terça-feira, 19 de novembro de 2013

Smart grid ainda depende de políticas públicas e de financiamento para avançar no Brasil, diz Abradee

Telesíntese - Lúcia Berbert


As redes elétricas inteligentes começam a ser uma realidade no Brasil e, até 2030, deve atender até 74,4 milhões de usuários no país. 

Mas o sucesso desse empreendimento, que traz benefícios para toda a cadeia produtiva e ao consumidor, depende da modelagem a ser adotada, do treinamento de pessoal e de financiamento, que darão capacidade dos pesados investimentos necessários pelas empresas do setor. 

A receita é do presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), Nelson Fonseca Leite, feita durante a audiência pública sobre smart grid, promovida pelas comissões de Ciência e Tecnologia e de Minas e Energia da Câmara, na quarta-feira (13). 

Segundo Leite, as ações nessa área estão se multiplicando, com a implantação de projetos pilotos em várias cidades, e um novo modelo de negócios vai surgir para distribuição de energia elétrica, em função da bidirecionalidade do fluxo e isso terá que ser institucionalizado. 

Ele propôs a criação de um observatório nacional para acompanhamento desses projetos, de modo a transferir experiências bem-sucedidas para outras iniciativas. O presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, salientou que os benefícios da rede inteligente, já em testes por 30 concessionárias, são significativos, especialmente na interrupção da distribuição e na economia para o usuário, inclusive de baixa renda, que pode reduzir seu consumo nas horas de pico. 

Mas adverte que é preciso o envolvimento de toda a cadeia de fabricante, para prover os equipamentos e sistemas necessários ao novo sistema e, consequentemente, contribuir para reduzir o déficit da balança comercial do setor elétrico e eletrônico. Para Barbato, os investimentos necessários para a implantação maciça de smart grid no Brasil variam de R$ 46 bilhões a R$ 91 bilhões, a depender da velocidade que o país quer adotar. 

Ele acredita que todo a economia ganhará com essa verdadeira revolução do setor de energia, que será comparável à evolução das telecomunicações, após a privatização. O autor e integrante do Projeto IEEE P2030, Cláudio Lima, que acompanha o avanço das redes inteligentes em diversos países do mundo, disse que o desenvolvimento do smart grid no Brasil é satisfatório. 

Ele recomendou que as políticas públicas a serem adotadas levem em conta três pontos: a interoperabilidade, por meio do uso de sistemas abertos; a segurança cibernética, para evitar ataques às subestações de energia; e o envolvimento do consumidor no processo, que passará a ter um papel ativo. Lima ressaltou que 90% das inovações que o sistema requer serão destinadas para o espaço entre as subestações e o consumidor, onde houve pouco investimentos nos últimos anos. 

Ele alertou também para o cuidado na escolha do medidor eletrônico. E recomendou que as políticas públicas que serão estabelecidas devem contemplar toda a cadeia produtiva. O especialista em projetos de desenvolvimento industrial, Carlos Venicius Frees, afirmou que 862 instituições já trabalham no desenvolvimento do smart grid no Brasil, estudando novos modelos de negócios para o setor e no desenvolvimento de TIC nacional para os novos sistemas. 

Ele frisou que as redes inteligentes dependem da infraestrutura de telecomunicações, considerando uma vitória a inclusão do smart grid no Regime Especial de Tributação do PNBL. Segundo Frees, as redes inteligentes são a base para as smarts citties e para a internet das coisas. O presidente do Conselho de Consumidores da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), José Luiz Nobre, disse que as redes inteligentes devem ser colocadas a serviço do consumidor. 

Mas também que será importante para reduzir perdas e diminuir o déficit de produção de energia, hoje estimado em 20%, considerando o consumo mundial. Ele defendeu ainda a regulamentação dos serviços acessórios, que poderá ser prestados pelas distribuidoras, como o de monitoramento de casas inteligentes e o monitoramento de saúde. 

O deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que propôs o debate, disse que as apresentações serão essenciais na definição de ações legislativas necessárias para destravar os empecilhos e também as políticas públicas que possibilitem a migração para essas novas tecnologias.

Reativa Service Engenharia Elétrica - Portfólio de Serviços

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Edifício City Towers recebe certificação internacional de sustentabilidade LEED Gold

Edifício City Towers, da São Carlos Empreendimentos, recebe certificação internacional de sustentabilidade LEED Gold

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Concebida a partir de critérios específicos de racionalização de recursos naturais, certificação LEED Gold representa elevado padrão para edifícios sustentáveis.

O Condomínio City Towers, da São Carlos Empreendimentos, uma das principais empresas de investimentos e administração de imóveis comerciais do Brasil, recebeu o certificado de sustentabilidade Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) padrão Gold.

Para adequar o edifício às normas do LEED, a São Carlos investiu R$ 630 mil.As obras de adequação incluíram entre outros itens: a substituição da iluminação por led, sistema de reutilização de agua da chuva, telhado verde, readequação da tomada de ar exterior e medidores de agua e energia.A certificaçãorepresenta um elevado padrão de certificação para edifícios sustentáveis, concebida de acordo com critérios específicos de racionalização de recursos naturais atendidos por um edifício inteligente.

Situado no Largo da Carioca no Rio de Janeiro, o edifício de 18.727 m² de área bruta locável tem a Petrobras como principal locatária. A infraestrutura nas proximidades é diversificada, com comércio e serviços, além de acesso fácil por vias de rápida circulação e metrô (fica de frente para a Estação Carioca).
 
Sobre a São Carlos - A São Carlos é uma das principais empresas de investimentos e administração de imóveis comerciais do Brasil. Seu objetivo é maximizar a receita de aluguel dos imóveis e o valor do portfólio da empresa. Sua estratégia de negócios inclui: investir em imóveis comerciais; implementar melhorias e aumentar os aluguéis, e vender os imóveis que já alcançaram o ponto máximo de maturação. 

Tem um portfólio que inclui edifícios de escritórios de padrão classe A e lojas de varejo, localizados principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. A empresa começou a operar em 1999, a partir da cisão dos ativos imobiliários das Lojas Americanas, e hoje é uma companhia de capital aberto, com ações listadas no Novo Mercado da BM&F Bovespa.

