quarta-feira, 30 de março de 2011

Siemens apresenta na FIEE soluções para eficiência energética

Aconteceu entre os dias 28 de março e 1º de Abril, no Anhembi (SP), a 26ª Feira Internacional da Indústria Elétrica, Energia e Automação (FIEE). Nesta edição, a Siemens apresentará tecnologias voltadas para a redução de custos de energia. A companhia promete mostrar como é possível aplicar os conceitos de eficiência energética em atividades como geração, cogeração, transmissão, distribuição e utilização da energia – para prédios, iluminação ou indústria – bem como em atividades ligadas à eficiência global de produção. 


Eficiência é palavra-chave no desenvolvimento de soluções energéticas da Siemens. A empresa desenvolveu produtos que atendem à demanda por energia elétrica, aliados à consciência ambiental. Em nível mundial, em 2010, a empresa investiu € 3,7 bilhões em pesquisa e desenvolvimento de produtos e soluções, levando em conta sustentabilidade e eficiência energética. Isso representa 5,5 % do faturamento mundial da companhia, de € 77 bilhões no ano referente.
Na FIEE, os visitantes poderão conferir uma parte do portfolio ambiental da companhia e conhecer produtos voltados para automação de energia, energia renovável e para indústrias de diversos segmentos - soluções alinhadas com o conceito de eficiência energética da companhia.
Estão programadas para a FIEE demonstrações dos produtos de consultoria que simulam projetos de eficiência energética para atender a demanda de empresas que buscam, cada vez mais, provedores de soluções integradas para eficiências térmica, mecânica e elétrica. As soluções da Siemens prometem oportunidades de redução de dois dígitos nos custos de energia e de manutenção, ao mesmo tempo em que proporcionam potenciais de aumento da eficiência operacional (OEE – Overall Equipement Effectiveness, com redução das perdas devido à qualidade, velocidade e downtime) em até 3%.
O que será apresentado pela companhia durante o evento: .A Siemens possui solução capaz de trazer rápido retorno de investimento: o T.I.A Portal - software dedicado a ferramentas de engenharia de automação e acionamento. Entre os exemplos, o SIMATIC STEP 7 V11 para os controladores SIMATIC e SIMATIC WinCC V11, o SIMATIC HMI (Interface Homem-Máquina) e aplicativos de visualização de processos.
.Durante o evento, a companhia celebrará 10 anos de lançamento da linha Sirius no Brasil. Trata-se de uma família de produtos dedicada ao acionamento e proteção de motores em baixa tensão. O evento contará também com a apresentação da nova linha Sirius Innovations, que incorpora o conceito de eficiência energética.
. A presença da Siemens no evento reforça, também, a posição atual da companhia como uma das principais fornecedoras mundiais de soluções smart grids. Hoje a Siemens é referência mundial em redes inteligentes (Smart Grid), e no Brasil é responsável pela introdução da tecnologia no Operador Nacional do Sistema.
.O Smart Monitor, sistema totalmente desenvolvido no Brasil, é uma ferramenta capaz de monitorar o funcionamento e identificar falhas em transformadores. Estudos do International Council on Large Electric Systems (CIGRE) indicam que o monitoramento online pode detectar até 70% das potenciais falhas de um transformador.
.Líder e referência de mercado, o transformador a seco Geafol faz parte do portfólio verde da Siemens. Viabiliza instalações compactas, sem demanda de manutenção e as torna isentas de riscos de incêndio e explosões. É a solução ideal para siderurgia, indústrias de base, construção civil, óleo e gás, bionergia e geração eólica.
. Outra novidade são os capacitores de potência, produzidos na unidade da Siemens em Jundiaí. Esta é a única fábrica da Siemens que produz esse equipamento que é distribuido para todo o mundo. Também é o centro de produção Siemens mais moderno do país.
. A companhia apresentará cubículos de média tensão isolados a ar e a gás. Durante a FIEE serão lançados: Cubículo de média tensão isolado a ar tipo NXAir até 17.5kV; Cubículo de média tensão isolado a ar tipo 8BT2 até 36kV; Cubículo de média tensão isolado a gás SF6 tipo 8DJH até 24kV.
. Para automação de energia, a companhia apresenta seus sistemas de Proteção, Controle e Supervisão, baseados em equipamentos inteligentes microprocessados da linha SIPROTEC e SICAM, que são compatíveis com a norma IEC 61850, além de outras normas utilizadas no segmento de energia e industrial.
Grupo Siemens no Brasil- A Siemens está presente no Brasil há mais de cem anos e é atualmente a maior empresa do setor eletroeletrônico do país, com suas atividades agrupadas em três setores: Industry, Energy e Healthcare, enquanto a Siemens IT Solutions and Services tem atividades nos três campos. As primeiras atividades da empresa no Brasil datam de 1867, com a instalação da linha telegráfica pioneira entre o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul. Em 1895, no Rio de Janeiro, era aberto o primeiro escritório e, dez anos mais tarde, ocorria a fundação da empresa no país. Ao longo do século passado a Siemens contribuiu ativamente para a construção e modernização da infraestrutura do Brasil, como no fornecimento dos geradores para a Usina Hidroelétrica de Itaipu. Hoje, os equipamentos e sistemas da Siemens são responsáveis por 50% da energia elétrica gerada no país e por mais de 25% das telecomunicações. No Brasil, o Grupo Siemens fechou seu faturamento anual em 2010 com R$ 4,2 bilhões, conta com cerca de 10.170 colaboradores, seis centros de pesquisa e desenvolvimento e treze unidades fabris. 

terça-feira, 29 de março de 2011

Os apagões e a eficiência energética

Fonte: Revista O Setor Elétrico
Brasil - É sempre a mesma história, quando menos se espera, lá está ele. Como a aparição de um fantasma em um desenho animado, sentimos sua presença. 
O fluxo das lâmpadas varia bruscamente, como que em um "ensaio de cintilação" os transformadores roncam como se reclamassem da situação, os computadores, os eletrodomésticos e outras maravilhas tecnológicas da atualidade que operam quando ligadas às tomadas se desligam, e boa parte desta turma não sobreviverá quando a situação se regularizar, pois o comportamento da rede os terá fulminado. O "vai e volta" funciona como se fosse um "ensaio destrutivo" das instalações. Finalmente, em um instante de silêncio, ele surge: o "apagão".

