Grupo português diz que, com sócios chineses, está com capacidade financeira reforçada para crescer em geração
Por Luciano Costa
O grupo português EDP colocou o Brasil como um "mercado chave no portfolio de negócios" para os próximos anos e destacou que o foco será o crescimento em geração de energia no País.
Por Luciano Costa
O grupo português EDP colocou o Brasil como um "mercado chave no portfolio de negócios" para os próximos anos e destacou que o foco será o crescimento em geração de energia no País.
Em apresentação a investidores realizada em Portugal, a companhia apontou que os ativos brasileiros já representam 18% do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) total, enquanto ainda responde por apenas 8% da capacidade instalada do grupo, que tem presença em diversos países do mundo.
A ED Brasil, subsidiária local, possui 1,8GW em operação e, com os projetos já contratados e em andamento, deve chegar a 2015 com 2,6GW. A empresa também controla duas distribuidoras - Escelsa e Bandeirante - que somam mais de 2,8 milhões de clientes.
Na apresentação feita aos investidores, a empresa destacou que a EDP Brasil ainda possui 2,2GW em projetos em carteira, sendo 1,1GW em empreendimentos hídricos. O restante é de eólicos (670MW) e termelétricos (500MW).
Em um dos slides, o grupo destaca que está em "capacidade financeira reforçada", o que pode ser explicado pela entrada dos chineses da Three Gorges Corporation, que compraram no final do ano passado a parcela da companhia que pertencia ao governo português.
Além disso, a EDP destaca que compartilha com os parceiros orientais a visão de que o Brasil é um mercado chave e promete um "mix de negócios com baixo risco e potencial de crescimento em geração".
Como "desafios" do País, os portugueses listam os atrasos em processos de licenciamento e registro de projetos, os preços baixos praticados nos últimos leilões de energia e a falta de suprimento de gás natural.
E apontam como estratégia a parceria com agentes locais - como MPX e Eletrobras, em empreendimentos recentes - e a participação em disputas sempre sob "estritos critérios de risco X retorno"
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