terça-feira, 31 de março de 2015

Aquário Marinho do Rio define modelagem energética, que vai privilegiar a energia solar

Por Alexandre Gaspari, da Equipe RCE


















Com inauguração marcada para dezembro, o Aquário Marinho do Rio de Janeiro (AquaRio), em construção na Zona Portuária, finaliza agora os detalhes de seu abastecimento energético, projeto que integra a carteira do Programa Rio Capital da Energia. 

O fornecimento elétrico deverá privilegiar a energia solar fotovoltaica, mas também prevê outras formas de produção de eletricidade, como a cogeração a gás natural, e soluções em eficiência energética. 

Além disso, está sendo estudada a instalação de um museu da energia.

O aquário recebeu as primeiras placas de acrílico para seus 25 tanques no mês passado. 

De acordo com Roberto Kreimer, diretor da Kreimer Engenharia, responsável pelas obras, os painéis estão sendo fabricados na Tailândia e nos Estados Unidos pela americana Reynolds Polymer Technology. 

“É a principal fabricante de painéis acrílicos para visores subaquáticos do mundo. Os visores de acrílico são mais caros que os de vidro, mas são mais transparentes e são melhores para manter a cor da água”, observa Kreimer.

Quanto ao abastecimento energético, o executivo explica que a Kreimer Engenharia está trabalhando em parceria com o Instituto de Energia da PUC-Rio (Iepuc) para definir as melhores fontes de energia elétrica para o local, bem como a estruturação financeira do projeto energético. 

A energia solar fotovoltaica é a preferida, não somente pelo apelo de sustentabilidade, mas pelas próprias características das instalações. “Temos uma característica interessante. 

No Rio, o ideal é instalar os painéis voltados para o norte. E nosso prédio, que era da antiga Cibrazem (Companhia Brasileira de Armazenamento) e tem mais de 100 anos, é cravado para o norte”, conta Kreimer.

A medição da radiação solar está a cargo do Iepuc, que ainda avalia outras fontes e está montando o projeto do museu da energia. “Nosso objetivo é colocar painéis fotovoltaicos em todo o aquário. 

Devemos utilizar mais de um tipo de painel, demonstrando a produção de energia elétrica in loco e mostrando a eficiência de cada tipo de painel. 

Nem sempre o painel fotovoltaico mais eficiente é o mais viável economicamente, e tudo isso deve ser analisado”, frisa o professor Sérgio Braga, diretor do Instituto de Tecnologia da PUC-Rio (Ituc), do qual o Iepuc faz parte.

Outra possibilidade para a eletricidade do AquaRio é a cogeração a gás natural. Além de produzir energia elétrica, a cogeração gera calor e, a partir deste, água quente e vapor, podendo alimentar sistemas de refrigeração. 

O uso dessa alternativa, porém, depende do valor do combustível. “Para se utilizar a cogeração, o gerador deve estar ligado todo o tempo, e isso é caro. 

Por isso, o uso dessa fonte irá depender do preço do gás natural”, detalha Braga.

Quanto ao museu da energia, a perspectiva é criar uma estrutura permanente, que mostre aos visitantes do AquaRio a evolução do uso da energia pelo ser humano. 

“Queremos exibir todas as formas de energia, numa linha do tempo da humanidade, desde a descoberta do fogo, passando pelas lâmpadas e as formas de geração energética. 

Temos dois enfoques em mente: mostrar a geração elétrica em uso e conscientizar o público para o uso eficiente de energia”, diz o diretor do Ituc.

“Parte do nosso trabalho é integrar energia e meio ambiente. Então, queremos mostrar quanto se gasta de energia para manter o aquário, para manter os peixes vivos. 

É uma experiência de aproximar a energia do meio ambiente, já que o consumo de energia elétrica está muito associado ao urbano, a residências, à indústria”, completa Kreimer.

A importância de conscientizar as pessoas quanto às fontes de energia e seu uso é reforçada pela coordenadora do Programa Rio Capital da Energia, Maria Paula Martins. 

“Além de um importante ponto turístico do Rio de Janeiro, o AquaRio será uma plataforma de disseminação de conhecimento na área energética, mostrando ao público as diversas formas de geração de energia e contribuindo para a massificação do conceito de eficiência energética”, reforça Maria Paula.


Ficha técnica

Com 22 mil metros quadrados de área construída, cinco andares e 25 tanques com painéis de acrílico e que receberão um total de 4,5 milhões de litros de água, o Aquário Marinho do Rio (AquaRio) é um dos projetos que integram o programa de revitalização da Zona Portuária da cidade (Porto Maravilha). 

Serão cerca de 8 mil animais, de 350 espécies diferentes, com possibilidade de o público interagir com alguns deles, nos tanques de toque.

Idealizado pelo biólogo marinho Marcelo Szpilman, o AquaRio terá ainda um aquário virtual e um museu de ciências, bem como o Centro de Pesquisas Científicas – parceria com o Departamento de Biologia Marinha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) –, o Centro de Conservação da Biodiversidade e o Centro de Educação Ambiental. A expectativa dos empreendedores é de uma visitação diária de 4 mil a 5 mil pessoas.

Entre os patrocinadores, apoiadores e parceiros estratégicos do AquaRio estão Coca-Cola, Prefeitura do Rio, Cataratas do Iguaçu S/A, Esfeco e Bel-Tour.

