo próprio Francisco, foi a mudança do sistema de tarifação de energia elétrica de convencional para tarifa verde, acompanhada do aumento da demanda contratada. "A conta de energia do IFS passou de R$ 32 mil, em novembro de 2010, para R$ 27 mil, no mês seguinte, o que representa uma redução de 16%", conta ele.
Segundo o engenheiro, a expectativa é que, durante todo o ano de 2011, haja uma redução nos gastos com energia elétrica na casa dos R$ 60 mil. "Com essa mudança, o resultado foi imediato. Esperamos que a diminuição nos custos este ano seja até maior", declara.
Fonte: Plenário



sábado, 5 de fevereiro de 2011

Nova iluminação da Paulista consome até 70% menos de energia

Eficiência Energética - Postes de aço-carbono com lâmpadas de vapor metálico deixam mais claras as pistas e as calçadas da avenida 

por  Stéphanie Durante • Foto Murilo Medina/divulgação 


Murilo Medina


Economia: não tão charmosas como as antigas lâmpadas amarelas, as luzes brancas consomem até 70% menos de energia
Os 2,8 quilômetros da Avenida Paulista, um dos principais cartões-postais da cidade, estão mais iluminados desde o fim de janeiro. Os 54 postes de concreto instalados na década de 1970 foram trocados por 39 estruturas de aço-carbono. O investimento foi de R$ 3,5 milhões, com projeto elaborado pelo designer Plínio Godoy em parceria com a Philips do Brasil e com o Departamento de Iluminação Pública (Ilume). Levou um ano para ser desenvolvido e menos de um mês de instalação.
Os antigos postes mediam 25 metros de altura e eram equipados com 16 lâmpadas de vapor sódio de 400 watts cada uma. Os novos são menores – 20 metros – e trazem seis projetores de vapor metálico de 315 watts cada. O novo sistema quadruplicou o nível de luminosidade na pista da avenida de 12 lux para 48 lux. Montados a 18 metros de altura, esses projetores dirigem parte de sua iluminação para a calçada – uma antiga reivindicação da Associação Paulista Viva. O projeto inclui a instalação, até o fim do mês, de 15 postes menores, com 12 metros cada e equipados com quatro lâmpadas, próximo ao túnel que liga a Paulista às avenidas Doutor Arnaldo e Rebouças.
Além de mais forte, a luz da Paulista, segundo o Ilume, tornou-se mais econômica. De acordo com Ulisses Abbud, coordenador de projetos especiais do órgão, o nível de iluminação aumentou 300%. A redução mensal de consumo de energia chega a 70%, o que representa economia de R$ 100 mil por ano para a prefeitura. Parte do sucesso é creditada à troca da luz amarela para a menos charmosa luz branca. “A branca permite alto fluxo luminoso e melhor índice de reprodução de cores”, diz Fernando Stinchi, vice-presidente do setor de iluminação da Philips. “Na prática, isso facilita a identificação de objetos, pessoas e veículos.” 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Um mundo com energia limpa é possível, em 2050

Detalhe de turbina contra o sol, e atrás o céu azul no parque eólico de Castilla-La Mancha, Espanha.

A geração de energia elétrica de forma renovável é ingrediente chave para reduzir as incertezas quanto à segurança energética, poluição e às mudanças climáticas.
Após dois anos de elaboração, o Relatório de Energia, lançado globalmente hoje (3/2) revela novas perspectivas no que tange às necessidades globais de energia, incluindo transporte, e disponibilizando energia adequada e segura para todos. E isto permitiria a redução de emissões de carbono em cerca de 80% até 2050, mantendo o aquecimento do planeta abaixo dos 2ºC – que representam um limite dramático para o futuro ambiental do mundo.

“Se continuarmos a depender de combustíveis fósseis, vamos enfrentar um futuro de incertezas crescentes sobre custos, segurança e mudanças climáticas”, declarou Jim Leape, diretor geral do WWF. “Estamos oferecendo um cenário alternativo – muito mais promissor e inteiramente viável”.

“O relatório demonstra que o planeta pode, sim, ter economias vivas e energia limpa, barata e renovável, nos próximos quarenta anos”, disse Denise Hamú, secretária geral do WWF-Brasil.
 
