Brasil - O maior conglomerado de distribuição de mercadorias do Brasil, após a fusão com Ponto Frio e Casas Bahia, o Pão de Açúcar colocou a sustentabilidade entre suas principais estratégias de atuação.
Nesse contexto, a atenção dada à eficiência energética tornou-se importante ferramenta de redução de custos. Sobretudo na divisão de supermercados do grupo, que inclui 590 lojas e nove centros de distribuição (CDs).
Desde a criação, em 2004, do setor de Contas Públicas, foram investidos R$ 14,7 milhões em diversas ações de racionalização nos pontos de venda da rede. Em pouco mais de 200 deles, a economia alcançada no período somente pelo consumo correto de eletricidade totalizou R$ 13 milhões – ou o equivalente a 47 mil MWh –, contabiliza Fabiana Périco, responsável pela área. Com ela trabalham mais oito pessoas, que cuidam de toda a gestão dos programas em andamento, sem o auxílio de consultorias especializadas.
Para se ter ideia do potencial de ganhos com racionalização energética, nas unidades das bandeiras Pão de Açúcar, Extra, CompreBem e Sendas, o ar condicionado representa, em média, 45% do consumo, seguido pela refrigeração de alimentos, com 35%, e iluminação, com 10%. Em lojas onde não há ar condicionado, a refrigeração de alimentos representa 60%, e a iluminação, 20%.
E não faltam iniciativas que fazem diferença no caixa do grupo, como o desenvolvimento de um software para gerenciar faturas de energia, gás e água. Esse aplicativo permitiu a criação de indicadores de desempenho e gestão. O chamado “grupo de despesas” monitora diariamente os dados e se encarrega de tomar as medidas necessárias para que as metas sejam cumpridas. Nos bastidores, participam diretamente as comissões internas de controle de energia (CICEs) de cada loja, incumbidas também da divulgação das boas práticas entre os funcionários.
Quanto às medidas envolvendo mudanças físicas nos supermercados, há um programa regular de retrofit das casas de máquinas e reforma de equipamentos de refrigeração, conta Fabiana. Quando possível, as instalações de ar condicionado dão lugar a sistemas de aspersão de água. A iluminação é um capítulo à parte. Desde 2008, exclusivamente nas lojas da rede Extra, caminha um projeto de revitalização que envolve a troca de lâmpadas de vapor metálico de 400 W por outras fluorescentes, de 58 W, modelo T5.
Mercado livre
Já o plano de expansão é tocado com unidades modernas e padronizadas, denominadas internamente de “lojas verdes”. Toda a iluminação externa conta com lâmpadas tipo LED. Os novos sistemas de ar condicionado consomem 10% menos energia elétrica. Projetado com aberturas zenitais, o telhado vem com revestimento de alta capacidade reflexiva e manta térmica para reduzir a transmissão de calor. Nos sanitários há torneiras dotadas de sensores e timer, além de caixas acopladas com válvulas de fluxo para 3 l e 6 l.
Essa nova leva de supermercados nasce alimentada com energia 100% renovável, proveniente de contratos firmados no mercado livre. A busca por eletricidade mais barata, porém, remonta a 2005, e começou com o suprimento de 12 lojas. Hoje já são 63 endereços, que somam um pacote considerável de 35,94 MW médios, o equivalente a 31% de toda a demanda contratada pela companhia.
Toda essa energia tem origem controlada porque, para aproveitar os benefícios da legislação, a preferência é comprar de modalidades incentivadas, como biomassa e PCHs. Para o futuro, o Pão de Açúcar pretende diversificar a matriz e passar a adquirir energia proveniente de projetos eólicos e fotovoltaicos.
Também está em estudo o uso de cogeração a gás natural. O projeto está sendo tocado em parceria com uma concessionária, mas o nome da companhia, bem como os detalhes do negócio, são mantidos sob sigilo.
Economia que dá lucro
Além do esforço próprio de racionalização, o Grupo Pão de Açúcar também começa a multiplicar ações de marketing que associam a divulgação de práticas saudáveis de consumo a bons negócios.