Foto: Divulgação
RP1 Comunicação

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Projetos com led da Eletrosul reduzem consumo de energia

A Eletrosul Serviços desenvolve projetos de iluminação com lâmpadas de led que resultam em uma economia de 50 a 90% na conta de luz.

Ferreira enfatiza que os serviços são prestados em Bagé e região
Ferreira enfatiza que os serviços são prestados em Bagé e regiãoCrédito: Antônio Rocha
Os serviços podem ser realizados em casas, escritórios ou empresas de qualquer tamanho.

O empresário Jéferson Garcia Ferreira revela que, ao optar pelos projetos com lâmpadas de led, o imóvel do cliente terá toda a antiga fiação e iluminação substituída. 


Ele garante que, com a instalação das lâmpadas de led, a luminosidade dos cômodos será mais eficiente e a economia na conta de luz pode chegar a 90% em virtude do baixo consumo das lâmpadas. Outra vantagem do uso de led na iluminação 

é a durabilidade, já que a vida útil dessas lâmpadas é de até 50 mil horas, o que, em condições normais, com uso de oito horas diárias, tem duração de até 17 anos. "E o custo para a instalação do projeto não é caro. Em média, o valor investido se paga entre oito e 14 meses", afirma o empresário.

A Eletrosul Serviços também oferece toda a estrutura elétrica e de refrigeração industrial e predial para Bagé e região. Nesta época do ano, um dos serviços mais procurados é a limpeza, montagem, instalação e consertos de aparelhos de ar-condicionado (split e de janela). 

Ferreira destaca que a empresa também trabalha com venda, instalação e conserto de comandos para a automação de portões elétricos, além da reposição dos controles. "Nossa equipe é experiente e capacitada para realizar todos esses serviços", encerra Ferreira. 

Onde: Presidente Vargas, 534

Telefone: 3312 0713, 9991 2032 e 9133 1162

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

América Latina precisa de investimentos em energia de US$1,3 trilhão nos próximos 20 anos

FonteAFP - Agence France-Presse

A América Latina precisará de 1,3 trilhão de dólares de investimentos em energia nos próximos 20 anos, disse nesta quinta-feira o vice-presidente de Energia do Banco de Desenvolvimento da América Latina - CAF, Hamilton Moss, na apresentação de um relatório energético regional feito pelo organismo.



"Nos próximos 20 anos precisaremos de 1,3 trilhão de dólares em investimentos em energia", disse o brasileiro Moss, destacando que isso implicará um esforço público e privado conjunto. "Para conseguir recursos, se juntarmos todos os bancos multilaterais não será suficiente", alertou.

O relatório "Energia: uma visão sobre os desafios e oportunidades na América Latina e o Caribe", patrocinado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina-CAF e do qual participaram oito organizações regionais, pretende oferecer ao setor político um panorama sobre os desafios energéticos que a região enfrentará a curto, médio e longo prazo.

Segundo o relatório, a região ocupa o segundo lugar quanto a reservas de petróleo e gás no contexto internacional. Estima-se que deverá satisfazer uma demanda nos próximos 20 anos de cerca de 5,8 milhões de barris de petróleo e 700 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

Este volume requer investimentos igualmente importantes para seu desenvolvimento, alertou Amanda Pereira, diretora de Assuntos Estratégicos da Associação regional de empresas de petróleo e gás natural na América Latina e o Caribe (Arpel), que destacou que os investimentos de 2010 a 2035 para esse setor se aproxima dos 77 bilhões de dólares por ano.

"Neste valor ainda não estão incluídos recursos não convencionais, onde há um potencial enorme, mas que requerem a definição de marcos regulatórios, recursos tecnológicos, de infraestrutura muito importantes que ainda estão em desenvolvimento" para atrair os investimentos internacionais necessários para seu desenvolvimento, avaliou.

Pereira destacou, além disso, que existem desequilíbrios energéticos na região, entre países com muitos recursos de hidrocarbonetos e outros que precisam deles, para o qual é chave aumentar uma integração energética que permita satisfazer a demanda regional.

Nesse sentido, John Biehl del Río, representante em Montevidéu da OEA, alertou que, para isso, é necessário "vontade política e robustez democrática". "Não é fácil que se passe energia ou oleodutos de um país ao outro, não se cumprem os acordos, (o fornecimento de energia) é utilizado politicamente quando há um problema de qualquer natureza", explicou.

O relatório sustenta que também se deve avançar na eficiência energética, o desenvolvimento de todas as fontes energéticas e a inovação tecnológica, em que a região está muito defasada. Outro desafio é aumentar o acesso à energia. No setor elétrico, apesar de, com 94%, a região apresentar globalmente a cifra de eletrificação mais alta do mundo em desenvolvimento, isso significa que 30 milhões de pessoas ainda precisam de energia elétrica. Dessas, estima-se que 21 milhões são pobres e a maior parte vive em áreas rurais; pelo menos a terça parte da população rural da América Latina e do Caribe continua sem acesso a serviços de eletricidade.

Além de sua disponibilidade física, é fundamental "que a energia seja acessível", alertou Victorio Oxilia Dávalos, secretário executivo da Organização Latino-americana de Energia (OLADE). "De nada nos serve ter uma energia cara que não possa ajudar o desenvolvimento industrial", disse. Segundo o relatório, a inadequada cobertura energética da população pobre incide na saúde, na igualdade de gênero, no trabalho infantil e nas possibilidades de ter acesso à educação.

Participaram da elaboração do relatório, além do CAF, Arpel e OLADE, a Associação Latino-americana de Integração (Aladi), a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe da ONU (Cepal), a Comissão de Integração Energética Regional (CIER), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o World Energy Council Latinamerica (WEC-LAC).

quarta-feira, 15 de maio de 2013

"Pele inteligente" para revestir edifícios promete aumentar eficiência energética



Se virar realidade, o "eSkin" vai aumentar a eficiência energética dos edifícios

As grandes metrópoles do mundo são recheadas de edifícios que, em sua maioria, são compostos por estruturas estáticas tradicionais. 