Brasil na frente – O fato de o Brasil produzir eletricidade a partir de hidrelétricas dá ao país certa vantagem competitiva rumo à concretização da visão da respeitada consultoria Ecofys. “Entretanto, não podemos nos acomodar, porque estamos sujando nossa matriz energética e claramente temos oportunidades de diversificação de nossas fontes, com mais investimentos eficiência energética e em energias renováveis modernas, como a eólica, solar e solar-térmica”, avaliou Carlos Rittl, coordenador do programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil.

Rittl destaca, ainda, que a demanda mundial por bioenergia irá crescer muito. Como os biocombustíveis serão uma parte cada vez mais importante na matriz energética mundial, cabe ao Brasil fazer sua expansão neste setor, seguindo critérios rigorosos de sustentabilidade, sem pressão sobre os ecossistemas naturais.

 “Além disso, o Brasil precisa ser muito responsável sobre o uso e investimentos para extração do petróleo da camada pré-sal. Os custos das energias renováveis modernas estão em queda, enquanto que os do petróleo estão em ascensão. O mundo está cada vez atento a cada tonelada de gases de efeito estufa jogada na atmosfera e seus impactos no aquecimento global”, disse Carlos Rittl.

Futuro otimista - Dividido em duas partes, o relatório contém análise e cenário detalhados, apresentados pela Ecofys, e uma avaliação do WWF.  O documento demonstra que, até 2050, as necessidades de eletricidade, transporte, energia industrial e doméstica, poderiam ser supridas com uso apenas residual e localizado de combustíveis fósseis e nucleares, reduzindo drasticamente as incertezas quando à segurança energética, poluição e às catastróficas mudanças climáticas.

Eficiência energética em edificações, veículos e indústria seria um ingrediente chave, ao lado de uma geração de energia elétrica de forma renovável e fornecida por meio de smart grids (redes inteligentes), para fazer face ao aumento da demanda mundial por eletricidade.

De acordo com a visão desenhada pela Ecofys, em 2050, a demanda total de energia será 15% menor do que em 2005, a despeito do crescimento da população, da indústria, das necessidades de transporte, e a energia estará sendo fornecida àqueles que hoje não se beneficiam dela.  O mundo não mais dependerá de carvão ou fontes nucleares, enquanto regras e cooperação internacionais limitarão o dano ambiental potencial representado pela produção de biocombustíveis e hidrelétricas.

“Neste relatório, não estamos deliberadamente assumindo metas extravagantes sobre os benefícios das tecnologias que ainda virão, disse o diretor da Ecofys, Kees van der Leun. “Trata-se de uma estimativa moderada sobre a energia renovável da qual poderemos desfrutar em 2050. A Ecofys entende que as soluções para o desafio energético global estão ao alcance das nossas mãos. Existem inúmeros sistemas que usam energia de forma mais eficiente, o que nos permite administrar as atuais fontes de energia mais cuidadosamente. Além do mais, entendemos as oportunidades de uso de uma enorme quantidade de energia sustentável que nos cerca”, disse.

O fornecimento de energia confiável, barata e limpa na escala necessária demandará um esforço mundial, similar à resposta do mundo à crise financeira global. Mas os benefícios seriam muito maiores no longo prazo, e a economia realizada com custos mais baixos em energia irá equilibrar o total de novos investimentos em energia renovável e eficiência energética até 2040.  E mais: a economia de recursos financeiros em relação à maneira tradicional de produzir energia será de cerca de quatro trilhões de euros até 2050.

Outros benefícios virão da prevenção de conflitos relacionados à segurança energética, desastres ambientais e à escassez de recursos decorrentes da redução da disponibilidade de combustíveis fósseis e dos desafios ambientais e políticos.

Igualmente importante é o fato de que o cenário do Relatório da Energia permitiria assistirmos a uma redução de mais de 80% nas emissões de carbono até 2050, o que elevaria o grau de confiança de que o aquecimento global seria mantido abaixo dos 2ºC reduzindo os riscos inaceitáveis de uma catástrofe ambiental global. “Viveremos de forma diferente, mas viveremos bem”, disse Jim Leape. “Temos que fornecer energia a todos sem colocar em risco nosso planeta e, isto, nosso relatório mostra que é possível”. 
 

