Tarifas industriais deveriam cair 35% para favorecer competitividade internacional
REDAÇÃO AB

A Presidente Dilma Rousseff afirmou que as tarifas
de energia terão redução de até 28% para a indústria
e de 16,2% para residências (foto: divulgação)
A redução anunciada pela presidente Dilma Rousseff vai tirar o Brasil do topo do ranking das tarifas de energia mais caras do mundo, o que deve acelerar o crescimento econômico do País.
A partir de 2013, as tarifas de energiaresidenciais cairão 16,2% e as industriais, até 28%.
Segundo reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) considerou a decisão como um fato histórico.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também comemorou a medida em razão de a energia elétrica ser um dos importantes componentes do custo Brasil, conjunto de fatores prejudiciais à competitividade dos produtos brasileiros.
A reportagem do Estadão também ouviu a Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), que se mostrou menos otimista. Para a entidade, o preço da energia elétrica no Brasil continuará acima da média mundial.
A associação afirma que os preços da energia precisariam cair 35% na área industrial para ficar próximos à média global.
O corte de 35% também faz parte de um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). De acordo com a entidade, o custo médio da energia no Brasil, com base no mercado cativo, é de R$ 329 o megawatt-hora (MWh). A média mundial é de R$ 215,5 o MWh.
O jornal O Estado de S. Paulo ouviu o presidente da Anace, Carlos Faria. Ele pondera que a redução de preço da energia elétrica pode trazer problemas se for vinculada à renovação das concessões que estão para vencer.
“Esses ativos que terão suas concessões renovadas já estão depreciados e, se tiverem seus preços reduzidos de forma aleatória, podem ser prejudicados, o que vai acabar afetando o consumidor final.”
O executivo acredita que as medidas podem limitar ainda mais a participação do mercado livre de energia, já que, em sua avaliação, a presidente está usando um discurso estatizante.