Por isso, têm uma capacidade limitada para detecção das condições ambientais em seu entorno e de a elas se adaptarem. 

Por conta dessa deficiência, essas edificações possuem baixa eficiência energética e consomem muitos recursos.

Uma equipe interdisciplinar envolvendo biólogos, arquitetos e engenheiros da Universidade da Pensilvânia está tentando acabar reverter essa limitação. A ideia é criar uma espécie de “pele” para edifícios, para que se adaptem às mudanças do ambiente externo. 

O grupo recebeu da National Science Foundation doação equivalente a R$ 4 milhões para se basear na flexibilidade e sensibilidade das células humanas a fim de construir modelos de “peles”, chamadas de “eSkin”.

Para realizar o projeto, a equipe pretende estudar a arquitetura multiescalar das células humanas e traduzir os resultados em algoritmos. 

Assim, espera tornar-se possível a geração de materiais adaptáveis e que tenham funções como dissipar o calor externo para otimizar o consumo de energia, além de características visuais marcantes. 

Esses novos materiais (que ainda não se sabe efetivamente quais serão), combinados a sensores e mecanismos de reação, serão capazes de aferir as características de temperatura e gasto de energia do edifício.

Para desenvolver o novo material, investigações sobre a flexibilidade, adaptabilidade e capacidade sensorial das células humanas servirão de inspiração ao estudo, uma clara referência à biomimética.

Apenas após a pesquisa na busca pelo material ideal, será possível a realização de testes e, quem sabe, aplicar a "eSkin" à realidade, com isso, ajudando a aumentar a eficiência energética dos edifícios.

Imagem: Ask Nature

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Viracopos terá iluminação por LED no final deste mês

O acesso ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), terá o primeiro sistema de iluminação pública de Campinas por LED (da sigla em inglês para Diodo Emissor de Luz).




O sistema começa a funcionar a partir do final de maio. 

Para isto, a Concessionária Aeroportos Brasil Viracopos está investindo R$ 4 milhões na implantação de um sistema de iluminação pública pioneiro em Campinas.

Esse tipo de luz é o considerado o futuro da iluminação pública.

De acordo com a concessionária, a opção por usar LED foi motivada pela economia no consumo, na redução do custo de manutenção e na durabilidade que a tecnologia proporciona.

Os dutos que levarão a rede subterrânea de energia por cerca de 2 quilômetros a partir da Rodovia Santos Dumont até o terminal de passageiros estão instalados e na próxima semana será a vez da instalação dos postes, cabos e luminárias. Serão instalados 63 postes entre a rodovia e o terminal.

"A tecnologia de LED vai tornar a iluminação pública por vapor de sódio ou de mercúrio coisas do passado", disse o presidente da CPFL Serviços, Rubens Bruncek Ferreira. Segundo ele, o sistema não é amplamente usado por causa do custo, ainda muito alto.

A tendência, disse, é que o preço caia na medida em que os componentes eletrônicos tenham redução de preços. Mesmo com o custo de implantação alto, afirmou, a economia na conta de energia e a durabilidade compensam os investimentos iniciais.

As vantagens da iluminação por LED

A tecnologia LED tem durabilidade de 65 mil horas — lâmpadas de sódio duram 10 mil horas.

A eficiência energética é alta: uma lâmpada por LED de 120 watts equivale ao consumo de uma de sódio de 400 watts.

Outras vantagens do uso de LEDs, além da economia de energia, são a redução da emissão de dióxido de carbono na atmosfera e o aumento da segurança para os cidadãos.

Atualmente, já estão disponíveis no mercado modelos de LED para uso residencial que possuem soquete padrão e não necessitam de instalação especial.

Uma lâmpada dessas, porém, pode alcançar um preço até 20 vezes maior do que o de uma incandescente.

Nos casos da iluminação pública o preço fica, em média, de 50% a 60% mais caro do que a iluminação convencional.

A esses sistemas de luminárias somam características positivas como conforto visual, valorização do local, redução nos gastos com manutenção, recuperação de áreas degradadas, atração de novas oportunidades para o comércio, garantia de maior segurança para a sociedade e diminuição do impacto ao meio ambiente.



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Inova Energia recebe R$ 12,3 bi em projetos

A demanda por recursos dos projetos inscritos no Inova Energia, linha de financiamento para inovação tecnológica no setor elétrico, totalizou R$ 12,3 bilhões, quantia mais de quatro vezes superior ao orçamento previsto para o programa, de R$ 3 bilhões. 

Ao todo, 373 empresas e instituições científicas e tecnológicas (ICTs) se cadastraram na iniciativa, promovida pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cujas inscrições acabaram sexta-feira. 

"Certamente projetos que estavam na gaveta ou que não estavam sendo pensados foram estimulados com esse plano", afirmou o coordenador técnico do BNDES no Inova Energia, Ricardo Rivera, que considerou o resultado surpreendente, em total de projetos e volume demandado. 

Do total de inscritos, 166 são empresas líderes, 144 empresas parceiras e 63 ICTs. As propostas são originárias de 16 Estados nas cinco regiões brasileiras. A maioria das propostas foi de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. 

Das três linhas temáticas do programa, a de redes inteligentes (smart grid) e transmissão em ultra-alta tensão foi a que despertou o maior interesse das proponentes. Um total de 112 empresas líderes indicaram projetos nessa área. 

Em seguida, 105 empresas líderes propuseram trabalhos em geração de energia de fontes alternativas e 46 inscreveram projetos na área de veículos elétricos e híbridos. Uma mesma empresa líder pode ter indicado mais de um projeto em mais de uma linha temática. 

O próximo passo agora será selecionar os projetos inscritos, de acordo com a aderência às linhas temáticas e o grau de relevância de inovação. A conclusão dessa segunda etapa está prevista para 23 de maio. 

Em seguida, BNDES, Finep e Aneel vão organizar workshops para apresentar os modelos de plano de negócios que deverão ser detalhados pelas empresas e estimular as parcerias entre as participantes. "É um casamento de oferta e demanda tecnológica", ressaltou Rivera. 