Mais detalhes sobre o AquaRio podem ser obtidos no site do projeto.


segunda-feira, 30 de março de 2015

MDIC publica regulamentação sobre Eficiência Energética no Inovar Auto

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) publicou portaria que estabelece regulamentação complementar do programa de incentivo ao setor automotivo brasileiro, o Inovar Auto. 


O texto trata dos procedimentos a serem observados pelas montadoras para o cumprimento da meta de eficiência energética e fixa também créditos adicionais destinados à redução do consumo energético de veículos leves.

Os dados de eficiência energética devem ser enviados pelas empresas habilitadas em formulário próprio ao MDIC, que fará a verificação das informações. 

O Ministério poderá publicar relatório indicando, por exemplo, o consumo energético atingido por empresa no período em análise, as metas de eficiência, e a meta de eficiência energética de todos os veículos comercializados no País pelas empresas habilitadas.

A portaria ainda detalha aspectos sobre os créditos do uso de tecnologias, ensaios e auditoria, e veículos com novas tecnologias de motorização. 

O Inovar Auto foi criado em 2012 e, entre os incentivos tributários, as montadoras participantes do regime obtêm redução de IPI e crédito presumido, desde que cumpram algumas exigências, entre elas metas de eficiência energética.

Fonte: AE

quinta-feira, 26 de março de 2015

TCE consegue reduzir custos e recebe Selo - ISO 50001

Assessoria
A meta para 2015 é chegar à redução de 10% no consumo














O Tribunal de Contas de Mato Grosso é o primeiro do país a receber a Certificação ABNT NBR ISO 50001:2011 em seu sistema de Gestão de Energia. 
Foram implantadas ações para dar cumprimento à Política de Eficiência Energética com o propósito de contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável. 
No ano de 2014 alcançou 5% de redução no consumo de energia o que corresponde a 137.280 kw/h com o programa de troca de lampadas fluorescente por LED. 
A meta para 2015 é chegar à redução de 10% no consumo. Ao todo foram trocadas 4.500 lâmpadas, sendo investidos R$ 270 mil.
O selo 50001:2011 é uma norma internacional de gestão de energia instituída pela Associação Brasileira de Normas Técnicas em 2014. 

Atualmente, existem somente 11 empresas privadas com a certificação no Brasil. 

De acordo com o presidente do TCE-MT, conselheiro Waldir Júlio Teis, "trata do reconhecimento do compromisso constante da instituição com a qualidade e a sustentabilidade".

Para melhorar as práticas de Gestão Energética, foram incorporadas várias ações, tais como: Substituição de lâmpadas de alto consumo de energia por lâmpadas econômicas (lâmpadas de LED); 

Sensor de presença; Adequação da cabine de força (Grupo Gerador) do Prédio Administrativo, visando atender às exigências da concessionária de energia; 

Levantamento das necessidades de substituição dos aparelhos condicionadores de ar antigos, por novos com selo PROCEL; 

Gerenciamento e monitoramento da rede elétrica, incluindo a manutenção do sistema de geração de energia do TCE (Gerador), entre outras ações.

Os trabalhos para a implantação do processo de certificação iniciaram-se no 2º semestre de 2014, com a instituição da Comissão do Sistema de Gestão de Energia pela Portaria nº 130/2014. 

A fim de enfrentar esse desafio, o TCE – MT, aplicou programas de eficiência energética, promoção e adoção contínua de inovações tecnológicas em seus edifícios e instalações, sem redução de seus padrões de qualidade e da segurança no funcionamento.

Antes de submeter o TCE-MT à avaliação da Associação Brasileira de Normas Técnicas, foi realizada em janeiro de 2015, a Reunião de Análise Crítica pela Alta Direção com o objetivo de verificar a conformidade do Sistema de Gestão de Energia com a Política de Eficiência Energética, os objetivos, metas e avaliar o desempenho do TCE-MT, no âmbito da gestão de energia. 

A Política Energética é o documento que declara o comprometimento do TCE-MT para atingir melhoria do desempenho energético em suas instalações, conscientização de seus colaboradores e a contribuição para o desenvolvimento sustentável. 

A reunião contou a presença do presidente do TCE-MT, Waldir Júlio Teis, do secretário Geral da Presidência, Emanoel Gomes Bezerra Júnior – RD e representantes do Sistema de Gestão de Energia - SGI e do Sistema de Gestão da Qualidade - SGQ.

Dessa forma, após o cumprimento dos requisitos legais, em 13/02/2015 foi concedido ao TCE-MT, o Certificado de Conformidade do Sistema de Gestão de Energia, pela ABNT- Associação Brasileria de Normas Técnicas, sendo o TCE-MT o primeiro Tribunal de Contas do país a obter tal Certificação.

Eficiência Energética - Empire State Building – Um retrofit mais que especial!




O Empire State Building é um prédio de 102 andares na Fifth Avenue (Quinta Avenida), entre a 33rd Street e a 34th Street. 

Um ícone de Nova York que por mais de 40 anos foi considerado o prédio mais alto da mundo, título que perdeu com a construção do World Trade center.

Apesar de ter sido inaugurado em 1931, esse velho senhor atualmente consome menos energia do que muitos edifícios construídos no ano passado! 

E como isso pode ser possível?

Após tantos anos de uso, uma reforma precisava ser feita. 

Sistemas e acabamentos estavam ultrapassados e consumiam muito tempo e dinheiro para sua manutenção. 