Energia elétrica: sistema pré-pago fere lei consumerista

Idec pede à Aneel restrição do sistema pré-pago de energia nos medidores inteligentes. Consumidor também deve ser instruído sobre tarifas diferenciadas antes de sua aplicação.
 

O Idec é contra a instalação de medidores inteligentes com o sistema de energia elétrico pré-pago no Brasil. A opinião foi enviada na contribuição do Instituto à consulta pública aberta pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a respeito dos novos medidores de energia elétrica que serão implantados no País.
Para o Idec, o fornecimento de energia pré-pago fere a Lei de Concessão de Serviços Públicos e o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Segundo o CDC, o sistema de energia elétrica é um serviço essencial à população (Lei nº 7.783/1986) e por isso deve ser prestado com qualidade, eficiência e continuidade.
"O sistema de pré-pagamento para energia elétrica, por proporcionar a desconexão automática dos consumidores sem prévio aviso, coloca o consumidor em situação de vulnerabilidade", explica a a advogada do Idec, Mariana Alves.
Tarifas de acordo com o horário
Quanto à criação e cobrança de tarifas diferenciadas dependendo do horário de uso da energia, proposto pela Aneel, o Idec acredita que antes da aplicação das tarifas diferenciadas, o consumidor deve passar por um período de conscientização de pelo menos 18 meses.
"O objetivo dessa campanha será informar o consumidor sobre a diferenciação de tarifas em horários distintos, para que este possa alterar o seu hábito de consumo e, assim, incentivar o uso racional de energia elétrica", aponta o documento.
Para a efetividade da campanha, o Idec sugere a produção de informes a serem veiculados nos meios de comunicação existentes (imprensa escrita, televisão, rádio, sites da agência e das distribuidoras, entre outros), a criação e distribuição de cartilha explicativa pela Aneel e explicações na própria conta de luz.
Outras sugestões
O Idec defende ainda que os custos da futura instalação dos medidores não podem ser repassados aos consumidores. Além disso, os dados medidos pelo novo equipamento devem ser de livre acesso ao consumidor e só poderão ser acessados, utilizados ou compartilhados por terceiros com devida autorização do consumidor.
A proposta da Aneel é que 18 meses após a publicação da resolução final, as empresas passem a substituir aproximadamente 70% dos 65 milhões de "relógios" existentes no País por medidores bilaterais, mais conhecidos como medidores inteligentes. ( Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Casas terão etiquetas para baixo consumo de energia


A Casa Eficiente da Eletrobras Eletrosul, em Florianópolis (SC): um dos nove empreendimentos que receberam a certificação de eficiência energética para residências.

Você sabia que morar em um prédio eficiente em energia pode reduzir de 30% a 40% a conta de luz no fim do mês?

A Eletrobras e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) lançaram nesta segunda-feira, dia 29 de novembro, em São Paulo, a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para residências e edifícios multifamiliares.
A etiqueta será concedida pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), que já emite outras duas certificações semelhantes voltadas para eletrodomésticos e edifícios comerciais, públicos e de serviço. Mas dessa vez, os consumidores estão sendo munidos de mecanismos para escolher um novo lar levando em conta o seu desempenho energético.

 

A adesão ao programa é voluntária e serão avaliados os empreendimentos nele inscritos o desempenho térmico durante o inverno e o verão,  e aos sistemas de aquecimento de água, iluminação e refrigeração, onde serão atribuídos a eles uma nota que varia de “A” a “E”. A média ponderada das categorias determina a nota final do prédio.
“A necessidade da redução do consumo de energia nas edificações é um aspecto presente tanto nos projetos de novos edifícios como também na discussão de políticas públicas”, afirma Solange Nogueira, gerente da Divisão de Eficiência Energética em Edificações da Eletrobras/Procel Edifica. No Brasil, a energia elétrica dos edifícios corresponde a cerca de 45% do consumo, sendo que as residências são responsáveis por mais de 22% desse total, destaca o portal Ambiente Energia.
Ao todo, nove empreendimentos receberam a certificação. Um deles foi a Casa Eficiente da Eletrobras Eletrosul, em Florianópolis (SC), que possui soluções de eficiência energética como geração de energia fotovoltaica. O empreendimento é atualmente a sede do Laboratório de Monitoramento Ambiental e Eficiência Energética, responsável pela realização das avaliações técnicas das edificações do programa Procel Edifica.