A expectativa é que em 14 de novembro os projetos aprovados sejam enquadrados nas linhas de financiamento das três instituições. "A ideia é de ter um guichê único. Nós invertemos a lógica. 

Em vez de a empresa bater na porta do BNDES, da Finep e da Aneel, ela vai em um lugar só e os três indicam qual é o melhor instrumento financeiro para o plano de negócios dela", explicou o coordenador técnico do BNDES. 

(Valor Econômico)

Geração de energia rendeu R$ 172,87 milhões de compensação em abril


Foto por Ilustração/Arquivo Revista Bahia Energia


A compensação financeira pela utilização de recursos hídricos (CFURH) para geração de energia elétrica a municípios, estados e União, incluindo royalties (compensação financeira devida pela Usina de Itaipu) somou R$ 172,87 milhões em abril de 2013 e totalizou R$ 684,86 milhões no acumulado de janeiro a abril.

Ao todo, em abril, 698 municípios de 22 estados, o Distrito Federal e a União receberam R$ 130, 24 milhões a título de CFURH, enquanto a transferência de R$ 42,6 milhões de royalties chegou a 346 municípios de seis estados, DF e União. 
De janeiro a abril, foi distribuído um total de R$ 519,15 milhões por CFURH e R$ 165,71 milhões em royalties.
Municípios ficam com 45% da arrecadação, enquanto outros 45% vão para os estados. 

O dinheiro pode ser aplicado em programas de saúde, educação e segurança, mas não pode ser usado para abater dívidas, a não ser que o credor seja a União, nem para o pagamento de pessoal.

A União recebe os 10% restantes, que são distribuídos à Agência Nacional de Águas (ANA), ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e aos ministérios do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Amazônia Legal (MMA) e Minas e Energia (MME).

A arrecadação e a distribuição da compensação e dos royalties cabem à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

O Brasil está na contramão energética?


EcoD
As fontes de energia renováveis são mesmo a aposta do futuro. O mercado de investimentos na área está tão aquecido que a Bloomberg New Energy Finance revisou as projeções para o setor e chegou a expectativa de um crescimento de 230%. 
Com isso, o investimento anual passaria dos US$ 268,7 bilhões, em 2012, para US$ 630 bilhões por ano em 2030.

Porém, o entusiasmo do mercado com as renováveis não acha eco no governo brasileiro. Embora seja o 10º país do mundo mais atrativo no setor, segundo o Índice de Atratividade de Energias Renováveis, da consultoria Ernst & Young, o Brasil ainda prefere direcionar os investimentos energéticos em projetos como a exploração do pré-sal.

No cenário descrito pelo relatório, a perspectiva é que 70% de todas as novas usinas de geração de energia elétrica serão de fontes renováveis – principalmente solar e eólica, embora o cálculo também considere as grandes hidrelétricas. Apesar da perspectiva positiva, esse crescimento ainda não será suficiente para que as renováveis ultrapassem os combustíveis fósseis em relação às usinas já instaladas, geralmente subsidiadas.

Lançado em novembro de 2012, o relatório O Setor Elétrico Brasileiro e a Sustentabilidade indica que o potencial da energia solar e eólica no Brasil tem sido menosprezado nas políticas públicas do setor energético. 

O documento revelou que, com as tecnologias atuais de energia solar, seria possível atender a 10% da demanda atual de energia elétrica utilizando menos de 5% da área urbanizada do Brasil. No caso da energia eólica, o potencial inexplorado chega a 300 gigawatts (GW), quase três vezes o total da capacidade instalada atualmente no país.

No entanto, não há indicativos de mudança nesse cenário tão cedo. No dia 23 de abril, a presidente Dilma Rousseff afirmou a jornalistas que “não tem milagre”: ou se constrói novas hidrelétricas ou aumenta-se a participação das termelétricas na distribuição de energia. Programas de eficiência energética e redução de demanda ou perspectivas de investimentos em outras fontes renováveis sequer foram citados no discurso.

Marrons


Segundo a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, o desafio do setor é dobrar em dez anos a produção de petróleo e gás natural e as reservas provadas do país, atualmente da ordem de 15 bilhões. A indústria brasileira do petróleo já concentra 63% dos investimentos feitos pelo país no setor energético. Ela afirma que, na próxima década, serão necessários investimentos de cerca de US$ 400 bilhões somente na área de serviços para atender ao setor.

A exploração do pré-sal deve emitir mais de 330 milhões de toneladas de CO2 por ano, quantidade equivalente ao total de emissões da África do Sul. Além disso, há especialistas que acreditam que não seja tão vantojosa assim, uma vez que concorrência no setor petroleiro está mais acirrada com a exploração bem mais barata do gás xisto no Canadá e a provável construção da Keystone XL.

Outras medidas governamentais demonstram que o país ainda não está sintonizado com a necessidade de adoção de uma economia de baixo carbono. É o caso da implantação de medidas como a redução de impostos para automóveis, sem exigir em contrapartida a melhoria da eficiência energética destes. Em agosto do ano passado, a Petrobras chegou a anunciar que iria investir 12% dos US$ 13,5 bilhões destinados à Área de Gás e Energia para expandir sua capacidade de geração termoelétrica.

“Limpas”


Muito embora a energia nuclear esteja em retrocesso em todo mundo devido aos riscos de acidentes radioativos, o Brasil irá investir R$ 850 milhões no setor, que ainda prevê a construção de um reator que produzirá energia limpa para utilização medicinal.

Em meados de abril, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, chegou a declarar que a reativação do programa nuclear brasileiro para fins pacíficos é um dos principais programas da pasta, do qual ele “não abre mão”.

A grande “menina dos olhos” do governo federal na área energética, entretanto, continua sendo as hidrelétricas. De acordo com o Observatório de Investimentos na Amazônia, há 30 usinas hidrelétricas planejadas ou em construção na Amazônia. Além disso, está em discussão a construção de mais 87 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) na Bacia do Alto Paraguai.