As reações são das mais variadas. Gerentes de TI se descabelam pedindo aos céus pela saúde de seus UPS, geradores e da "turma" que os mantém e opera. As indústrias contabilizam seus prejuízos com perda de produção, matéria-prima, queima de equipamentos; o transporte vira um caos, assim como hospitais, clínicas, escritórios, prédios, residências, lojas e outros estabelecimentos.

Imediatamente todos apontam seus dedos para aqueles que seriam os culpados e que são "eleitos" em frações de tempo semelhantes a alguns ciclos do "nosso" 60 Hz. São eles: as concessionárias, os governos, os deputados, o vizinho, enfim, são vários os culpados.

Propositadamente não citamos acima os prejuízos das concessionárias de energia. Concessionárias? Como? Afinal elas aparecem sempre como as principais culpadas nos julgamentos efetuados. Sem dúvida o prejuízo das concessionárias é significativo, pois a energia não fornecida é simplesmente não faturada e não há como recuperar esta perda financeira.

Mas quais as razões que levariam à existência dos apagões? E por que eles não são diagnosticados com a competência merecida? o último evento em que 2,5 milhões de pessoas na zona sul de São Paulo ficaram sem energia teve como causa divulgada um defeito na subestação e, depois de algumas tentativas e deslocamento e remanejamento de carga, o sistema pode ser restabelecido sem antes "piscar" algumas outras vezes.

Poderíamos até intuir que a carga alimentada pela subestação não possuía redundância de fontes e que os sistemas e os instrumentos de monitoração poderiam apresentar informações para um melhor e mais claro diagnóstico do que ocorrera, evitando-se especulações sobre os fatos, principalmente quanto às recorrências, mas esta incumbência é da concessionária e da agência reguladora e fiscalizadora.

De nada adianta a energia ser gerada e transmitida em usinas e linhas em constantes incrementos de capacidades, mas não passar pela porta do circuito de distribuição (transformador de distribuição).

É clara a necessidade de investimentos ou a situação continuará como naquele dia, em que qualquer defeito em um equipamento nos levará novamente às escuras. E os equipamentos elétricos possuem seus indicadores de confiabilidade, portanto, saem de serviço em função de suas taxas de falhas.

O que deve ser mudado? Os investimentos em infraestrutura são necessários? E em tecnologia? Treinamento? Manutenção? Fontes de redundância nas cargas no lado do consumidor? Parece que sim, que tudo isso é importante, mas leva tempo e custa caro. Os geradores de contingência de prédios e indústrias voltam como ferramenta de sobrevivência, apesar de toda a fumaça (literalmente) que vai para a atmosfera.

A eficiência energética surge mais uma vez como um importante caminho para a redução da carga com expressivos valores potenciais. Não estamos abordando a ridícula troca de geladeiras que se tornou uma prática comum na mão de políticos inescrupulosos ou outras ações de resultados duvidosos, mas propondo um novo desafio aos modelos ultrapassados que aí estão e, por favor, deixem para trás o ranço do uso político de programas que foram concebidos de forma séria e que sofreram desvios e acidentes de percurso.

A redução da carga do outro lado do muro das subestações de distribuição é infinitamente mais barata, atraente e viável sob diversos aspectos e pontos de vista do que o incremento de mais uma fonte a 3.000 km de distância. Temos toda a capacidade de prover nossas instalações com sistemas eficientes e sustentáveis, bastando definir modelos de projetos que sejam exequíveis e livres de burocracia.

Os prédios afetados em São Paulo, na região da Berrini, na Avenida Paulista, na Marginal Pinheiros, no Morumbi e em tantas outras regiões tão famosas e badaladas, poderiam ter, eles próprios, evitado o ocorrido. Os dedos apontados para os possíveis culpados poderiam também ser rotacionados em 180 graus: para nós mesmos.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Estádio do Mineirão: um gol de eficiência energética

Estádio mineiro deve se tornar o primeiro da Copa do Mundo de 2014 a ter uma usina fotovoltaica na sua cobertura. Projeto inclui também eficientização para reduzir consumo de energia

Estádio do Mineirão: uma "tabelinha"
entre energia solar e eficiência energética
Carolina Medeiros, para o Procel Info

O estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, deverá se tornar o primeiro da Copa do Mundo de 2014 a ter uma usina fotovoltaica instalada em sua cobertura. Dos 12 estádios previstos para ocorrerem os jogos do mundial, cinco fazem parte do projeto Estádios Solares, realizado pelo Instituto para o Desenvolvimento das Energias Alternativas na América Latina (Instituto Ideal), em parceria com agências de fomento da Alemanha.

No caso do estádio Governador Magalhães Pinto, em Minas Gerais, mais conhecido como Mineirão, o projeto das usinas solares fotovoltaicas será realizado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que também fará um planejamento para melhorar a eficiência energética do estádio.

Alexandre Hering, gestor de projetos de energias alternativas da Cemig, disse que a previsão de investimentos no estádio é de 12 milhões de euros, incluindo a instalação dos painéis solares e o projeto de eficientização. Segundo ele, cerca de 80% do projeto ou 10 milhões de euros serão financiados pelo banco alemão KfW e o restante será aportado pela própria Cemig. "As placas que serão colocadas no estádio devem ter uma potência próxima de 500 a 600 kW", contou o gestor. Ele explicou que a energia a ser produzida no estádio será vendida para consumidores livres.

A Cemig está agora fechando o projeto básico conceitual do estádio e o edital para a contratação da empresa que fornecerá as placas solares deverá sair entre agosto e setembro desse ano. A previsão é que o estádio fique pronto em 31 de dezembro de 2012, meses antes da Copa das Confederações.

Quanto ao projeto de eficiência energética, Hering afirmou que a Efficientia, empresa de conservação de energia da Cemig, está elaborando o projeto conceitual e, portanto, ainda não há estimativas de quanto o estádio poderia economizar em energia. "A Efficientia está fazendo um projeto conceitual, que posteriormente será submetido aos concessionários que ganharem a licitação e ao governo do estado", comentou.