Neste momento, a decisão de modernizar o edifício tomou proporções maiores e em 2009, o Empire State Building iniciou um trabalho de renovação completa, incluindo não apenas a melhoria dos sistemas e acabamentos, mas a melhoria de seus sistemas visando a sustentabilidade e a economia de energia, água e emissão de carbono.

Este projeto sustentável chamado de “retrofit” foi premiado e em 2011 ele recebeu a certificação LEED® Gold for Existing Buildings (certificação LEED Ouro para edificações existentes). 

Após a conclusão completa do programa de retrofit proposto, o edifício reduzirá o consumo de energia total em mais de 38%, os gastos com energia em até USD 4,4 milhões por ano e as emissões de carbono em até 105.000 toneladas métricas nos próximos 15 anos!

O que foi feito no ESB, pode ser feito em várias edificações antigas que desejam consumir menos. 

Além da eficiência energética, as alterações no Empire State Building, que ajudaram a conseguir certificação LEED Gold incluem:

Instalação de equipamentos de baixo fluxo de água nos banheiros do edifício;
O uso de material de limpeza verdes e produtos de controle de pragas;
Reciclagem de resíduos de inquilino e restos de construção;
O uso de produtos de papel reciclado;
O uso de tapetes de conteúdo reciclado, revestimentos de parede, tintas e adesivos com baixos VOC´s;
Um programa de engajamento dos inquilinos, incluindo medição setorizada, um recém-criado Sistema de Gestão de Energia e os requisitos obrigatórios verdes em contratos de arrendamento.

Para fornecer informações aos visitantes sobre a renovação, uma exposição sobre sustentabilidade foi montada no 2oº andar. 

A exposição exibe a tecnologia e os processos de ponta utilizados na reformulação.

Ela conta a história do notável processo de renovação de uma forma divertida e fácil de entender, usando uma combinação de monitores digitais, esculturas e materiais de construção reais, que certamente irá inspirar visitantes de todas as idades.




Parte da exposição

Um vídeo muito interessante sobre o que foi feito na edificação pode ser visto clicando no link: Ficando verde!

E você já foi visitar o velho-novo Empire State? 

Conte o que achou das ações propostas!

terça-feira, 24 de março de 2015

Eficiência Energética na área de TI - A tecnologia e os dilemas do consumo eficiente de energia!

Ao mesmo tempo em que o avanço da Tecnologia da Informação (TI) tem trazido uma série de benefícios para as pessoas e para as empresas, cria novos desafios para a humanidade. 


Um dos principais deles diz respeito ao consumo de energia. De acordo com o MIT Energy Initiative, só os computadores e servidores instalados em todo o mundo são responsáveis hoje por mais de 2,5% de toda a energia consumida no planeta. 

E se considerarmos que, até 2020, existe uma expectativa de que o número de equipamentos conectados à internet seja de cinco vezes a população humana total, esse percentual tende a crescer em ritmo acelerado e gerar um problema cada vez mais real para o mundo e para o uso dos recursos naturais. 
 
Para responder a esse desafio, a indústria de TI, em especial a de microprocessadores, tem feito importantes investimentos nas últimas décadas, com o intuito de garantir a redução no consumo de energia. 

Na prática, desde os anos 70 estima-se que a cada ano dobrou a eficiência energética computacional, ou seja, o número de operações que podem ser realizadas por quilowatt/hora de eletricidade utilizada. 
 
Um relatório do MIT Techology Review aponta que a energia necessária para executar uma tarefa com um número fixo de computadores caiu pela metade a cada 1,5 anos. 

Isso aconteceu pelo fato de, a cada dois anos, ter dobrado o número de transistores em um mesmo processador, reduzindo assim a distância que a eletricidade tem para percorrer e, por consequência, com uma redução do total de energia usada para garantir a performance computacional.
 
A questão, no entanto, é que esse ritmo de melhoria na eficiência energética tem diminuído ao longo da última década e exigido novas abordagens por parte da indústria de microprocessadores, que vão além do aumento do numero de transistores por CPU.
 
O caminho da eficiência energética passa por novos modelos, como o caso das APUs (processadores acelerados) – criadas pela AMD – e que reúnem em um mesmo chip, o processador e a placa gráfica. 

Essa combinação resulta em uma economia de energia ao eliminar as conexões entre chips diferentes, ao mesmo tempo em que permite balancear cargas de trabalho entre a CPU e a GPU, otimizando o consumo energético.
 
Outra alternativa tem sido o gerenciamento dinâmico de energia, bem como inovações na área de design, que passam por gerenciamento dinâmico dos recursos dedicados a uma tarefa considerando uso de energia e performance mínima requerida, voltagem adaptativa diferenciada em partes da pastilha de silício através do conceito de ilhas e frentes de voltagem, além de maior integração dos componentes dos sistemas implementados em silício.
 
Enfim, a indústria de processadores tem um importante desafio: 

garantir que a TI seja cada vez mais eficiente e gere cada vez menos impacto ambiental. 

Mais do que isso, deve contribuir para que a indústria de tecnologia reduza o consumo energético global. 

Um recente estudo projetou que a TI deve contribuir para uma economia de 16,5% nas emissões de gases de efeito estufa até 2020. 

Como? Por meio de soluções que vão desde redes de energia inteligentes a sistemas de climatização sofisticados e gestão eficiente do tráfego nas cidades, entre outros. 
 