Somente no PAC II, estão previstos investimentos da ordem de R$ 94,14 bilhões para construção de hidrelétricas na região – R$ 67,38 bilhões para obras em andamento (Jirau, Santo Antônio, Belo Monte, Santo Antônio do Jari, Colider, Teles Pires, Estreito, Ferreira Gomes) e R$ 26,78 bilhões em novos projetos (São Luiz do Tapajós, Jatobá, São Manoel, Sinop).

Segundo pesquisadores, as pequenas hidrelétricas podem afetar profundamente o sistema hidrológico na América do Sul. A hipótese é que as obras podem ameaçar a conectividade do planalto, onde nasce o Rio Paraguai e seus afluentes, e a planície inundada do Pantanal , por onde as águas desses rios escoam, dificultando o fluxo migratório de peixes e outras espécies aquáticas e semiaquáticas.

Futuro?


Há perspectivas positivas na área energética brasileira, contudo. Os investimentos privados em energia renovável no Brasil cresceram 8% em 2011, saltando para US$ 7 bilhões. Grande parte disso é devido ao vasto potencial da energia eólica, principalmente no Nordeste brasileiro, onde novas avaliações indicam que a força eólica é duas vezes maior que a demonstrada no mapa de vento hoje.

A Bahia lidera os investimentos eólicos no país, com R$6,5 bilhões até 2014 e cinco mil empregos. A tendência é que, até 2020, 10% da energia baiana seja gerada a partir do vento.

No início de abril, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, assinou um termo de cooperação destinando R$3 bilhões para o desenvolvimento de inovações na área energética do país.

O recurso faz parte do Plano Inova Energia, que pretende estimular o setor privado a buscar inovações por meio de quatro linhas: redes inteligentes, que distribuem a energia de maneira mais eficiente; melhoria na transmissão de longa distância em alta tensão; energias alternativas, como a solar e termossolar; e desenvolvimento de dispositivos eficientes para veículos elétricos, que possam contribuir para a redução na emissão de poluentes nas cidades.

A soma ainda é modesta se compararmos aos números envolvidos nos outros setores, mas representa um pontapé inicial em uma área até então menosprezada: a eficiência. De acordo com o engenheiro Walfredo Schindler, coordenador de uma coleção de estudos na área, somente a modernização das hidrelétricas poderiam agregar até 3,2 GW de potência adicionais, “com impacto zero e custo reduzido”, quase a potência média da Usina de Belo Monte (4 GW). “Tal atitude pode garantir uma energia extra a baixo custo e sem nenhum impacto ambiental”, disse.

Segundo estudo da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), cerca de 10% dos 430 terawatt-hora (TWh) consumidos no país a cada ano são desperdiçados, volume superior ao consumido pelo total da população do estado do Rio de Janeiro, que alcança cerca de 36 TWh.

(EcoD)

Via: www.mercadoetico.terra.com.br

terça-feira, 23 de abril de 2013

BID aprova Instrumento de Financiamento para Eficiência Energética de US$ 50 milhões

Fundo ajudará a superar barreiras financeiras com empréstimos de pequena escala para reduzir custos e emissões


O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou a aprovação de US$ 50 milhões para o Instrumento de Financiamento de Eficiência Energética, destinado a financiar empresas que fazem investimentos em eficiência energética e em projetos de energia renovável para abastecimento próprio na América Latina e no Caribe.

O Instrumento do BID será apoiado por €7 milhões (US$ 8,6 milhões) do Fundo Nórdico de Desenvolvimento (NDF) para mitigar o risco do Instrumento pelo oferecimento de garantias parciais para os subempréstimos financiados pelo BID, que variarão de US$ 500.000 a US$ 5 milhões. 

Um aporte adicional de €1 milhão (US$ 1,3 milhão) do NDF proporcionará subsídios para assistência técnica relacionada à identificação e viabilidade de projetos e estudos de engenharia.

O Instrumento atenderá as necessidades de financiamento do atualmente mal atendido setor de eficiência energética e geração de energia renovável em pequena escala, em que os tomadores de empréstimos com frequência se deparam com ágios por alto risco, altas exigências de garantias e prazos inadequados. 

O Instrumento focará projetos com potencial de bons retornos financeiros, entre eles tecnologias que proporcionem mais economia, como rede inteligente (smart grid), iluminação avançada e energia solar ou de biomassa.

"Este é um novo mercado em que pequenos empréstimos podem produzir retornos significativos", disse Kelle Bevine, chefe da Unidade de Gestão Estratégica do Departamento de Financiamento Estruturado e Corporativo do Banco. 

"Em meio à crescente demanda por energia na região, podemos ajudar a reduzir o consumo fazendo investimentos em tecnologias de baixa emissão de carbono financeiramente mais viáveis".

O novo instrumento pretende realizar até US$ 100 milhões em investimentos climaticamente responsáveis e dá continuidade à colaboração do Banco com o NDF, que, ao longo do último ano, proporcionou financiamento de assistência técnica para uma variedade de auditorias energéticas e projetos de energia de pequena escala para empresas da América Central. 

Os recursos do NDF podem ser complementados com financiamentos de outros fundos administrados pelo BID também voltados a incentivar investimentos responsáveis em relação ao clima, como o fundo da Iniciativa de Energia Sustentável e Mudança Climática (SECCI) e o Fundo Climático Canadense para o Setor Privado das Américas.

Sobre o Departamento de Financiamento Estruturado e Corporativo do BID

O Departamento de Financiamento Estruturado e Corporativo ( SCF ) é responsável pelas operações sem garantia soberana do BID para projetos de grande escala, bem como para empresas de médio e grande porte e instituições financeiras. Nos dois últimos anos, o SCF emprestou mais de US$ 1 bilhão e alavancou mais de US$ 5 bilhões em investimentos voltados a questões climáticas.

ABB lança disjuntor BT de gerenciamento de energia e comunicação de redes inteligentes

O Emax 2 é usado na proteção e controle de ampla quantidade de energia em edifícios industriais e comerciais
Da redação














Divulgação/ABB

A ABB, fabricante de tecnologias de energia e automação, apresenta ao mercado o Emax 2, disjuntor de baixa tensão com funções de gerenciamento de energia integrada. Disjuntores como o Emax 2 são aplicados na proteção e no controle de grandes quantidades de energia em um ambiente de baixa tensão como edifícios industriais e comerciais, data centers ou navios.