O projeto Estádios Solares, no qual o Mineirão está incluído, começou a partir de um desejo do Instituto Ideal de dar visibilidade à energia solar fotovoltaica no Brasil

O projeto Estádios Solares, no qual o Mineirão está incluído, começou a partir de um desejo do Instituto Ideal de dar visibilidade à energia solar fotovoltaica no Brasil. "Embora a energia solar fotovoltaica tenha um potencial muito grande no Brasil, ela é pouco divulgada. Sentimos que precisávamos encontrar projetos de grande visibilidade, que chamassem a atenção para a fonte. Logo pensamos na Copa do Mundo, porque futebol e Sol tem tudo a ver com o Brasil", explicou Mauro Passos, presidente do Instituto Ideal.

De acordo com ele, assim que as 12 cidades-sede do mundial foram estabelecidas, o laboratório solar da Universidade Federal de Santa Catarina fez estudos para os estádios. "Depois fizemos um trabalho de convencimento junto aos escritórios de arquitetura para incorporar no projeto a questão solar", contou Passos.

Ele disse que cinco estádios estão sendo priorizados no projeto. Além do Mineirão, estão o Maracanã, no Rio de Janeiro; o Mané Garrincha, no Distrito Federal; a Fonte Nova em Salvador; e o Arena Amazônica, em Manaus. O projeto Estádios Solares ainda contou com a participação da agência de desenvolvimento alemã GIZ, antiga GTZ.

Passos acredita que os estádios solares podem ser uma vitrine para a utilização da energia solar no país, possibilitando que residências, supermercados, prédios públicos, entre outros, adotem a tecnologia. "Queremos difundir o conceito. Além disso, tem a questão estética. Os estádios solares que existem hoje na Europa são belíssimos", completa o executivo.
 

sexta-feira, 25 de março de 2011

Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável

Guilherme Gorgulho - Inovação Unicamp
Economia verde 
 
 

A busca de um novo modelo econômico de baixo carbono, baseado no melhor aproveitamento dos recursos naturais, exigirá um investimento anual de mais de US$ 1,3 trilhão, ou 2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, em dez setores estratégicos, até a metade do século XXI.

O relatório Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), mensura o peso que as políticas públicas terão no fomento de novas tecnologias nos próximos 40 anos e atribui à iniciativa privada a maior parte da responsabilidade desse investimento.

Segundo o PNUMA, políticas adotadas nas últimas três décadas para garantir um crescimento econômico aliado à eficiência energética e ao menor consumo de recursos naturais produziram resultados "modestos demais" em termos de promoção da transição para a chamada "economia verde".

A ONU defende a necessidade de investimentos intensivos nas áreas de agricultura, indústria, energia, água, edifícios, gestão de resíduos, pesca, silvicultura, turismo e transportes.

O relatório indica que o crescimento mundial da economia nesse cenário mais "verde" seria maior do que o registrado no atual modelo econômico, apesar do conceito disseminado que opõe desenvolvimento a sustentabilidade ambiental.

"Em uma transição para uma economia verde, serão criados novos empregos que, ao longo do tempo, superarão as perdas de empregos da economia marrom [de alta emissão de carbono]", diz o documento.

Menos subsídios para a economia marrom

Desse montante de US$ 1,3 trilhão, a maioria dos recursos deverá ser oriunda do capital privado, apesar do importante papel atribuído ao setor público na definição de políticas de fomento dessas tecnologias.

Cabe aos governos, de acordo com o documento, principalmente direcionar os esforços para fomentar o aprimoramento dos setores-chave e redimensionar estratégias que estimulam financeiramente segmentos ligados à economia de alta emissão de carbono. "Corrigir subsídios onerosos e prejudiciais em todos os setores abriria espaço fiscal e liberaria recursos para a transição para uma economia verde." O PNUMA calcula que o fim dos subsídios destinados a apenas quatro setores (energia, água, pesca e agricultura) traria uma economia anual de 1% a 2% do PIB global.

Um dos exemplos, diz o texto, são os subsídios destinados à produção e comercialização de combustíveis fósseis, que superaram a marca de US$ 650 bilhões em 2008, o que desestimula uma mudança de matriz energética para os recursos renováveis.

"O uso de ferramentas como impostos, incentivos fiscais e licenças negociáveis para promover investimentos e inovações verdes também é essencial, assim como o investimento em capacitação, treinamento e educação", explica o documento.

Emergência verde

Mesmo estando aquém do ritmo desejado, de acordo com o PNUMA, a transição para o modelo da "economia verde" ocorre em "escala e velocidade nunca antes vistas".

O segmento de energia limpa é um dos que mais crescem; a previsão é de que investimentos mundiais no setor tenham aumentado 30% no último ano, passando de US$ 186 bilhões em 2009 para US$ 243 bilhões em 2010.

O PNUMA destaca que países não membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), como Brasil, China e Índia, têm-se sobressaído, ampliando sua participação mundial em investimentos em energia renovável de 29% em 2007 para 40% em 2008.

Os autores de Rumo a uma Economia Verde atribuíram ao setor de energia o maior montante, US$ 362 bilhões (27%), do total de recursos de US$ 1,347 trilhão a ser investido anualmente. O segundo segmento que deve receber mais recursos é o de transportes, com US$ 194 bilhões (14%).

Na sequência, aparecem os setores de edifícios e turismo (US$ 134 bilhões ou 10% cada um), agricultura, água, gestão de resíduos e pesca (US$ 108 bilhões ou 8% cada um), indústria (US$ 76 bilhões ou 6%) e silvicultura (US$ 15 bilhões ou 1%).

Biomassa brasileira

O desempenho do Brasil nos biocombustíveis ganha relevo no capítulo de energia renovável.

O bioetanol produzido no País é destacado como uma das duas únicas opções comercialmente maduras para a geração energética entre as fontes renováveis do mundo, ao lado da energia hidrelétrica produzida em grandes represas, que supre 16% da demanda do mundo.

"Em termos de utilizações sustentáveis de biomassa, a produção de combustíveis para transporte baseados em bioetanol no Brasil já é uma tecnologia comercialmente madura", informa o texto, em comparação com outras tecnologias promissoras para a geração de energia limpa, como a eólica, considerada ainda nas fases de implantação e difusão no mundo.

Economicamente o segmento de energia renovável ganha cada vez mais destaque, tendo empregado direta ou indiretamente mais de 2,3 milhões de pessoas no planeta, segundo balanço feito em 2006 e citado no relatório.

O Brasil é o segundo país do mundo que mais emprega nesse setor, com cerca de 500 mil trabalhadores, o que representa 20,7% de toda mão-de-obra envolvida no segmento no mundo.