Roberto Brandão é Diretor-Geral da AMD no Brasil

segunda-feira, 23 de março de 2015

Conheça os aparelhos que irão te ajudar a economizar energia



Quer economizar energia? Pensar em reduzir gastos com aparelhos tecnológicos pode ser um bom começo. 

Atualmente, é possível encontrar diversos dispositivos e projetos que prometem ajudar o usuário a economizar energia em casa e no trabalho. 

Confira a lista com algumas dessas invenções e dicas de gadgets que podem te ajudar nessa missão.


- Lâmpada inteligente que controla a luminosidade


Embora muita gente não perceba, lâmpadas são um ponto essencial na economia de energia elétrica em uma casa. 

Sucesso no Kickstarter, a Nanoleaf Bloom é um bulbo inteligente que promete ajudar o usuário a economizar sem ter que fazer investimentos na estrutura da casa e nem mesmo usar aplicativos para smartphones e tablets. 

O segredo do produto consiste na capacidade de interpretar e reconhecer comandos a partir de um interruptor comum, ajustando sua potência de acordo com a vontade do usuário.


- Carregador de smartphones e câmera a gás


Já pensou em carregar um gerador de energia no seu bolso? 
Esse é a ideia por trás do Kraftwerk, um carregador portátil capaz de gerar energia para celulares e GoPro por meio de gás. 

O projeto bem-sucedido oferece ao usuário a possibilidade de conectar uma fonte gás natural, o mesmo usado em isqueiros, e pode ser recarregado em até três segundos, com capacidade de carregar um iPhone até 11 vezes. 

Além de economizar em casa, o produto pode ser uma ótima alternativa para áreas remotas e sem acesso à rede elétrica.


- Cooler que gela latinhas com luz solar


Se você é daqueles que gosta de aproveitar o fim de semana com amigos e família, mas está preocupado com os gastos do freezer para gelar as bebidas, o SolarCooler pode ser o produto ideal para a sua casa. 

Esse container com carregamento solar é capaz de manter as suas latinhas e garradas a uma temperatura de -10 graus, além de oferecer portas USB para carregar celulares e ligar caixas de som. 

Ou seja, é o gadget perfeito para um fim de semana na piscina ou até mesmo para levar para a praia.


- Na moda e com celular carregado


O Brasil é um país com sol na maior parte do ano e usuários podem aproveitar sua caminhada ao ar livre para gerar energia para os aparelhos. 

Para os meses de frio, essas jaquetas ecologicamente corretas são capazes de captar energia solar para recarregar até dois dispositivos ao mesmo tempo. 

Já uma coleção de vestidos pode agradar o público feminino que quer gerar energia na rua para poupar em casa.


- Bola de futebol inteligente


O Futebol é uma paixão nacional e a Soccket pode transformar a sua pelada das horas vagas em economia de energia. 

Equipada com pêndulos capazes de transformar movimentos em eletricidade, essa bola pode alimentar uma lâmpada LED por três horas com apenas 30 minutos de jogo. 

Segundo o criadores do produto, a bola dispensa o uso de bombas para enchê-la e vem acompanhada por uma pequena lâmpada LED que pode ser usada para leitura ou abajur, por exemplo.


- Carregadores portáteis movidos à energia solar


A luz do sol é uma das formas mais populares de conseguir energia para os seusGadgets e economizar energia.


- Escolha uma fonte econômica para o seu computador

Se você é ainda é usuário de desktop, seja na sua casa ou empresa, escolher uma fonte adequada pode ser um grande aliado na economia de energia.


- Tatuagem eletrônica transforma suor em energia


Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, criaram um pequeno biosensor que pode ser aplicado sobre a pele do usuário como uma tatuagem para gerar energia. 

A novidade utiliza como fonte o suor do usuário, o que pode ser atrativo para praticantes de atividades físicas ou em um pais quente como o Brasil. 

Com apenas dois ou três milímetros, o recurso sai com o tempo e não precisa de nenhuma intervenção mais radical no corpo.


Fonte: Techtudo

sexta-feira, 20 de março de 2015

Energia Elétrica – Conceito de recuperação de crédito na revisão de PIS e Cofins, ICMS




De acordo com o inciso III do artigo 3° da Lei n° 10.833/2003 – COFINS e do inciso IX da Lei n° 10.637/2002 – PIS, as empresas tributadas pelo Lucro Real com PIS e COFINS não cumulativo poderão creditar-se na proporção de 9,25% sobre o valor integral da sua conta de energia elétrica. 

Ou seja, do valor a pagar, a pessoa jurídica poderá descontar créditos referentes aos custos incorridos no mês relativos à energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumida no seu estabelecimento independentemente do setor.

Para se recuperar tais créditos será necessário identificar todas as despesas com energia elétrica da empresa. Identificadas, haverá uma checagem para saber se os valores foram incluídos na base de cálculo de PIS e COFINS para aproveitamento de crédito. Em caso negativo, deve-se realizar o creditamento. 

Quando já calculado o valor, deve ser feita a retificação da DACON, com o fim de solicitar os créditos de tributos pagos a maior.

Por fim, é importe ficar atento ao maior gerador de confusão na hora de recuperar os créditos referentes à energia elétrica através da revisão de PIS e Cofins: 

A legislação do ICMS, que apesar de parecida é diferente da do PIS e da Cofins. 