Em novembro último, graças a uma parceria da rede Extra com a AES Eletropaulo, clientes da distribuidora ganharam bônus exclusivos para troca de refrigeradores e lâmpadas por modelos mais atuais e eficientes.
Desde a criação, em 2004, do setor de Contas Públicas, foram investidos R$ 14,7 milhões em diversas ações de racionalização nos pontos de venda da rede. Em pouco mais de 200 deles, a economia alcançada no período somente pelo consumo correto de eletricidade totalizou R$ 13 milhões – ou o equivalente a 47 mil MWh –, contabiliza Fabiana Périco, responsável pela área. Com ela trabalham mais oito pessoas, que cuidam de toda a gestão dos programas em andamento, sem o auxílio de consultorias especializadas.
Para se ter ideia do potencial de ganhos com racionalização energética, nas unidades das bandeiras Pão de Açúcar, Extra, CompreBem e Sendas, o ar condicionado representa, em média, 45% do consumo, seguido pela refrigeração de alimentos, com 35%, e iluminação, com 10%. Em lojas onde não há ar condicionado, a refrigeração de alimentos representa 60%, e a iluminação, 20%.
E não faltam iniciativas que fazem diferença no caixa do grupo, como o desenvolvimento de um software para gerenciar faturas de energia, gás e água. Esse aplicativo permitiu a criação de indicadores de desempenho e gestão. O chamado “grupo de despesas” monitora diariamente os dados e se encarrega de tomar as medidas necessárias para que as metas sejam cumpridas. Nos bastidores, participam diretamente as comissões internas de controle de energia (CICEs) de cada loja, incumbidas também da divulgação das boas práticas entre os funcionários.
Quanto às medidas envolvendo mudanças físicas nos supermercados, há um programa regular de retrofit das casas de máquinas e reforma de equipamentos de refrigeração, conta Fabiana. Quando possível, as instalações de ar condicionado dão lugar a sistemas de aspersão de água. A iluminação é um capítulo à parte. Desde 2008, exclusivamente nas lojas da rede Extra, caminha um projeto de revitalização que envolve a troca de lâmpadas de vapor metálico de 400 W por outras fluorescentes, de 58 W, modelo T5.
Mercado livre
Já o plano de expansão é tocado com unidades modernas e padronizadas, denominadas internamente de “lojas verdes”. Toda a iluminação externa conta com lâmpadas tipo LED. Os novos sistemas de ar condicionado consomem 10% menos energia elétrica. Projetado com aberturas zenitais, o telhado vem com revestimento de alta capacidade reflexiva e manta térmica para reduzir a transmissão de calor. Nos sanitários há torneiras dotadas de sensores e timer, além de caixas acopladas com válvulas de fluxo para 3 l e 6 l.
Essa nova leva de supermercados nasce alimentada com energia 100% renovável, proveniente de contratos firmados no mercado livre. A busca por eletricidade mais barata, porém, remonta a 2005, e começou com o suprimento de 12 lojas. Hoje já são 63 endereços, que somam um pacote considerável de 35,94 MW médios, o equivalente a 31% de toda a demanda contratada pela companhia.
Toda essa energia tem origem controlada porque, para aproveitar os benefícios da legislação, a preferência é comprar de modalidades incentivadas, como biomassa e PCHs. Para o futuro, o Pão de Açúcar pretende diversificar a matriz e passar a adquirir energia proveniente de projetos eólicos e fotovoltaicos.
Também está em estudo o uso de cogeração a gás natural. O projeto está sendo tocado em parceria com uma concessionária, mas o nome da companhia, bem como os detalhes do negócio, são mantidos sob sigilo.
Economia que dá lucro
Além do esforço próprio de racionalização, o Grupo Pão de Açúcar também começa a multiplicar ações de marketing que associam a divulgação de práticas saudáveis de consumo a bons negócios.
Em novembro último, graças a uma parceria da rede Extra com a AES Eletropaulo, clientes da distribuidora ganharam bônus exclusivos para troca de refrigeradores e lâmpadas por modelos mais atuais e eficientes.
Fonte: Brasil Energia