Sustentabilidade na construção civil

O relatório divide as áreas estratégicas de investimento em capítulos, que foram organizados por especialistas das diversas áreas e de várias partes do mundo.

O capítulo sobre edifícios e construção civil foi coordenado por três especialistas, entre eles a arquiteta brasileira Joana Carla Soares Gonçalves, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, onde atua no Departamento de Tecnologia da Arquitetura, no Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética. Desde 2009, ela também é professora orientadora do Programa de Pós-Graduação Energia e Ambiente da Architectural Association Graduate School, em Londres.

Joana coordenou a equipe de autores em parceria com os pesquisadores Philipp Rode e Ricky Burdett, da London School of Economics, em Londres, e também redigiu textos com definições de conceitos, sobre a importância da inserção do projeto arquitetônico no contexto climático, do conforto ambiental, do emprego de materiais e das vantagens de reabilitação de prédios.

Em entrevista por e-mail a Inovação, a professora da USP, que está em Londres, aponta o papel fundamental do uso da tecnologia na construção civil para a constituição de edifícios "mais verdes" e diz que o foco do relatório é nas inovações que busquem a economia de energia, destacadas dentro do tópico "Oportunidades".

"No entanto, eu gostaria de destacar que tecnologia, no que tange aos sistemas prediais, é só um fator dentre outros que colocamos sucintamente. Definitivamente, o foco não está só na tecnologia, mas no edifício como um todo, incluindo seus ocupantes", afirmou Joana.
Edifícios Inteligentes


O relatório da UNEP, detalha a professora, tem como objetivo fornecer informações para os agentes tomadores de decisão de todo o mundo, abordando desafios, oportunidades e instrumentos, mas principalmente mensurando os impactos e as vantagens econômicas dessa transição. "É importante destacar também que, de uma maneira geral, ainda temos poucos dados quantitativos disponíveis sobre os custos e as vantagens econômicas de edifícios de menor impacto ambiental, em diferentes partes do mundo", esclarece Joana. "Achar esses números para montar nosso argumento a favor de edifícios mais verdes foi um grande desafio", diz a autora, acrescentando que mesmo assim a equipe teve êxito na construção da base de argumentos, com dados e fatos convincentes.

Relatórios técnicos

Segundo a professora da USP, o documento "Rumo a uma Economia Verde" não foi proposto para ser uma publicação técnica, mas sim informativa. No entanto, ele será desdobrado em relatórios técnicos que desenvolverão em detalhes as questões principais de cada um dos capítulos.

Joana contribuirá para os relatórios do PNUMA sobre edifícios abordando temas como a conscientização e inserção econômica dos edifícios de menor impacto ambiental.

Joana Gonçalves afirma que não há no Brasil uma valorização suficiente da etapa de projeto dentro da construção civil; para ela, os projetos devem ser mais "inteligentes" e contemplar todos os aspectos do impacto ambiental, como os materiais, o conforto dos usuários e o melhor aproveitamento dos recursos naturais, como luz e ventilação. "O arquiteto tem que conhecer mais e melhor todas as questões de desempenho ambiental, assim como os engenheiros de todas as naturezas precisam entender melhor os vários aspectos do desempenho ambiental dos projetos arquitetônicos e da construção para pensar as soluções tecnológicas."

Prédios novos x prédios requalificados

O setor da construção civil responde por mais de um terço do consumo de recursos do planeta, o que inclui 12% do consumo mundial de água doce, além de gerar 40% de todos os resíduos sólidos do mundo, de acordo com o PNUMA.

Duas abordagens diferentes devem ser empreendidas para tornar o setor mais "verde", de acordo com o relatório. Nos países desenvolvidos, as principais oportunidades estão na requalificação dos prédios existentes, para torná-los ambientalmente mais eficientes por meio de intervenções que reduzam o consumo de energia e incluam o uso de fontes renováveis. Já nos países não membros da OCDE, diz o documento, o déficit habitacional abre mais possibilidades para a exploração de novas gerações de construções com designs inovadores e novos padrões de desempenho.

"No entanto, deve ser considerado que, em muitos casos, o que já projetamos nos últimos 50 anos ou mais, principalmente nas grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e outras, representa um estoque edificado significativo que precisa ser recuperado e reutilizado, visando também um menor impacto ambiental", pondera a professora. "Esse ponto é bem reforçado no relatório; definitivamente, não é somente sobre o novo, mas também sobre o já existente."

Para Joana, um fator que favorece o Brasil é o clima ameno, que possibilita construir prédios mais eficientes, com menor consumo de energia e impacto ambiental reduzido. Mas para isso, diz ela, é necessário investir mais em projetos e compreender melhor o papel dos usuários.
 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Auditores de energia incentivam redução do consumo




Fonte: The Times of India
Índia - Auditores de energia da Índia estão buscando por maneiras alternativas de reduzir os gastos com energia. Segundo os especialistas, um pequeno investimento e a escolha certa de equipamentos elétricos podem refletir em uma economia significativa na conta mensal de energia.

Melhorar a eficiência energética através de auditorias, no entanto, não é uma prioridade para os consumidores. Muitas vezes, os custos iniciais elevados dos produtos eficientes tendem a afastá-los. Mas especialistas dizem que, com a consciência crescente entre as pessoas, o potencial para retornos de investimentos a curto prazo e as futuras economias significativas, a tendência pode ser revertida. Medidas de eficiência energética poderiam reduzir o consumo em mais de 30%.

No escritório corporativo Poompuhar, o auditor Nallamaruthamuthu implementou uma série de mudanças. Mudou os reatores mecânicos de tubos de iluminação por reatores eletrônicos e reduziu o consumo de energia de aparelhos de ar condicionado. Os reatores, responsáveis pelo acendimento das lâmpadas, são consumidores silenciosos, gastando um quarto do total de energia consumida pelas lâmpadas fluorescentes. As mudanças geraram uma economia de aproximadamente 40% e terão um retorno de investimento em menos de cinco meses.


quarta-feira, 23 de março de 2011

Embaixada da Itália inova com sustentabilidade e eficiência energética

Com sistemas de geração solar, sede diplomática italiana no Brasil se torna a primeira a adotar energias renováveis para seu abastecimento energético, buscando reduzir consumo de eletricidade

Embaixada da Itália: geração fotovoltaica
para reduzir consumo de energia
Diego Luis, para o Procel Info

A sede diplomática da Itália no Brasil, desenvolvida pelo engenheiro italiano Pierluigi Nervi, tem sido reconhecida, desde o ano passado, como a Embaixada Verde. Isto porque é a primeira embaixada no país a utilizar energias renováveis em seu abastecimento energético buscando a autossuficiência através da energia solar, e também a primeira da Itália no mundo. O projeto é constituído por 405 painéis fotovoltaicos com capacidade de geração de 86 megawatts-hora (MWh) por ano, o que pode evitar a emissão de 7,6 toneladas de dióxido de carbono (CO2) à atmosfera anualmente.