A legislação do ICMS em geral, coloca que o aproveitamento desse crédito deve ser feito na proporção da energia elétrica consumida na atividade-fim da empresa, comprovada através de laudos. 

No caso do PIS e da Cofins, o valor a ser aproveitado é o valor integral da conta de energia elétrica, podendo as empresas que tomara, crédito na proporção da energia utilizada na sua atividade-fim, fazer uma revisão e aproveitar a diferença do que foi tomado em relação ao que poderia ser tomado, referente aos últimos 60 meses da operação.


Nós realizamos esse trabalho e para informações detalhadas entre em 

Ministério publica guia para diminuir consumo de energia nos prédios públicos

Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar



Consumo em prédios residenciais e comerciais corresponde 
a 50% do total consumido no país Arquivo/ABr

O Ministério de Minas e Energia lançou dia (18) o Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas, com o objetivo de orientar os gestores de cada ministério na elaboração de editais para fazer diagnósticos energéticos e implantar as medidas de eficiência propostas nesses diagnósticos.

O guia, elaborado em parceria com o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica, tem mais de 300 páginas, e aborda as principais etapas a serem contratadas em projetos de revitalização típicos em edificações públicas, com o objetivo de aumentar a eficiência energética dos prédios. 

Segundo a cartilha, no Brasil, o consumo de energia elétrica nas edificações residenciais e comerciais, de serviços e públicas, corresponde a aproximadamente 50% do total da eletricidade consumida no país.

O manual destaca os itens considerados na etiqueta para edificação comercial, de serviço e pública, tais como: envoltória, cobertura, janelas e portas, paredes, iluminação e condicionamento de ar, elevadores e sistema de tração.

O Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas está disponível em duas versõesonline: a edição completa, que traz os anexos e documentos de apoio e a edição compacta

Uma cartilha de introdução ao guia também foi disponibilizada em versão digital no site do Ministério de Minas e Energia, com um resumo dos principais temas abordados.

Há um mês, o governo estabeleceu medidas para reduzir o consumo de energia elétrica e água em órgãos da administração pública federal. 

De acordo com a portaria, as entidades e os órgãos federais devem adotar práticas responsáveis de consumo, como o uso consciente dos aparelhos de ar condicionado e de lâmpadas, além de evitar o desperdício de água.


Consumidor com gerador poderá vender energia para a distribuidora

















A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou nesta terça-feira a abertura de uma audiência pública para aprimorar a contratação de energia própria das unidades consumidoras pelas distribuidoras de energia elétrica. 
A consulta tem início amanhã e vai até o dia 27 de março.

O governo conta com a possibilidade de os consumidores com geração de energia térmica a partir de gás ou óleo diesel, por exemplo, poderem suprir a rede básica esporadicamente e aliviar a pressão sobre a oferta de eletricidade em horários de pico, principalmente nas grandes regiões metropolitanas.

O diretor José Jurhosa Junior, da Aneel, destacou que a audiência visa a promover, principalmente, a venda de energia elétrica a partir de consumidores que já tenham geradores. Seriam exemplos pequenas indústrias e shopping centers, que já usam seus geradores, principalmente a diesel, em maior parte do tempo.

Os geradores a gás e diesel teriam remuneração diferenciada, acima do teto do mercado de curto prazo, mas, para novas fontes, esse limite máximo será de R$ 388 por Megawatt-hora (MWh). 

Para diesel, o valor máximo será de R$ 1420,34 o MWh e, gás, de R$ 792,49, que será dado o consumidor.

— Isso é suficiente para estimular a instalação de novos geradores também — disse Jurhosa.

Pela proposta de Jurhosa, os consumidores que venderem energia própria à distribuidora poderão receber destas em dinheiro pela eletricidade por eles gerada dividida com o sistema, e não apenas compensar a energia entregue com o consumo futuro, como ocorre atualmente.

Segundo Tiago de Barros Coreia, também diretor da Aneel, existe um esforço conjunto hoje do governo para serem levantados os últimos entraves para que deslanche a chamada “microgeração distribuída”, a partir de geradores já existentes.

Apesar do foco em geradores a gás e diesel já existentes, Jurhosa destacou em sua proposta a possibilidade de contratação de energia diretamente dos consumidores pelas distribuidoras de qualquer tipo diferente de geração, como a solar e o biocombustível.

Fonte: Extra

sexta-feira, 6 de março de 2015

A Crise Energética de 2015!

Vivemos hoje uma crise grave no setor elétrico. Quer você queira ou não, quer o governo queira ou não, a crise existe, é real e já provocou um rombo bilionário sem precedentes, que nos leva a duas questões: 

como contornar a crise energética de curto prazo e como corrigir os fatores latentes que geraram as crises energética e financeira? 

As causas de ambas as crises têm raízes em um conjunto de fatos que isoladamente parecem ser inofensivos, mas que, em conjunto, criam um ambiente regulatório instável e de perigosos incentivos, os quais oferecem um real dano à economia e à sociedade.


O nosso sistema elétrico foi concebido para tirar proveito da vasta disponibilidade de recursos hídricos que temos. Quando os reservatórios estão cheios, a participação das hidrelétricas no atendimento ao consumo ultrapassa os 90%. 

Entretanto, como as vazões dos rios e chuvas são incertas, precisamos de termelétricas para complementar a operação e ajudar a economizar água em momentos de hidrologia adversa. Mas essas térmicas respondem por menos do que 30% do consumo.

