O investimento será de R$ 43,8 milhões e a empresa é a multinacional italiana Enel Green Power
Da editoria de Economia
Primeiro parque de energia solar em escala comercial será implantado em Tacaratu
Bernardo Soares/ JC Imagem
A multinacional italiana Enel Green Power assinou o contrato com o governo do Estado para a implantação de um parque de geração de energia solar com a capacidade de produzir 11 megawatts (MW) em Tacaratu, a 458 Km do Recife.
O início da produção está previsto para novembro e o investimento será de R$ 43,8 milhões.
A construção das usinas começa de imediato, de acordo com informações da Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico (SDEC).
É o primeiro contrato para a produção de energia solar numa escala comercial (sem ser um projeto experimental).
O empreendimento foi um dos cinco vencedores do leilão de energia solar realizado pelo governo do Estado em dezembro de 2013.
Na época, a previsão era de que seis parques solares seriam implantados no Estado e começariam a funcionar em julho deste ano.
“Esse atraso ocorreu porque trabalhamos com a expectativa de trazer um fabricante de painéis solares para se instalar em Pernambuco”, explica o secretário executivo de Energia da Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico (SDEC), Eduardo Azevedo.
Sem citar o nome da empresa que está participando da negociação, Eduardo argumenta que se o fabricante vier a se instalar no Estado, os empreendimentos vencedores do leilão terão mais tempo para se implantar e outra vantagem: podem obter um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
“Seria um empréstimo sem o risco cambial e isso é interessante porque os investimentos deles são na casa dos milhões”, diz, acrescentando que a Enel Green Power quis fazer o empreendimento logo para testar os parques híbridos, que misturam o uso de fontes diferentes na fabricação de energia.
As usinas de geração de energia solar terão a capacidade de produzir toda a energia consumida pelo município de Tacaratu que possui cerca de 22 mil moradores.
Elas ficarão no mesmo lugar onde a empresa já tem um parque eólico com a capacidade de produzir 80 MW.
Segundo Azevedo, o fabricante dos painéis solares deve informar ao Estado se vai abrir uma unidade local até a primeira quinzena de maio.
Depois disso, serão redefinidos novos prazos para a instalação dos outros quatro empreendimentos que venceram o leilão. Além deles, teve um quinto vencedor desclassificado pelo governo do Estado.
O Estado fez o leilão de energia solar para estimular a implantação de empreendimentos dessa fonte.
A energia deverá ser comprada pelo governo estadual e usada por prédios públicos.
“Do jeito que a energia está cara, vai ser uma vantagem comprar das usinas solares”, conclui.