Estudo da campanha do Ano do Mercado Livre revela que o ambiente com opção de compra está maduro na gerência de riscos
Das 1.175 empresas brasileiras que compram 10.882 Megawatts (MW) médios no mercado livre de energia no Brasil, o que representa cerca da metade da eletricidade gerada por Itaipu, 60% contam com contratos de fornecimento superiores a quatro anos.
Aproximadamente, 10% dessas companhias contam com prazos de pelo menos dois anos. O levantamento deixa claro que a liberdade de escolha no setor energético não significa necessariamente compromisso com o curto prazo.
“Se os consumidores livres pudessem vender seu excedente, os contratos de fornecimento teriam prazos ainda mais longos”, afirma Reginaldo Medeiros, coordenador da campanha Ano do Mercado Livre, que congrega oito entidades de classe do setor elétrico (ver relação abaixo) e produziu o estudo.
Apenas 24% dos consumidores livres no Brasil têm contratos de entrega de megawatts inferiores a um ano, denominado mercado spot.
Segundo Medeiros, após 10 anos de existência do mercado livre no País, as empresas estão maduras na administração da energia como insumo produtivo.
Hoje, existem 353 produtores independentes de megawatts e 129 empresas comercializadoras, o que demonstra o profissionalismo do mercado e o aprimoramento nas técnicas de gestão de riscos.
Os consumidores livres têm demandas contratadas de 3 MW. Essas companhias podem fazer contratos abertamente no mercado livre, sem importar a fonte de energia.
Já os consumidores livres especiais têm demandas contratadas de 0,5 MW a 3 MW e podem negociar no mercado livre desde que contratem energia de fontes alternativas, como Pequenas Centrais Elétricas (PCHs), usinas eólicas, solar e de biomassa, pois assim ganham desconto na tarifa de transmissão.
Hoje, 27% da energia produzida no Brasil é comercializada no mercado livre, que movimentam negócios em torno de R$ 30 bilhões por ano.
A campanha “2012- Ano do Mercado Livre de Energia”, nasceu com o objetivo de conscientizar autoridades públicas e agentes privados sobre a importância vital da negociação desregulamentada para a competitividade da indústria no País, bem como na blindagem contra a inflação.
Sobre o Ano do Mercado Livre de Energia
O “Ano do Mercado Livre de Energia” é uma iniciativa das entidades Abeeólica (energia eólica), Abiape (investidores em autoprodução de energia), Abrace, (grandes consumidores industriais de energia e consumidores livres), Abraceel (comercializadores), Abragel (geração de energia limpa), Abragef (geração flexível), Abraget (geração térmica), Anace (consumidores de energia) e Apine (produtores independentes).
Fonte: Retoque