O Brasil depende basicamente da gestão dos estoques de água nos seus reservatórios para atender ao consumo de eletricidade. 

Para enfrentarmos a alternância entre períodos úmidos e secos de maneira segura, os modelos computacionais utilizados pelo operador nacional do sistema (ONS) precisam representar fidedignamente o sistema elétrico e hídrico para simular o que pode acontecer em cada possível cenário hidrológico ao longo do ano.

Caminhamos para uma conjuntura onde a chance de termos que racionar já ultrapassa a incrível marca dos 50%

Em 2012, o sistema elétrico já havia dado um segundo alerta, depois de 2010, de que algo estava errado na maneira com que a operação dos reservatórios estava sendo realizada. 

O caso de 2012 é emblemático, pois iniciamos o ano com um recorde histórico de maior armazenamento (superior a 70%) e terminamos o ano também com um recorde histórico, porém inverso: o mais baixo armazenamento (cerca de 30%). 

O intrigante é que as afluências nesse ano não foram severamente secas, apenas um pouco abaixo da média. E então nos perguntamos: o que levou a esse esvaziamento dos reservatórios em 2012?

Parte dessa resposta está na maneira com que planejamos o uso da água dos reservatórios para produzir eletricidade. 

Os modelos computacionais de planejamento da operação utilizados pelo ONS atualmente sofrem para aproximar a realidade operativa de maneira satisfatória. Como resultado, o planejamento se torna míope e a operação estruturalmente arriscada.

Podemos resumir quatro pontos de melhorias para esses modelos que deveriam ser analisados. Os dois primeiros são de caráter técnico/computacional:

1 ­ diversas restrições operativas reais do sistema elétrico, tais como restrições de transmissão e segurança, restrições individuais de cada reservatório e cascata hídrica são extremamente simplificadas no modelo computacional que planeja o uso da água;

2 ­o modelo de previsão de afluências da região Nordeste superestima sistematicamente (há 20 anos) a quantidade de água que chega nesta região e o mesmo ocorre para a geração de energia proveniente das usinas de biomassa, pequenas hidrelétricas e eólicas. Já os dois últimos são de caráter técnico/regulatório:

3 ­ a regulação não emprega mecanismos eficientes de incentivo para que as empresas informem os dados técnicos mais precisos sobre suas usinas e, infelizmente, também não impõe que o ONS realize auditorias sistemáticas em muitos dos dados relevantes para garantir a aderência dos modelos à realidade e

4 ­por fim, os sistemáticos atrasos no cronograma de expansão e a não consideração deles nos modelos fazem com que estes não economizem água, imaginando um futuro onde a data de entrada em operação das novas usinas e linhas de transmissão serão sempre cumpridas.


No contexto atual, os modelos indicam sempre estoques de água mais otimistas do que deveriam, imaginando um futuro sempre mais farto e simples do que a realidade. 

Outro ponto relevante e pouco falado é a baixa eficiência de produção das hidros quando operadas com reservatórios vazios. 

Nesta situação, é necessário um volume maior de água, se comparado ao que seria necessário em níveis normais de armazenamento, para se produzir o mesmo Megawatt­hora de energia. 

Ou seja, quanto pior a situação, mais difícil e cara se torna a recuperação.

Desde julho de 2014 já temos indicações técnicas para empregar algum tipo de mecanismo preventivo de redução do consumo. 

Mas o governo nega qualquer possibilidade, apostando em uma reversão mesmo vivendo um cenário nunca antes visto. 

Hoje, infelizmente, caminhamos para uma conjuntura onde a chance de termos que racionar já ultrapassa a incrível marca psicológica dos 50%; dados recentemente divulgados por consultores especialistas que consideram, obviamente, hipóteses e dados diferentes dos oficiais em suas análises.

Quando não conhecemos algo, o padrão é sermos mais cautelosos do que o normal. 

O fato de estarmos lidando com uma situação de seca severa confirmada desde 2014 nos dá a prerrogativa de apostar na reversão ou nos impõe o dever de nos prepararmos para o pior? 

Se você é um pai de família que perde o emprego e, depois de um ano gastando as economias sem um novo emprego, você continuaria saindo para jantar e mantendo o seu antigo padrão de vida, como se nada estivesse acontecendo?

Diversos Estados já estão racionando água. 

Os principais reservatórios do Sudeste já tangenciam o limite crítico de 10% de segurança. 

Reservatórios importantes como o de Ilha Solteira ultrapassaram tal limite e as suas usinas foram desligadas. 

O grande problema agora é que não existe uma placa que avise o fim da linha. 

Não há uma metodologia oficial, transparente, reprodutível e auditada, para se calcular um índice de escassez energético que aponte para a necessidade ou não de um racionamento.

É o mesmo que não termos um índice de inflação para podermos reivindicar e pressionar governantes, com nossas próprias percepções. 

Em última análise, isso cria uma enorme distância entre agentes e governo, trazendo mais incerteza para um setor que depende de sua atratividade para se sustentar.

Alexandre Street é professor do Departamento de Engenharia Elétrica da PUC­Rio.

Fonte: Valor Economico

quarta-feira, 4 de março de 2015

ENERGIA - BANDEIRAS TARIFÁRIAS - CONHEÇA O NOVO SISTEMA - TIRE SUAS DÚVIDAS

A partir de 2015, as contas de energia trazem uma novidade: o Sistema de Bandeiras Tarifárias. 

