Construção possui estação para tratamento de esgoto, é capaz de tornar a água da chuva potável e tem ponto para carregar carro elétrico
Prédio da RAC Engenharia, em Curitiba: LEED Platinum com pontuação máxima na América Latina
A edificação com a maior pontuação já concedida a uma obra que buscou certificação LEED Platinum na América Latina está em Curitiba-PR. O prédio da RAC Engenharia, inaugurado no começo de 2017, recebeu 97 pontos para empreendimentos corporativos. Significa que o projeto atendeu vários requisitos.
O principal deles, o NET Zero Energia, o qual permite que o edifício faça a geração de sua própria energia, inclusive para movimentar aparelhos de ar-condicionado e elevadores.
Os painéis fotovoltaicos instalados na obra possibilitam geração anual de 26.509 kW, em condições climáticas normais da cidade.
O prédio também usa soluções arquitetônicas, como brises (também conhecidos como quebra-luz) e telhado verde, o que ajuda a reduzir o consumo do ar-condicionado e, consequentemente, de energia elétrica.
“Comparando com um prédio-padrão, o projeto conta com uma redução de 46% no consumo de ar-condicionado”, explica o engenheiro civil Ricardo Cansian, diretor da RAC Engenharia.
O edifício possui ainda uma estação própria de tratamento de esgoto, a qual permite o reúso das águas cinzas e negras nos vasos sanitários e da água da chuva, tornando-a potável.
A edificação tem ainda um ponto de recarga para carros elétricos, o que é novidade em termos de prédio corporativo no Brasil – o requisito ajudou a obter a pontuação inédita para a certificação LEED Platinum.
Por conta das inovações, a construção também foi condecorada no 4º Prêmio Saint Gobain de Arquitetura, na categoria habitat sustentável, o que denota a vocação da RAC para obras sustentáveis.
Após concluir seu prédio, a empresa agora se debruça em dois projetos que também buscam a certificação verde: a sede do Conselho Regional de Educação Física do Paraná e a escola profissionalizante Dr. Celso Charuri, ambas em Curitiba.
Prédio gera economia de R$ 20 mil por ano
Além disso, a empresa está envolvida em vários outros projetos que buscam a certificação LEED, e que vão começar a ser executados a partir de 2018.
“As construções verdes se tornaram a melhor opção de negócio do mercado imobiliário, principalmente para prédios corporativos.
Isso se deve ao engajamento de toda a cadeia produtiva da construção civil, que envolve construtoras, arquitetos, fornecedores de produtos e serviços e outros agentes do mercado.
A gama de empreendimentos que buscam certificações está crescendo significativamente”, diz Ricardo Cansian.
A projeção é de que o investimento no prédio da RAC Engenharia se pague em, no máximo, 10 anos.
“A economia proporcionada pelo correto dimensionamento dos sistemas é capaz de reduzir o consumo geral do edifício em 27%.
Só a economia de energia, se comparado a um edifício-padrão, é de aproximadamente R$ 20 mil por ano.
Porém, o que norteia a opção por esse tipo de construção não é a questão monetária, mas a busca por soluções que tornam a edificação mais eficiente, otimizando o uso dos recursos naturais e evitando excessos.
Trata-se mais de uma mudança de visão sobre a forma de conduzir os negócios e os projetos na construção civil do que meramente uma questão de custo”, opina Cansian.
Fonte: Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330.