segunda-feira, 16 de maio de 2016

Alemanha: Energia renovável é tanta que eletricidade é grátis

Maior economia da Europa conseguiu chegar a um nível de produção tão alto que consumidores passaram a não ter de pagar nada.

                                                                                                                          © DR

Antes da chuva e vento chegarem a Portugal durante o início desta semana, passaram em força pelo centro da Europa. 

 Alemanha viu-se apanhada no meio de temporais pouco vistos desde o início da primavera e as centrais de energia renovável funcionaram em valores recorde. 


Domingo foi o dia de maior produção renovável de toda a história alemã, um recorde que tem tanto de único como curioso. Tudo graças a uma explosão de oferta energética que levou a um acontecimento nunca visto. 



Devido ao súbito aumento da eletricidade produzida através as centrais eólicas e das barragens, a rede energética nacional começou a acumular potência a um ritmo imparável. 

Quando foi atingido o ponto máximo de produção diária, ou seja, quando tinha sido produzida eletricidade suficiente para satisfazer todas as necessidades elétricas do país, as centrais renováveis 'fecharam a torneira' e pararam de produzir. 


O problema é que as centrais nucleares e de carvão não conseguiram parar a tempo e por isso acabou por ser produzida demasiada eletricidade; sem alternativa para escoar o excesso, os produtores foram obrigados a oferecer energia, o que permitiu a alguns consumidores gastar eletricidade de forma gratuita. 
Segundo o site Geek, no passado domingo a Alemanha conseguiu obter 87% de toda a energia necessária para o país através de fontes renováveis, um número que coloca a maior economia da Europa no rumo certo para cumprir as promessas feitas na Cimeira do Clima de Paris, durante o ano passado. 
O objetivo alemão é obter 100% da eletricidade consumida em todo o seu território a partir de centrais renováveis até ao final de 2050, bem como reduzir os níveis de emissões de 1990 em 40% até 2020.