 As bandeiras verde, amarela e vermelha indicarão se a energia custará mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade.


Para facilitar a compreensão das bandeiras tarifárias, 2013 e 2014 foram Anos Testes.

As distribuidoras divulgarão, na conta de energia, a simulação da aplicação das bandeiras de sua região. 

O sistema possui três bandeiras: verde, amarela e vermelha – as mesmas cores dos semáforos - e indicam o seguinte:

Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;

Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. 

A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,025 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;

Bandeira vermelha: condições mais custosas de geração. 

A tarifa sobre acréscimo de R$ 0,055 para cada quilowatt-hora kWh consumidos.


 




























BANDEIRAS TARIFÁRIAS


A partir de 2015, as contas de energia trazem uma novidade: o Sistema de Bandeiras Tarifárias. As bandeiras verde, amarela e vermelha indicarão se a energia custará mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade.

Para facilitar a compreensão das bandeiras tarifárias, 2013 e 2014 foram Anos Testes.

As distribuidoras divulgarão, na conta de energia, a simulação da aplicação das bandeiras de sua região.

O sistema possui três bandeiras: verde, amarela e vermelha – as mesmas cores dos semáforos - e indicam o seguinte:

Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;

Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,025 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;

Bandeira vermelha: condições mais custosas de geração. A tarifa sobre acréscimo de R$ 0,055 para cada quilowatt-hora kWh consumidos.


Perguntas e respostas

O que são bandeiras tarifárias?

É o sistema que sinaliza aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. O funcionamento é simples: as cores das bandeiras (verde, amarela ou vermelha) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade. Com as bandeiras, a conta de luz fica mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente.


Qual a diferença entre as bandeiras tarifárias e as tarifas de energia elétrica?

É importante entender as diferenças entre as bandeiras tarifárias e as tarifas propriamente ditas.

As tarifas representam a maior parte da conta de energia dos consumidores e dão cobertura para os custos envolvidos na geração, transmissão e distribuição da energia elétrica, além dos encargos setoriais.

As bandeiras tarifárias, por sua vez, refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Dependendo das usinas utilizadas para gerar a energia, esses custos podem ser maiores ou menores. 

Antes das bandeiras, essas variações de custos só eram repassadas no reajuste seguinte, um ano depois. Com as bandeiras, a conta de energia passa a ser mais transparente e o consumidor tem a informação no momento em que esses custos acontecem. 

Em resumo: as bandeiras refletem a variação do custo da geração de energia, quando ele acontece.

Quando a bandeira está verde, as condições hidrológicas para geração de energia são favoráveis e não há qualquer acréscimo nas contas. 

Se as condições são um pouco menos favoráveis, a bandeira passa a ser amarela e há uma cobrança adicional, proporcional ao consumo, na razão de R$ 2,50 por 100 kWh. 

Já em condições ainda mais desfavoráveis, a bandeira fica vermelha e o adicional cobrado passa a ser proporcional ao consumo na razão de R$ 5,50 por 100 kWh. A esses valores são acrescentados os impostos vigentes.


As bandeiras tarifárias são uma conta a mais para o consumidor pagar?

Não. As bandeiras são uma forma diferente de apresentar um custo que hoje já está na conta de energia, mas que geralmente passa despercebido.

As bandeiras tarifárias não interferem nos itens passíveis de repasse tarifário. Antes das bandeiras, as variações que ocorriam nos custos de geração de energia, para mais ou para menos, eram repassados até um ano depois, no reajuste tarifário seguinte. 

A ANEEL entendeu que o consumidor deve ter a informação mais precisa e transparente sobre o custo real da energia elétrica. Por isso, as bandeiras sinalizam, mês a mês, o custo de geração da energia elétrica que será cobrada dos consumidores. 

Não existe, portanto, um novo custo, mas um sinal de preço que sinaliza para o consumidor o custo real da geração no momento em que ele está consumindo a energia, dando a oportunidade de adaptar seu consumo, se assim desejar.


Mas quando a ANEEL faz o reajuste tarifário as tarifas já não consideram um cenário mais caro para geração de energia?

Não. Quando o reajuste é feito, os custos da distribuidora são estimados considerando um cenário favorável de geração, ou seja, um cenário em que a bandeira é verde. 

Aí, se o cenário for realmente favorável, a bandeira será verde e o consumidor não precisa pagar nada a mais pela energia. 

Se os custos de geração forem maiores e for necessário acionar as bandeiras amarela ou vermelha, o consumidor paga as variações do custo de geração por meio das bandeiras aplicadas.


Porque saber a cor da bandeira é importante para o consumidor?

Com as bandeiras tarifárias, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. 

Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo e diminuir o valor da conta (ou, pelo menos, impedir que ele aumente). 

Pela regra anterior, que previa o repasse somente nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto.


Se o consumidor reduzir seu consumo, a sua bandeira muda de cor?

Não de forma direta. A cor da bandeira é definida mensalmente e aplicada a todos os consumidores, ainda que eles tenham reduzido seu consumo. Mas a redução do consumo pode diminuir o valor da conta ou, pelo menos, impedir que ela aumente. 

Além disso, quando os consumidores adaptam seu consumo ao sinal de preço eles estão contribuindo para reduzir os custos de geração de energia do sistema. 

O comportamento consciente do consumidor contribui para o melhor uso dos recursos energéticos.


Quando e como as bandeiras mudam de cor?