A troca do disjuntor tradicional existente pelo disjuntor Emax 2 apresenta potencial para atingir economia anual de 5,8 milhões de megawatts-hora (MW/h), equivalente ao consumo de energia de 1,4 milhão de lares europeus ao ano. 

Essa redução poderá diminuir as emissões de CO² em quatro milhões de toneladas, ou a emissão anual feita por um milhão de carros. Para uma instalação individual, por exemplo, um edifício, pode-se atingir uma redução de potência de pico de até 15%.

"Os disjuntores oferecem oportunidades inexploradas no sistema elétrico para economia de energia. 

Eles têm sido utilizados para aumentar a segurança da rede e proteger os circuitos elétricos, mas agora podemos usá-los para economizar energia" comenta Tarak Mehta, responsável pela divisão de produtos de baixa tensão da ABB.

O disjuntor contém um relé de proteção com um controlador de energia integrado que mede e avalia o consumo e, em seguida, gerencia as cargas para manter ou reduzir o uso no pico de energia conforme determinado pelo usuário. 

Isso ajudará na prevenção de blackouts a partir da origem dos frequentes picos de demanda que ocorrem durante o fornecimento.

Para gerenciar a energia, a eletricidade fornecida para equipamentos não essenciais é desligada e novamente ligada assim que alcança níveis aceitáveis de potência. 

A tomada de decisão inteligente é realizada por um controlador embutido e um software, que utilizam algoritmos complexos para decidir quando é apropriado alternar a energia, mantendo a funcionalidade geral ou a produtividade dos equipamentos conectados.

O disjuntor tem um módulo de comunicação que lhe permite compartilhar o consumo vital e os dados de confiabilidade do sistema diretamente com a rede inteligente e com outros protocolos.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Eficiência Energética - Sem chance para desperdícios


Brasil - Gerente de eficiência energética da Eletrobras alerta consumidores para o desperdício






A revista Brasil Energia do mês de março destaca uma entrevista exclusiva com o gerente da Divisão de Eficiência Energética na Oferta da Eletrobras Procel, Emerson Salvador, que tira dúvidas quanto à manutenção do consumo consciente da tarifa de energia final. 

Para ele, a população vai aproveitar o ganho da conta de luz para ampliar seu lazer ou melhorar sua cesta básica. 

“A pessoa que exagerar no consumo de energia elétrica porque a tarifa está menor vai se arrepender no mês seguinte”, acrescenta.

Na entrevista, Salvador fala sobre a importância de conscientizar a população em geral sobre o consumo de energia e dá dicas de como conseguir esta economia. 

Segundo ele, as ações da Eletrobras Procel são como uma usina virtual. A pessoa deixa de consumir em função das escolhas e isso posterga investimentos. 

Os benefícios são menos áreas alagadas, menos linhas de transmissão, e tudo isso impacta positivamente também no meio ambiente. 

Para ele, quanto mais informações uma pessoa tiver sobre as atividades que desempenha, melhor conseguirá administrá-las.

Salvador fala também sobre os novos programas de incentivo e campanhas de conscientização da Eletrobras Procel e sobre as medidas específicas a fim de evitar o aumento do consumo, influenciado pela tarifa mais baixa. 

“Acho que a pessoa que exagerar no consumo de energia elétrica porque a tarifa está menor vai se arrepender no mês seguinte. 

É ótimo pagar 20% menos pelo insumo, mas esse insumo ainda tem um custo”, diz. 

Ele conta também as ações que geram maior eficiência, a resposta da população e os próximos passos da Eletrobras Procel em programas de eficiência energética. 

E lembra que nada disso adiantará se o consumidor final não compreender a importância.

Clique no link abaixo e leia a reportagem na íntegra
Brasil_Energia_Sem_chance_para_o_desperdício_Março_2013.pdf


Fonte: www.procelinfo.com.br

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Fundo vai incentivar inovação energética


Inova Energia tem recursos para redes elétricas inteligentes, energia solar, eólica, veículos híbridos e eficiência energética veicular.


O BNDES, a Aneel e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) firmaram nesta segunda-feira, 1º, Acordo de Cooperação Técnica para a criação do Plano de Apoio à Inovação Tecnológica no Setor Elétrico – Inova Energia.

O orçamento será de R$ 3 bilhões, dos quais R$ 600 milhões da Aneel, R$ 1,2 bilhão do BNDES e R$ 1,2 bilhão da Finep. O plano foi lançado durante o Fórum da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee Tec 2013), realizado em São Paulo.

A atuação conjunta dos três órgãos propiciará maior coordenação das ações de Governo no fomento à inovação e uma melhor integração de instrumentos de apoio à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação disponíveis para o setor de energia, uma das áreas fundamentais para o crescimento do País.

As empresas selecionadas terão oportunidade de acessar crédito em condições diferenciadas, com subvenção econômica e financiamento não-reembolsável para pesquisas realizadas em Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), dentre vários outros instrumentos.

O plano tem como objetivo o fomento e a seleção de planos de negócios que contemplem: atividades de pesquisa, desenvolvimento, engenharia e absorção tecnológica; produção e comercialização de produtos; e processos e serviços inovadores.

Poderão participar do processo de seleção empresas brasileiras que tenham interesse em empreender atividades de inovação aderentes às linhas temáticas, bem como em produzir e comercializar os produtos e serviços resultantes dessa atividade.

Mais detalhes no site do BNDES.

Fonte: www.odebate.com.br

Publicada norma brasileira de iluminação em locais de trabalho

A NBR ISO/CIE 8995-1 determina todos os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente

Da redação


SXC.hu



Essa nova norma brasileira especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com conforto e segurança durante todo o período de trabalho. 



A Norma ABNT NBR ISO/CIE 8995-1, apresenta adicionalmente quatro anexos informativos, elaborados com o intuito informar detalhes referentes aos requisitos desta Norma.