A iniciativa partiu da preocupação do embaixador, Gherardo La Francesca, com o alto custo das faturas de energia elétrica do prédio. Diante disto, ele pediu um estudo técnico de viabilidade para implantação de um sistema de abastecimento através da energia solar na sede, que gerasse economia de energia para a Embaixada. O projeto, elaborado em consonância com normas e diretrizes internacionais para estudos e projetos de centrais solares fotovoltaicas integradas à edificação, faz parte de um programa mais amplo chamado Farnesina Verde, lançado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Itália. Para que a instalação do sistema fosse possível, a Embaixada da Itália no Brasil contou com a colaboração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Companhia Energética de Brasília (CEB) e da Enel Green Power.


"Tornar-se a primeira sede diplomática a utilizar energias renováveis para seu abastecimento energético representa acima de tudo nossa contribuição na busca de uma solução para os problemas ambientais", destacou o conselheiro Econômico da Embaixada da Itália, Cristiano Musillo. Segundo ele, a partir dessa iniciativa outras sedes diplomáticas e outras instalações urbanas e instituições brasileiras estão estudando a possibilidade de reproduzir a experiência. "A Embaixada Verde representa um projeto-piloto, tornando-se um centro de pesquisa para o mercado brasileiro de energia solar, uma vez que a parceria estabelecida com a CEB nos permitirá enviar para a companhia toda a energia que produzimos a mais durante o dia e que depois poderemos reaver durante a noite", explicou.

Musillo se refere ao fato de a planta solar da embaixada estar conectada à rede elétrica de Brasília, o que permite o repasse da energia excedente não consumida para a CEB. A parceria também proporciona a troca de informações entre a embaixada e a distribuidora, envolvendo diversas questões. "Entre elas, a qualidade da energia que é exportada da embaixada para a rede da CEB Distribuição e a que a companhia fornece à embaixada; detalhes do paralelismo da rede entre a distribuidora e a embaixada, e a troca de informações técnicas sobre o estágio atual da geração distribuída no Brasil e na Itália", listou o gerente de Normatização e Tecnologia da CEB Distribuição, Celso Nogueira da Mota.

De acordo com Mota, a parceria também possibilita à companhia um aprendizado valioso na área de geração fotovoltaica com venda de excedente. "Será um forte motivo para que o tema faça parte das normas e padrões da concessionária", garantiu o gerente. "Em princípio, toda fonte de energia limpa, seguindo os preceitos básicos das normas da CEB Distribuição será bem vinda", destacou. No entanto, como o projeto envolve um modelo de troca de energia entre a embaixada e a CEB, a cooperação acaba se estendendo a aspectos regulatórios. Mota acredita que são necessárias algumas alterações na regulamentação do tema. "A Aneel deve regulamentar de forma mais clara, com relação à geração distribuída, estas parcerias que utilizam fontes ambientalmente limpas", opinou.

O engenheiro Carlos Café, especialista em aquecimento solar e geração solar do Studio Equinócio, também lamenta a falta de uma legislação que permita ao consumidor usufruir da exportação de energia para a rede elétrica. Segundo ele, isto proporcionaria o abatimento do consumo noturno, seja em termos de energia, com medidores bidirecionais, ou financeiros, através de política de compra e venda de energia distribuída. "Esta política serviria como base necessária e democrática para que todo cidadão ou empresário pudesse optar seriamente em escolher a fonte de energia que a sociedade deseja para o seu futuro", comenta. "É uma mudança que traz importantes benefícios econômicos para toda a sociedade, principalmente a brasileira, que poderia se tornar sócia efetiva do governo na geração de energia elétrica", garantiu.

Entre as muitas vantagens do sistema de energia solar está a redução do consumo de energia elétrica da rede. De acordo com Café, o uso da energia solar fotovoltaica pode atenuar alguns picos de consumo ao longo do dia, quando ocorrem também os picos de produção. Outra forma de reduzir o consumo, segundo ele, viria da utilização de sistemas de armazenamento da energia elétrica gerada, embora também apresentem desvantagens. "Se por um lado aumentam as perdas e os custos de manutenção, por outro lado permitem dimensionar um sistema para atender a 100% da demanda de energia elétrica de uma edificação", explicou.

Café disse que em sistemas sem armazenamento, na ausência de uma legislação específica, a economia de energia pode ficar restrita ao consumo energético durante as chamadas "horas solares", quando há uma efetiva produção de energia. Neste caso, segundo ele, um sistema dimensionado de forma adequada não exportaria energia para a rede e economizaria, em média, de 10% a 50% do consumo de energia, variando conforme o perfil de demanda elétrica da edificação ao longo das 24 horas do dia.

"Tornar-se a primeira sede diplomática a utilizar energias renováveis para seu abastecimento energético representa acima de tudo nossa contribuição na busca de uma solução para os problemas ambientais", destacou o conselheiro Econômico da Embaixada da Itália, Cristiano Musillo

O projeto Embaixada Verde envolve também a utilização de um carro elétrico biflex, movido a energia elétrica e etanol, como veículo oficial. O Palio Weekend, desenvolvido e doado pela Fiat em parceria com a Itaipu Binacional, é abastecido com a energia produzida pelos painéis solares. "Trata-se de uma iniciativa moderna e ambientalmente correta", explicou o chefe da Assessoria de Mobilidade Elétrica Sustentável da Itaipu Binacional, Celso Novais. "O Brasil está dando os primeiros passos para viabilizar um futuro mercado de veículos elétricos e o protótipo que desenvolvemos demonstra a viabilidade técnica", disse.

