terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Equipamentos com Selo A geram economia de até R$ 600


HONÓRIO BARBOSADesde 1984, pelo menos R$ 2,4 bilhões deixaram de ser cobrados a partir da 
troca de refrigeradores e condicionadores de ar

Atualmente, segundo o Inmetro, 80% dos produtos vendidos no mercado nacional possuem o Selo A

Numa época na qual a sustentabilidade é alvo da maioria das ações solidárias e governamentais, conseguir economizar R$ 600 no ano sem reduzir o consumo de energia torna-se extremamente vantajoso. 
Para conseguir isso, segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro), basta adquirir substituir os eletroeletrônicos de Selo E pelos de Selo A Procel, que tem o consumo reduzido de energia elétrica com tempo de uso convencional.

"Por ano, o consumidor pode economizar cerca de R$ 120 ao optar pelo condicionador de ar mais eficiente, por exemplo. 
Ou seja, considerando a vida útil do produto, em uma década ele estará comprando outro novo com o que se economiza com a sua utilização diária", ressalta Marcos Borges, coordenador do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE). 
A estimativa anunciada por ele considera a economia prevista a partir da troca de diferentes aparelhos domésticos de presença reconhecida nos lares brasileiros. 
De acordo com dados contabilizados pelo Inmetro desde 1984 - quando começou o processo de etiquetagem -, "pelo menos R$ 2,4 bilhões" deixaram de ser cobrados nas contas brasileiras a partir da troca de refrigeradores e condicionadores de ar. O Inmetro ainda afirmou que a tendência é potencializar a eficiência dos eletros detentores do selo.

Programada para vigorar plenamente em 2013, o PBE já executa uma nova revisão dos níveis de eficiência para reduzir os aparelhos ´otimizados´ para 40% do número atual. Atualmente, segundo o órgão, 80% dos produtos comercializados no mercado possuem o Selo A.

Revisão

"Na prática, essa revisão significa que os eletrodomésticos terão que consumir entre 3% e 5% menos energia para receber a nota máxima de avaliação. Os produtos da atual classe E não poderão mais ser comercializados a partir de 2013", contou Borges, estimando a redução dos gastos em até 10%.

Ele ainda explicou que esta revisão acontece de quatro em quatro anos, "quando a quantidade de produtos ´A´ e ´B´ alcança um número excessivamente alto no mercado". Hoje, essa quantidade chega até 90% dependendo do produto e passarão para, no máximo, 30% do portfólio das lojas.

"Se de um lado o acúmulo em (selos) A e B denota um esforço dos fabricantes em aperfeiçoar os seus produtos, revelando a importância do PBE, por outro lado, a medida adotada pelo Inmetro é um instrumento para que as indústrias não se acomodem e continuem desenvolvendo inovações tecnológicas que aumentem a eficiência de seus produtos. 
A classificação atualizada estará disponível para o consumidor a partir de janeiro de 2013", finalizou.

ARMANDO DE OLIVEIRA LIMA
REPÓRTER