A norma cancela e substitui as normas ABNT NBR 5413 (Iluminância de interiores), com última revisão em 1992 e a ABNT NBR 5382 (Iluminação de ambientes de trabalho), que havia sido inicialmente publicada em 1977 e que se encontrava sem atualização há 28 anos (desde 1985).


A Comissão de Estudo CE-03:034.04 (Aplicações Luminotécnicas e Medições Fotométricas) do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei) foi a responsável pela elaboração dessa norma e contou com a participação de mais de 60 profissionais representantes da Abilux, CIE Brasil, Eletrobras, Procel, Inmetro, Fundacentro, empresas projetistas de sistemas de iluminação, fabricantes de equipamentos de iluminação, laboratórios de ensaios e concessionárias de energia elétrica.

O texto da ABNT NBR ISO/CIE 8995-1 é idêntico (em conteúdo técnico, forma e apresentação) ao da Norma Internacional ISO/CIE 8995-1: Lighting of work places – Part 1: Indoor, elaborada em conjunto com a CIE (Commission Internationale de l’Eclairage). 

Desta forma, são aplicáveis por meio da normalização técnica nacional sobre este tema, os mesmos requisitos, experiências, boas práticas e lições aprendidas sobre qualidade, segurança, desempenho, confiabilidade e eficiência que são aplicados internacionalmente pelos demais países que utilizam as normas da ISO. 

A norma brasileira será revisada sempre que houver atualização na respectiva norma internacional.


terça-feira, 2 de abril de 2013

H&P: enfatiza segurança e eficiência energética

A exemplo de muitas outras áreas, a hidráulica e a pneumática - H&P têm focado seus esforços no desenvolvimento de produtos e soluções que resultem em aumento da produtividade, segurança e, principalmente, eficiência energética. 


Buscam-se tecnologias que reúnam também outros atributos, como conectividade, modularidade, flexibilidade, simplicidade operacional, robustez e leveza.

De modo geral, agrega-se cada vez mais a eletroeletrônica à mecânica, hidráulica e pneumática, criando produtos mais "inteligentes" e sistemas autocontroláveis, que executam suas funções comparando-as a padrões predeterminados e, se necessário, ajustando-as automaticamente. Cada vez mais, com maior velocidade e precisão.

Alguns exemplos da evolução:

Uso da comunicação serial: rede elétrica para transmissão de dados que possibilita a substituição de infindáveis cabos elétricos por apenas um cabo, pelo qual se pode interligar e controlar centenas de produtos, dispositivos, ferramentas, etc.

Sistemas modulares/combinados: integram tecnologias da eletroeletrônica, hidráulica, pneumática e mecânica em um só produto ou solução. Possibilidade de utilização de sistemas modulares em funções específicas, execução de tarefas/movimentos e controles complexos de forma fácil e amigável.

Eficiência energética: produtos e sistemas aplicados isoladamente ou combinados que proporcionam maior eficiência energética a máquinas e equipamentos. Exemplo: sistemas combinados de servoacionamento (servomotor) com bombas hidráulicas que proporcionam economia de até 60% de energia em injetoras de plásticos.

Segurança de máquinas: produtos e soluções dedicadas à segurança de máquinas (prensagem, corte, dobra e injeção), evitando acidentes na operação.

Atualmente os temas de maior evidência são: eficiência energética e segurança de máquinas. 

A eficiência energética é um dos fatores principais na competitividade. Produzir com menor custo é uma meta constante em todos os setores. 

Assim, a busca por maior eficiência energética, por produtos e soluções que reduzam o consumo, é prioridade máxima.

Quanto à segurança, as Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs, regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança do trabalho no Brasil. 

São elaboradas e modificadas por comissões tripartites específicas compostas por representantes do governo, empregadores e empregados. 

A NR-12 estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais destinados a máquinas e equipamentos, como pisos e áreas de circulação, além dos dispositivos de partida e parada e manutenção e operação de novos e usados. 

Com essa exigência, há a necessidade de adequação, principalmente do grupo de máquinas destinado a operações de prensagem, corte, dobra e injeção, as quais, por suas características construtivas, efetuam seus principais movimentos acionados com a tecnologia hidráulica.

De modo geral, o setor de H&P se desenvolve no ritmo da economia, do nível de investimento aplicado em setores específicos da indústria, seja na ampliação da capacidade de produção ou na automatização e controle dos processos, e, principalmente, no ritmo da indústria brasileira de máquinas e equipamentos, a principal demandante de produtos e soluções dessa área.

A hidráulica, por suas características de força e robustez, está intimamente ligada ao desempenho da indústria de base, como os setores da siderurgia, mineração, geração de energia, agricultura e construção. 

A pneumática, que tem seu maior consumo nas aplicações de esforços menores e de maior velocidade, é impulsionada, principalmente, pela indústria de alimentos, bebidas, eletroeletrônicos, veículos, autopeças, etc.

A economia nacional, que nos últimos anos tem gerado muitas expectativas, não tem conseguido traduzir os projetos em realidade. 

Na verdade, tem obtido crescimento médio inferior ao da maioria dos países com economia parecida com a brasileira e até mesmo inferior ao dos países da América do Sul. 

Observam-se alguns setores com bons níveis de crescimento, mas, no geral, é algo aquém do patamar esperado e necessário.

Sob esse cenário, o setor de H&P, como outros, enfrenta bastante dificuldade. O volume de negócios alcançados em 2012 está no mesmo nível do de 2008, com a agravante de que hoje enfrentamos maior concorrência externa. 

Assim, superar essas adversidades e buscar, conjuntamente, evolução dos negócios, agregando maior valor e competitividade à industria brasileira, deve ser o objetivo e dever de todos.

Créditos

Artigo redigido por Valdevir Mangili, vice-presidente da Câmara Setorial de Equipamentos Hidráulicos, Pneumáticos e Automação Industrial da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - CSHPA/Abimaq.

EM ENTREVISTA AO PROCEL INFO, JOSÉ STAROSTA FALA SOBRE O QUALIESCO


Confira abaixo entrevista concedida pelo presidente José Starosta ao portal Procel Info sobre o programa de qualificação de Escos, Qualiesco.