Para Novais, que também é coordenador geral brasileiro do Projeto Veículo Elétrico, os custos da tecnologia ainda são uma barreira a ser vencida. "Os custos [da alternativa] são muito elevados no Brasil, havendo perspectivas de redução de preço a médio prazo", afirmou otimista. No entanto, para que isso seja possível, uma série de fatores precisam ser levados em conta. "Incentivos governamentais, infraestrutura de abastecimento, mão-de-obra especializada para manutenção, aumento da autonomia, produção nacional dos componentes e redução do custo das baterias", relacionou.

Segundo o gerente da Itaipu Binacional, a iniciativa da Embaixada da Itália pode influenciar positivamente outras instituições a repensarem o tema da sustentabilidade. "A Itaipu incentiva todas as ações de preservação do meio ambiente e considera que a iniciativa pode servir de estímulo a outras entidades, com a utilização de energia solar para alimentar suas instalações e com a possibilidade de fornecer o excedente à companhia elétrica responsável pela distribuição", concluiu.

O programa Farnesina Verde, que abrange o projeto da Embaixada Verde, é um programa do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Itália que prevê medidas sustentáveis nas suas sedes diplomáticas. O programa envolve também o Restaurante do Ministério, que implementa ações para se tornar eco-responsável, estimando que 20% ou 30% dos alimentos comprados sejam provenientes de fornecedores locais.

terça-feira, 22 de março de 2011

De olho na Copa - Distrito Federal

Distrito Federal - Suítes do Hotel Cullinan contarão com sistema modular de climatização de ar, proporcionando redução significativa de consumo de energia
Por: Rachel Formiga


Todo o empenho do governador Agnelo Queiroz em trazer para Brasília a abertura ou a final da Copa do Mundo de 2014 já está movimentando o empresariado da capital da República. Na quarta-feira, os executivos José Celso Gontijo e Rodrigo.
Nogueira, da JCGontijo, reuniram a imprensa para apresentar o Cullinan (luxury hotel & convention), um empreendimento arrojado, que já tem data e hora para ser inaugurado, em outubro de 2013, no Setor Hoteleiro Norte, um investimento de R$ 121 milhões.
No breefing à imprensa, os dois executivos apresentaram todo o projeto, anunciando que a construção já começará em agosto próximo. O canteiro da obra irá ocupar uma significativa área de 20 mil m2, com 19 pavimentos. As vendas das unidades começaram na quinta-feira, dia 17. O valor médio do m2 será de R$ 13 mil. José Celso ressalta o quanto a localização do hotel é estratégica. Assinado pela MKZ Arquitetura, o projeto arquitetônico é muito arrojado, a ponto de ter um centro de convenções com capacidade para 222 pessoas, restaurante, academia e piscina semiolímpica, 327 unidades, 158 vagas de garagem e cinco elevadores (três sociais, um panorâmico e o outro de serviço).
Rodrigo Nogueira destaca também a arquitetura moderna e inovadora, além dos diferenciais de sofisticação e elegância. Na sua opinião, o empreendimento seguramente será um dos cartões postais de Brasília. “Em sua concepção foram adotados materiais de alto padrão e mármores importados, além de duráveis e com baixo custo de manutenção”. O empresário acrescenta ainda que o projeto do Cullinan será uma referência de conforto e sofisticação. Ele ainda salientou outro detalhe técnico: o projeto utiliza paredes em alvenaria tradicional com blocos cerâmicos, metodologia já testada e com garantia de durabilidade, proporcionando desta forma mais segurança e melhor conforto térmico e acústico.
Além disso, o Cullinan terá um colossal lobby com pé direito de 4,74m, bem como painéis decorativos em mármore importado e esquadrias em alumínio. Outro destaque refere-se às suítes, que contam com inovador sistema modular de climatização de ar, proporcionando redução significativa de consumo de energia e assegurando baixo custo de manutenção. Os corredores, por exemplo, terão uma largura mínima de 2m, com carpete de alto tráfego, geradores de emergência e equipamentos para o combate a incêndios, com cumprimento criterioso das normas de segurança do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
O empreendimento terá uma linda fachada, revestida de granito nobre, com venezianas em alumínio anodizado bronze, além de pele de vidro reflexivo. O Cullinan vai contar também com uma iluminação que utiliza tecnologia LED (light emitting diode), distribuída na fachada e também nas áreas comuns, gerando economia.
Além de tudo isso, o empreendimento da JCGontijo priorizou também a responsabilidade com o meio ambiente, a partir de um programa de compensação florestal, com o plantio de 400 mil árvores típicas do cerrado.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Curiosidades: Lumens Efetivos

Desempenho da Visão Humana



As luminárias que utilizam LEDs para a iluminação externa contribuem para o melhor desempenho da visão humana sob baixos níveis de iluminação, pois seu espectro de luz possui uma parcela maior de radiação nas regiões das cores violeta, azul e verde.

As características das fontes de luz são tradicionalmente fundamentadas na chamada visão fotóptica, que ocorre para níveis elevados de iluminação, em que o olho humano é mais sensível às radiações da luz nas regiões do amarelo e laranja.

Todavia, durante a noite, com baixos níveis de iluminação, predomina a visão escotópica na qual a maior sensibilidade do olho humano se dá para radiações com menores comprimentos de onda (azul e verde).

A iluminação noturna de ambientes externos é típica da visão mesópica para níveis de até 5,0 candelas/m².

Muitas propostas de revisão dos conceitos e características fotométricas das fontes de luz estão sendo discutidas no âmbito da IES - Illuminatrion Engineering Society e da CIE - Commision Internationale de L´Eclairage, com base no fato de que os lumens efetivos das fontes de luz devem ser compatíveis com o nível de iluminação existente no ambiente.

Desta forma, os lumens efetivos das fontes de luz branca (dos LEDs) deveriam ser devidamente corrigidos, utilizando-se multiplicadores adequados.

Os resultados de algumas experiências realizadas com observadores em ambientes típicos com níveis de visão escotópica e mesópica, sugerem que, nestas condições, cada lumen emitido por uma fonte de luz branca (LED) equivale a, pelo menos, dois lumens emitidos por uma lâmpada de vapor de sódio de alta pressão.

