Montadora alemã deverá iniciar a comercialização da versão elétrica do Golf, o e-Golf, e o híbrido Golf GTE em 2018
Volks apresenta o novo Virtus - Divulgação
SÃO PAULO — A Volkswagen apresentou nesta quinta-feira em São Paulo o seu novo sedã, o Virtus, para a América do Sul, e anunciou também que começará a comercializar a versão elétrica do Golf, o e-Golf, e o híbrido Golf GTE.
Com isso, a montadora coloca a região na rota das mais novas tecnologias que está desenvolvendo em suas plantas ao redor do mundo.
Segundo o presidente da montadora para a região, Pablo De Si, a medida faz parte da estratégia da empresa em retornar à liderança de mercado na região e, principalmente no Brasil, até 2020.
Além disso, acrescentou o executivo, todo o portfólio da Volkswagen comercializado no País será renovado em até três anos.
— A nossa meta é deter de 16% a 17% das vendas no mercado brasileiro até 2020.
A chegada dos modelos elétricos e híbridos é uma estratégia para posicionarmos a marca nesse segmento, que acreditamos ser uma alternativa viável também para o Brasil — disse De Si durante a apresentação do Virtus, que será lançado ao mercado somente em 2018.
Mais cedo, a Volkswagen havia anunciado que pretende investir € 10 bilhões para desenvolver carros elétricos na China, em um movimento para se adequar às novas regras que restringem a emissão de poluentes.
O grupo, que inclui ainda a marca Audi, quer lançar 15 modelos nos próximos dois a três anos, e outros 25 depois de 2025, segundo revelou o chefe da montadora na China, Jochem Heizmann.
O representante do conselho de administração e o responsável por vendas e marketing da marca Volkswagen, Jürgen Stackmann, afirmou que o grupo traçou a sua estratégia mundial para os próximos dois anos e, uma das frentes é justamente mobilidade e eficiência energética.
— Estamos desenvolvendo uma família de carros totalmente elétrica que deve chegar ao mercado até 2020. Queremos ser o principal player nessa área e com vendas, em 2025, de 1 milhão de modelos elétricos no mundo.
A China e a Europa serão as regiões em que essa família deverá ser comercializada inicialmente, mas a intenção é trazer esses carros para o Brasil depois, principalmente para as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro — ressaltou Stackmann, acrescentando que a Volkswagen está na segunda fase desse plano estratégico de 10 anos.
A primeira fase, segundo o executivo, é a regionalização da marca, ter produtos específicos para cada região.
O lançamento do Novo Polo e do Virtus, completou ele, é um exemplo disso.
Os modelos foram desenvolvidos inteiramente no Brasil para a região, seguindo as necessidades dos consumidores sul-americanos.
— Em 60 dias de lançamento do Novo Polo, já vendemos 8 mil unidades.
Isso mostra que nossa estratégia está acertada.
É um produto que se adequou bem ao mercado brasileiro.
Teremos mais novidades no próximo ano.
Lançaremos o Tiguan LWB e o T-Cross, um SVU que será produzido na fábrica de São José dos Pinhais (PR), um carro, assim como o Virtus e Polo, projetado para a América do Sul — disse o executivo.
Além do novo SUV que será produzido na fábrica paranaense, a VW também anunciou outro modelo para a unidade da Argentina.
De Si, presidente para a região, disse que a montadora irá investir US$ 650 milhões para o desenvolvimento do veículo, melhoria da linha de produção e em uma nova área de pintura.
— Hoje, temos produtos para cobrir 70% do mercado. Em 2020, com a renovação de nossa linha, conseguiremos atender 95% do mercado.
Com isso, deveremos produzir, somente no Brasil 800 mil veículos em três anos e vender na região 1 milhão de carros, claro que a maior parte no país —, afirmou De Si.
O Virtus, segundo ele, além dos mercados sul-americanos, deve ser exportado também para países da Oceania e África.
— São mercados semelhantes ao da região e por isso, é um modelo que pode ter muito sucesso. No primeiro momento, vamos vender o Virtus na América do Sul, depois, partiremos para outros países.
Fonte: https://oglobo.globo.com