quinta-feira, 31 de março de 2016

Startup brasileira produz vidro que converte energia solar em elétrica


Tecnologia;Energia;Vidro elétrico (Foto: Ênio Cesar)







Tinta que capta energia solar vai revestir a fachada de novo prédio em São Paulo

Quando for inaugurado, no início de 2017, o futuro prédio da Totvs, na Zona Norte de São Paulo, vai parecer mais um entre os inúmeros espigões envidraçados da cidade. 
Mas a construção trará, camuflada na fachada, uma nova tecnologia desenvolvida no país. Aproximadamente 2 mil metros quadrados do vidro que reveste o edifício serão “pintados” com uma espécie de tinta chamada OPV (abreviação de organic photovoltaic). 
Ela converte a luz do sol em energia elétrica. A carga gerada será suficiente para manter ligados pelo menos 2,5 mil computadores.
A energia gerada será suficiente para manter ligados 2,5 mil computadores"


O material foi produzido pela Sunew, uma startup de Belo Horizonte (MG), que começou a funcionar em novembro. 
A nova sede da Totvs, sexta maior desenvolvedora de sistemas de gestão do mundo, será a primeira aplicação comercial do produto no país. 
Em breve, ele deverá ser usado em tetos de veículos e outras superfícies (veja exemplos ao lado).
Os novos vidros custaram 40% a mais do que os tradicionais, despesa que deve ser compensada em sete anos pela economia de energia. “Nosso plano é usar o OPV em outros empreendimentos”, diz Rafael Cosentino, filho de Laércio Cosentino (o fundador da Totvs) e CEO da Inovalli, a construtora da família, que toca a obra e será a dona do prédio.
R$ 100 milhões é o quanto custaram as pesquisas da tecnologia do OPV no Brasil. “Agora, o processo de produção é simples e barato, por isso o produto é promissor”, diz Marcos Maciel, CEO da Sunew

quarta-feira, 30 de março de 2016

ISO 50001 – Sistema de Gestão de Energia e Novos Desafios

No panorama econômico nacional uma série de condições, como: a retração da economia, a desaceleração de investimentos, o crescimento da inflação, desvalorização da moeda, além de condições do tempo (ambientais) estão relacionadas à necessidade de reajuste tarifário e de encargos da energia elétrica para os consumidores; um dos mais relevantes no mercado de energia com certeza são as bandeiras tarifárias.
Bandeiras tarifárias, segundo a ANEEL, é o sistema que sinaliza aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica.
Na prática, as cores das bandeiras indicam o quanto de taxa extra o consumidor vai pagar. Além de repassar ao consumidor o custo de geração, essa iniciativa também tem como objetivo estimular o uso consciente deste recurso.
Neste ínterim, a implantação de um Sistema de Gestão de Energia figura-se como necessário inclusive para reduzir custos.
A ISO 50001 – Sistema de Gestão de Energia é uma norma internacional que define práticas de gestão de energia em mais de 60 países; os benefícios dessa certificação são claros, com destaque para os seguintes:
  • Monitorar o uso da energia e verificar em que pontos pode ser melhorada a eficiência;
  • Melhorar o desempenho para consumir menos energia.
  •  Identificar e gerenciar os riscos no uso das fontes de energia;
Para estruturar este conjunto de ações é necessário conhecer os processos produtivos, com detalhes, e investir para economizar; alguns exemplos de ações práticas são: combater desperdícios identificados no cotidiano (perdas com vazamento de vapor, perdas de energia elétrica); substituir motores antigos por outros de alto rendimento; substituir a tecnologia de iluminação (LEDs apresentam alto investimento inicial, mas vale a pena o investimento se avaliada a baixa manutenção e durabilidade/confiabilidade).
O primeiro passo para a certificação consiste realmente em elaborar estudos para entender as diretrizes da norma; a seguir, vem o diagnóstico dos processos, o qual permite identificar pontos de não conformidade e melhoria em prol da melhor gestão da energia, com revisão de procedimentos e instruções operacionais; por fim, a implantação de indicadores para acompanhamento sistemático das ações e informação a todos os funcionários viabilizam a eficácia e melhoria contínua da gestão.
Atualmente apenas 20 empresas brasileiras têm essa certificação, mas na realidade constata-se que os passos para esse processo em geral fazem parte de qualquer Plano de Gestão de Recursos básico que a maioria das empresas já têm implantado. Necessário apenas se faz estruturá-lo e organizá-lo.
Para finalizar, transcrevo os passos para implementação da Norma ISO 50001, do Artigo “Lições para a ISO-50.001”, de Júlio Santos, publicado na Revista Brasil Energia, nº 416, julho 2015, pág 55.
  • Identificação da energia pela gerência, ao nível da alta direção;
  • Definição da equipe para o projeto;
  • Definição do escopo do sistema de gestão;
  • Plano de projeto;
  • Relatório inicial de energia, determinação do perfil e linha de base;
  • Treinamento da equipe de projeto e conscientização dos colaboradores;
  • Objetivos, metas e definição do programa;
  • Responsabilidade e competência, procedimentos e instruções escritas;
  • Validação de sistemas de medição e análise dos indicadores;
  • Auditoria interna e definição de ações corretivas e revisão do sistema;
  • Auditoria de certificação.
Aproveite e conheça mais sobre o tema ISO 50.001 assistindo ao Webinar ministrado pelo Eng. Alberto Fossa, consultor do Procobre e especialista em gestão de energia, onde mostra as nuances e necessidades de se gerenciar a energia de forma otimizada.
*Autora: Patrícia Lins – engenheira eletricista e de segurança do trabalho.