* Texto extraído do artigo: Sistemas de Iluminação Pública com Luminárias a LED de José Luiz Pimenta.

sábado, 19 de março de 2011

Saiba o que é preciso levar em consideração na escolha do ar condicionado

Pesquisa de marcas e instalação de qualidade garantem maior segurança ao consumidor
 


O desejo pelo conforto térmico no verão leva as pessoas ao varejo na busca do correto aparelho de ar condicionado para sua casa. O problema é saber qual marca adquirir, com qual potência comprar e ainda quem chamar para instalar e onde adaptar o aparelho no ambiente. Todos estes detalhes podem definir a economia de energia e futuros problemas com o equipamento.

Um dos cuidados mais importantes, segundo o diretor de qualidade da Associação Sul brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (ASBRAV), Luiz Alberto Hansen, é observar a capacidade do equipamento que deve estar de acordo com a carga térmica do ambiente. Também é importante ver se a marca tem procedência conhecida para se ter segurança na garantia de peças e serviço.

- Equipamentos de boas marcas têm os melhores desempenhos no que diz respeito às potências consumidas. Atualmente, usa-se como parâmetro o selo PROCEL, que identifica para cada equipamento em que faixa de consumo o mesmo se situa. A escala vai de A (o que menos consome) até E (o que mais consome) - explica.

O consumo de um condicionador de ar pode se tornar um item importante na conta de energia elétrica. Hábitos como deixar abertas portas e janelas, iluminação desnecessária durante o dia, a não utilização de cortinas para diminuir a insolação direta e deixar ligados desnecessariamente equipamentos elétricos podem prejudicar o uso do ar condicionado e aumentar a conta da luz.

Os cuidados com hábitos domésticos e a correta escolha do aparelho podem ser indicadas pelas próprias fabricantes dos aparelhos. Além disso, muitas possuem os próprios engenheiros e técnico habilitados para as instalações. Estes profissionais verificam aspectos como a engenharia da instalação, a escolha do melhor local para os condicionadores e o correto aparelho para a necessidade do cliente. Conforme Hansen, um trabalho com responsabilidade técnica e boas práticas do profissional, obedecendo às normas vigentes, é fator primordial para uma instalação segura para a vida longa dos condicionadores.

ASBRAV


A ASBRAV desempenha importante papel na defesa dos interesses de seus associados, empresas e profissionais dos setores de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação, na Região Sul. A qualificação profissional é um dos maiores objetivos da entidade. Oferece permanentemente cursos básicos e de atualização profissional na área, e ainda cursos de gestão empresarial para o desenvolvimento gerencial de seus associados. Também estabelece parcerias e cooperação técnica com entidades de ensino no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Nova Iluminação Cristo Redentor sendo testada




Rio de Janeiro - Uma tecnologia ganha espaço dentro e fora de casa.
As lâmpadas de LED, usadas na nova iluminação do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, são uma boa opção para quem quer economizar.
Elas estão nos sinais de trânsito, letreiros de ônibus, monitores de Tv e de computadores. Mais modernas e eficientes, as lâmpadas LED estão deixando para trás as incandescentes e as fluorescentes.
Nas lojas, a procura aumenta. Mas a popularização ainda esbarra nos preços.
Uma lâmpada LED pode custar até dez vezes mais do que as comuns, dependendo do tamanho e da potência.
Apesar de mais cara, a tecnologia é muito mais econômica. Enquanto uma lâmpada incandescente é capaz de converter em luz apenas 5% da energia elétrica que consome, as lâmpadas LED são capazes de transformar em luz até 40% da energia necessária para mantê-las acesas.
A durabilidade também é vantagem. Elas podem durar até 100 mil horas, dez vezes mais que as fluorescentes e 100 vezes mais do que as comuns.
Antes da nova iluminação, as luzes do Cristo Redentor consumiam o mesmo que 40 chuveiros elétricos.
Atualmente, seriam apenas dois chuveiros. É a tecnologia permitindo que a opção mais econômica seja também a mais bonita.
"A iluminação ainda é uma fatia importante do consumo de energia elétrica. Se a gente puder gastar menos energia para ter o mesmo nível de iluminação é bom para o sistema. É ecologicamente correto", concluiu o professor da Coppe/UFRJ, Edson Watanabe.

Tropical Manaus realiza RETROFIT

 
O hotel Tropical Manaus, que será palco de encontro entre lideranças mundiais entre os dias 24 a 26, recebeu investimentos da ordem de R$ 500 mil para receber o 2º Fórum Mundial de Sustentabilidade. As melhorias contemplaram televisores, pisos e iluminação do centro de convenções. A mudança vai reduzir o consumo de energia elétrica em 1/3. Para o presidente da rede Tropical Hotels & Resorts Brasil, João Manuel Correia, “a recepção do Fórum casou com nossa intenção de promover essas mudanças em prol do meio ambiente”.

Entre as personalidades confirmadas para o evento estão: ex-presidente norte-americano Bill Clinton; o ex-governador da Califórnia e ator, Arnold Schwarzenegger; fundador e presidente do Grupo Virgin, Richard Branson. Entre os debatedores, estarão o ambientalista Paul Hawken; o ativista ambiental Adam Werbach e Dan Epstein, chefe de Desenvolvimento Sustentável e Regeneração das Olimpíadas de Londres 2012.  Ao todo, são esperados mais de 600 líderes políticos, empresariais e ambientais.

O evento é realizado pela Seminars e promovido pelo LIDE (Grupo de Líderes Empresariais), presidido por João Doria Jr.

Informações: www.tropicalmanaus.com.br
 

quinta-feira, 17 de março de 2011

ENERGIA DO BEM: Celesc promove eficiência energética em Hospitais filantrópicos

Primeiro Hospital a ter equipamentos substituídos o São Marcos, em Nova Veneza, na segunda-feira (14) 