A cada mês, as condições de operação do sistema são reavaliadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, que define a melhor estratégia de geração de energia para atendimento da demanda. 

A partir dessa avaliação, define-se as térmicas que deverão ser acionadas. 

Se o custo variável da térmica mais cara for menor que R$ 200/MWh, então a Bandeira é verde. 

Se estiver entre R$ 200/MWh e R$ 388,48/MWh, a bandeira é amarela. 

E se for maior que R$ 388,48/MWh, a bandeira será vermelha.


As bandeiras se aplicam a todas as classes de consumidores?

As Bandeiras Tarifárias são faturadas por meio das contas de energia e, portanto, todos os consumidores cativos das distribuidoras pagam o mesmo valor, proporcional ao seu consumo, independente de sua classe de consumo. 

As únicas exceções são os consumidores dos estados do Amazonas, Amapá e Roraima e das permissionárias de distribuição de energia elétrica, que passarão a pagar depois da interligação e das permissionárias de distribuição, que passarão a pagar a partir de mês de julho de 2015. 

Cabe ressaltar, as bandeiras tarifárias têm descontos para os consumidores residenciais baixa-renda beneficiários da Tarifa Social.


As bandeiras se aplicam à taxa de iluminação pública cobrada nas contas?

Não.

Como o consumidor fica sabendo da bandeira do mês seguinte?

No final de cada mês, a ANEEL disponibiliza em seu site ( http://www.aneel.gov.br/) o valor da bandeira para o mês seguinte. Nesse endereço é possível consultar o calendário anual de divulgação das bandeiras. 

A bandeira vigente deve ser informada também no site de todas as distribuidoras, em até dois dias úteis depois da divulgação pela ANEEL.


Aplica-se a Bandeira mesmo que o consumidor consuma menos de 100kWh?

Sim. A bandeira é aplicada a todos os consumidores, multiplicando-se o consumo (em quilowatts) pelo valor da bandeira (em Reais) – se ela for amarela ou vermelha. 

Se, por exemplo, a bandeira está vermelha, o adicional é de R$5,50 por 100 kWh. Se o consumo mensal foi de 60 kWh, por exemplo, então o adicional seria de 0,6*5,50=R$3,30. 

A esses valores são acrescentados os impostos vigentes.


Todos os estados serão incluídos no sistema de bandeiras tarifárias?

Não. Os estados do Amazonas, Amapá e Roraima não estão totalmente incluídos no Sistema Interligado Nacional e, por enquanto, não participam do sistema de bandeiras. 

No entanto, é importante que os consumidores desses estados também utilizem a energia de forma consciente e assim contribuam para reduzir os custos de geração de energia do sistema.


As cores das bandeiras são as mesmas para todos consumidores?

Sim. A partir de março de 2015, haverá uma única cor de bandeira - exceto nos estados do Amazonas, Amapá e Roraima, que não estão totalmente incluídos no Sistema Interligado Nacional e, por enquanto, não participam do sistema de bandeiras.


Porque aumentou o valor das bandeiras?

Até fevereiro de 2015, as bandeiras tarifárias consideravam somente os custos variáveis das usinas térmicas que eram utilizadas na geração de energia. A partir de março de 2015, com o aprimoramento do sistema, todos os custos de geração que variam conforme o cenário passam a compor o cálculo das bandeiras.

A minhaconta de energia vai subir 87%? Quanto a bandeira representa na minha conta?

Não. Até fevereiro de 2015, a bandeira vermelha era de R$ 3,00 para 100 kWh (e suas frações). 

A partir de março de 2015, a bandeira vermelha passa a ser de R$ 5,50 por 100 kWh (e suas frações). Esse adicional de R$ 2,50 por 100 kWh (e suas frações) representa um efeito médio de 8,5%. 

A bandeira amarela era de R$ 1,50 por 100 kWh e, a partir de março de 2015, passou a R$ 2,50 por 100 kWh, o que representa um acréscimo médio de 5,4% nas tarifas residenciais atuais. 

Mais uma vez, vale reforçar que não se trata de um custo novo, mas de uma forma mais transparente de apresentar o custo com compra de energia.


Quando a ANEEL vai rever o valor das Bandeiras?

No final de cada ano a ANEEL irá definir o valor das Bandeiras Tarifárias para o ano seguinte, considerando a previsão das variações relativas aos custos de geração por fonte termelétrica e à exposição aos preços de liquidação no mercado de curto prazo que afetem os agentes de distribuição de energia elétrica conectados ao Sistema Interligado Nacional - SIN.


Os consumidores das permissionárias (cooperativas) também pagarão as bandeiras tarifárias?

Sim. A partir de julho de 2015.


Os consumidores de baixa renda (tarifa social) têm desconto sobre o valor das bandeiras?

Sim. Aplicam-se às bandeiras os mesmos descontos da tarifa social.


Há incidência de tributos sobre o valor da bandeira tarifária?

Sim. Aplicam-se às bandeiras os mesmos tributos incidentes sobre as tarifas.


Qual norma da ANEEL estabelece os procedimentos comerciais para aplicação das Bandeiras?

A Resolução Normativa nº 547, de 16 de abril de 2013, estabelece os procedimentos comerciais para aplicação do sistema de bandeiras tarifárias. 

Além disso, ressaltamos que as os valores das bandeiras tarifárias serão publicadas pela ANEEL, a cada ano civil, em ato específico.