terça-feira, 15 de março de 2016

Mudança de Hábitos para Garantir Benefícios da Eficiência Energética

E na semana em que é comemorado o Dia Mundial da Eficiência Energética(5 de março), a EDP, distribuidora de energia elétrica para as regiões do Alto Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo, orienta sobre como utilizar os equipamentos elétricos de forma racional, trazendo melhor resultado e economia.
“Economia financeira e produção otimizada são alguns dos principais resultados da eficiência energética em residências, ambientes empresariais e industriais”, diz Marcos Scarpa, relações institucionais da EDP.
“Algumas mudanças de hábito inclusive podem minimizar o desperdício e, consequentemente, auxiliam para o melhor uso das fontes de energia e para uma redução da conta de luz”, completa o executivo.
O ar-condicionado e a geladeira são equipamentos de maior potência na residência e consomem mais. Para obter um bom resultado com relação àeficiência energética, é importante verificar a categoria do selo PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. Quando mais elevada a categoria, mais eficiente é o aparelho, por isso, sempre que possível, escolha o nível “A”.
“Vale lembrar que, equipamentos eficientes são mais exigentes em relação à rede elétrica que os abastece, por isso, manter a fiação interna em equilíbrio é essencial”, ressalta Marcos Scarpa, sobre a necessidade do dimensionamento correto de carga na rede elétrica interna da residência. O executivo lembra que o chuveiro também é um dos vilões do consumo e o ideal é deixá-lo no modo “verão”, posição em que o aparelho consome menos.
A fuga de corrente é uma das grandes causas de aumento elevado no consumo de energia. Emendas de fios feitas de forma incorreta, conexões frouxas, fios desencapados ou com isolamento comprometido pelo tempo podem ocasionar a fuga de corrente.
Outros cuidados também podem potencializar a eficiência energética dentro de casa:
dicas
Vale lembrar que algumas taxas da fatura de energia, como o ICMS*, são calculadas pela quantidade de consumo, quanto mais kW/h, maior o valor a ser pago de imposto.

*O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado de São Paulo muda de acordo com a faixa de consumo do cliente. Até 90 kWh/mês, o consumidor é isento; de 91 a 200 kWh/mês, acréscimo de 12%, e acima de 201 kWh/mês, acréscimo de 25% sobre o consumo.
Fonte: Portal R3