Apoiadores do programa Prohotéis
Cem hotéis já aderiram ao programa de eficiência energética Pró-Hotéis. Desse total, 84 passaram pelo processo de diagnóstico de suas despesas anuais com energia e 16 iniciam essa análise.
"A energia é o segundo item de maior gasto para a hotelaria brasileira.
Ele representa cerca de 30% do custo total de um empreendimento hoteleiro.
No entanto, com uma política de eficiência, além da economia de consumo por ano poder alcançar uma média de 60%, o lucro líquido das unidades hoteleiras tende a crescer", afirmou Rodrigo Aguiar, diretor do programa Pró-Hotéis, ao comemorar nesta terça-feira (11/09) em São Paulo a marca de 100 hotéis com parceiros operacionais e institucionais do programa.
Um desses parceiros é o Internacional Finance Corporation (IFC), pertencente ao Grupo Banco Mundial.
O banco pode fornecer linhas de crédito e financiamentos para os hotéis investirem na redução de gastos. "Agora começamos um novo ciclo com a implantação dessas medidas nesses hotéis.
Queremos ser referência não apenas para o setor da hotelaria, mas também para outros segmentos", acrescentou Alexandre Darze, oficial de operação da IFC. Ele pretende replicar esse programa para hotéis na América Latina e Caribe.
Dos 100 hotéis participantes, 40% estão localizados na região Nordeste; 25%, no Sul; 20% no Sudeste; 10% no Centro-Oeste e 5% no Norte do Brasil. "
A partir desse programa, o hoteleiro tem a oportunidade de modernizar seu empreendimento e, ao mesmo tempo, diminuir os gastos de energia", comentou Aguiar, mencionando que o Pró-Hotéis aponta as necessidades de economia e os investimentos que devem ser feitos.
Entre os itens analisados estão: climatização, gerenciamento de energia, uso de água e iluminação.
"Apresentamos um perfil de consumo de determinado hotel, separado pelos gastos nas áreas comuns e aquelas despesas no interior dos apartamentos como televisão, frigobar e ar condicionado", explicadou o diretor.
A previsão do programa é economizar 210.000 MWh por ano de energia elétrica nos hotéis atendidos. Isso corresponde a mais de R$ 75 milhões em redução de gastos.
Rodrigo Aguiar alertou que sem um programa de eficiência energética, o país poderá sofrer um novo apagão.
"O consumo de energia elétrica aumentou muito no Brasil e para que não haja um racionamento no futuro, é preciso que medidas sejam realizadas nesse momento.
Até 2030, o governo prevê um aumento de 10% na demanda de energia e ela poderá não ser atendida da melhor maneira", justificou. Ele citou como exemplo a troca de condutores elétricos nos hotéis.
Ao invés de investir no pagamento de um seguro alto contra incêndio, o ideal seria captar recursos para a substituição desse material.
O programa Pró-Hotéis foi lançado em novembro do ano passado.