Ação será realizada em 34 hospitais este ano, com investimentos de R$6,2 milhões
Nesta segunda-feira (14), às 11h, o presidente da Celesc, Antonio Gavazzoni, esteve em Nova Veneza, no Sul do Estado, para participar da substituição de equipamentos elétricos no Hospital São Marcos. Serão investidos R$62,9 mil na eficientização do sistema de iluminação e na substituição de refrigeradores, sem custos para o hospital. A meta é promover uma redução de 57% no consumo da unidade.
Este é o primeiro dos 34 hospitais filantrópicos em 32 municípios catarinenses que receberão melhorias no sistema elétrico este ano por meio da ação Energia do Bem, parte do Programa Celesc de Eficiência Energética, com investimentos de R$6,2 milhões (veja relação de hospitais no final). O programa prevê a realização de diagnóstico energético, medição de resultados e eficientização dos hospitais e envolve tecnologia de iluminação, condicionamento de ar, refrigeradores, força motriz e equipamentos de esterilização. Com isso, a Celesc estima redução de consumo de 7.055 MWh/ano, economizando energia suficiente para atender 3.260 residências/ano.
“A saúde é prioridade deste Governo e a Celesc faz sua parte promovendo melhores condições de trabalho e atendimento em hospitais sem fins lucrativos”, explica Gavazzoni. Segundo o presidente, além da economia no consumo, decorrente da substituição de equipamentos obsoletos por outros mais eficientes, o Energia do Bem tem como objetivo envolver a sociedade no esforço para a conservação e o uso eficiente da energia.
Como funciona - O Energia do Bem está sendo executado pela empresa Padoin Engenharia Ltda., vencedora do Pregão Eletrônico nº366/10, com a supervisão da Celesc. É desenvolvido em etapas, sendo que a primeira é o diagnóstico energético e as medições do consumo de energia e demanda de potência dos equipamentos antigos, para verificação da viabilidade da substituição por tipo de equipamento para o Hospital. Um relatório é elaborado para aprovação pela Celesc, e então é feita a instalação dos equipamentos novos, com retirada e descarte dos antigos. O diagnóstico verifica também a viabilidade de substituição de autoclave (equipamento de esterilização) e inclui a especificação dos novos equipamentos, os quais serão adquiridos pela Celesc em processo licitatório a ser iniciado após o diagnóstico de todos os hospitais. “O trabalho continua com a medição do consumo de energia e da demanda de potência dos equipamentos novos e a elaboração de relatório final do projeto, inclusive com pesquisa de satisfação entre os usuários”, explica o engenheiro Paulo Heyse, chefe da Divisão de Eficiência Energética, vinculada à Diretoria Comercial e responsável pela elaboração e execução do Programa de Eficiência Energética. O Programa segue regulamentação da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica e o Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance (PIMVP). De acordo com o engenheiro, o lixo gerado pelos equipamentos substituídos também é tratado para não causar impactos ao meio ambiente, seguindo regras estabelecidas pelo CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Na fase de conclusão, o programa prevê palestra aos funcionários do hospital, divulgando o uso racional e eficiente da energia elétrica e os resultados alcançados com as ações realizadas. O hospital atendido responsabiliza-se pela operação e manutenção dos equipamentos.
Os próximos hospitais atendidos pelo Energia do Bem serão o Santa Otília, de Orleans, o Henrique Lage, de Lauro Muller, e o Hospital Regional de Araranguá, ainda no mês de março.
À tarde, Gavazzoni fez visitas técnicas às unidades da Celesc em Criciúma, acompanhado do diretor Comercial da Celesc Distribuição, Dílson Oliveira Luiz. 

Metas do Energia do Bem para o São Marcos: 

Uso Final

Energia Economizada Custo
(MWh por ano) R$
Iluminação 45,95 59,311.84
Refrigeradores 0,12 3.632,60
TOTAL 46,07 62.944,44

Programa de Eficiência Energética – A Celesc Distribuição desenvolve, desde 1989, iniciativas para a redução do consumo de energia elétrica e da demanda de potência no horário de ponta (18h30 a 21h30) e para o uso seguro e racional da energia elétrica. O Programa beneficia as diversas classes de consumidores por meio de ações de orientação e, principalmente, pela substituição de equipamentos obsoletos (que consomem muita energia) por equipamentos modernos e mais eficientes, proporcionando redução de custos a todo o processo produtivo.
Sobre o Hospital – Com 77 anos de existência, o Hospital São Marcos é uma entidade mantida pela Associação Beneditina da Providência, que atende pacientes de vários municípios da região da AMREC – Associação dos Municípios da Região Carbonífera. Possui 63 leitos específicos para pacientes do SUS. É um hospital de pequeno porte, filantrópico de caridade, devidamente inscrito no Cadastro Nacional de Assistência Social – CNAS. Realiza em média 172 internações/mês, sendo 60 de pacientes do próprio município e 112 internações de pacientes de municípios circunvizinhos. 91,3% dos pacientes atendidos são oriundos do SUS.
Relação dos Hospitais filantrópicos a serem contemplados pelo Energia do Bem:
 
Nome Cidade
1 Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen Itajaí
2 Hospital São José e Maternidade Chiquinha Galloti Tijucas
3 Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Conceição Angelina
4 Hospital Santa Isabel Blumenau
5 Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux Brusque
6 Hospital de Caridade Senhor Bom Jesus dos Passos Laguna
7 Hospital São Camilo Imbituba
8 Hospital e Maternidade Jaraguá Jaraguá do Sul
9 Hospital Universitário Florianópolis
10 Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo Mafra
11 Hospital Regional Alto Vale Rio do Sul
12 Hospital Infantil Seara do Bem Lages
13 Hospital Bom Jesus Ituporanga
14 Hospital Regional Lenoir Vargas Ferreira Chapecó
15 Hospital de Caridade Florianópolis
16 Soc. Hospitalar Pe. João Berthier São Carlos
17 Hospital Regional de Araranguá Araranguá
18 Hospital São Marcos Nova Veneza
19 Associação Hospitalar Dom Joaquim Sombrio
20 Hospital São Lucas Guaraciaba
21 Hospital Hélio Anjos Ortiz Curitibanos
22 Hospital de Caridade Coração de Jesus São Joaquim
23 Hospital de Caridade e Maternidade São José Urubici
24 Fundação Hospitalar de Três Barras Três Barras
25 Hospital Municipal Henrique Lage Lauro Muller
26 Fundação Hospitalar Santa Otília Orleans
27 Hospital Salvatoriano Divino Salvador Videira
28 Associação Hospitalar Beneficente de Saudades Saudades
29 Sociedade Hospitalar Beneficente Modelo Modelo
30 Hospital São Francisco de Assis Sto. Amaro da Imperatriz
31 Hospital Regional de Palmitos Palmitos
32 Hospital Maice Caçador
33 Hospital Nossa Senhora dos Prazeres Lages
34 Hospital São Francisco Concórdia
Informações para a imprensa: Aline Cabral Vaz
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