Entrevista exclusiva: José Starosta, presidente da Abesco

Brasil - Em entrevista ao Procel Info, José Starosta fala sobre a importância do Selo Qualiesco na contratação de empresas de serviço de energia

Luiz Henrique Galerani, para o Procel Info

Brasil - Por mais um ano, o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), José Starosta, está à frente do Qualiesco – programa desenvolvido pela entidade, em escala nacional, que visa conhecer, referendar e quantificar as especialidades de cada Esco (Energy Services Company ou Companhia de Serviços Energéticos). 

Em entrevista exclusiva para o Portal Procel Info, José Starosta explica sobre a atuação cada vez mais necessária das Escos, que são os melhores parceiros que um empreendedor terá para reduzir o consumo de energia e água. 

Confira abaixo a entrevista onde Starosta aborda a importância do selo Qualiesco, a conservação de energia para um parque industrial mais moderno e eficiente, entre outros assuntos.

Procel Info - Como surgiu a ideia de criar o programa de qualificação de Escos (Qualiescos)? 

As tratativas que mantivemos com o BNDES sobre o financiamento de projetos de Empresas de Serviços de Conservação de Energia - Escos, como o atual cartão BNDES que por ora pode ser aplicado em diagnósticos, nos levou a uma demanda de qualificar as Escos de forma que não só o BNDES, mas também o mercado tivesse acesso às expertises das empresas, uma vez que a eficiência energética tem por característica atividades multidisciplinares. 

Procel Info - Qual o diferencial, para o mercado, de uma empresa que recebe o “Selo Qualiesco”? 

Uma empresa que vai contratar uma Esco para determinado tipo de projeto, já o faz com referências iniciais. 

Se determinada Esco foi qualificada em sistemas de ar comprimido, ou iluminação, por exemplo, é porque já prestou serviço de qualidade nesta especialidade. 

Fica mais fácil para que uma empresa do mercado escolha as possíveis prestadoras de serviço em função de uma ou outra especialidade comprovada. Assim, uma empresa certificada com o Selo Qualiesco oferece um serviço mais confiável e de qualidade comprovada. 

O Qualiesco proporciona mais visibilidade ao mercado e redução de riscos ao contratante, além de possibilitar o uso do cartão BNDES para diagnóstico de eficiência energética, que exige o Selo Qualiesco para dar acesso ao financiamento de até R$30 mil exclusivamente para este tipo de serviço.

"Uma empresa certificada com o Selo Qualiesco oferece um serviço mais confiável e de qualidade comprovada".

Procel Info - Quais são os parâmetros de avaliação da Esco para que ela receba a certificação?

As empresas de serviços de conservação de energia (Escos) passam por uma análise documental que avalia sua expertise em um determinado tipo de serviço. Os critérios de avaliação levam em conta os seguintes aspectos:

- Registro do desempenho obtido nos aspectos da eficiência energética, auditoria, avaliação e gestão nos projetos executados; 

- Capacidade técnica da equipe de execução dos trabalhos; 

- Pós-relatório de implementação dos projetos concluídos.

Procel Info - O programa – para ter maior sigilo e credibilidade – é feito em parceria com a Fundação Santo André. O que levou esta instituição a ser a escolhida? 

A FSA é uma instituição de ensino superior que busca promover ações de pesquisa e extensão. Assim, aliando docentes do curso de MBA Gestão de Energia e MBA Administração para Engenheiros, buscou-se desenvolver com a Abesco ações que ajudassem a promover o mercado das Escos e a eficiência energética dentro das organizações.

Procel Info - O que ocorre com as Escos cujos pedidos não são aprovados? 

Elas recebem um relatório de seu desempenho e são convidadas a se submeter novamente ao processo seletivo. Muitas vezes, são pequenos detalhes que acabam inviabilizando o pedido, como a falta de documentação correta, entre outras.

Procel Info - Por ano, em média, quantas firmas recebem o certificado?

Desde 2011, quando o Qualiesco foi instituído, 21 foram certificadas.

Procel Info - Em um país que quer cada vez mais desenvolver o seu parque industrial, qual a importância de contar com o apoio técnico de empresas referendadas com o Qualiesco?

Fundamental. Quanto mais profissionalizado esse mercado, melhor para o país como um todo. Com o apoio de Escos cada vez mais qualificadas, o Brasil contará com um parque industrial mais moderno e eficiente, cujos níveis de produção se tornarão extremamente competitivos e econômicos. Além disso, observaremos um incremento na economia de energia que contribuirá significativamente para evitar uma possível escassez de energia.

Procel Info - O programa conta com algum apoio público? Em caso positivo, é possível conseguir linhas de crédito ou financiamento?

A primeira fase contou com o apoio da Agência Alemã de Cooperação Técnica – Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). Ao obter o selo de certificação Qualiesco, as empresas estão aptas a acessar o cartão BNDES para financiamento de diagnóstico de eficiência energética.

Procel Info - Há um conselho ou mais para as Escos que tentarão ser certificadas? 

O procedimento é o seguinte: os documentos devem ser enviados à Abesco que faz o checklist inicial e encaminha à FSA que deve referendar a aprovação ou não da Esco pretendente.

José Starosta é graduado em engenharia elétrica pela Escola de Engenharia Mauá, em 1982. 

Pós graduado e mestre em engenharia elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, , em 1998 defendendo a tese: “Uso racional de energia elétrica em instalações comerciais”. 

Atualmente ele é sócio-diretor da “Ação Engenharia e Instalações”, além de atual presidente da Abesco, ele é autor de diversos trabalhos publicados, participação na organização de congressos e instrutor de cursos relacionados a qualidade e uso racional de energia desde 1993, autor da coluna técnica mensal em revista especializada na área de instalações elétricas, Membro do IEEE, instrutor na área de qualidade de energia, mebro do CB3 – Comissão de revisão da normal NBR5410, participou da implantação no Brasil desde 2000 (implantações pioneiras) de sistemas de compensação reativa em tempo real, livre de transientes e de sistemas de monitoração de qualidade e energia com a representação da companhia israelense ELSPEC, onde é treinado periodicamente